22/04/2010

Como Ensinar e Pregar o "Calvinismo"

 John Piper

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1. Seja rigorosamente textual em todas as suas exposições, explicações e defesas dos ensinos calvinistas. Torne-os sempre uma questão textual e não uma questão de lógica ou de experiência.

2. Não seja áspero, mas sempre gentil. Assuma que trabalhar todos estes grandes conceitos pode levar anos e que estar no processo já está OK.

3. Fale de seu próprio quebrantamento com respeito a estas coisas e como elas são preciosas para você e também como e porque elas auxiliam a sua alma e lhe ajudam a viver sua vida.

4. Faça de Spurgeon e Whitefield seus modelos em vez de Owen e Calvino, porque aqueles eram evangelistas e ganharam muitas pessoas para Cristo de um modo mais adequado aos nossos próprios dias.

5. Seja um evangelista e um mobilizador para missões de forma que a crítica de que o Calvinismo entorpece a paixão pelos perdidos seja silenciada.

6. Trabalhe os cinco pontos partindo do "I" em TULIP e não do "U". Ou seja, mostre às pessoas que elas não querem realmente levar o crédito final pela sua própria vinda a Cristo. Elas não querem levantar-se diante de Deus no dia do julgamento e responder à pergunta, "Por que você creu e outras pessoas com as mesmas oportunidades não o fizeram?" com a resposta, "Bem, suponho que eu era mais inteligente, ou mais espiritual". Eles querem dizer, "Pela graça eu fui trazido à fé". Essa é a "graça irresistível". Quer dizer, graça que triunfa sobre toda a resistência até o fim.

7. Supere os seus críticos em alegria. Aquele que conhece e descansa na soberana graça de Deus deveria ser o santo mais feliz de todos. Não seja um falso anúncio - azedo, mal-humorado ou hostil - para a glória da graça de Deus. Louve-a. Alegre-se nela. E não deixe isso tornar-se um mero espetáculo. Faça isso em seu quarto até que esteja transbordando no púlpito e em público.

8. Não monte cavalinhos-de-pau que não estão no texto. Pregue exegeticamente, explicando e aplicando o que está no texto. Se soar arminiano, deixe soar arminiano. Confie no texto e as pessoas confiarão que você é fiel a ele.

9. Evite jargão teológico que não está no texto. A palavra "Calvinismo" provavelmente não é útil. "Doutrinas da graça" também não parece ser adequada. Apenas atenha-se ao que está lá no texto, ou proponha algumas novas frases de impacto que deixem as pessoas maravilhadas e instigadas.

10. Conte histórias e experiências de biografias e das vidas de santos que ainda estão vivos e que ilustram a dependência deles na soberania de Deus. Especialmente histórias relacionadas a missões, evangelismo e santidade de vida.

Fonte: Extraído de Desiring God Ministries

Tradução: Juliano Heyse (centurio)

Fale conosco: mail@bomcaminho.com.

Como Ensinar e Pregar o "Calvinismo"

Um novo conceito de Adoração para sua vida (Parte 1)

 

Tenho aprendido muito como adorar a Deus da maneira que Ele deseja ser adorado. Então, tenho estudado e preparado este texto ao longo desses últimos dias para compartilhar com vocês esta visão maravilhosa e bem panorâmica de como devemos adorar.

Em primeiro lugar precisamos entender o que é adoração.

Adoração não é um “movimento” nem está ligada à denominação alguma. Bem, dizer que adoração é um movimento ilustra o fato de que nosso conceito de adoração ficou muito estreito.

Segundo o autor de O artista adorador, Rory Noland, adorar é mais do que simplesmente cantar melodias agradáveis na igreja, é a nossa reação à presença de Deus. Logo, é mais do que “sentir-se bem”, mais do que uma apresentação de um grupo de louvor favorito. O louvor é participativo não é algo que alguém faça pra mim. Adoração não tem que ver comigo, tem que ver com Deus. Se permitimos, a adoração pode nos transformar.

Louvar não é algo que fazemos somente para aliviar o nosso espírito, acalmar a nossa alma, louvar é agradar a Deus, é cumprir a vontade do Senhor!

Em segundo lugar precisamos entender que fomos criados para adorar!

Em 1 Pedro 2.9 podemos confirmar que fomos criados para este propósito: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Em Isaías, Deus refere-se a seu povo como aquele “que formei para mim mesmo a fim de que proclamasse o meu louvor” (Isaías 43.21).

A adoração é parte da nossa identidade de cristãos. Todo cristão é um adorador de Deus por meio de Jesus Cristo.

Em terceiro lugar aprendemos que além de criados para adorar, fomos destinados a adorar.

” A adoração também é o nosso destino, pois é uma das principais atividades do céu.” (Rory Noland)

Podemos sinceramente em algum momento temer a idéia de adorar por toda eternidade, imaginamos como se fosse um culto longo e cansativo. Mas será mais cativante do que tudo o que você tenha experimentado. Apocalipse nos dá uma pequena amostra de como será a adoração celestial:

“E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças [...] E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu e tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente [...] E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro e a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” (Apocalipse 5.11,12; 21.10,11,22,23).

Note que não há necessidade de Sol nem Lua porque o brilho da glória de Deus já é suficiente para iluminar todo o Reino celestial. Não é de surpreender que os céus irrompam constantemente em adoração espontânea.

Também somos movidos a adorar, e esta é a quarta observação.

Muitos são incentivados a adorar “alto o suficiente para fazer Deus sorrir”. Isso não faz Deus parecer infantil e egoísta, como se fizesse beicinho se não o adulássemos com louvor? Seria Ele tão inseguro a ponto de precisar que lhe digamos o tempo todo quanto é grandioso e maravilhoso? A resposta é “não”. Deus é Deus e não precisa de nada, Ele se alegra com nossa adoração, mas a verdade é que nós quem precisamos adorar.

C.S. Lewis afirma que nós gostamos de adorar e não conseguimos deixar de fazer isso.

O louvor é, de fato, muito natural aos seres humanos em diversas ocasiões. Pais enaltecem os filhos, amantes elogiam-se uns aos outros, donos de animais adoram seus bichinhos. Exaltamos o que nos alegra e sempre o fazemos com espontaneidade. Não dá pra conter elogio; pelo contrário, desfazemo-nos em adulação.

De modo muito semelhante, quando encontramos o Senhor verdadeiramente, ficamos enamorados com a Sua glória e não fazemos outra coisa, a não ser transbordar de alegria.

(Continua…)

Bom pessoal, hoje vou ficando por aqui porque a hora já está muito avançada, mas pretendo postar amanhã (ou o mais breve que eu puder) a continuação deste texto maravihoso. Estudem, façam suas próprias anotações, dedique-se ao trabalho de oferecer o seu melhor ao Criador!

Paz de Cristo.

(Texto levemente baseado na obra de Rory Noland _ O Artista adorador)

fonte:    Blog da Richarlienny