15/12/2009

TENTANDO ENTENDER OS LÍDERES…

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Gostaria de aproveitar o espaço a mim concedido por Deus neste lapso de existência chamada vida, para dizer algumas coisas que me custam descer pela goela com sabor agradável:

  1. Toda vez que tento estabelecer um diálogo saudável com algum líder denominacional renomado, que brilha na esfera de sua dimensão sapiencial, geralmente teológica, acabo me frustrando por descobrir que não há somente artistas no meio gospel em geral, mas também no meio teológico em geral. Daí surge a pergunta: como Jesus seria nos dias de hoje? As pessoas iriam se impressionar ao ouví-lo ou achariam seu discurso chato e insosso?
  2. Quando analiso a realidade eclesiástica da minha geração, acabo me sentindo impotente diante de tanta segregação religiosa que nós mesmos fomentamos, ao sabor das nossas divergências mal resolvidas. Daí surge a pergunta que não quer calar: quando é que os nossos sinédrios contemporâneos vão deixar os pedestais em que se encontram e vão REALMENTE abrir mão do seu espólio religioso em nome de uma nova resposta para a humanidade perdida?
  3. Ao olhar para nossa realidade religiosa, tão exposta a um evangelho consumista do ponto de vista pragmático e tão místico do ponto de vista espiritual, sinto um desejo enorme de deixar de pregar, abandonar "a carreira que me foi proposta", em detrimento de cuidado familiar e refúgio existencial. Daí surge outra pergunta: se as pedras se calarem haverá substituto?
Sei lá, deve ser o entardecer nostálgico de uma sexta-feira quente, ensolarada, horário de verão (onde o dia demora para acabar), muito trabalho (secular), muito trabalho (faculdade), muito trabalho (relacionamento familiar), muito, mas muito trabalho mesmo (Igreja local).
Seja o que for, estou desistindo de tentar entender certos líderes e seus liderados, certas igrejas e seus pastores, certos irmãos e seus evangelhos pessoais, certos colegas de ministério e seus transtornos bi-polares religiosos.
Deixei de ser batista por acreditar numa experiência espiritual mais marcante. Encontre no pentecostalismo um vale abundante a ser explorado. Diferente da planície monótona da teologia histórico-tradicional.
Estou assembleiano (como costumo dizer) mas não consigo entender os párocos da Igreja Assembléia de Deus e seus paroquianos. Os pequenos príncipes e seus reinos pessoais na briga por território geográfico e midiático. Que pobreza.....
Mas tem batista que merece partir para a eternidade batista.
Enquanto isso, na sala da justiça, prefiro ser uma metanóia ambulante do que ter aquela velha opinião paradigmática sobre tudo. Ei, não me chame de profano! Há uma grande diferença entre metanóia e metamorfose. E Raul Seixas não sabia disso. Quem conhece um pouquinho de grego koiné, sabe o que estou a dizer.
Prefiro o discipulado ao império pessoal.
Prefiro a humildade a honra.
Prefiro a Palavra a palavra.
Prefiro o mártir ao herói em causa própria.
Prefiro Cristo ao cristianismo.
Prefiro Deus aos deuses.
Prefiro a paz.
Shalom e até a próxima!!
Pr. Jaaziel Marcelo

FONTE:       BLOG DO PASTOR JAAZIEL MARCELO

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