23/05/2010

NÃO SE ESQUEÇA DO ROBIN

 

POR: Rodrigo de Lima Ferreira

 

 

 

 

 

 

 

A bênção da internet é saber como éramos bregas e não sabíamos! Recentemente assisti a um filme do Batman, dos anos 60, baseado na famosa série com Adam West (Batman) e Burt Ward (Robin). Era engraçado ver um Batman meio barrigudinho e um Robin com aquele cabelo entupido de gel. A cena mais ridícula no filme foi a em que Batman, pendurado em uma escada de helicóptero, sobrevoando o mar aberto, é atacado por um tubarão e então contra-ataca com um repelente de tubarões em spray retirado do seu batcinto de utilidades!
Na minha imaginação infantil, quando o seriado era exibido na TV, era impossível ter o Batman sem o Robin. E sem também aquele batmóvel maravilhoso, mas esta é outra história. Portanto, aonde o Batman ia, o Robin ia atrás.
Nos tempos de Jesus também havia uma dupla dinâmica. Não era formada por um protótipo de Batman e Robin, mesmo porque o morcego era animal imundo perante a Lei. Mas era a dupla dinâmica formada por fariseus e saduceus.
Os fariseus são constantemente lembrados hoje em dia. Não há ofensa maior que chamar alguém de fariseu. Isso porque fariseu é entendido como alguém intransigente, cabeça dura ou, conforme disse Rubem Alves, seguidor do protestantismo de reta doutrina, onde o que importa é a letra da Lei, não o seu espírito. Segundo o fariseu, o que vale é a correta interpretação da Lei, dada por ele mesmo, e não ela em si.
Mas os saduceus formavam um grupo diferente. Eram judeus que tinham um tipo de fé diferente. Não criam na ressurreição. Diziam que a tradição oral não valia como a tradição escrita. Eram pessoas, conforme nos diz Flávio Josefo, que criam apenas no livre-arbítrio aqui e agora.
O mais interessante é que, para pegar Jesus, eles sempre se alinhavam com os fariseus, que criam de modo diametralmente oposto. Para um “bem comum”, ou melhor, mal comum, aceitavam a união com um pretenso inimigo.
Os saduceus, embora menos citados na Bíblia, eram tão perniciosos quanto os fariseus em sua busca em perseguir Jesus. Sua perniciosidade residia não só em sua hipocrisia e em seu “colaboracionismo” com o farisaísmo, gerando uma distorção do conceito de co-beligerância de Francis Schaeffer. Sua malignidade residia principalmente em sua incredulidade latente.
Vemos hoje o grande mal que estruturas doentes fazem com as pessoas. A cada dia que passa aumenta o número de pessoas traumatizadas com igrejas, lideranças e pastores. Tal como um alérgico em um ambiente mofado, esses indivíduos começam a agonizar com a simples lembrança de algo que já foi belo, mas que hoje necessita urgentemente de uma reforma e um avivamento (citando, novamente, Schaeffer). Essas pessoas necessitam de amparo, comunhão e restauração do verdadeiro Deus e da verdadeira Igreja, que é seu corpo e que reside nas igrejas e fora delas.
Mas, tal como lobos que acompanham rebanhos machucados, os saduceus modernos espreitam tais pessoas, afirmando seu egoísmo como parte inerente ao reino, dizendo que a “igreja sou eu”, quando, na verdade, a igreja nunca é um indivíduo apenas. Estes saduceus apresentam sua incredulidade em uma capa estranha de piedade mundanizada e santidade suja, crendo transmitir o “verdadeiro Evangelho”, como se os últimos dois mil anos tivessem gerado apenas espertalhões e heréticos, mas que agora a realidade estava revelada a eles. Movimentos heréticos, como os Testemunhas de Jeová e os Mórmons, tiveram início bem semelhante. Em seu descaminho, semeiam apenas a desgraça, a arrogância, a amargura, o cinismo, a incredulidade e o sarcasmo. Tudo em nome de Jesus.
Jesus condenou tanto os fariseus quanto os saduceus: “Vocês erram, não conhecendo as Escrituras” (Mt 22.29). E são essas mesmas Escrituras, tão vilipendiadas hoje em dia, que testemunham de Jesus (Jo 5.39). Na busca pela restauração da igreja, a incredulidade e a carnalidade humanas nunca podem ser alternativas viáveis. É hora, portanto, de buscarmos a Palavra, a santidade e o Senhor, deixando os modernos saduceus de lado. São guias cegos, e não quero que ninguém seja guiado ao precipício (Mt 15.14). Abra bem os olhos e nunca se esqueça do Robin!
• Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Rolim de Moura, RO. revdigao.wordpress.com

FONTE:  Editora Ultimato - formação e informação

Doidinhos por Jesus

 

Loucos po Jesus Doidinhos por JesusO texto a seguir, de Weber Chagas, pastor e autor do blog Pastoreando com o Coração, mostra que há pastores preocupados com a onda de Igrejas Evangélicas que se baseiam mais em supostas “ações” do Espírito Santo, do que em viver a essência de um Evangelho de amor e aceitação, o que faz até mesmo com que alguns crentes desenvolvam ou manifestem problemas psicológicos, devido a tanta exposição às teorias absurdas dos “moveres do Espírito”:

“Esta semana tomei conhecimento de um dado estatístico assustador: 70% dos pacientes internados em manicômios do Brasil são de origem evangélica.

Sinceramente, perdi o chão. Que a religião pode ser um fator que contribui para o desequilíbrio psíquico, ao mesmo tempo que pode constituir um espaço confortável para desequilibrados mentais, eu já sabia, o que não sabia era que a contribuição evangélica para este desastre fosse tão acentuada.

A razão para esse trágico dado passa pela teologia, pela liturgia, e principalmente pelo compromisso do resgate de um Cristianismo mais bíblico, emoldurado pela Verdade escrita e não pela “verdade” sensitiva.

Já não é de agora que denominações inteiras cultivam e estimulam um emocionalismo barato, sem o menor temor de rotular suas práticas ao “mover do Espírito Santo”. Com isso, transformam suas reuniões e grandes encontros num autêntico espetáculo do circo dos horrores, com gente caindo pra todo lado, tremendo, correndo, saltando e expressando sua insanidade em gargalhadas descontroladas, tudo isso sob a bandeira de um suposto “avivamento espiritual”.

O mais preocupante em todo esse processo é a falta de alguém lúcido e psicologicamente são, que seja capaz de sugerir um exame criterioso das Escrituras.

A espiritualidade cristã jamais será moldada por qualquer geração doente. A chancela do que é saudável e do que é doentio é dada pelo próprio Cristo, por Seu ensino e exemplo. A tentativa de desenvolver uma espiritualidade vinculada à cultura ou às tendência de qualquer desequilibrado que aparece, contando uma visão ou uma revelação, só contribui para aumentar o número dos que dão entrada em clínicas psiquiátricas em meio a verdadeiros surtos psicóticos. O pior de tudo isto é que ninguém fala absolutamente nada.

Loucos por causa de Cristo: muitas vezes, literalmente!

Fanáticos por Jesus Doidinhos por JesusÉ bem provável que a causa deste silêncio seja o despreparo teológico da maioria e a construção de certos paradigmas podres. Um deles é relacionar o estudo teológico à falta de unção. Com todo respeito, não há estupidez maior do que esta. Na verdade, é a resistência ao texto que colocou o movimento evangélico no Brasil e no mundo sob suspeita.

Uma rápida leitura dos Evangelhos, deixará em qualquer leitor minimamente atento, a real impressão de que o ministério de Jesus foi reflexivo. Ele nunca tencionou provocar transes e catarses. Suas mensagens e ensinamentos tinham o objetivo de fazer sua audiência pensar. Logo, embarcando na boléia de Jesus, Sua espiritualidade tinha um caráter mais cognitivo do que sensitivo, por isso Ele foi chamado de Mestre.

Já estou antevendo os comentários que chegarão: “O intelectualismo é morte”; “a letra mata”; “a teologia não presta pra nada”… Mas, vou correr o risco e fazer uma colocação final.

Todo cristão precisa estar comprometido com Cristo e o seu ensino. Nenhuma manifestação que escape ao escrutínio bíblico e não faça parte das práticas pessoais de Cristo e dos apóstolos, merece ser considerada, sequer analisada como possivelmente legítima, sob o risco de se abraçar a loucura ao invés da fé. Pense nisto!

Sola Escriptura!”

Juliana Dacoregio, no blog Heresia Loira

            FONTE: doidinhos por Jesus | PavaBlog#more-15389

O Leão da Tribo de Judá - M. Lloyd-Jones

 

O pecado. . . proveniente de fora, penetrou a vida humana e atacou até o Filho de Deus. Que estou perdoado é glorioso, e que tenho nova natureza é maravilhoso e melhor ainda. Mas continuo tendo que enfrentar este terrível poder que se ergue contra mim e que peleja para derrotar-me. . . Ele tem derrotado os mais fortes e poderosos. Não hesitou em medir forças com o próprio Deus. Suas sutilezas e sugestões vão ao meu encontro em todo lugar. Quem sou eu para defrontar-me com tal inimigo? Que é o homem, mesmo esforçando-se ao máximo, contra um antagonista desses? . . . O homem não pode, pois todos os homens falharam. . . Não há esperança alguma? Teremos que continuar a lutar, e a lutar em vão? Não! Apareceu um Davi e abateu este Golias; um Jônatas desbaratou de novo os filiesteus. O Homem entrou na luta e desferiu contra o inimigo um golpe mortal do qual ele nunca mais poderá recuperar-se. . .

Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, venceu a Satanás. Provado e testado ao máximo, Ele não só emergiu ileso, mas «expulsou o príncipe deste mundo» . . . Ele venceu a morte, o túmulo e todos os poderes que se opõem ao homem e aos seus mais elevados interesses. O Leão da Tribo de Judá prevaleceu — sim, e não somente para Si mesmo, mas por nós. Ele nos oferece o Seu poder e promete revestir-nos de Suas forças. Além de já não termos por que sofrer derrota, nEle podemos chegar a ser mais que vencedores sobre todo e qualquer poder que se levante contra nós.

Estes são os problemas do mundo. . . O Evangelho os revela e os resolve. Cristo satisfaz toda necessidade, e só Ele o faz. «Tudo Ele tem feito esplendidamente bem». A mensagem do Evangelho fala dEle e do que Ele tem feito. Não é teoria. A mensagem funciona, fato do qual dão testemunho as vidas dos cristãos de todos os tempos. Envergonhado de Jesus? Mil vezes não!

The Plight of Man and the Power of God, p. 89-91

fonte:   artyn Lloyd-Jones: O Leão da Tribo de Judá - M. Lloyd-Jones