18/05/2009

UMA RELEITURA DE ROMANOS 8

 1222107503W2sIVp

por Ariovaldo Ramos

Deus não tem mais nada contra os que estão em Cristo, porque os que estão nessa situação têm o poder do Espírito Santo atuando em si, de maneira que não estão mais condenados a viver em estado de rebelião, o pecado não os controla mais. Foram libertos pelo sacrifício de Cristo, tanto da prisão espiritual quanto desse controle.

Basta que se deixem conduzir pelo Espírito Santo, que é o que os distinguem como filhos de Deus, que viverão de modo agradável a Deus. Eles ainda têm a velha natureza neles, mas não são mais obrigados por essa natureza a nada, porque a presença do Espírito Santo, neles, manifesta uma nova natureza.

É fato que, o que é verdade para a dimensão espiritual não o é na física; ainda morrerão, mas com a certeza da ressurreição.

Ressuscitarão porque o Espírito de Deus, que ressuscitou a Jesus, vive neles, por isso eles não são mais prisioneiros da velha natureza; pelo contrário, podem anulá-la e às suas obras.

Eles não precisam mais viver de maneira medíocre, são filhos, chamam a Deus de Pai, foram adotados por Ele, e podem viver de acordo com o seu novo estado. Não precisam ter medo, o próprio Espírito é quem lhes garante que são filhos de Deus. Podem acreditar nisso e viver baseado nisso. Sempre que eles forem nessa direção, o Espírito os fará alcançar esse padrão de vida.

Eles estão identificados com Jesus, receberão tudo o que Jesus recebeu mas, agora, compartilham do sofrimento de Cristo. Eles o suportam, pois sabem que não dá para comparar com o que receberão.

Aliás, toda a criação sofre também porque Deus, por causa do crime da raça humana contra Ele, ao invés de aniquilar a humanidade, submeteu-a ao sofrimento (pôde fazer isso por causa do sacrifício de Jesus Cristo). E o sofrimento humano se estende a todas as criaturas sobre quem o ser humano tinha domínio (Gn 1.28) – daí porque a doença e a morte.

Todos, portanto, aguardam o grande dia da ressurreição da humanidade e de tudo o que estava debaixo da mesma. Todo o planeta será renovado. Por isso, é de se esperar que já, agora, os que sabem de sua ressurreição ajam em favor de toda a criação, preservando e restaurando, dentro de suas possibilidades, o meio ambiente. Porque os que aguardam a ressurreição, compreendem a dor das demais criaturas.

Eles, os que têm o Espírito Santo, que já saboreiam um pouco da glória futura, confiam que receberão todas as promessas que pertencem aos filhos, e esperam com paciência e certeza.

No dia-a-dia contam com o Espírito Santo, que intercede por eles com uma profundidade inalcançável, mas  segundo a vontade de Deus, que é transformá-los em pessoas cada vez mais parecidas com Jesus. De modo que, tudo o que lhes acontece, coopera para que cheguem mais perto desse modo de viver. Deus decidiu que faria isso com eles desde antes da criação do mundo – o Pai decidiu que o Filho teria irmãos, passando de unigênito para primogênito, mas que todos os irmãos seriam como o irmão mais velho.

Ninguém consegue ser, de fato, contra eles, porque Deus é por eles. E não tem como eles serem acusados, porque Deus os declarou sem culpa – Ele os perdoou. Deus lhes deu o seu próprio Filho e, com ele, tudo o que eles precisassem para ser como Jesus de Nazaré.

Portanto, eles sofrem não porque Deus não os ama, mas porque eles se identificam com Cristo, e sofrem por estarem do lado de Cristo, e por tudo o que faria Cristo sofrer. Mas eles estão prontos! Eles sabem que são ovelhas que estão se identificando com o sacrifício de seu pastor, Jesus.

Assim, eles sabem que o amor de Cristo sempre estará com eles ajudando-os a ser mais que vencedores em qualquer sofrimento. A vitória deles não é não sofrer, é não ser derrotado por nenhum sofrimento.

FONTE: Portal Missão Integral - ARTIGOS - ariovaldoramos.com.br

A OBRA MISSIONÁRIA E A VOLTA DE JESUS

 1222194614jhK6I1

Mathias Quintela de Souza

Mateus - 9 - 35 : 38

Ler também Mateus 24.14
Introdução
• Nesta mensagem, o foco da nossa atenção é Mateus 24.14, o texto básico para as reflexões sobre a volta de Jesus. A segunda vinda de Jesus foi considerada sempre em relação com a nossa responsabilidade missionária, seguindo as instruções de Jesus (Atos 1.6-8).
• De acordo com Atos 1.8 temos o poder para testemunhar. Em Mateus 9.35-38, temos um modelo de missões. Capacitados pelo Espírito Santo, e seguindo nas pisaduras de Jesus, o nosso Mestre, podemos cumprir perfeitamente a missão de pregar o evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Esta é a nossa parte para que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e para que ele envie o Cristo que o céu retém até os tempos da restauração de todas as coisas (Atos 3.19-21).
• Temos no mundo cerca de 300 países que abrigam cerca de 12000 nações. Dessas, mais ou menos 3000 não foram ainda alcançadas, e são as mais resistentes à pregação do Evangelho. Temos um grande desafio missionário, pois o foco em Mateus 24.14 são as nações. Além de etnias, temos centenas de povoados no sertão do norte e nordeste brasileiro que não foram ainda alcançados!
• Aprendamos, com Jesus, como cumprir essa nobre missão.


1 - A DINÂMICA MISSIONÁRIA
• Jesus, o missionário modelo, é dinâmico, é homem de ação (9.35). Observemos os verbos percorrer, ensinar, pregar e curar.


• Para cumprir Mateus 24.14 é preciso ir aonde as pessoas estão. Jesus, para cumprir a sua missão, desceu às partes inferiores da terra (Efésios 4.9). Era consciente de que devia PERCORRER cidades e povoados para cumprir a sua missão (Marcos 1.37-39; Mateus 9.35). O nosso campo missionário começa em nossa casa, alcança os nossos relacionamentos sociais e inclui a responsabilidade de enviarmos pessoas chamadas por Deus para ir aonde não haja igrejas com condições de dar um testemunho eficaz do evangelho.

• O modelo de Jesus deixa claro também o conteúdo da nossa missão: pregar o evangelho do reino (evangelização), ensinar os princípios desse reino (discipulado) e curar os enfermos do espírito, alma e corpo (diaconia). Para isto, somos capacitados pelo Espírito Santo.

2 - A VISÃO MISSIONÁRIA
• Jesus viu nas multidões aflitas e exaustas pessoas que estavam maduras para serem colhidas no reino de Deus (Mateus 9.36-37). Essas pessoas estavam como ovelhas sem pastor. Os que deviam ser os pastores (João 7.32) tinham visão diferente (João 7.45-49). Para esses "pastores" a plebe (multidão) era maldita. Servia só para combustível do fogo do inferno.


• Precisamos ver as pessoas com os olhos de Jesus. Ele viu na samaritana renegada como herege e pecadora uma pessoa sedenta da água da vida; ele viu em Zaqueu, um possível ladrão do colarinho branco, uma pessoa contrita, arrependida, faminta e sedenta da justiça divina, candidato a ser admitido na família de Abraão; ele viu na mulher de rua que lavava os seus pés com lágrimas e os enxugava com os seus cabelos uma cadidata a receber a salvação pela graça mediante a fé. Por outro lado, ele se referiu a líderes e teólogos como hipócritas e merecedores de duras reprimendas (Mateus 23.13-15).


• Vivendo em comunhão com Jesus, temos condições de atender à sua exortação: "Erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa" (João 4.35).


3 - A PAIXÃO MISSIONÁRIA
• Jesus, o missionário modelo, se compadeceu das multidões aflitas e exaustas. A visão correta desperta a compaixão. A paixão procede do coração e vai além da razão. Às vezes, parece loucura. Esse foi o julgamento da mãe e dos irmãos de Jesus (Marcos 3.21, 31) e de Festo (Atos 26.24-25).
• Como entender um amor tão apaixonado que leva Jesus ao sacrifício da cruz para salvar os pecadores? Esse amor nos constrange na obra missionária (2 Coríntios 5.14-15).
• Quando o Espírito de Jesus habita em nós e nos impulsiona na obra missionária, agimos como Jesus agiu; vemos como Jesus viu; compadecemo-nos como Jesus se compadeceu. Estamos identificados com Jesus, ou com os escribas e os principais sacerdotes que viam as multidões aflitas e exaustas como combustível para o inferno?


4- O SEGREDO MISSIONÁRIO
• A grande necessidade: obreiros, ceifeiros, operários! As pessoas estavam como ovelhas sem pastor porque os pastores que existiam não tinham disposição para agir, não tinham olhos para ver e não tinham coração para sentir, como Jesus agia, via e sentia. O trabalho precisa ser feito com pessoas comuns como os apóstolos que eram, quando chamados, pescadores, funcionários públicos, revolucionários políticos que eram leais, responsáveis, disponíveis e ensináveis!
• O segredo do sucesso na obra missionária está em pessoas que estão a serviço de Deus como resposta de oração. Todo o obreiro que está fora de foco, infrutífero, insatisfeito, murmurador, não é resposta de oração. Vamos orar para que Deus nos dê evangelistas e discipuladores, que nos dê líderes, supervisores de líderes, superintendentes de áreas, pastores de distritos, missionários para pregar onde não há igrejas em condições de um efetivo testemunho do evangelho. Devemos orar também pela mobilização de todo o povo de Deus, pois "cada crente é um ministro e cada casa é uma igreja".


Conclusão
Não nos preocupemos com épocas ou estações que o Pai reservou para a sua exclusiva autoridade (Atos 1.7), mas abramos os nossos corações para que fiquemos cheios do poder do Espírito Santo (Atos 1.8) a fim de que, seguindo o modelo de Jesus, nosso Senhor e Mestre, sejamos testemunhas dele em Jerusalém, Judéia, Samaria  e até aos confins da terra (missões transculturais). Essa missão precisa ser cumprida para que o Senhor volte e nos invista na posse do reino que nos está preparado desde a fundação do mundo!