19/03/2010

A Maior Virtude de Todas

 D.M.Lloyd-Jones

mlj004.jpg (19K) - Cristão carrega o fardo

Tenho por vezes notado a tendência de nem sequer dar valor ao que a Bíblia considera como a maior virtude de todas, a saber, a humildade. Numa comissão ouvi pessoas discutindo sobre certo candidato e dizendo: “Sim, muito bom; mas lhe falta personalidade”, quando a minha opinião sobre aquele candidato específico era que ele era humilde. Existe a tendência. . . de justificar a atitude de uma pessoa em fazer uso de si próprio e de, sua personalidade e de tentar projetá-la, impondo aos outros a sua aceitação. Os anúncios publicitários que estão sendo crescentemente empregados em conexão com a obra cristã proclamam em alto e bom som essa tendência. Leia os antigos relatos das atividades dos maiores obreiros de Deus, dos grandes evangelistas e outros, e verá como procuravam apagar-se a si próprios. Hoje, porém, estamos experimentando algo que é quase o completo reverso disso. . .

"Como a Igreja está permitindo que o mundo e os seus métodos influenciem e dirijam a sua perspectiva e a sua vida! Que pena!"

Que significa isso? “Não nos pregamos a nós mesmos”, diz Paulo, “mas a Cristo Jesus como Senhor”. Quando visitou Corinto, conta-nos ele, foi para ali “em fraqueza, temor e grande tremor”. Não subia à plataforma com confiança, segurança e desenvoltura, dando a impressão de uma grande personalidade. Antes, o povo dizia dele: “a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível”. Quão grande é a nossa tendência de desviar-nos da verdade e do padrão das Escrituras. Como a Igreja está permitindo que o mundo e os seus métodos influenciem e dirijam a sua perspectiva e a sua vida! Que pena! Ser “pobre de espírito” não é tão popular, mesmo na Igreja, como o foi outrora e sempre deveria ser. Os crentes devem reconsiderar essas questões. Não julguemos as coisas segundo a aparência do seu valor; acima de tudo, cuidemos para não sermos cativados por essa psicologia mundana; e tratemos de entender, desde o princípio, que estamos no domínio de um reino diferente de tudo quanto pertence a este “presente mundo mau”.

Fonte: Mensagem para Hoje - D.M.Lloyd-Jones - Editora PES - p. 151
A fonte original é o livro Estudos no Sermão do Monte - Editora Fiel

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A Maior Virtude de Todas

O caçador de almas - John Piper

 

Às vezes as pessoas que estão dormindo espiritualmente precisam receber um choque. Se você quer que elas ouçam o que você tem para dizer, talvez até tenha de escandalizá-las. Jesus é especialista nisso. Para nos ensinar algo sobre adoração, ele usa uma prostituta!

—Vá chamar seu marido— ele diz à mulher samaritana.

—Não tenho marido— responde ela.

—Você está certa— replica-lhe Jesus.

—Mas já teve cinco, e o homem com quem anda dormindo não é seu marido.

Ela ficou chocada. Nós ficamos chocados! Mas Jesus está simplesmente sentado ali à beira do poço, com as mãos apoiadas no colo, olhando para a mulher com seu olhar cortante, pronto para nos ensinar sobre adoração.

A primeira coisa que aprendemos é que adoração tem que ver com a vida real. Não é um interlúdio mítico em uma semana de realidade. Adoração tem que ver com adultério, fome e conflito racial.

Jesus está extremamente cansado da viagem. Está com calor e com sede. Então decide: "Sim, agora mesmo, exatamente agora, procurarei alguém para adorar o Pai — uma adúltera samaritana. Mostrarei aos meus discípulos como meu Pai procura adoração no meio da vida real, da pessoa mais improvável.

Ela é samaritana. É mulher. É meretriz. Sim, e vou aproveitar para lhes mostrar uma ou duas coisas sobre como colher verdadeiros adoradores da seara madura das prostitutas de Samaria".

fonte:   O Cristão Hedonista: O caçador de almas - John Piper

Por que Deus Compartilha a Sua Felicidade? Jonathan Edwards

 


“Ao compartilhar a sua felicidade,

Deus faz de si mesmo o seu fim na criação”

Outra parte da plenitude de Deus que ele comunica é a sua felicidade. Esta consiste nele se comprazer e se regozijar em si mesmo, o que se aplica também à felicidade da criatura.Trata-se de uma participação daquilo que há em Deus, com base no próprio Deus e em sua glória. A felicidade da criatura resume-se ao seu regozijo em Deus, por meio do qual Deus é engrandecido e exaltado. A alegria ou a exultação do coração na glória de Deus é pertinente ao louvor.

Desse modo, Deus é tudo em todas as coisas no tocante a cada parte dessa comunicação da plenitude divina à criatura. Aquilo que é comunicado é de ordem divina ou algo de Deus, e cada comunicação é dessa mesma natureza, de maneira que a criatura que recebe o que é comunicado se torna conforme Deus e unida a ele, segundo a proporção da comunicação. E a comunicação em si não é outra coisa senão o que constitui a honra, a exaltação e o louvor a Deus.

fonte:   JONATHAN EDWARDS: Por que Deus Compartilha Sua Felicidade? J. Edwards