29/07/2011

Davi e Sua Forma de Resolver Problemas (Parte 2)

Problemas provocados e não provocados
Na nossa vida há dois tipos de problemas: aqueles que nós mesmos causamos e aqueles dos quais não temos culpa. São problemas com origens diferentes, mas ambos estão presentes em nossas vidas. Porém, podemos e devemos aprender a lidar com eles:


Os problemas não provocados
Durante sua vida, Davi foi confrontado com problemas, provações e sofrimentos, como qualquer pessoa. Infelizmente, a vida é assim, uma conseqüência desagradável do pecado. Não foi à toa que Moisés disse com relação à vida humana:


“Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado…” (Sl 90.10).

Isso significa que canseira e enfado são as conseqüências lógicas e inevitáveis do pecado.


Os problemas provocados
Esses problemas são resultado da desobediência consciente em relação à Palavra de Deus. Apesar de a culpa em si ser removida quando aceitamos o perdão, é possível que tenhamos de arcar com algumas conseqüências.
Em sua vida, Davi enfrentou os dois tipos de dificuldades. A forma com que ele lidou com elas é notável:
Certo dia Davi se escondeu em uma caverna úmida e escura. Saul queria matá-lo. Não havia mais nenhuma forma de escapar. Então Davi escreveu o Salmo 57:


“Firme está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores. Desperta, ó minha alma! Despertai, lira e harpa! Quero acordar a alva. Render-te-ei graças entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações. Pois a tua misericórdia se eleva até aos céus, e a tua fidelidade, até às nuvens. Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória” (Salmo 57. 7-11).Quando Davi ficou sabendo que muitos de seus amigos sacerdotes tinham sido mortos, ele escreveu o seguinte no Salmo 52: “…esperarei no teu nome, porque é bom” (v. 9).

Como Davi lidava com as dificuldades
Davi solucionava seus problemas, independentemente dele mesmo tê-los causado ou não, confiando-os a Deus. O Salmo 55 também demonstra esse tipo de atitude. O pano de fundo histórico relativo a esse salmo pode ser encontrado nos capítulos 15 a 18 do segundo livro de Samuel: Absalão, o filho de Davi, tinha assumido o poder por meio de um golpe de Estado. Davi estava fugindo dele. Seu próprio filho queria não apenas a coroa, mas também desejava matá-lo. Além disso, um dos amigos de Davi tinha se bandeado para o lado do revoltoso. Em sua fuga, Davi sofreu humilhação pública, foi apedrejado e amaldiçoado. Como ele lidou com isso?

Primeiro, Davi simplesmente ficou quieto
Esses acontecimentos absurdos deixavam-no sem palavras, mas ele sabia de uma coisa: “Eu mesmo tenho culpa da situação ter chegado a este ponto. Ela é conseqüência do meu pecado”. E assim Davi ordenou aos seus servos que queriam dar uma lição no apedrejador: “Deixai-o; que amaldiçoe, pois o Senhor lhe ordenou” (2 Sm 16.11). Davi estava consciente do fato de que Deus permitia esse sofrimento. Por isso, ele não se rebelou. Será que nós também conseguimos, por princípio, aceitar as provações? Era o que Davi fazia!

Davi transformou suas preocupações em orações!
Como ele fazia isso?


“Dá ouvidos, ó Deus, à minha oração; não te escondas da minha súplica. Atende-me e responde-me” (Sl 55.1-2).
Davi contava que Deus ouviria, veria, conheceria a situação e estaria ao seu lado para ajudá-lo. Como você lida com essas situações difíceis? Você logo pega o telefone para contar a outra pessoa, ou primeiro derrama seu coração diante de Deus? No Salmo 62.8 Davi convida:


“Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio”. (Salmo 62.8

Davi lidava de forma honesta com a sua situação
Ele não tinha vergonha de reconhecer que estava mal:


“Atende-me e responde-me; sinto-me perplexo em minha queixa e ando perturbado, por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois sobre mim lançam calamidade e furiosamente me hostilizam. Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam; temor e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim” (Sl 55.2-5).
Davi estava perto de um colapso, o suor frio do medo corria pelas suas costas.

Davi queria fugir e simplesmente esquecer tudo
Seria tão bom: pegar um avião, curtir o sol e o mar, simplesmente desligar. E assim escreveu Davi:


“Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso. Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto. Dar-me-ia pressa em abrigar-me do vendaval e da procela” (Sl 55.6-8).
Mas quando os problemas são reais, uma ilha deserta não ajuda em nada. Comprimidos e álcool também não são a solução correta. O que fazer?


Frustração, raiva e ódio precisam sair!
Davi sabia que precisava enfrentar a situação. As desculpas esfarrapadas não adiantavam nada, pois só levariam a novos becos sem saída. Por isso, ele continuou escrevendo:


“Destrói, Senhor, e confunde os seus conselhos, porque vejo violência e contenda na cidade. Dia e noite giram nas suas muralhas, e, muros a dentro, campeia a perversidade e a malícia; há destruição no meio dela; das suas praças não se apartam a opressão e o engano. Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus. A morte os assalte, e vivos desçam à cova! Porque há maldade nas suas moradas e no seu íntimo” (Sl 55.9-15).
Davi precisava desabafar. Por isso, ele se pôs de joelhos e colocou tudo para fora, expondo toda a sua raiva diante de Deus. Você também sabe o que é fermentar, cozinhar e ferver por dentro? Como você lida com isso?
Davi obteve alivío clamando a Deus:

“Eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará. À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz” (Sl 55. 16-17).
Mas por que também à noite? Porque a pressão e o coração sobrecarregado não nos deixam dormir bem. Se não conseguimos fechar os nossos olhos por causa dos problemas, precisamos de uma válvula de escape. Existe apenas uma única coisa que realmente ajuda e é totalmente saudável: a oração. Por isso: faça de suas preocupações e provações uma oração!


Apesar das circunstâncias difíceis, Davi não ficou desconcertado
Ele estava mais velho. A fuga foi cansativa e incômoda, ele estava acostumado ao conforto da vida na corte. No caminho, pessoas jogaram pedras nele e o cobriram de xingamentos. A morte o perseguia de perto. Desertos quentes, noites geladas e a fome esperavam por ele. Até mesmo o amigo o traíra. Tudo era contra ele.
Mas Davi já tinha experimentado o socorro de Deus em tantas ocasiões durante a sua vida que mesmo agora, apesar de todas as circunstâncias contrárias, ele mais uma vez escreveu:


“Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado. Tu, porém, ó Deus, os precipitarás à cova profunda; homens sanguinários e fraudulentos não chegarão à metade dos seus dias; eu, todavia, confiarei em ti” (Sl 55.22-23).
Davi estava dizendo o seguinte: “Senhor, posso descansar; Senhor, posso confiar em Ti; Senhor, posso ter certeza de que Tu saberás lidar com a minha situação. Independentemente do que enfrento, posso ter essa certeza: Tu, Senhor, alcançarás Teu objetivo comigo”. Você também pode orar ao Senhor nesse sentido: “eu, todavia, confiarei em ti!"

Autor: Samuel Rindlisbacher – http://www.estudosgospel.com.br/

Reflexão Bíblica em Lucas 7.36-40

VERSÍCULO:Convidado por um dos fariseus para jantar, Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa. Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’, trouxe um frasco de alabastro com perfume, e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com suas lágrimas.Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume. Ao ver isso, o fariseu que o havia convidado disse a si mesmo: “Se este homem fosse profeta, saberia quem nele está tocando e que tipo de mulher ela é: uma ‘pecadora’ ”. Então lhe disse Jesus: “Simão, tenho algo a lhe dizer”.“Dize, Mestre”, disse ele.(Lc 7:36-40)

PENSAMENTO:Jesus jantava com fariseus e publicanos (Mt 9:10; Lc 5:29).Embora Simão fosse membro de um grupo que fazia oposição a ele,nosso Mestre teve consideração de manter a comunhão com ele. Jesus tratou cada pessoa como um indivíduo. Com Jesus cada um tem achance de mostrar quem é. Jesus conhecia os pensamentos de Simão e podia desmascará-lo na hora, revelando como Simão julgou errado.Mas, o Senhor o tratou com respeito e paciência. Será que nós temos feito o mesmo com pessoas que nos incomodam ou até se opõem a nós ou nossos planos? O caminho que Jesus escolheu, do diálogo e da paciência, leva à salvação. Isso é o que realmente importa.
Fonte:www.hermeneutica.com.br