15/06/2011

A Oração De Maria!

A oração de Maria se encontra descrito em Lucas 1.46 – 56.
Maria havia visitado sua irmã Isabel, embora a Biblia não revele por referência o motivo desta visita, fica por inferência declarado que o fator predominante fora porque o anjo Gabriel , ao visitar Maria para anunciar o nascimento de Jesus, também anunciou que Isabel estava grávida e de seis meses (Lucas 1.36), e que nada é impossível para Deus (Lucas 1.37),e com esses anúncio, o anjo Gabriel não apenas descreveu o milagre do nascimento virginal de Jesus em cumprimento da profecia do profeta maior Isaias, mas o anunciou e o descreveu dando por sinal outro milagre, a saber, a gravidez de uma mulher estéril e avançada em idade e de um marido avançado em idade, assim sendo, Maria ao visitar isabel e encontrá-la gravida, percebeu que realmente fora um anjo de Deus e não meramente uma brincadeira ou um falso profeta que havia lhe visitado. Não quero com isso afirmar que Maria descreu no que o anjo lhe disse, mas teve a confirmação ao saber pessoalmente que Isabel estava grávida.

Isabel era de idade avançada quando engravidou, e isso revela como que Deus é poderoso para atender as orações, pois se observamos vamos perceber que a gravidez de Isabel fora pedida por seu esposo Zacarias em oração ao Senhor Deus, e o Eterno e Soberano Deus atendeu as orações de Zacarias, e então Deus não apenas desfez da humilhação de ser estéril de Isabel, mas lhe concedeu um filho que fora profetizado por santos profetas, bem como Malaquias. Assim sendo, podemos perceber que João era promessa de Deus de nascer e ser o que ele foi, mas para seu nascimento fora necesário anos de humilhação, uma vez que a sua mãe era julgada como estéril, e uma mulher judia que não gerava filhos era considerada como quem estivesse em maldição. Mas as humilhações e tribulações não podem ofurscar os planos de Deus, e percebamos que os planos de Deus unido as petições em oração de Zacarias (Lucas 1.13) e possívelmente ás orações de Isabel tornaram realidade aquilo que se considerava impossivel. Façamos, pois, como Zacarias e preenchemos os projetos de Deus em orações e súplicas.

Se entrarmos na história e procurarmos vivenciarmos ela, ainda que em nossa limitada capacidade mental, nós iremos perceber verdades que por inferência são por demais valorosas. Bem como o fato de que Isabel ocutou-se das pessoas por cinco meses não saindo de casa, assim sendo, as pessoas não sabiam da sua gravidez (Lucas 1.24). Isso torna-se revelador quando deparamos também nas Sagradas Letras que o anjo só revelou a Maria a gravidez de Isabel quando esta estava no sexto mês, ou seja, durante os cinco meses que Isabel omitiu sua gravidez, nada fora comunicado a Maria, mas somente após o período em que Isabel ocultou-se em segredo sua dádiva, isto é, a sua gravidez, fora que o anjo declarou a Maria. Logo, podemos perceber o quanto Deus respeitou essa decisão de Isabel. E não pense que essa decisão em se ocultar por parte de Isabel fora uma atitude egoísta, pois ela declarou abertamente seu motivo em se ocultar ao declarar para sí mesma: “Isto é dádiva do Senhor para mim...”. Que coisa linda! Ela falava para sí mesmo, ou seja, isso implica na profundidade com que ela mesma no seu íntimo avaliava a situação, e concluia: dádiva de Deus.

Acredito ser por isso que o Senhor respeitou e não declarou por intemédio de um anjo a Maria, antes da própria Isabel se revelar como mãe, que ela estava grávida. Louvado seja Deus que os anjos não fazem fofocas, e seria muito maravilhoso se todos na Igreja do Senhor procedesse dessa forma.

Antes de adentrarmos na oração de Maria, percebamos o quanto é revelador a história que antecede o nascimento de João e Jesus. O texto descreve que Zacarias, o pai de João, estava em seu turno trabalhando, e Zacarias ministrava como sacerdote diante de Deus. Ele foi escolhido por sorteio, de acordo com a tradição do sacerdócio, para ter acesso ao altar do Santo dos Santos e ali oferecer a queima de incenso (Lucas 1.9). Ele não era o único sacerdote trabalhando, porém, em sortes como regra a tradição sacerdotal, ele fora escolhido para entrar no Lugar Santissímo. Para entrar no Lugar Santissimo deveria estar “limpo” aos olhos de Deus, e não poderia estar de qualquer maneira, pois o Santo dos Santos ou Lugar Santissímo era o lugar mais importante não só do Templo, mas bem como de todo o planeta, pois ali estava a presença de Deus, e a arca da alinça.

Zacarias estava preparado diante de Deus para entrar no Lugar Santissímo, mas essa preparação não se deu por essa razão, uma vez que ele não sabia que seria escolhido por sorteio. Assim sendo, nós podemos extrair lições, tal como, não apenas se santificar, jejuar, orar somente quando formos ministrar, pregar, louvar, mas termos uma vida regular de oração, jejum, adoração.

Imaginamos pois, se todos ali presente estavam preparados para ter acesso ao Santo dos Santos? Muitas das vezes, muitos de nós fazemos cobrança de forma áspera e até mesmo inconvenientemente para que as pessoas busquem a Deus, porém esqueçemos de fazermos uma introspectiva. Em muitas vezes já ouvi pregadores e obreiros dizerem: “devemos amar a palavra de Deus”, ou “ temos que falar a verdade”. Porém, estes eram desprovidos do conhecimento “básico” das Escrituras e muitas vezes não pregavam Biblia.

Zacarias dentro do Lugar Santíssimo recebeu a visita de um anjo, ao qual lhe anunciou os acontecimentos referente a gravidez da sua dignissima esposa, e Zacarias por duvidar das palavras do anjo, ficou temporáriamente mudo e somente falou quando então, o menino estava com oito dias de nascido e fora levado para ser cincurcidado. Durante o período em que Zacarias esteve com o anjo, a multidão do lado de fora estava preocupada com a sua demora. Quanto mais demorarmos no “Santissímo Lugar”, mas seremos alvo de preocupações, pois infelizmente muitas pessoas ficam preocupada quando uma pessoa se demora na presença íntima de Deus. E acredite... não é uma preocupação amável, mas muitas vezes movida de sentimentos vão.O que será que não passou na mente do povo ao ver a demora de Zacarias? Possa ter passado coisas como: Será que ele morreu lá dentro? O que aconteceu, pois ele demora ?

Hoje o Lugar Santissímo não é em um Templo feito por mãos humanas, mas a Viva e Real presença manifesta e imediata de Deus, ao qual está revelada em nós, sobre nós e através de nós, e nós em Cristo.

Interessante observamos que Zacarias duvidou da boa noticia do anjo Gabriel, e isso seria até normal por se tratar de um milagre, mas as circustancias as quais estavam contextualizando a narrativa nos faz compreender o motivo que levou Zacarias a ser punido ao ficar mudo. Zacarias não estava caminhando nas ruas de Jerusalém ou em outra região quando o anjo lhe noticiou o milagre, porém se encontrava dentro do Santissímo Lugar, e somente quem fora determinado poderia estar ali naquele local, então não haveria possibilidade dele pensar que o anjo Gabriel (que se manifestou provávelmente em forma corporea humana) fosse um humano. Ele sabia que não se tratava de um homem, mas de um anjo,.

Ele esteve orando por esse milagre por algum período de tempo, porém quando sua vitória foi anunciada ele duvidou. Muitas das vezes nós oramos em busca de algo, e quando somos notificados da nossa vitória, então passamos a duvidar. Se você tem orado pedindo algo para Deus, creia e não duvide!

O encontro de Maria e Isabel em Lucas, descreve um momento extraordinário nas Escrituras e na história. Maria saiu apressadamente de sua casa e foi até a uma cidade nas regiões montanhosas da Judéia , para se encontrar com sua irma Isabel. Quando Maria saudou Isabel, a criança no ventre agitou-se e Isabel foi plena do Espírito Santo. Contudo devemos compreender que não foi a presença de Maria que agitou o bebê e nem tampouco, a plenitude em Isabel se deu por essa razão. Pois , a presença de Jesus no ventre de Maria, alegrou João no ventre de Isabel. E com isso podemos entender que uma criança no ventre já tem percepção das coisas.

Com a agitação do bebê, a unção divina se manifestou em Isabel e ela começou a proferir palavras ungidas, e exclamou em forte grito que Maria era bendita entre as mulheres, e o fruto de seu ventre era bendito. Isto é, esse forte grito se deu por ela está plena do Espírito. Em muitos casos a unção de Deus costuma aumentar a voz de forma firme, porém muitos que costumam ser gritantes no microfone intuitando a idéia de passarem a impressão de estarem cheios, mas sabemos que gritos não significa presença de Deus, porém a presença divina pode nos trazer gritos.

Não podemos achar que o fato de Isabel elogiar Maria implica em cultua-la, ou colocá-la acima dos demais humanos, pois a expressão exclamada está dizendo que Maria é bem aventurada, não por sua capacidade ou santidade, mas por ser a escolhida para tal propósito, a saber ser a mãe do salvador. Por mais que você pense que seu chamado não é profundo ou importante, bem como fora o de Maria, lembre-se que todo chamado de Deus tem sua significância ímpar, e nisto podemos afirmar que tu és um bem aventurado. Somente quem está pleno do Espírito Santo pode reconhecer ser bem aventurado aquele que tem chamada da parte de Deus, mas quem não tem o Espírito Santo não valoriza a chamada e a vocação na vida de uma pessoa.

Quando o filho de Zacarias nasceu, eles queriam lhe dar o seu nome, mas Isabel tomando a palavra disse que o nome do menino seria João, pois ela sabia que o nome de João fora ordenado por Deus através do anjo Gabriel. Muitas das vezes em nossas vidas as pessoas tentam mudar o projeto de Deus, com seus palpites, conselhos, orientações. Tudo isso é válido, mas é necessário estarmos cientes de que nenhum conselho serve, se o tal estiver contrário a Sagradas Letras ou ao projeto de Deus para nossa vida.

Isabel estando plena no Espíito Santo indagou: “Mas, qual o motivo desta graça maravilhosa, que me venha visitar a mãe do meu Senhor?” (Lucas 1.43) Aqui encontramos a revelação do Espírito Santo, pois Isabel não soube da gravidez de Maria, pois não havia telefone, fax, email, ou nada que pudesse comunicar o feito, e também nenhum anjo avisou a Isabel sobre a gravidez de Maria, embora o anjo à avisou da gravidez de isabel, porém essa não fora avizada da gravidez de Maria, logo, a presença plena do Santo Espírito em Isabel lhe condicionou saber que Maria seria mãe, e não somente saber, mas entender que o menino no ventre era Senhor.

“Bem aventurado é aquela que acreditou que o Senhor cumprirá tudo quanto lhe foi revelado!“ (Lucas 1.45). Podemos está convicto de que tudo que Deus revelar se cumprirá, pois a sua palavra jamais voltará vazia, mas tudo quanto Ele ordena lhe obedece. Nunca deixemos de crer nas promessas divinais.

Parte da mensagem!

Autor: Diorgeton Almeida.

Uma Palavra sobre Homossexualismo

Vivemos uma “onda” de defesa a prática homossexual (através da mídia televisiva principalmente), e no tocante a isto, concordo em que cada um possa defender seus conceitos e suas idéias, sejam elas culturais, sociais, política, religiosa, filosófica, enfim. Porém essa “onda” de defesa não têm se limitado a defender conceitos, ideais e teses, mas a discriminar e acusar todos aqueles que se opõem as teses e ideais defendidos por tais.

Defendendo a idéia descrita na Bíblia e acreditando na mesma como a verdade infalível de Deus, bem como, concordo que a mesma é a revelação máxima de Deus destinada aos homens para conhecer a vontade divina, bem como devemos proceder de forma coerente e correta para mediante a fé alcançar a salvação, sendo então liberto deste mundo tenebroso, no qual as Escrituras afirmam está morto no maligno, e também para o bem comum da sociedade, com o proceder de forma a obedecer às leis da constituição brasileira.

A Bíblia descreve e se entende por inferência que a prática do homossexualismo é abominável aos olhos de Deus. Ao conhecer as escrituras, torna-se impossível defender essa prática, por mais mirabolante seja a tese de defesa da mesma.

Porém, deixo esclarecido que existe uma profunda diferença entre abominar pessoas homossexuais e abominar a prática homossexual.

A pessoa tem todo o direito de optar por sua opção sexual estando à mesma sujeita aos seus atos diante do Deus Vivo (pois diante dEle todos nós iremos prestar conta de nossa vida), e também devemos respeitar o individuo, bem como valorizá-lo, amá-lo e honrá-lo como, sendo todos nós, criatura das mãos do Criador. Porém, a prática homossexual tem de ser abominada, pois a Bíblia Sagrada descreve em Romanos 1 como “paixões vergonhosas”.

Ora, se defender o que ensina a Bíblia é ser homofóbico, então posso afirmar que os que me consideram homofóbico por defender um conceito revelado no Livro Sagrado, em que desde pequeno fora me ensinado como sendo o Livro da Verdade, são pessoas heterofóbicas, teofobicas, bibliofóbicas, e me privam do direito de expor os meus conceitos firmados, e isso sem entrar nos direitos de crença e religião.

Não se faz necessário expressar se a Bíblia é favorável ou não ao homossexualismo, pois é tangível e esclarecido o ensinamento nas Escrituras bíblicas sobre a prática ser um ato ilícito, uma vez que a Bíblia proíbe desde os dias da Lei em Israel tal prática, e embora a Lei não seja para o período da Igreja, fica perceptível que a proibição não era por uma questão de ordenança de lei, mas um questão moral, social, e principio. E o Novo Testamento descreve inúmeras passagens que proíbe tais práticas. Se formos cristãos, então nós concordamos como verdade e valores imutáveis e inegociáveis o que ensina as Sagradas Letras.

O método defendido que leva a nos considerar preconceituosos no tocante aos homossexuais, pode bem servir para considerar que eles são preconceituosos aos heterossexuais que discordam da prática do mesmo.

Uma vez que ao abominar a prática homossexual, é uma fobia ao homossexual, então os que discordam do conceito de abominar a prática têm fobia por heterossexuais não simpatizantes de tais práticas.

Podemos definir fobia como “intenso medo”. Sendo assim, a homofobia, seria medo ou desprezo aos homossexuais, porém devo esclarecer ao leitor que não temos desprezo por tais, apenas não concordamos como lícito as suas práticas. Da mesma forma que eles têm desprezo a nossa defesa em considerar ilícita a luz das escrituras tais práticas.

Devo também deixar esclarecido que nós não estamos condenando os homossexuais, também não estamos determinando que eles não possam ter tais práticas, pois os mesmo têm o direito de escolher suas opções. O que quero deixar esclarecido é que nós (os evangélicos que em verdade conhecemos a Bíblia Sagrada no tocante a esse assunto) NÃO concordamos com essas práticas, e devemos ser respeitados por nossa posição, pois não somos obrigados a concordar com prática alguma, bem como uma pessoa tem também seu direito de não concordar com a prática heterossexual, pois nós somos dotados de livre escolha.

Para ter os direitos por morarem junto, a lei deveria defender aqueles que em documento no cartório dar o direito ao outro sobre seus bens e etc. Não se faz necessário a implantação de leis especifica aos homossexuais, pois se analisarmos as leis e seus respectivos projetos, não teremos dificuldades de compreender e definir que se valem mais de privilégios, e não de direitos. Privilégios, pois dá direito a um grupo em detrimento de outro grupo, e ainda considera criminosos e doentes os que não estão em acordo com esses direitos (que na verdade são privilégios).

Imaginem um país cheio de homossexuais e adeptos, a minha sincera pergunta seria:
“Como se daria prosseguimento a espécie humana? Como nasceriam filhos?”.
Se os homossexuais estão certo em dizer que quem defende o matrimônio sendo unicamente heterossexual é homofóbico.
Então, podemos afirmar que a natureza também é homofóbica, pois priva o homossexualismo de construir sociedade a partir do seu matrimonio, por não gerar filhos.

Se a natureza não concede que duas mulheres ou dois homens em sua vida íntima sexual, não tragam filhos, logo o seu enlace matrimonial, faz com que a sociedade encerre gerações.

Se a sociedade é formada por um conjunto de famílias, então como se explica a sociedade formada por famílias que não podem gerar continuidade familiar (filhos)?

A solução seria inseminação, ou mesmo adoção de crianças.

Se for por inseminação, então seria estranho para duas mulheres casadas – estar uma grávida (precisando do sêmen de um heterossexual para ser mãe, ou de um homossexual).

Se for dois homens – precisariam da adoção de filhos. E com isso dependeriam do heterossexual ter abandonado os filhos ou não ter condições de cuidar do mesmo, bem como o ventre de uma mulher para a geração da criança.

Se analisarmos pelo descaso de muitos pais com seus filhos, ao abandoná-los, então teríamos uma defesa para concordar com a adoção de filhos aos homossexuais. Mas, no tocante a criança, por mais amor e afeto que ela recebesse, estaria crescendo e vendo o afeto entre dois homens ou duas mulheres e isso levaria a uma mudança psicológica na criança.

Bem, do jeito que as coisas andam, daqui a alguns anos, os pais que ensinarem seus filhos a serem heterossexuais, e esses defenderem na escola sua posição sexual, então seus pais serão acusados de homofobia e incitar os filhos a terem repúdio aos homossexuais. Com isso teremos uma sociedade aprisionada aos privilégios dos homossexuais, e a educação heterossexual, ao qual sempre fez parte do curso normativo da vida, se tornará secundária, e limitada.

Não podemos tornar a mentira por verdade e a injustiça por justiça. As leis que querem e estão implantando no país tem por objetivo maior, formar uma sociedade aonde não podemos defender e nem ter nossos conceitos, pois se o tivermos seremos acusados de preconceituosos, porém os que defendem seus conceitos diferentes dos nossos, podem não somente defender, mas nos considerar preconceituosos.

Que possamos refletir e descobrir em que acreditamos.

Se acreditarmos na Bíblia Sagrada então manteremos o conceito que ela nos ensina, pois não são meros conceitos humanos, mas verdades e princípios.

Não é pecado e nem crime defender seus conceitos. Por isso vamos anunciar a verdade do Evangelho, pois daqui a pouco a Igreja de Cristo será arrebatada, e nós subiremos ao encontro do Rei, mas pouco fizemos em defesa do Evangelho e dos direitos humanos.

Autor: Diorgeton Almeida.
pregadordiorgeton.blogspot.com

O herege e seus discípulos (ou, como fui salvo de Ricardo Gondim)

Por Leonardo Galdino

A mais recente carta que a liderança do Jovens da Igreja Betesta em São Paulo escreveu em apoio ao seu pastor, Ricardo Gondim, me deixou assustado. A influência que um falso mestre pode exercer no seio de uma igreja é algo realmente assustador; um verdadeiro câncer que, paulatina e silenciosamente, corrói a alma dos desavisados. Mas antes de destilar mais críticas, preciso fazer uma confissão. Volto já.
Por um bom tempo o Gondim foi o meu escritor/pensador evangélico favorito. Conheci sua pena através da Revista Ultimato (da qual ele foi recentemente convidado a “des-continuar” um trabalho que já durava vinte anos), e não quis mais parar de lê-lo. Aliás, minha motivação maior em ler a referida revista era por causa dos artigos de sua autoria. “Inspiradores”, era o que eu pensava dos seus textos. Li muitos dos seus livros, dentre os quais eu destaco É proibido: o que a Bíblia permite e a igreja proíbe (um marco na vida de muitos crentes); Artesãos de uma nova história; e Orgulho de ser evangélico. Aliás, foi dele o primeiro livro evangélico que comprei: Fim de Milênio: Os perigos e desafios da pós-modernidade na igreja (Abba Press, 1996). Eu também ouvia diariamente pregações suas numa rádio (não lembro qual), e as gravava em fita cassete. Eu gostava tanto do Ricardo Gondim que dois amigos meus passaram a me chamar de RG. “RG? Do que esses caras estão falando, hein?”. É, demorou pra cair a ficha. Até que, como diria Cazuza, “a emoção acabou”…

Voltei (ufa!). Por pura Providência, a época em que a emoção esmaecia coincidiu (eu falei “coincidiu”? Mercy, oh Lord!) com a época em que eu estava descobrindo a teologia reformada. E foi exatamente aí que eu passei a desconfiar de certos apelos que o Gondim fazia em seus textos – seus termos melosos, sua argumentação puramente emotiva e todo o resto que vocês já sabem. Como a tarefa de linkar todas as heresias que já li dele seria por demais hercúlea, contento-me em citar apenas um artigo de sua lavra que me abriu os olhos para o terreno movediço em que eu estava pisando. Trata-de do artigo Proposta de um credo, publicado em uma das edições de Ultimato, onde ele endossa aquilo que mais tarde eu conheceria por Teologia Relacional. Aproximei-me do texto como admirador, e voltei dele estarrecido com o que lia – mesmo não sendo esse o seu texto mais tortuoso. “Creio que Deus soberanamente decidiu abrir mão de parte de sua onipotência quando criou seres à sua imagem e semelhança”, dizia ele. Alguns dias depois, Gondim escreveria um polêmico texto sobre o tsunami que devastou o leste asiático no final de 2004, onde não somente a onipotência, mas também a onisciência divina seria negada. Só que desse texto eu só tomei conhecimento muito tempo depois de ter sido escrito.

Quando li um artigo que o Augustus Nicodemus escreveu para a mesma Ultimato sobre a Teologia Relacional, logo passei a associar as denúncias dele às propostas do Gondim. Eu dava os meus primeiros passos na fé reformada, e aquele era um tema crucial. Um Deus que não é soberano? Estranho isso… Finalmente, fui alertado por um amigo que Gondim era adepto da Teologia Relacional. E foi exatamente isso o que eu ouvi mais tarde da boca do próprio Augustus, numa ocasião em que ele pregou na igreja em que eu passei a congregar (saí de uma batista e fui pra uma presbiteriana) – uma exposição na 2ª carta de João, que trata exatamente de como os falsos mestres devem ser tratados. Aquilo que muitos chamariam de “anti-ético” da parte do Augustus eu definiria como amor: amor pela Igreja de Cristo, a qual foi comprada com Seu sangue. Amor que anda em conformidade com a Verdade, como somos ensinados por Paulo (Ef. 4.15).

Aí me vem esses jovens da Betesta em defesa de um cara que precisa negar a Verdade para afirmar o amor! “Não temos medo de pensar. Temos medo de não amar”, disseram eles na primeira defesa, em 2007. Pergunto aos tais: “não amar” o que? O deus limitado do Gondim? Um deus que se faz menor que suas criaturas? Pois saibam que a este deus eu não amo e nunca temerei não amar! “Não terás outros deuses diante de mim”, diz o primeiro mandamento. Isso mesmo! Que dizer do deus do Gondim senão que ele é outro, e, portanto, um ídolo? Ah, o “não amar” se refere ao próximo, é isso? Tanto quanto pior! Pois se eu não possuo uma visão adequada de Deus eu também não posso ter uma visão adequada do homem (e vice-versa), a quem pretendo tomar como próximo. Por isso é que eu também afirmo que não tenho medo de não amar ninguém!

E mais uma vez esses jovens resolveram adotar o discurso autocomiserado do seu mestre. “O Gondim virou o herege da vez. O inimigo da vez. Nada mais mesquinho e estranho ao Evangelho - que nos convida a amar os inimigos, mas parece que o universo evangélico se especializou em produzir inimigos para odiá-los em comunhão”, dizem. Aliás, relativizar a verdade em prol de um amor que só existe na cabeça deles é praxe nesses grupos. Segundo eles, “heresia pressupõe uma verdade absoluta. Na fé cristã essa verdade é o Amor, não uma doutrina ou um dogma”. E este é o motivo pelo qual eles não consideram seu mestre um falso mestre: a “não relativização” do amor. “Por isso não consideramos o Ricardo Gondim um herege, pois nunca o vimos relativizar a revelação que Deus é Amor”. Para justificar o porquê disso eles apelam para a vida corporativa (ou seria vegetativa?) da igreja onde, dominicalmente, Gondim destila seu veneno.

Quem conhece a Betesda e o Gondim sabe que ele prega todos os domingos na [sic] Bíblia e que proclama em alto e bom som a fé cristã: Jesus é Deus encarnado, nascido de uma virgem por meio do Espírito Santo, morreu na cruz por amor de nós, a fim de nos salvar, e ressuscitou no terceiro dia vencendo a morte, estendendo a ressurreição a todos os homens e mulheres por meio da fé.

Notem que nada é dito sobre, por exemplo, a soberania de Deus, porque este é um conceito que eles e os demais relacionais, liberais e et ceteras e tais! detestam. Isso pode ser facilmente explicado pela postura de Esquerda (socialista) assumida por eles. “Heresia”, dizem, “é uma palavra criada para tentar invalidar ideias opostas às ideias vigentes. Criar hereges é fonte de alianças maquiavélicas, para calar a boca de quem incomoda as maiorias, sempre poderosas”. E aqui eles alinham Gondim a Martin Luther King, dizendo que este “também já foi acusado de herege pelos pastores poderosos de sua época - e libertou um povo oprimido, dando a eles direito à cidadania”. Talvez se eles conhecessem um pouco mais da “vida privada” do tal revolucionário seriam mais cautelosos na comparação. Somente para fazer justiça, apesar da minha aversão à postura do Gondim eu não creio que ele, a exemplo do Luther King, plagiou teses na universidade e tem relacionamentos extra-conjugais (leia aqui) – embora teologicamente eles se pareçam. Mas o desvario desses jovens é tanto que resolveram alinhar seu mentor e Luther King a Lutero, os apóstolos e Jesus!

Ele [Gondim] é um herege apenas para quem considera alguma doutrina e lei absolutas. Mas nesse caso, King, Lutero, os apóstolos e o próprio Jesus também eram, então o Gondim está em ótima companhia, e seguindo um excelente caminho.

Quanta cegueira, meu Deus! Será que não percebem que defendendo seu mestre dessa forma tão estúpida estão indo contra o Mestre? Será que não percebem que alinhar Cristo e seus apóstolos a alguém que abertamente relativiza a Verdade e destrona a Jesus do seu patamar de Glória é blasfêmia? Será que não percebem que estão seguindo alguém que está imerso em sua própria incredulidade; um cego, guia de cegos?

Entendam, meu caros. Não é por pedantismo ou arrogância (ah, palavrinha mal entendida!) que digo essas coisas, mas por amor. Inicialmente, por amor a Deus e à Verdade; e também por amor àqueles que estão sendo levados por esse engodo chamado Gondim. Novamente apelando para a experiência comunitária, seus discípulos ainda alegam que “a maior parte de seus acusadores e perseguidores nunca leu um livro que ele escreveu, ou um artigo, uma entrevista, nunca foi à um culto na igreja Betesda do Jardim Marajoara, em São Paulo – onde ele é pastor e prega todos os domingos – não conhece os membros da Betesda e não sabe quase nada sobre a história de vida do Gondim nem da Betesda. Apenas repete o discurso inflamado de seus líderes e pastores que vêem no livre-pensar do Gondim uma ameaça”. Bom, eu realmente nunca fui num culto da Betesda (nem quero ir) e não conheço os seus membros (a não ser pelo que escrevem, agora). Mas já li livros, artigos e entrevistas suficientes do Gondim para querer distância de suas ideias, e a história de vida dele – bem como a de qualquer um de nós – não tem poder algum para testemunhar contra ou a favor da Verdade, visto que, como dizia Calvino, ela sozinha pode manter-se de pé. Não escrevo de uma “torre-de-marfim calvinista”, como alguns podem me acusar. Também vim do pó e ao pó voltarei; sou humano e pequeno. Por isso mesmo é que me reconheço fraco e incapaz; sujeito à minha própria fraqueza. Não obstante, creio firmemente que o Cristo das Escrituras é poderoso para me guardar de todo tropeço e para me apresentar com exultação, imaculado diante da sua glória (Jd 24). É por esse motivo que, embora eu discorde frontalmente dos que defendem esse herege, devo dizer que ainda assim tenho compaixão por eles, no sentido de que oro para que Deus, em sua inaudita Graça, os livre desse laço, assim como um dia eu mesmo fui liberto das trevas e da ignorância a respeito dos atributos e da Pessoa do Eterno. Não posso crer que alguém que diminua tanto a Deus possa ser considerado alguém que O ama em Espírito e em Verdade. Não posso admitir genuína adoração e amor onde a Verdade não impera.

Por isso, se aqui cabe um conselho aos jovens da Betesda (e aos demais enfeitiçados), aqui vai:

Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno. 1 Jo 2.24.

De todos os autores neotestamentários, João talvez seja aquele que mais tenha tratado do tema amor e verdade. Para ele esses são conceitos que não podem ser contrapostos nem divorciados, mas juntos dão todo o sentido à existência humana. Opiniões erradas sobre Deus, Jesus e o mundo não podem ser tomadas como “alternativas” à fé, e sim como afronta a ela. Por este exato motivo é que eu rechaço a proposta relacional do Gondim, visto que ela é, na realidade, toatalmente anti-relacional, no mais puro sentido redentivo da palavra. E, assim como um dia Deus me libertou de despencar nesse abismo, oro para que os jovens da Betesda também tenham os seus olhos abertos, antes que seus caminhos tomem um rumo totalmente irreversível.

Que Deus nos ajude!

Soli Deo Gloria!

Fonte: Optica Reformata.

Reflexão Bíblica em Lucas 6.17-20

VERSÍCULO:Jesus desceu com eles e parou num lugar plano. Estavam ali muitos dos seus discípulos e uma imensa multidão procedente de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, que vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Os que eram perturbados por espíritos imundos ficaram curados, e todos procuravam tocar nele, porque dele saía poder que curava todos.Olhando para os seus discípulos, ele disse: “Bem-aventurados vocês,os pobres, pois a vocês pertence o Reino de Deus.”Lc 6:17-20.

PENSAMENTO:Nos dias de Jesus às vezes se declarava uma pessoa abençoada,bendita ou
feliz. Os Salmos falam de pessoas abençoadas por Deus Sl. 1:1; 32:1-2; 32:12. É da mão do Altíssimo que vêm as maiores bênçãos. É neste sentido que Jesus declara os pobres "bem aventurados". O termo não quer dizer necessariamente feliz. A pessoa pode estar em grande necessidade. Mas, se tiver achado favor com Deus, então independente do seu estado atual, ela é abençoada,bem aventurada. A pobreza, por si só, não confere nehuma vantagem espiritual. Há pessoas pobres tão arrogantes e orgulhosas quanto algumas pessoas ricas. Há também pessoas que se desfazem de todos os seus bens e ainda ardem com cobiça e paixão pelas coisas deste mundo. Os verdadeiros bem-aventurados são aqueles cujos bens estão guardados com Jesus. Quem não tem tesouro aqui sonha em ter em outro lugar. Quem não consegue riqueza aqui avista um outro lugar onde poderá ter. Com isso os pobres olham em direção a Deus, pois sabem que só da mão dEle virá sua herança. Se tiverem fé em Jesus,recebem dele o título do seu lugar - o Reino é deles. Não é só no porvir, já é. Não vêem, não sentem, e não tomaram posse ainda. Mas,tão certo quanto a ressureição de Jesus, é a bênção prometida pelo Rei - “Bem-aventurados vocês, ó pobres".
Fonte:www.hermeneutica.com.br