20/06/2010

Em que mundo você vive?

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Ed René Kivitz

Como você completaria a frase “eu vivo num mundo…”?

Não sei em que mundo você vive. Talvez o seu mundo seja descrito com palavras como belo, maravilhoso, perfeito. Ou, quem sabe, palavras como caótico, assustador, injusto. Não sei em que mundo você vive. Mas eu vivo em um mundo marcado pelo sofrimento humano.

Deus tem uma resposta para esse mundo marcado pelo sofrimento, e a resposta de Deus é a igreja de Jesus Cristo. A primeira resposta de Deus não é uma explicação teórica, teológica ou filosófica. A resposta de Deus é uma ação. Primeiro, enviando Jesus “não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele” [João 3.16,17], e, depois, enviando a igreja, nas palavras de Jesus: “Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo” [João 17.17; 20.21].

Esta é a razão porque Jesus adverte seus discípulos a respeito da possibilidade da irrelevância da igreja. É por meio da igreja que Deus atua no mundo que se decompõe e apodrece – a igreja é sal da terra. É também por meio da igreja que Deus ilumina um mundo em trevas -  a igreja é luz do mundo. [Mateus 5.13-16].

A igreja é o sinal histórico do reino de Deus. Isto é, é por meio da igreja que Deus está presente no mundo. Mas a igreja pode fracassar em sua vocação. Pode ser um sal que perdeu o sabor e pode ser uma luz escondida. A advertência de Jesus é estímulo para a reflexão. A pergunta que devemos fazer é: de que maneira a igreja se torna sinal do reino de Deus?

A igreja é necessariamente uma comunidade de doadores. A igreja é a comunidade cujo requisito essencial para ingresso é a conversão ao Evangelho de Jesus Cristo ou, se preferir, à própria pessoa de Jesus Cristo. Isso significa que a condição imprescindível para que alguém faça parte da igreja é a experiência de negar a si mesmo. Isso significa que a igreja é essencialmente a comunidade daquele tipo de gente que não vive mais para si mesma [Mateus 16.24-26; 2Coríntios 5.14,15].

Diante da vulnerabilidade que é viver em um mundo marcado pelo sofrimento, onde ninguém está blindado contra a tragédia, as contingências e infortúnios da vida, a segurança possível não está na posse de riquezas e na vida egoísta, individualista e centrada em si mesmo.

A segurança de que precisamos para viver em um mundo marcado pelo sofrimento está em Deus. Mas também está na comunidade dos seguidores de Jesus, aquele universo de pessoas que vive, não mais para si mesmo, mas para a comunhão, em que todos se ajudam mutuamente a superar o mal e a atravessar o dia do sofrimento com dignidade.

Na igreja, a comunidade dos seguidores de Jesus, encontramos socorro e consolo, pois a igreja, a comunidade da solidariedade e da compaixão, é a resposta de Deus para um mundo marcado pelo sofrimento.

fonte: site da Ibab

FONTE: Em que mundo você vive? | PavaBlog#more-17185

POÇO - Lugar de bênçãos e livramento

 

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Por isso, aquele poço se chama Beer-Laai-Roi; está entre Cades e Berede”. – Gênesis 16:14 - (Beer-Laai-Roi: O Poço Daquele que Vive e Me Vê)

Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água, e, indo a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz”. – Gênesis 21:19

Nada obstante, Abraão repreendeu a Abimeleque por causa de um poço de água que os servos deste lhe haviam tomado à força”. – Gênesis 21:25

Respondeu Abraão: Receberás de minhas mãos as sete cordeiras, para que me sirvam de testemunho de que eu cavei este poço. Por isso se chamou aquele lugar Berseba...”. – Gênesis 21:30, 31 - (Berseba: Nome de um poço que Abraão cavou no deserto e onde ele e Abimeleque fizeram um acordo de amizade. Como sinal desse trato, Abraão deu a Abimeleque sete cordeiras; daí o nome do lugar, Poço das Sete; também é conhecido como o Poço do Juramento).

Fora da cidade, fez ajoelhar os camelos junto a um poço de água, à tarde, hora em que as moças saem a tirar água”. – Gênesis 24:11 - (Poço onde Naor, servo de Abraão, orou ao Senhor pedindo a Sua bênção para aquela missão tão importante).

Leia também Gênesis 26:13-33

Observe atentamente:

Vs. 15 – os poços cavados por seu pai Abraão, foram entulhados pelos filisteus invejosos.
Vs. 17,18 – Vale de Gerar que significa Cântaro, ali Isaque tornou a abrir os poços que seu pai Abraão havia cavado, pondo-lhes o mesmo nome que seu pai lhes havia dado, Berseba.
Vs. 20 – Poço aberto pelos servos de Isaque, e que fora disputado pelos pastores de Gerar, foi chamado de Eseque, que significa: Violência, opressão.
Vs. 21 – Outro poço cavado e disputado, chamou-se: Sitna, que significa: Acusação, inimizada.
Vs. 22 – Outro poço cavado, desta vez não houve contenda, foi dado o nome de: Reobote, que significa: Lugares amplos, ruas largas, espaço, liberdade. Ali houve prosperidade.
Vs. 24,25 – No lugar onde o Senhor apareceu, e foi dada a bênção sobre Isaque, foi erigido um altar, prestado um culto agradável ao Senhor, e um poço foi cavado, e foi dado o nome se Seba, que significa: Sete; Juramento. Repetindo-se o que seu pai Abraão fizera no passado.

TEMA: O Poço sempre foi um lugar de bênção e livramento, mas também de discórdia e disputas. Por quê?

INTRODUÇÃO: O outro evangelho de Arthur W. Pink:

“O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem um programa de anarquia. Não promove conflitos e guerras, mas almeja a paz e unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho, mas promove um espírito fraterno por meio do qual a raça humana é tida como uma grande ‘irmandade’. Não procura arrastar o homem natural ao fundo do poço, e sim melhorá-lo e enaltecê-lo. Advoga a educação, o cultivar e o apelar ao que ‘de melhor existe dentro de nós’. Almeja fazer deste mundo um habitat tão confortável e apropriado, que a ausência de Cristo nesse habitat não será percebida, e Deus não será necessário. O evangelho de Satanás empenha-se por ocupar o homem com muitas coisas deste mundo, de modo que ele não tenha oportunidade ou disposição para pensar no mundo vindouro. Esse evangelho propaga os princípios do autosacrifício, caridade e benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para com todos. Apela fortemente à mente carnal, tornando-se bastante popular entre as massas, pois ignora os fatos solenes de que o homem, por natureza, é uma criatura caída, alienada da vida de Deus, morta em delitos e pecados, e de que sua única esperança está em nascer de novo”.

1. Cristão nominal x Cristão do coração: Jo 3:3 / 2 Tm 3:5 / Rm 2:28, 29.

a. Religião formal não é religião, e um cristão formal não é cristão do ponto de vista de Deus;

Religião formal é quando um homem é cristão nominal somente e não na realidade – somente em coisas externas e não o é interiormente; professa e não pratica; quando seu cristianismo é um mero problema de forma ou moda ou costume, sem nenhuma influência no seu coração ou vida – nestes casos este homem possui o que se pode chamar de religião formal. De fato ele possui a forma, ou casca, ou a pele da religião, mas não possui seu conteúdo ou seu poder.

Veja por exemplo, os milhares de pessoas cuja religião inteira parece consistir de cerimônias e ordenanças. Elas comparecem regularmente à adoração pública, participam regularmente da Santa Ceia, vão regularmente para a mesa do Senhor, mas isto é tudo! Elas não conhecem nada sobre o cristianismo experimental. Elas não estão familiarizadas com as Escrituras e não tem prazer em lê-las. Elas não se separam do mundo. Elas não fazem nenhuma distinção entre crentes e incrédulos nos seus relacionamentos conjugais e de amizade. Elas parecem totalmente indiferentes sobre o que ouvem na pregação.

Você pode andar na companhia delas por muito tempo sem jamais supor que eram infiéis ou deístas (aqueles adeptos do deísmo ou do que é divino). O que se pode dizer sobre estas pessoas? Eles são indubitavelmente cristãos professos e não há nem coração nem vida no cristianismo delas. Há apenas uma coisa a ser dito sobre elas: elas são cristãs formais. Sua religião é uma forma.

b. O coração é a base da verdadeira religião e o verdadeiro cristão, o é no coração.

O coração é o real teste do caráter de um cristão. Não é pelo que ele diz ou o que ele faz que o homem possa ser conhecido. Ele pode dizer e fazer coisas certas, por motivos falsos e desmerecedores. O coração é o homem. “Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é”. – Pv 23:7.

O coração é o teste certo da religião de um homem. Não é suficiente que um homem abrace um credo correto de doutrina e mantenha uma forma externa de santidade.

Como é o seu coração? Esta é a grande questão! Isto é o que Deus olha. “Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração”. – 1 Sm 16:7.

O coração é o lugar onde a religião salvadora tem de começar. O coração é naturalmente irreligioso e deve ser renovado pelo Espírito Santo. “Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne”. – Ez 36:26. “O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”. – Sl 51:17.

Talvez você esteja estranhando toda esta colocação, pois o normal é achar que porque uma pessoa expressa exteriormente uma religião de forma correta, santa e pia, ela o é de coração. Se for assim você está completamente enganado. Ou melhor, você está biblicamente enganado. Pois você está rejeitando o teor inteiro do ensino bíblico. Retidão externa sem um coração reto, não é nada mais que farisaísmo. As coisas externas do cristianismo – Batismo, Ceia do Senhor, caridade, ser membro de uma igreja e coisas semelhantes – nunca levam qualquer pessoa para o céu, a menos que o seu coração seja reto. O cristianismo deve existir tanto interno quanto externamente. É num coração verdadeiramente convertido, onde se processam as evidências externas do cristianismo. É nesse interior que Deus fixa o Seu olhar.

Há lugares de adoração nos dias de hoje, onde todas as coisas externas da religião são feitas com perfeição. O edifício é bonito; o culto é bonito; o louvor é bonito; as formas de devoção são bonitas. Há de tudo para satisfazer os sentidos. Olhos, ouvidos e o sentimentalismo natural são agradados, mas Deus não é agradado. Amós 5:21 diz: “Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me dão nenhum prazer.

APLICAÇÃO: O que tudo isso tem a ver com os poços que falamos no início?

PERGUNTA: Porque um poço é protagonista tanto de bênção como de disputas e discórdias? Para que serve um poço? O que um poço produz?

E a resposta é óbvia: ÁGUA.

Naquele tempo, naquela região, nada era mais precioso do que um poço que produzisse muita água fresca, suficiente para saciar a sede do gado e das pessoas. Os poços eram tão importantes, que muitas cidades existentes até nos dias de hoje, foram construídas ao redor de um único poço.

O poço simbolizava para muitos, poder e domínio. Quem tivesse um poço, tinha o controle de toda uma região e de todas as pessoas que necessitavam dele.

Mas vemos que Abraão, durante a sua jornada, durante a sua peregrinação por terras desconhecidas, por onde acampasse, abria um novo poço para suprir todos os que com ele viviam. No entanto, ao levantar acampamento, e continuar a sua jornada, ele deixava o poço aberto para todas as pessoas que ali viviam ou por ali passassem, e pudessem aproveitar-se daquela fonte de vida.

Que testemunho era deixado para trás! Enquanto que os filisteus jogavam entulho nos poços para que ninguém pudesse beber da sua água, Abraão deixava para trás uma marca e um sinal de que por ali, passou alguém especial, que tinha um coração bom, que pensava nas outras pessoas. Era assim que Abraão pregava o Evangelho de Deus. Era assim que Abraão revelava o amor de Deus aos homens.

Sua atitude era o fruto, a evidência exterior de um coração reto e piedoso. Um coração convertido, um coração entregue ao serviço de quem o arregimentou. Ele não tinha tempo para pensar em si próprio e cuidar do que era seu, porque a sua razão de viver estava em Deus. Ele viva por causa de Deus e para Deus, consciente do seu chamado.

E na sua forma de ser, ele era o que Deus queria que fosse. Na sua maneira simples de ver a vida e compreender as necessidades das pessoas, ele manifestava Deus. E todos podiam vê-LO.

PERGUNTA: E você? Como você tem vivido nesta terra? Abrindo poços por onde passa? Ou entulhando os já abertos?

Você tem sido um instrumento de bênção e vida, onde está e para aqueles que estão perto de você ou só o que você tem feito, foi viver a sua vida, ocupar-se dela e desprezar as necessidades do mais fraco que você?

E todos aqueles que estão morrendo todos os dias de sede, porque não tem um poço para saciar-lhes, estão morrendo porque você não tem tempo para cavar-lhes o poço!

Fique tranquilo, mais dia ou menos dia, Deus cobrará de você!

fonte: SOBERANA GRAÇA: POÇO - Lugar de bênçãos e livramento