30/08/2009

Paz sem voz não é paz, é medo.

 

Quem se cala diante do pecado, da injustiça e de falsas doutrinas não ama de verdade. A Bíblia diz que o amor "...não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade" (1 Co 13.6). Deveríamos orar muito por sabedoria e, com amor ainda maior, chamar a atenção para a verdade e não tolerar a injustiça.

Ao estar em jogo a verdade, Estevão argumentou, mas sempre em amor a seu povo e com temor diante da verdade em Cristo. O apóstolo Paulo estava disposto a ser considerado maldito por amor ao seu povo, mas não cedia um milímetro quando se tratava da verdade em Cristo. Jesus amou como nenhum outro sobre a terra, mas assim mesmo pronunciou duras palavras de ameaça contra o povo incrédulo, que seguia mais as tradições e as próprias leis do que a Palavra de Deus. O Dr. John Charles Ryle, bispo anglicano de Liverpool que viveu de 1816 a 1900, certa vez disse assim:
"Controvérsias religiosas são desagradáveis. Já é extremamente difícil vencer o diabo, o mundo e a carne sem ainda enfrentar conflitos internos no próprio arraial. Mas pior do que discutir é tolerar falsas doutrinas sem protesto e sem contestação. A Reforma Protestante só foi vitoriosa porque houve discussões. Se fosse correta a opinião de certas pessoas que amam a paz acima de tudo, nunca teríamos tido a Reforma. Por amor à paz deveríamos adorar a virgem Maria e nos curvar diante de imagens e relíquias até o dia de hoje. O apóstolo Paulo foi a personalidade mais agitadora em todo o livro de Atos, e por isso foi espancado com varas, apedrejado e deixado como morto, acorrentado e lançado na prisão, arrastado diante das autoridades, e só por pouco escapou de uma tentativa de assassinato. Suas convicções eram tão decididas que os judeus incrédulos de Tessalônica se queixaram: 'Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui' (At 17.6). Deus tenha misericórdia dos pastores cujo alvo principal é o crescimento das suas organizações e a manutenção da paz e da harmonia. Eles até poderão fugir das polêmicas, mas não escaparão do tribunal de Cristo".
Fonte: Inconformidade Cristã

Pr Julio Soder: Paz sem voz não é paz, é medo.

Garotas “total flex”

 

Ser bi está na moda. É o que diz outra matéria de Época. Mas não é o fenômeno dos veículos bicombustíveis, não. É a bissexualidade mesmo. A reportagem relata o caso de mulheres famosas como Megan Fox, Fergie, Monica Belucci, Lady Gaga e Lindsay Lohan que, ao assumirem a bissexualidade, tranformaram-se em ícones para um enorme contingente de jovens e adolescentes. E tem mais. No Brasil, só para citar, há Preta Gil que não cansa de se rotular como “total flex”. O texto diz que elas são bonitas, femininas, vaidosas. E gostam umas das outras.

E a influência negativa  do comportamento dessas supostas “estrelas” é algo certo. No encalço delas, as meninas seguem em busca de novas experiências amorosas. A psicoterapeuta e sexóloga Mara Pusch, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acredita que o fenômeno da bissexualidade feminina na mídia libera as meninas para o desejo de experimentação inerente aos seres humanos. “Quando uma menina diz que é bissexual, ela talvez nem saiba direito do que está falando. Está apenas querendo descobrir do que gosta, o que quer. Se uma pessoa famosa diz que faz o mesmo, ela se sente mais livre”, afirma. “Nesse treino de sexualidade, as meninas costumam não entender direito o que sentem pela melhor amiga, se é admiração ou atração. E ficam mais confortáveis de colocar à prova.”

A sexóloga disse o óbvio ululante, mas se exime de apontar o erro nesse tipo de comportamento. Aliás, qual sexóloga tem coragem de mostrar algum tipo de erro?

Outra parte da matéria relata que “a natureza feminina, mais flexível e com menos defesas em relação à afetividade, acaba proporcionando uma liberdade maior no campo sexual – sem que necessariamente haja rotulações. “Viver uma ou outra experiência com alguém do mesmo sexo é diferente de ser bissexual”, afirma Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Projeto Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP). “Nem todas as pessoas crescem com uma definição tão absoluta quanto à orientação sexual. Muitas vezes é preciso amadurecer para chegar a uma identidade. E hoje existe uma maior permissividade para a experimentação”.

Temos aí, portanto, a cultura total flex. Fique com quem quiser, e não se preocupe com o que vão falar. E nisso, a sociedade e a familia vão descambando.

Tenho a nítida impressão de ter sido transportado para o admirável mundo novo de Aldous Huxley, onde a excentricidade, a imoralidade e a insanidade são tidos como padrões corretos de vivência. Para quem não se lembra, Huxley descreve em sua ficção o futuro sombrio da sociedade, com o abandono da ética religiosa e dos valores morais. A sociedade é dividida em castas; a dúvida e insegurança dos cidadãos é dissipada com o consumo constante de uma droga chamada “soma”; as crianças têm educação sexual desde os mais tenros anos da vida; o conceito de família já não mais existe; e, por fim, o múltiplo relacionamento sexual é a regra comum. Esse é o cenário desolador.

Inequivocamente, com algumas ressavas, estamos dentro do caótico mundo vislumbrado por Huxley. Vamos às provas: a sociedade está sendo dividida em castas (homossexuais x heterossexuais); tentam a todo custo liberar o uso das drogas; a des-educação sexual está sendo ministrado cada vez mais cedo às crianças; a família sofre ataque de todos os lados (principalmente do governo); a fidelidade conjugal é coisa do passado, e agora, o comportamento bissexual está na moda.

Por isso, Paulo escreve:

RM 1:26 –  Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.

RM 1:27 –  E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.

RM 1:26 –  Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.

RM 1:27 –  E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.

www.comoviveremos.com

Categorias: Jovens · Sexualidade

fonte: Garotas “total flex” « E Agora, Como Viveremos?

NO CAMINHO COM ISAQUE

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Hoje cedo, por volta de oito horas da manhã, o Senhor me pediu que entregasse Isaque em sacrifício. Não era bem um pedido que eu gostasse de escutar. Na verdade, fora muito bem-sucedida em evitar ouvir a voz do Senhor nesses últimos tempos, envolvendo-me em um oceano de obrigações e atividades “inadiáveis”.
Eu sabia que ele estava com saudades. Até um pouco enciumado. Sabia que esperava ocasião propícia para falar e ser ouvido. O momento ideal. O quarto secreto. Mas eu fugi, inconscientemente, fugi o quanto pude. Preferi exercer um pouco mais a ilusão do controle, a autosuficiência. Preferi cultivar um pouco mais os instantes de dúvida, que tanto nos confortam. Porque as certezas costumam ser tão definitivas. Enquanto estamos em dúvida é cômodo e até prazeroso arriscar e errar, sem culpa.
Mas quando Deus fala e nos convence – porque quando ele fala, a não ser que sejamos muito cabeças-duras, ele invariavelmente nos convence _ a certeza vem e, com ela, as coisas complicam para o nosso lado. Uma nova atitude nos é requerida. Uma mudança de rota ou mesmo uma perseverança na mesma rota, mas que nos causa desconforto, porque melhor nos seria seguir em outra direção. Quando Deus fala, sua voz se sobrepõe às nossas muitas vozes, e nesse instante é pegar ou largar. Obedecer ou dar de ombros.
A passagem do livro de Gênesis que narra a entrega de Isaque no Monte Moriá é uma das mais espantosas de toda a Escritura. Isaque é o filho único de Abraão. Mas não se trata apenas de um filho. Isaque é o encontro pelo qual Abraão esperou a vida inteira. É o significado de sua existência, numa cultura em que um homem sem filhos é um homem sem história, sem descendência.
Isaque é o zênite de uma trajetória com muitas passagens que se dão no escuro. Que começa, em si, na escuridão de uma noite no deserto, quando um homem se deita num travesseiro de areia a fim de contemplar estrelas. Ele olha, do terreno seguro de sua tenda, a imensidão de um universo inescrutável, e, no vazio, recebe uma promessa: mais que essas estrelas será a tua geração, homem de fé.
Na escuridão daquele deserto, Abraão recebe Isaque em promessa e por ele espera durante 25 anos. Isaque é mais que um filho, portanto. É a luz que finalmente brilha no fim do túnel de sua velhice. Abraão tinha cem anos quando Isaque nasceu.
Entregar Isaque em sacrifício pode ser lido, então, como renunciar àquilo que atribui significado a nossas vidas repletas de incertezas e de vazios.
Para Abraão, Isaque era ainda uma pessoa com quem ele podia dialogar serenamente. “Os dois caminhavam juntos.” Havia respeito e cumplicidade. Havia afeição, amizade e admiração. Abraão olhava para Isaque e via nele o objeto de seu amor, o milagre e o poder de Deus. Isaque olhava para o pai e via nele um companheiro com quem tinha prazer em caminhar.
Se Abraão amava a Isaque mais do que tudo, é certo que Isaque também amava Abraão com profundo amor. Com ele, podia conversar sem medo. “Pai?” “Sim, meu filho.” “Está tudo aqui, a madeira, o cutelo, a corda. Mas onde está o cordeiro para o sacrifício?” Havia entre eles liberdade e graça. Isso torna a cerimônia do holocausto um capítulo ainda mais dramático e quase totalmente incompreensível.
Afinal, o Deus que pede a Abraão o único filho não é criatura sádica e deceptiva, que primeiro dá apenas para ter o prazer de tirar. Um déspota que esfrega as mãos e finaliza suas frases com uma gargalhada diabólica: “Vamos ver se me obedece, ra ra ra!”
Ainda assim, não parece terrível que nessa ocasião ele não se importe em ficar parecido com Moloque, o deus pagão que pedia crianças para serem queimadas vivas nas mãos fumegantes de suas gigantescas estátuas? Como permitiu-se identificar com tão temível criatura? Por que não se importou em constranger o pobre Abraão a esse vexame? E por que cargas d´água vem agora pedir de mim que entregue, eu mesma, o meu Isaque? Por que não posso mantê-lo? Ele não tem nada melhor para fazer nesta segunda-feira chuvosa? Não tem crianças pobres para salvar, guerras para exterminar?
Sacrificar aquilo a quê nosso coração se apegou com amor já seria difícil o bastante. Que dirá entregar no altar sagrado da renúncia aquele que a nós também dirige um olhar de afeto. Ou aquilo que nos confere valor? Ou aquela causa que nos dá sentido à existência? Pode ser uma pessoa, um trabalho, um partido político, um amor ou uma amargura antigos. Porque ódios antigos também dão sentido à existência de muitos. Isaque, então, pode ser tudo aquilo que ocupou um espaço demasiado grande em nosso coração, a ponto de nos tirar a paz e de provocar ciúmes no Senhor.
O Monte Moriá, contudo, não é destino de covardes. E a travessia até ali é uma jornada de três dias. Eram cerca de 80 quilômetros, a pé, até o local do sacrifício. Três dias é tempo suficiente para repensar o significado de Isaque e entender por que o Senhor, vez ou outra, nos faz esses pedidos tão contundentes.
Três dias é tempo suficiente para sofrer a aflição da entrega, morrer a morte da cruz (“nega-si a si mesmo e segue-me”) e ressuscitar um ser humano renovado. Mas Abraão, diz o livro de Hebreus, acreditava que Deus poderia trazer o filho de volta à vida. Ele tinha uma promessa de descendência “mais numerosa que as estrelas do céu”. Ele sabia onde estava pisando, embora isso não diminua sua experiência de desapego.
E eu, Senhor, tenho o quê? Você me pede que entregue Isaque, mas não me promete nada em troca? Isso soa meio injusto para mim.
Por enquanto, ele me oferece sua companhia durante a travessia. Mais adiante, poderá me mostrar um pouco mais. Não é conveniente que eu o saiba agora.
Decido obedecer e esperar. Baixo as armas. Coloco a lenha sobre o altar. E vou morrendo um pouco enquanto tomo o menino pelas mãos.
Marília Cesar

FONTE: PavaBlog