31/12/2008

FELIZ 2009

 

Cada ano tem sua seleção de imagens peculiar. Escolhi esta foto do Senador Jesse Jackson pois considerei-a a mais emblemática de 2008. A imagem das lágrimas correndo por seu rosto enquanto o Barack Obama, recém-eleito, discursava, foi muito forte para mim e chorei junto com ele. Ele marchou ao lado de Martin Luther King em Selma e Montgomery, no Alabama, no auge da luta pelos direitos civis. Estava com o ativista e líder religioso no dia em que ele foi assassinado, em abril de 1968. No dia 05 de novembro de 2008 viu o sonho de King ser realizado e, por isso, chorou. Naquele dia, o racismo norte-americano - e, por extensão, mundial - sofreu um golpe mortal embora não tenha morrido.

E isso, por si só, bastou para que, na minha pequena seleção mental de imagens que quero guardar, encerre este ano com esta.

Por gente engajada como ele, que não se cansa de buscar mais liberdade, igualdade e fraternidade é que este mundo ainda vale a pena.

Feliz 2009!

Por: Judith Almeida

Fonte: PavaBlog

PALESTINA

 

As pedras voam todos os dias
por cima da fronteira de preconceito
e medo
que separa as criaturas de Deus
O ódio engana todos os muros
só para derramar sangue
Os filhos de Abraão insistem em ver  um gigante Golias
do lado do mar na Gaza dos filisteus
mas o sangue clama da terra
e a funda de Davi perdeu a pontaria.


fONTE :Brissos Lino

O AMOR NÃO É EGOÍSTA

 CASAL DE PINGUYINS

O amor não é egoísta (I Co 13.5b)


O ser humano é naturalmente egoísta. Quando ainda é bebê, isso se torna bem visível. Não importa o que esteja acontecendo no mundo, não importa a crise financeira, não importa o dólar nas alturas e muito menos quem é o novo presidente dos EUA, ele quer comer! Que o mundo inteiro se renda à sua fome. Quando cresce, aprende que a busca pelos seus próprios interesses é o alvo principal de sua vida. “Quero um bom emprego para satisfazer os MEUS desejos”, “quero um(a) marido(esposa) para satisfazer as MINHAS necessidades afetivas”, “quero amigos para satisfazer a MINHA vida social”. Tudo gira à MINHA volta, à MEU favor e para satisfazer MINHAS vontades.
Por que será que Deus disse: “...amarás o teu próximo como a ti mesmo...”? (Levítico 19.18b) Deus conhecia o caráter do homem. Ele sabia que se o homem, que é egoísta por natureza, amasse o próximo como ele se ama, pensasse nos interesses dos outros como pensa nos seus próprios, todos os problemas com a falta de amor seriam resolvidos, tamanho o amor do homem por si próprio.
Pensando que o egoísmo é parte integrante do caráter pecador do homem, até parece que o amor é de certa forma “sobre-humano”... e realmente é! A bíblia fala que Deus é amor (I João 4.8b) e que “Deus amou o mundo de tal maneira que DEU...”(João 3.16a). O amor é parte do caráter de Deus. Assim como Deus é justo e santo, Ele é AMOR e o padrão de amor que Deus cobra de nós é o seu padrão. O amor que vem de Deus não olha os seus próprios interesses, mas é sacrificial, significa abrir mão. Abrir mão de vontades, abrir mão de dar sempre a última palavra, abrir mão de certas opiniões que sabemos que irão gerar conflitos. Isto vai contra a natureza humana, mas como disse, este padrão de amor não é humano, mas divino. É um amor que só pode ser vivido no Espírito.
Creio que é nosso desejo viver este amor no nosso dia-a-dia, amando as pessoas com este padrão de amor, mas para isto, um processo se torna imprescindível: antes de amar as pessoas com este padrão de amor, precisamos amar a Deus, abrindo mão de nossas vontades, desejos pecaminosos, nosso egoísmo, então Ele te capacitará a amar as pessoas com o amor divino. Eis o desafio. Ir contra nossa natureza não é nada fácil, mas temos um bom aliado nesta luta, afinal de contas, quem melhor do que Jesus para nos ensinar sobre o  amor sacrificial?
FONTE: Nada mais do que uma voz.

MÃE FOTOGRAFA ANJO EM HOSPITAL ONDE A FILHA ESTAVA INTERNADA

 

Colleen Banton capturou a imagem com uma câmera digital. Sua filha estava internada em estado grave, mas se recuperou.

Uma mãe, cuja filha estava internada em estado grave, acredita que uma foto tirada em uma ala do hospital mostra um anjo. Para Colleen Banton, de Charlotte (EUA), a recuperação de sua filha se deve a um milagre, segundo o jornal inglês “Daily Mail”.Chelsea, que completou 15 anos nesta quinta-feira (25), foi internada com pneumonia, mas ela teve uma série de infecções que comprometeu o pulmão esquerdo e estava respirando com a ajuda de aparelhos. Colleen Banton capturou a imagem com uma câmera digital. “No monitor, não havia essa luz brilhante” disse ela. “Eu olhei para a luz e disse: ‘Oh, meu Deus! Parece um anjo!". Duas semanas depois de ser internada, a adolescente teve alta do hospital e pôde ir para casa. “Eu sei a cada dia que ela estar viva é um milagre”, afirmou Colleen, de acordo com a reportagem do jornal inglês.

Colleen Banton (esq.) com as filhas Chelsea (centro) e Kaylee (direita

QUE DEUS LHE ABENÇOE ABUNDANTEMENTE...



...neste novo ano que se inicia, lembrando-nos sempre que, quando Deus apaga algo em nossa vida significa que Ele mesmo vai escrever algo muito melhor...e surpreendente!

FELIZ 2009

Pr Alek Sandro

30/12/2008

NOÇÕES DE DIREITO PENAL PARA MINISTROS : CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA

 MANWIHBIB
TEXTO RESUMIDO DO  PR. DAVIDSON G. VIEIRA


Introdução
       Lamentavelmente, não é raro  constatarmos no seio da Igreja, irmãos
que incorrem nos crimes de calúnia, difamação e injúria, sendo certo
que estes dois últimos são de uma freqüência assustadora. Parece a
tais infratores, que a honra do próximo  não tem importância alguma
para ele e tampouco para os outros, não obstante saberem que as
Sagradas Escrituras reprovam as condutas caluniosa, difamante e
injuriosa.
       O impressionante é que alguns pastores, quiçá por desconhecerem a
tipificação de tais crimes, fazem deles um único pacote considerando
condutas tão distintas como um simples ato de "fofocas", sem dar a
mínima importância à questão que é de relevância espiritual e social.
Ora, sendo o Brasil  um "Estado Laico" ( que não prega nenhuma
religião, sendo esta de livre escolha de seu cidadão) prescreveu no
Código Penal as condutas que tipificam os crimes de calúnia, difamação
e injúria.
       Desejoso de  dar uma pequena contribuição aos nossos Obreiros que dia
a dia lidam com tais ocorrências resolvi elaborar essa humilde e
acanhada obra com noções de direito penal concernente aos crimes
contra a honra, esperando seja conhecimento que se torne útil nos
aconselhamentos e na própria instrução do Ministro do Evangelho.
"De toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no
dia do juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas
tuas palavras serás condenado." Mateus 12:26,27

A HONRA
       A Honra na concepção comum é o conjunto de atributos morais,
intelectuais e físicos de uma pessoa, porém esse conceito é muito
singelo consoante à importância do atributo honra para o ser humano.
       Consoante preleciona Ivan Carlos de Lorenci, honra é o profundo
sentimento de grandeza, de glória, de virtude e de probidade que cada
um faz de si próprio, portanto a questão é sensivelmente subjetiva,
haja vista, que cada ser humano tem embutido em seu subconsciente a
valoração de seus atributos personalíssimos.
       Assim, a ofensa a qualquer de seus atributos pessoais se caracteriza
como fato típico e antijurídico, desta forma, requer punição ao
ofensor por parte do Estado, que tem obrigação precípua de tutelar a
individualidade de cada pessoa.
       Dessa forma há que se caracterizar a honra em objetiva e subjetiva.
Objetiva porque diz respeito ao conceito que os outros fazem de
alguém, portanto quem ataca a honra objetiva de outra pessoa, também
estará criando uma situação em que poderá acarretar uma mudança de
conceito da sociedade em relação à pessoa ofendida, visto que lhe
imputando fato seja ele falso ou ofensivo a sua reputação, estará
conseqüentemente dificultando seu convívio social.
       Quanto à honra subjetiva, podemos equacionar na forma do sentimento e
no juízo que cada um faz de si mesmo, e é dividida em honra-dignidade
que diz respeito às qualidades morais da pessoa e honra-decoro que
preza pelas qualidades intelectuais e físicas.
       Justamente por ser tão importante para cada pessoa é que a honra tem
capítulo especial no Código Penal Pátrio, que caracteriza os crimes
contra a honra em Calúnia, Difamação e injúria.
       O Capítulo V do Título I da Parte Especial do Código Penal Brasileiro
trata "Dos Crimes Contra a Honra". O conceito de honra, abrange
aspectos objetivos e subjetivos. Aspectos objetivos representam
aqueles que terceiros pensam a respeito do sujeito ( sua reputação de
Pastor, de chefe de família, etc. ). Aspectos subjetivos representam o
juízo que o sujeito faz de si mesmo (  seu amor-próprio ).
       Na definição de Victor Eduardo Gonçalves a honra "é o conjunto de
atributos morais, físicos e intelectuais de uma pessoa, que a tornam
merecedora de apreço no convívio social e que promovem a sua auto-
estima" .
       Em tal capítulo verificamos a  presença de três modalidades de crimes
que violam a honra, seja ela objetiva ou subjetiva:    a Calúnia
( art. 138 ), a Difamação ( art. 139 ) e a Injúria ( art. 140 ).

C A L Ú N I A :
       A calúnia consiste em atribuir, falsamente , a alguém a
responsabilidade pela prática de um fato determinado definido como
crime .  Assim , se "A" dizer que "B" roubou a moto de "C" , sendo
inverídica tal imputação , constitui crime de calúnia .
       Todavia, se realmente "B" roubou a moto de "C" o crime de calúnia não
existe , pois o fato é atípico .


D I F A M A Ç Ã O :
       A difamação , por sua vez ,  consiste em atribuir a alguém fato
determinado ofensivo à sua reputação . Assim , se "A" diz que "B" foi
trabalhar embriagado semana passada , constitui crime de difamação .
       Pouco importa , se tal fato é verdadeiro ou não , afinal , o
legislador quis deixar claro que as pessoas não devem fazer
comentários com outros acerca de fatos desabonadores de que tenham
conhecimento sobre essa ou aquela pessoa . A difamação se consuma ,
quando um terceiro toma conhecimento do fato.


I N J Ú R I A :
       A injúria , de outro lado , consiste em atribuir a alguém qualidade
negativa , que ofenda sua dignidade ou decoro . Assim , se "A" chama
"B" de ladrão , imbecil etc. , constitui crime de injúria. No crime de
injúria não se imputa fato , mas qualidade negativa , que ofende a
dignidade ou o decoro de alguém  ( honra subjetiva ).
       Assim , se "A" diz que "B" é ladrão , estando ambos sozinhos dentro
de uma sala , não há necessidade de que alguém tenha escutado e
conseqüentemente tomado conhecimento do fato para se constituir crime
de injúria. A injúria se consuma com o simples conhecimento da
vítima.
       A calúnia e a difamação ( por atingirem a honra objetiva de alguém ,
por meio da imputação de um fato ) se consuma quando terceiros tomam
conhecimento de tal imputação. Estes delitos permitem a retratação
total , até a sentença de 1a Instância , do querelado ( como a lei se
refere apenas a querelado , a retratação somente gera efeitos nos
crimes de calúnia e difamação que se apurem mediante queixa , assim ,
quando a ação for pública , como no caso de ofensa contra funcionário
público , a retração não gera efeito algum ) .
       Temos , em comum , entre as três modalidades de crime contra a honra
os seguintes fatos :
a) – a possibilidade de pedido de explicações , ou seja , quando a
vítima ficar na dúvida acerca de ter sido ou não ofendida ou sobre
qual o real significado do que contra ela foi dito , ela poderá fazer
requerimento ao juiz , que mandará notificar o autor da imputação a
ser esclarecida e , com ou sem resposta , o juiz entregará os autos ao
requerente , de maneira que se , após isso a vítima ingressa com
queixa , o juiz analisará se recebe ou rejeita , levando em conta as
explicações dadas
 b) – o fato de regra geral a ação penal ser privada , salvo no caso
de ofensa ser feita contra a honra do Presidente da República ou chefe
de governo estrangeiro , em que será pública condicionada à requisição
do Ministro da Justiça ; no caso de ofensa à funcionário público ,
sendo tal ofensa referente ao exercício de suas funções , em que será
pública condicionada à representação do ofendido e no caso de na
injúria real resultar lesão corporal , em que será pública
incondicionada .
Jurisprudência Pátria:
"a calúnia pede dolo específico e exige três requisitos : imputação de
um fato + qualificado como crime + falsidade da imputação" ( RT
483/371 ).
"na difamação há afirmativa de fato determinado , na injúria há
palavras vagas e imprecisas" ( RT 498/316 ).
O que diz a Bíblia sobre a calúnia, injúria e difamação:
       O Apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo, falou-lhe que nos últimos
tempos surgiriam homens de alta malignidade e, entre as
características deles está a de serem caluniadores:
"...caluniadores.." (II Tm 3:3).  O Apóstolo Paulo escrevendo também a
Tito, recomendou-lhe que ensinasse às mulheres idosas a não serem
caluniadoras:
       "Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu
proceder, 'não caluniadoras'..." (Tt 2:3).
       A Bíblia condena a difamação. No Salmo 15:3 não difamar aparece como uma das características do homem justo: "Quem, Senhor habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com
integridade e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; 'o que
não difama com sua língua'..."; em  Provérbios 10:18 encontra-se: "... o que difama é insensato"; em Provérbios 16:28 se lê: "... e o difamador separa os maiores amigos"; e Tiago, no capítulo 4 e versículo 11, de sua Epístola, exorta:
"Irmãos, não faleis mal uns dos outros...". Irmãos e amigos, que dizer
dos cristãos, ou dos chamados "cristãos", que tem prazer em fazer
mexericos... fuxicos... futricos... em levantar dúvidas sobre o
caráter e as intenções dos seus semelhantes?
       A Bíblia condena a injúria. Ninguém tem o direito de ofender a
dignidade dos outros. Jesus disse que se alguém chamasse seu irmão de
"racá": termo aramaico "reka", indigno, aplicado em sinal de desprezo,
seria réu de sinédrio e se chamasse o seu irmão de "louco" seria réu
do fogo do inferno: "Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra
seu irmão estará sujeito a julgamento.
       Também, qualquer que disser a seu irmão: 'Racá', será levado ao
tribunal. E qualquer que disser: 'louco', corre o risco de ir para o
fogo do inferno." (Mateus 5:22). E o Apóstolo Pedro, na sua primeira
epístola, capítulo 3 e versículos 8 a 12, aconselhando os cristãos a
terem todos um mesmo sentimento, exorta a não responderem às injúrias
com outras injúrias: "Finalmente, sede todos de igual ânimo,
compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não
pagando mal por mal, ou 'injúria por injúria'; antes pelo contrário,
'bendizendo', pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de
receberdes bênção por herança.
       Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes, refreie a sua língua
do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal,
pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la.
"Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos
estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra
aqueles que praticam males."
EXEMPLOS PRÁTICOS:
       Calúnia:  O "irmão fulano de tal" disse que "o pastor tal" roubou o
dinheiro da "Igreja" , todavia, sendo sua afirmação improcedente,
comete o crime de calúnia.
       Difamação: A "irmã fulana de tal" diz que "o irmão fulano de tal" foi
visto  embriagado semana passada. Ao espalhar tal notícia, comete o
crime de difamação,  pouco importando se tal fato é verdadeiro ou
não.
       Injúria: O "irmão fulano de tal" ao chamar o "pastor fulano de tal"
de ladrão , imbecil, ignorante etc. , comete o crime de injúria.
( nesse crime não se imputa fato , mas qualidade negativa , que ofende
a dignidade ou o decoro de alguém  ( honra subjetiva ).


Ponderação  Finais:
       No concernente à calúnia e difamação, observa-se que por se tratar de
notícia de "suposto comportamento" que compromete  a honra do membro e
da própria Igreja, sobretudo se o respectivo membro ocupa cargo ou
função eclesiástica, entendemos que o Ministro pode e deve diligenciar
no sentido de apurar a "noticia"  desabonadora do fiel.
       Todavia, deve agir com as cautelas de seu manus sacerdotal ( ética,
prudência e inviolabilidade   de informação, inclusive da fonte de
onde originou) e não olvidar que sua ovelha tem a proteção legal e
Divina, de sua  "honra objetiva e subjetiva".
       O púlpito não é o lugar para cuidar de procedimentos investigativos e
muito menos para lançar desabafos contra fieis que incorreram nesse ou
naquele erro. Oportuno lembrar que até mesmo ensinando devemos tomar
as cautelas para não fazer citações que possam constituir-se em
difamação ou injúria, não nos esquecendo que alguns gestos de desprezo
ou galhofa  também podem consubstanciar-se em injúria.
       Nestas breves considerações, deve-se fixar algumas lições práticas:
1.      Não se deve ferir a honra de uma pessoa, seja ela objetiva ou
subjetiva.
2.      Não se deve propagar fato tipificado como crime a alguém, sendo
este fato sabidamente falso.
3.      Não se deve propagar fato que possa causar prejuízo a reputação de
alguém.
4.      Não se deve desrespeitar quem quer que seja com ofensas às suas
qualidades e aos seus sentimentos.
       As pessoas se caracterizam por suas atitudes e manifestações, desta
forma há que se respeitar a individualidade de cada um, seus defeitos
e suas qualidades. A incolumidade física e moral deve ser protegida de
toda e qualquer ofensa, a honra desta forma, tem que ser respeitada
por ser atributo moral de caráter personalíssimo, e o Estado como
garantidor da ordem e da justiça tem o dever de tutelar quem se sentir
atingido em sua honra, evitando que crimes como calúnia, difamação e
injúria agridam a valoração moral de cada indivíduo.

Código Penal
____________________________
(Decreto Lei nº  2.848, de 1940 )
.
Parte Especial
Título I
Dos Crimes Contra a Pessoa
Capítulo V
Dos Crimes Contra a Honra
Legislação:
Código Penal - CP - DL-002.848-1940
Parte Especial
Título I
Dos Crimes Contra a Pessoa
Capítulo V
Dos Crimes Contra a Honra
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido
como crime:
Pena - detenção, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a
propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da Verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido
não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do
Art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi
absolvido por sentença irrecorrível.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua
reputação:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Exceção da Verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido
é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas
funções.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a
injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por
sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena
correspondente à violência.
§ 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a
raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou
portadora de deficiência. (Alterado pela L-010.741-2003)
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Alterado pela
L-009.459-1997)
Disposições Comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço,
se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo
estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de
deficiência, exceto no caso de injúria.  (Acrescentado pela
L-010.741-2003)
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de
recompensa, aplica-se a pena em dobro.
Exclusão do Crime
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou
por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em
apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou
pela difamação quem lhe dá publicidade.
Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente
da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia,
difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em
juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá
satisfatórias, responde pela ofensa.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede
mediante queixa, salvo quando, no caso do Art. 140, § 2º, da violência
resulta lesão corporal.
Parágrafo único - Procede-se mediante requisição do Ministro da
Justiça, no caso do nº I do Art. 141, e mediante representação do
ofendido, no caso do n.º II do mesmo artigo.
Pr. Davidson Gomes Vieira

29/12/2008

AFINAL DE CONTAS, O ROCK É DO HOMEM, DE DEUS OU DO DIABO?

 CLAVEDESOL

O conjunto "evangélico" Petra cantou numa de suas músicas:

" God gave Rock and Roll to you!" 1

(Deus deu o Rock and Roll para você)

Raul Seixas

cantou numa de suas músicas:

"O Diabo é o pai do rock" 2

Certo crente que já argumentou:

"O Homem é o pai do rock"

Ao analisarmos o rock à luz da Bíblia vejamos cinco conceitos fundamentais:
1.  Quem ama os valores do mundo é descrente ( 1 Jo. 2:15).
2.  O crente não pertence a si próprio, mas a Deus (1Cor. 6:19).
3.  O mundo e a sua cultura está sob a influência direta do maligno (1 Jo. 5:19).
4.  O crente deve influenciar o mundo e não ser influenciado por ele (1 Jo. 4:4).
5.  Os padrões dos devassos e depravados e demonistas devem ser rejeitados pelos crentes (Rom 1:18-32).


  1. O rock é a música da adoração ao Diabo.

  2. É sabido que a grande maioria dos conjuntos musicais roqueiros, estão envolvidos diretamente com o demonismo. Porque esta aproximação tão íntima? Vejamos exemplos de fatos e declarações:

  3. Alice Cooper : "Em uma sessão espírita, o espírito prometeu-me fama e o domínio mundial através do rock" 3

  4. Grupo AC/DC : "...vou levar-te ao inferno...Satanás vai te pegar..." 4

  5. Jimmy Pace

    : Guitarrista e declarado adorador de Satanás. Dono da maior rede de livrarias de ocultismo da Inglaterra 5

    Mick Jagger

    : Produziu o filme: "Invocação ao meu irmão demônio"5

    Ozzy Osbourne

    : "Minha transa com o demônio é teatral" 6 Em 20 de janeiro de 1982, num show em Des Moines, Iowa, EUA, esse indivíduo mordeu a cabeça de um morcego arrancando-a do corpo do animal em pleno palco, perante a multidão... Dois anos antes ele fez o mesmo com uma pomba.
  6. Ozzy Osbourne

    : "Sim, eu sinto como se eu tivesse encontrado com o Demônio. Eu sinto que eu era um servo dele uma vez..." (Ozzi Ozzbourne, Circus Magazine, Aug 1980).

    Black Sabbath

    : "Você verá quem eu sou, meu nome é Lúcifer, por favor pegue a minha mão." (Música "Nativity in Black").

    Em 1985, a repórter Glória Maria da Rede Globo, entrevistou um jovem participante do Rock in Rio I, perguntando sobre o significado do sinal dos metaleiros (mão encolhida exceto os dedos mínimo e indicador). A resposta veio direta: "É o sinal de Satanás, nosso pai!" A repórter assustada replicou: "E Deus?". Ao que prontamente foi respondido: "O rock é nosso deus, ele nos dá saúde alegria, energia!" 7


  7. O rock é a música da obscenidade e da imoralidade sexual.

  8. Não é segredo para ninguém que o sexo promíscuo é o tema principal do rock. Vejamos os fatos e depoimentos:

    Debbie Harry

    : Esta roqueira do grupo Blondie declarou: "Rock`n Roll é tudo sexo - cem por cento" 8

    Janis Joplin

    : Envolvida com drogas, lésbica e sofrendo de gonorréia, morreu na 6ª tentativa de suicídio 9

    Grupo KISS

    : "Nós somos homossexuais" 10

    Gene Simons

    : "Basicamente, nossa filosofia é: o dedo médio para todos..." (Gene Simons do KISS, Faces Rock Dec. 1984)

    Elton John

    : "Não há nada errado em ir para a cama com alguém do seu mesmo sexo" (Elton John, Rolling Stone Magazine, Oct. 7, 1976)

    Mick Jagger

    : "Música Rock é sexo e você deve bater na cara deles com isso..." (Mick Jagger, Rolling Stone Magazine)

    David Lee Roth

    : "Pode ser que eu não entre para a história, mas eu entro para a história da sua pequena filha..." (Musician Magazine, Jun 1984)

    Cazuza

    : "Transo. Com homem, com mulher, não tem o menor problema"11

    Frank Zappa

    : "A música Rock é sexo. O ritmo grande encaixa-se com os ritmos do corpo"12

    Gail Pellert

    : "Na base, e no seu melhor, rock 'n' roll é uma celebração à sensualidade humana" (livro Christian Rock)

    John Oates

    : "Rock 'n' roll é 99% sexo" (Circus, 31 Jan. 1976)

    "Os Beatles disseram que podiam levar qualquer jovem mulher a fazer o que eles quisessem após 10 minutos (de show)."13 Não é difícil notar esta realidade e disposição na fisionomia das adolescentes e jovens nas platéias. São gritos histéricos, desmaios, falta de pudor e nudez. Uma triste promiscuidade e rebaixamento da dignidade da mulher, tudo fruto da exposição à música do Diabo. John Lennon frequentava prostitutas mesmo durante a adolescência, vivendo em imoralidade e fornicação antes e durante seus relacionamentos. Porque este profundo desequilíbrio emocional e sexual? Veja a declaração de um criminoso: "Eu podia fazer qualquer coisa enquanto ouvia a música rock na minha mente. Ela fez tudo fácil" 14

    Sem as barreiras da consciência e da moral, o pecado inflamado pelo Diabo corre mais solto. É uma possessão demoníaca!

  9. O rock é a música da dependência química:

    o Rock é uma DROGA.

  10. O corpo humano é uma usina química. Os neurônios se comunicam através de descargas elétricas e descargas químicas. Neurologistas ficam assombrados com a complexidade do cérebro. Pois bem, pesquisas feitas com viciados na música rock revelam que durante a exposição ao som, as vítimas lançam involuntariamente na corrente sangüínea, substâncias que também são encontradas nas drogas! Um roqueiro chamado Frank Zappa com propriedade declarou: "Você pode receber o mesmo efeito da música que de drogas..." 15

    Bob Lear do grupo "Grateful Dead" disse: "Esqueça as drogas, podemos começar a fazer você voar com a música somente" 16

    Rolling Stones

    : "Sweet cousin cocaine..." ("Doce prima cacaína..." - Música Sister Cocaine)

    Jimmi Hendrix

    : "Em algumas 'viagens' eu via monstros..." (livro "Jimi", Curtis Knight, 1974)

    Ringo Starr

    : "Nós ficávamos bêbados muitas vezes..." (TV Guide, Jul, 1978).

    John Lennon

    : "Desde que me tornei músico... eu sempre precisei de drogas para sobreviver..." (livro "Lennon Remembers", Jann Wenner, Straight Arrow Books, 1971)

    John Lennon

    : Admitiu que começou a tomar LSD em 1964. Ele disse: "isso continuou por anos. Eu devo ter tido umas mil 'viagens"... Eu costumava tomar toda hora..." (Rolling Stone, Jan. 1971, citado por Jann Wenner, Lennon Remembers).

  11. O rock não é aceito por Deus na adoração

  12. No Velho Testamento encontramos a primeira manifestação do rock na história em Amós 5:23 :

    "Afasta de mim o estrépito dos teus cântico, por que não ouvirei as melodias das tuas violas ."

    As iniqüidades do povo de Israel e o cinismo dos líderes levou a uma frieza espiritual sem precedentes em Israel. Esta frieza provocava a hipocrisia do povo, que abandonou o Senhor para imitar as culturas abomináveis e idólatras. A sensibilidade espiritual já não existia. A palavra de Deus, esquecida. Mesmo assim o povo queria cultuar a Deus segundo as suas próprias vaidades carnais usando uma música vulgar imitada do paganismo, que foi classificada pelo Senhor como ESTRÉPITO. Esta palavra no hebraico é "hamown" e significa tumulto, barulho, desordem, bagunça, alta intensidade de baderna. Será que existe alguma semelhança com a música rock? Claro que sim! Quando não existe espiritualidade, a qual produz contrição, quietude, meditação, ordem, a imitação satânica da superficialidade entra em cena. É o estrépito, a dança, o rebolado, os pulos, as gritarias, as palmas, as baterias, as percussões, os decibéis, as coreografias, as aeróbicas, as adrenalinas, o "louvor quente" ! Há algum tempo atrás, certo renovado comentou com desdém se referindo à uma Igreja Batista: "Ah, você é daquela igreja fria..." Referia-se ao fato de se cantar o Cantor Cristão, sem bateria, sem palmas, sem estrépito, que são as verdadeiras características dos cânticos espirituais. Agora parece que se está começando a "esquentar"... Veja como esse ímpio chamado John Lennon, tinha mais discernimento sobre a imcompatibilidade do rock com a verdadeira vida espiritual. É impressionante como os filhos das trevas têm mais discernimento do que os que se chamam crentes!

    John Lennon

    : "A música rock tem a mesma mensagem de antes. É anti-religiosa, anti-nacionalista e anti-moralidade. Agora eu entendo o que você tem que fazer. Você põe a mensagem adiante com um pouco de mel misturada" (citado no livro Pop Goes the Gospel)

    Veja mais ainda essa:

    Lita Ford

    : "Escute, rock 'n roll NÃO É DE IGREJA. É um negócio sujo. Você tem que ser sujo também. Se você é bonzinho, você não pode cantá-lo nem tocá-lo..." (Los Angeles Times Ago, 1988)

    Malcom McLaren

    : "Rock 'n roll é pagão e primitivo, e muito 'selva', e é exatamente assim como deve ser." (Rock, Ago 1983)

  13. Conclusão

PREGADORES, IGREJAS E PAIS DEVEM SE POSICIONAR CONTRA A MÚSICA DE SATANÁS NA IGREJA DO SENHOR.

O termo "rock and roll" foi consagrado em 1954 pelo disc jockey chamado Alan Freee de Cleveland. Essa expressão "rock and roll" era na verdade um termo de rua usado por prostitutas para descrever as suas atividades e o seu pecaminoso comércio de seus corpos.18 Se refere ao sexo ilícito por dinheiro e às obscenidades da prostituição. A aplicação do termo à música diabólica foi perfeita porque expressa de onde ela se originou e o que ela realmente provoca: o pecado espiritual de rebelião contra Deus (resultando no item 1: Adoração ao Diabo) e o consequente pecado contra o corpo (itens 2 e 3: Obscenidades, Sexo ilícito e Drogas).
Pais, líderes e pastores que permitem os jovens, adolescentes e crentes em geral, a se exporem à música do inferno na igreja, estão sendo coniventes e omissos, contribuindo para uma rebelião contra Deus e contra o testemunho cristão. Os péssimos exemplos no mundo "gospel" estão aí. Este é certamente um passo para a perda de controle do comportamento saudável e queda na imoralidade. Pregadores e igrejas que são coniventes, esperando alcançar mais jovens e não ofendê-los, estão na verdade lutando contra Deus e semeando uma apostasia sem retorno. No embalo da apostasia atual, Satanás vendeu uma palavra macia para enganar os ingênuos. É a música "contemporânea". Para se afastarem das contundentes maldições do rock and roll, os espertos mundanos rebatem: "Nós também não gostamos do rock and roll, mas apenas da música gospel contemporânea..." O problema é que não existe tal coisa como música cristã e ao mesmo tempo contemporânea. A palavra "contemporânea" significa: "no mesmo passo que o mundo". O problema com esse argumento é que em 1Jo 5:19 está escrito que "...todo o mundo está no maligno." Portanto, toda a música contemporânea produzida por esse sistema organizado anti-Deus que a Bíblia chama de mundo, está no maligno!
Você não pode andar no passo do mundo e no passo de Jesus Cristo ao mesmo tempo. Escolhei hoje a quem sirvais!
Nos levantemos pela verdade e pelo direito, não importando o preço! Acreditamos que o jovem crente genuíno, quando ensinado sobre a verdade, vai rejeitar a música rock. Ele vai querer ouvir e cantar a música de Deus. Cristãos informados e sérios não vão querer se identificar com o lixo musical do mundo que é próprio dos ímpios, drogados, cultuadores de demônios, adúlteros e fornicários. É tudo isso que o rock prega e simboliza.

A música NÃO é neutra. Ela por si só tem uma mensagem. A música rock, se originou no paganismo vudu e na feitiçaria oriundas das religiões demonistas da África 17. Suas repetições e manifestações rítmicas são as mesmas. O rock excita a carne, o sexo ilícito e o culto aos demônios. A música de Deus ao contrário, alimenta o espírito, eleva a alma e é aceita por Deus. Rejeitemos o rock e expulsemos das nossas igrejas a sua parafernália instrumental, com bateria, baixo eletrônico, guitarra e aparatos afins, lançando-os de volta para o lugar de onde nunca deveriam ter saído: o mundo ímpio. "Sabe porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te." (2 Tim. 3:1-5)

"E não comuniqueis com as obras as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as..." (Ef.5:11), "...para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa..." ( Fil 2:15)!

NÃO SIRVA O PÃO DA VIDA NO PRATO DE SATANÁS !

28/12/2008

SILÊNCIO?


Quando um pastor anunciou um "Dia de Silêncio" para os irmãos, um deles se levantou, e bradou: O que a nossa igreja precisa não é de mais um dia de silêncio, mas de um terremoto.

26/12/2008

TENDO OS OLHOS BEM ABERTOS

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Certa vez o Senhor Jesus disse às pessoas de Seu tempo: "e, pela manhã (dizeis): Hoje, haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?" (Mt 16.3). Na passagem paralela no Evangelho de Lucas está escrito: "Disse também às multidões: Quando vedes aparecer uma nuvem no poente, logo dizeis que vem chuva, e assim acontece; e, quando vedes soprar o vento sul, dizeis que haverá calor, e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?" (Lc 12.54-56).

Mais do que nunca devemos obedecer a essas palavras de Jesus, pois vivemos numa época em que a Sua volta se delineia cada vez mais no horizonte. Deveríamos reconhecer que os acontecimentos atuais na política, economia, religião e cultura se levantam como nuvens pesadas, que num primeiro momento anunciam um temporal iminente – mas sabemos que depois da tempestade o Sol voltará a aparecer. Em todo o mundo são tomadas decisões de alcance global e acontecem coisas que têm influência por todo o globo terrestre e que não prometem nada de bom. É importante reconhecermos as conexões entre os fatos, não de maneira especulativa, mas de forma biblicamente sóbria, aguardando os acontecimentos vindouros com os olhos bem abertos. Ao mesmo tempo é igualmente importante que chamemos a atenção do nosso próximo para o Evangelho, para a palavra profética e para a volta de Jesus. Certamente também faz parte dessa atitude de discernir o tempo em que vivemos que leiamos os jornais e nos mantenhamos informados sobre as coisas que acontecem ao nosso redor, para que possamos julgar os sinais dos tempos à luz da Palavra de Deus e para que oremos conscientemente por esses acontecimentos.

As nuvens do juízo que está por vir se ajuntam cada vez mais. O arrebatamento da Igreja pode acontecer a qualquer momento. E o "Sol da justiça" nascerá outra vez depois da Grande Tribulação, por ocasião da vinda visível de Jesus Cristo. O profeta Daniel era um homem da Palavra e um homem de oração. Ele prestava atenção aos sinais dos tempos (Dn 9.2-3ss) e Deus iluminou seu entendimento, fazendo-o compreender o contexto político da sua época como também o futuro à luz do Plano de Salvação. Façamos o mesmo! (Norbert Lieth)

FONTE: Portal Webservos: Sinais dos Tempos

ERRAMOS EM QUE PONTO?

 

"Desde o dia em que Jesus apareceu em cena, desenvolvemos vastos sistemas teológicos, organizamos igrejas de alcance mundial, enchemos bibliotecas de brilhante erudição cristã, engajamo-nos em controvérsias devastadoras e embarcamos em cruzadas, reformas e reavivamentos. Ainda assim, há pouquíssimos de nós com desatino suficiente para fazer a louca troca de tudo por Jesus; apenas um remanescente com a confiança de arriscar tudo no evangelho da graça; apenas uma minoria que cambaleia com a delirante alegria do homem que encontrou um tesouro enterrado."

(Trecho de O Evangelho Maltrapilho, de Brennan Manning)

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24/12/2008

QUASE 6.000 PESSOAS DEVEM PASSAR O NATAL EM ABRIGOS EM SANTA CATARINA

 SE

24/12/2008 - 22h19

SEJA FELIZ COM O QUE DEUS LHE CONCEDE. PENSE NO PRÓXIMO, AME O PRÓXIMO. TENTE SE COLOCAR NO LUGAR DESTAS PESSOAS!

De acordo com a Defesa Civil do Estado, 5.617 moradores de diversas cidades onde ocorreram enchentes e deslizamentos de terras continuam desabrigados, ou seja tiveram suas residências atingidas e não têm para onde ir.

Outras 27.236 também não devem comemorar a data em suas casas, uma vez que eles continuam desalojados --estão em residências de amigos ou parentes. A mais recente contabilidade da Defesa Civil de Santa Catarina dá conta que outras oito pessoas permanecem desaparecidas e 133 morreram.

Nesta quarta, Santa Catarina voltou a ser atingida pelas chuvas, devido à chegada de uma frente fria. De acordo com o Epagri/Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina) no Estado poderiam ocorrer novas pancadas de chuvas. Com isso, o alerta contra deslizamento foi mantido.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS OS DESABRIGADOS NESTE NATAL. QUE DEUS LHE ABENÇOE, TAMBÉM!

Por: Alzira Sterque

20/12/2008

O VERGONHOSO EVANGELHO SOCIAL

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        Por várias razões, os cristãos, de vários tipos, têm feito modificações no "evangelho de Cristo", como se este precisasse de ajustes. Nas alterações importantes, a maioria vai dizer que são apenas ínfimas pinceladas, aqui e ali. Essas mudanças sempre começam com alguém declarando que não existe mudança alguma envolvida, mas, simplesmente, um novo arranjo na ênfase. Contudo, não importa quão racional seja isto, o resultado final é que eles se  "envergonham do evangelho de Cristo".

Envergonhar-se do evangelho engloba uma porção de aplicações, desde ficar embaraçado com o mesmo, até supor que alguém possa  melhorá-lo um pouco, a fim de o tornar mais aceitável. Um exemplo do primeiro caso é a afirmação recente feita por um dos autores de uma Igreja Emergente de que o ensino que diz que Cristo pagou a total penalidade pelos pecados da humanidade, através de Sua morte vicária na cruz, é irrelevante e vista como "uma forma de abuso para com o filho cósmico".

Exemplos mais sutis incluem o de tentar fazer o evangelho parecer menos exclusivista, com o "abrandamento" das conseqüências, das quais ele salva a humanidade, tais como a ira de Deus e o Lago de Fogo.

Prevalecente entre muitos líderes religiosos, que professam ser cristãos evangélicos (ou seja, cristãos crentes na Bíblia), é a promoção de um evangelho aceitável, o qual seja admirado pelas pessoas do mundo inteiro. Hoje em dia, a forma mais popular é conhecida como "Evangelho Social".

Embora o Evangelho Social seja comum entre os muitos novos movimentos evangélicos, ele não é novidade para a Cristandade. Teve o seu princípio moderno nos anos 1800, quando se desenvolveu de modo a atingir as várias condições da sociedade, causadoras de sofrimento  ao populacho. A crença era de que o Cristianismo poderia atrair seguidores, quando demonstrasse o seu amor pela humanidade.  Isto poderia ser mais bem realizado, quando se aliviassem os sofrimentos da humanidade causados pela pobreza, enfermidades, condições opressoras de trabalho, injustiças sociais, abusos dos direitos civis, etc.

Os que incrementaram esse movimento também acreditavam que o alívio das condições miseráveis poderia melhorar a natureza moral dos que eram carentes de tudo.

          Outra força motivadora por trás do Evangelho Social foi a Escatologia, com as visões dos envolvidos nas doutrinas dos tempos finais. Quase todos eles eram amilenistas e pós-milenistas. Os primeiros acreditavam estar vivendo num simbólico período de 1.000 anos, no qual Cristo estava governando, a partir do céu, Satanás estava preso e eles eram os obreiros nomeados por Deus para realizar na Terra um reino digno de Cristo. Os pós-milenistas também acreditavam já estar no milênio e o seu objetivo era restaurar a Terra a um estado semelhante ao do Jardim do Éden, para Cristo voltar do céu e poder implantar aqui o Seu reino terreno.

O Evangelho Social, em todas as suas diversas aplicações, ajudou a produzir algumas realizações (leis contra o trabalho infantil e leis a favor do sufrágio feminino), as quais contribuíram para o bem-estar social. Ele se tornou o principal evangelho dos teólogos da libertação e das principais denominações, durante o século 20. Embora sua popularidade tenha crescido e diminuído, alternadamente, em seu curso, ele foi muitas vezes organizado pela combinação da religião com a  política liberal, como, por exemplo, no caso de Martin Luther King Jr. e os direitos civis. A médio prazo, através do século passado, o Evangelho Social influenciou movimentos como a Teologia Liberal do Catolicismo Romano e a ala esquerda dos cristãos evangélicos. Contudo, é no século atual que o Evangelho Social tem conseguido sua maior promoção. Dois homens, ambos professando  ser evangélicos, têm liderado esse caminho.

George W. Bush começou a presidência, instituindo o órgão White House Office of Faith-Based & Company Initiatives. Seu objetivo foi prover fundos do governo às igrejas, sinagogas, mesquitas e outros ministérios religiosos, os quais estivessem provendo serviço social às suas comunidades. Bush acreditava que os programas desenvolvidos  pelo "povo de fé" poderia ser pelo menos tão efetivo como os das organizações seculares, na ajuda aos necessitados e, talvez mais que isso, por causa do seu compromisso moral de "amar e ajudar o próximo".  Quando se prepara para deixar o cargo, ele declarou que considera  o seu programa "Faith-Based" como uma das mais relevantes realizações do seu tempo como presidente.  O atual candidato à presidência, Barack Obama,  declarou que, se ganhar a eleição, vai dar prosseguimento ao programa "Faith-Based".

Rick Warren o mega autor de vendas de "Uma Igreja Com Propósito" e "Uma Vida Com Propósito", elevou o Evangelho Social a um patamar jamais antes alcançado, não apenas a nível mundial, mas a se tornar o pensamento e planejamento dos líderes mundiais. Warren credita ao gênio em gerenciamento de negócios - Peter Drucker - o conceito básico do que ele está executando. Drucker acreditava que os problemas sociais da pobreza, doença, fome e ignorância estavam além da capacidade dos governos e das corporações multinacionais para os resolverem. Para Drucker, a solução mais viável seria encontrada no setor sem fins lucrativos da sociedade, especialmente as igrejas, com as suas hostes de voluntários dedicados ao alívio dos males sociais dos carentes de suas comunidades.

Tendo Warren reconhecido o falecido Drucker como o seu mentor, durante 20 anos, certamente aprendeu suas lições. Seus dois livros "Com Propósito", traduzidos em 57 idiomas, dos quais foram vendidas,  conjuntamente, 30 milhões de cópias, revelam o plano do jogo que Drucker havia visualizado. Warren fez com que as igrejas locais programassem a visão dos seus livros, através dos programas comunitários enormemente popularizados como "40 Dias com Propósito". Até o presente, 500 mil igrejas, em 162 nações tornaram-se parte dessa rede global. Elas formam a base do Plano global P.E.A.C.E.

Mas, o que é o Plano P.E.A.C.E? A apresentação deste plano de Warren à igreja é vista no site www.thepeaceplan.com. No vídeo, ele identifica os gigantes que assolam a humanidade, como sendo: vazio espiritual, liderança autocentrada, pobreza, doença e ignorância, os quais ele pretende erradicar pelo "P": plantio de igrejas; "E": equipamento de líderes; "A": assistência aos pobres; "C": cuidado aos enfermos; "E": educação da próxima geração.

Warren usa a ilustração de um tripé, a fim de descrever a melhor maneira de liquidar esses gigantes. Duas dessas pernas são o governo e os negócios, os  quais têm sido, até hoje, ineficazes e, exatamente como um tripé de dois pés, não pode se manter de pé. A terceira perna, muito necessária, é a igreja: "Existem milhares de vilas no mundo, sem escolas, sem clínicas, sem comércio e sem governo... Mas sempre têm uma igreja. O que aconteceria se mobilizássemos as igrejas para que liderassem esses cinco gigantes globais?" Warren racionaliza que existem 2,3 bilhões de cristãos no mundo inteiro, os quais poderiam formar, praticamente, o que Bush chamou de "exército da compaixão" do "povo de fé", que o mundo até hoje não experimentou.

Em adição a essa "visão cristã", Warren tem expandido a visão inclusivista do Plano P.E.A.C.E., o qual tem atraído o apoio e o louvor dos líderes políticos e religiosos e das celebridades do mundo inteiro. No 2008 World Economic Forum, Warren declarou: "O futuro do mundo não é o secularismo, mas o pluralismo religioso". Referindo-se aos males que atacam o mundo, ele declarou: "Não podemos resolver esses problemas sem envolver as pessoas de fé e suas instituições religiosas. Ele [o Plano P.E.A.C.E.] não vai prosperar de outro modo. Neste planeta existem cerca de 2,3 bilhões de cristãos. Se colocarmos o povo de fé na equação, teremos governado 5/6 do mundo. E se apenas deixarmos que o povo secular o realize, isso não vai acontecer". (http://youtube.com/watch?v=rGyW4ghOCP).

A fim de acomodar o assunto às pessoas de todas as crenças, Warren substituiu o "P" do seu P.E.A.C.E. (plantar igrejas evangélicas) para o "P" de "promover reconciliação". O "E" de "equipamento de líderes" (de igrejas) para "equipamento de líderes éticos". Em algum lugar, ele reconheceu o seu avanço prático ao pluralismo: "Qualquer homem de paz em qualquer vila... ou quem sabe a mulher de paz... que tenha um espírito superior? ... Não precisam ser cristãos. Podem até ser muçulmanos, mas que estejam abertos e tenham influência, para se trabalhar com eles, a fim de se atacarem os cinco gigantes (aos quais ele adicionou o aquecimento global)".

Ele cita um líder secular como conselheiro da Faith Foundation, que é o Primeiro Ministro, recentemente convertido ao Catolicismo Romano, Tony Blair.  Mas... como fica a cruz nesse ajuntamento ecumênico? Ora, não fica. A crítica realização desse objetivo ecumênico é a eliminação das religiões exclusivistas, uma preocupação articulada por um dos painelistas no Economic Forum: "Existem alguns líderes religiosos de diferentes crenças religiosas, os quais buscarão afirmar sua própria fé, sua autenticidade e legitimidade... negam às outras pessoas, suas crenças, sua legitimidade e autenticidade. Não creio que possamos agir assim sem... neutralizar o tipo de ódio que todos nós estaremos experimentando resolver aqui. Acho que a nós cabe amarrar os pés do clero, ao fogo, qualquer que seja a sua fé. Contudo, insistindo em confirmar o que seja belo em nossas tradições, enquanto, ao mesmo tempo, recusando-nos a denegrir outras tradições de fé, sugerindo que elas sejam ilegítimas ou consignadas a algum tipo de fim maligno."

A Bíblia ensina que "todas as religiões do mundo são ilegítimas e consignadas a algum tipo de fim maligno", até o seu exato final. Somente a crença no evangelho bíblico pode salvar a humanidade. Lemos, em Atos 4:12 e João 3:16: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos"... "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".

A história do Evangelho Social é, em quase cada caso, uma séria tentativa dos cristãos para fazerem o que eles supõem que honrará a Deus e beneficiará a humanidade. Em cada caso, porém, a realização prática  de "beneficiar a humanidade" tem comprometido a fé bíblica e desonrado a Deus. Por que isso? Porque Deus não deu à igreja a comissão de resolver os problemas do mundo. Os que tentam fazê-lo, resvalam na falsa premissa, conforme Provérbios 14:12: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte". Além do mais, os problemas do mundo são apenas um sintoma da raiz chamada PECADO.

Qual porcentagem do "povo de fé", que engloba todas as religiões, formando 5/6 da população mundial, entende e aceita o Evangelho como a única possível cura para o mal chamado PECADO? Ou quantos dos 2,3 bilhões de "cristãos", no mundo inteiro, crêem de fato no Evangelho bíblico? Os números decrescem exponencialmente. "Sim, mas... eles formam uma força de maciça contribuição voluntária, além dos nossos recursos, para liquidar os gigantes do mundo sofredor!" Mas, que aproveita se esses 2,3 bilhões de "pessoas de fé" puderem aliviar os sofrimentos do mundo e, contudo, perderem exatamente suas almas?

O Evangelho Social é uma doença mortal  para o "povo de fé". Ele reforça a crença de que a salvação pode ser obtida pela prática de boas obras, colocando à parte as diferenças, em prol do bem comum, tratando os outros como gostaríamos de ser tratados, agindo moral, ética e sacrificialmente... E isso fazendo, ao ponto de atrair os humanos para Deus. Não! Esses são esforços auto-enganosos, que rejeitam a salvação de Deus, negando o Seu perfeito modelo e rejeitando Sua perfeita justiça. A salvação acontece segundo Efésios 2:8-9: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie". Jesus se entregou à morte pela esperança de salvar a humanidade, reconciliando-a com Deus. Em João 14:6, lemos Jesus declarando: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". Não existe outro caminho, porque a perfeita justiça de Deus exigia que a penalidade do pecado fosse paga, pois "Todos pecaram" (Romanos 3:23). Somente o Homem-Deus perfeito e sem mácula poderia pagar totalmente essa penalidade infinita, morrendo sobre a cruz. Somente a fé Nele pode reconciliar o homem com Deus.

O vergonhoso Evangelho Social de hoje não apenas promove "outro evangelho", como ajuda a preparar o reino contrário aos ensinos da Escritura. Pois "...a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Filipenses 3:20). Ele voltará do céu (João 14:3) para arrebatar os que Nele crêem (Sua Noiva) às nuvens e levá-los para o céu (1 Tessalonicenses 4:17). O reino que ficar na Terra será o do Anticristo.

De acordo com o seus princípios amilenistas/pós-milenistas, os esforços do Evangelho Social estão ligados à Terra, em sua tentativa de restaurar aqui o reino de Deus. Eugene Peterson infiltrou essa heresia em sua Bíblia "The Message": "Deus não teve todo esse trabalho de enviar o Seu Filho simplesmente para apontar o seu dedo acusador, dizendo como o mundo era mau. Ele veio ajudar a colocar o mundo novamente em ordem". (Uma perversão de João 3:17).

Rod Bell, em seu livro "Velvet Elvis", reflete a escatologia da reconstrução da Terra, a qual é adotada por quase todos os líderes da Igreja Emergente:

"Salvação é todo o universo sendo trazido à harmonia com o seu Criador. Isso implica imensamente em como as pessoas apresentam a mensagem de Jesus. Sim, Jesus pode voltar  para os nossos corações. Mas podemos nos reunir em um movimento que será tão abrangente e tão grande como o próprio universo. Rochas e árvores; pássaros e pântanos e ecossistemas. O desejo de Deus é restaurar tudo isso... O objetivo não é escapar deste mundo, mas transformá-lo no tipo do lugar para onde Deus possa vir. E Deus está nos recriando no modelo de pessoas que possam fazer esse tipo de obra".

Para o líder da Igreja Emergente, Brian McLaren, este é o futuro meio de vida para os cristãos. Numa entrevista ao ChristianPost.com, em 28/07/2008,  ele disse: "Acho que o nosso futuro também vai exigir que nos unamos humilde e caridosamente, com as pessoas de outras crenças... muçulmanos, hinduístas, budistas, judeus, secularistas e outros... na busca pela paz, no diaconato ambiental e na justiça para todos os povos, coisas que falam profundamente ao coração de Deus". Não! O que realmente fala ao coração de Deus  é que se arrependam e creiam no Evangelho.

Qualquer pessoa que deposita esperança nesse Evangelho Social, o qual emprega "pessoas de fé", "preparando este mundo para ser um lugar para onde Deus possa vir", deve dar atenção às palavras de Jesus, segundo Lucas 18:8-b: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" As pessoas de todas as crenças, sim, mas certamente não as pessoas "da fé", pela qual Judas 3 nos exorta a batalhar diligentemente. Que o Senhor nos ajude a todos, a fim de que jamais nos envergonhemos do Seu Evangelho!

FONTE: TBC Setembro, 2008 - "The Shameful Social Gospel" , by T. A. McMahon

Traduzido por: Mary Schultze

www.cpr.org.br/Mary.htm

"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!"  1 Cor 9:16


"Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo". 2 Cor 4:6

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Quando ser medíocre vira um vício

 

Antes mesmo de ler este livro, tinha discutido com o grupo de jovens sobre a relevância da arte no meio cristã, então a prévia do livro veio muito a acrescentar no assunto que estamos desenvolvendo nesse mês.

Achar que nossos talentos se resumem a cantar na igreja músicas que todos estão cantando, ou fazer parte de um ministério é desmerecer o caráter criativo de Deus em nossas vidas, Schaeffer deixa isso bem claro na introdução do livro dizendo: “Portanto, criatividade não se trata de um detalhe sem importância para a vida cristã. Ao contrário, é algo essencial. O problema é que grande parte da igreja tem esquecido o quanto essa parte de nossa vida é importante. Ao agir dessa maneira, tem se tornado pobre e limitada na apreciação de si
mesma, de seus semelhantes e do próprio Deus”

A questão da arte deve ser apreciada pelos cristãos e não demonizada como temos visto por aí, mas deve se lembrar que isso já foi bem pior, meu pai conta histórias absurdas de pessoas regrando coisas que para nós são comum hoje como escutar música, assistir TV ou ir ao cinema em nome de uma santidade de fachada, o autor chama isso de pontos cegos da igreja. Os tempos mudam, mas a questão ainda é muito pertinente, por isso encorajo as pessoas que lêem esse blog a usar seu talento de uma forma relevante em nossa sociedade, demonstrando o aspecto criativo de nossa existência.

Alguns trechos do primeiro capítulo Criatividade e Beleza :

“As artes, as iniciativas culturais, a apreciação da beleza da criação de Deus e da criatividade humnna, esses dons criativos têm sido relegados em nossos dias a um canto qualquer de nossa consciência cristã. São completamente desprezados por muitos e ainda rotulados de não-cristãos e nada espirituais. Essa deficiência tem sido a causa de muitos sentimentos de culpa desnecessários e de muitos frutos amargos, nos fazendo perder contato com o mundo que Deus criou, com a cultura na qual vivemos, e nos tornando inúteis nesse ambiente cultural.”

“Se a partir deste mundo ao nosso redor podemos aprender algo acerca do caráter de Deus, certamente é que ele é criativo e multifacetado. O interesse divino em beleza e em detalhes é inquestionável quando se olha para o mundo que criou à nossa volta, e as próprias pessoas em particular, como resultado de sua habilidade.”

“Por que faço questão de enfatizar esse aspecto criativo e diversificado do nosso Deus? Simplesmente porque como cristãos tudo aquilo que somos e fazemos se baseia em nosso Pai Celestial. Nosso valor supremo deriva do significado com o qual ele nos revestiu como portadores de sua imagem.”

“Eu repito: a arte, a expressão humana criativa e a apreciação do belo não precisam de nenhuma justificativa. A justificativa suprema é que elas chegam a nós como gracioso e benéfico da parte de Deus.”

COMPAIXÃO E FELICIDADE HUMANA

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Na nossa vida sempre encontramos ou cruzamos com pessoas que estão sofrendo por algum motivo. Nestes momentos todos nós somos, de um modo ou outro, tocados pelo sofrimento alheio. Isto se chama compaixão.

Para entendermos isto melhor, quero narrar uma conversa que eu tive com uma pessoa alguns anos atrás. Estávamos saindo de um banco quando vimos na rua pessoas pobres pedindo esmola. Ela me disse: "eu não gosto de vir aqui para  o centro por causa destas cenas que me deprimem. O centro está carregado de energias negativas e toda vez que eu venho aqui saio carregado desta negatividade, e mesmo quando volto para minha casa eu sinto um certo peso, um certo mal estar".

Eu não quero discutir aqui se a expressão "energias negativas" é a melhor para expressar o ambiente como aquele, mas o que eu posso dizer com certeza é que esta pessoa foi tocada pelo sofrimento daquelas pessoas pobres, algumas com crianças pequenas. O fato de ela sentir esta "energia negativa" até mesmo quando estava no conforto e segurança da sua casa (que devia ser muito boa) mostra que ela costumava ser tocada com certa profundidade e não sabia bem como lidar com isto. Mesmo as pessoas mais insensíveis são tocadas pelos sofrimentos de outras pessoas. Uma comprovação disso é que elas reagem de alguma forma a este tipo de contato, mesmo que seja apenas para virar a cabeça. Este virar a cabeça para não ver o rosto de uma pessoa que sofre mostra que foi tocada. Ninguém é completamente insensível ao sofrimento de outras pessoas.

Hoje diversos experimentos científicos estão mostrando que esta é uma característica da espécie humana. Nós somos de uma espécie que é capaz de se colocar no lugar do outro para compreender a intenção da outra pessoa e compreender o que quer dizer ou comunicar; assim como também somos capazes de nos colocar no lugar da pessoa que está nos sorrindo para entendermos - algumas vezes de forma meio equivocada - o sentido daquele sorriso para nós. Isto funciona também diante de uma pessoa que sofre. Eu me coloco no lugar desta pessoa para poder compreender o sentimento de dor que se expressa no rosto dela ou em algum outro gesto. Ao me colocar no lugar do outro, para compreendê-lo, eu sinto o sofrimento com a pessoa que sofre.

A diferença entre as pessoas se dá na reação a esta experiência de compaixão. A dor e o sofrimento da outra pessoa me lembra os meus medos, inseguranças e sofrimentos que eu não quero me lembrar. Com isso, eu posso me fechar para a dor do outro para reprimir a minha dor e esquecer dos meus medos e inseguranças; ou então me permitir sentir a compaixão e assim tomar contato com as minhas dores, os meus sofrimentos e medos. É preciso muita força espiritual e também coragem para enfrentar as minhas dores mais fundas. Permanecer na compaixão não revela fraqueza ou de "pieguice" de uma pessoa, pelo contrário, é sinal da sua força emocional e espiritual.

Reprimir o sentimento inevitável da compaixão é reprimir uma parte do "eu" que está nas profundezas do meu ser. Em outras palavras, quem nega o sentimento de compaixão não pode se conhecer e, por isso, nem consegue encontrar uma "solução" para os seus problemas que foram escondidos, empurrados e trancados no mais fundo de si. Quem não é capaz de permanecer no sentimento de compaixão, não consegue viver uma vida feliz porque tenta negar a sua própria "natureza humana".

A felicidade depende da compaixão, e que para desenvolver o sentimento de compaixão precisamos cultivar qualidades como "amor, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, humildade e outras" e também "o hábito de uma disciplina interior".

Quando sentimos a compaixão, desejamos que os sofrimentos das outras pessoas cessem, não só porque as amamos ou acreditamos que elas têm direito a uma vida mais digna e humana, mas também para que os nossos sofrimentos resultantes da compaixão sejam aliviados. Neste processo sentimo-nos compelidos a fazer algo para mudar a situação, assim como também incluímos no nosso horizonte de futuro desejado a superação das situações que causam estes sofrimentos. Abertura ao sofrimento alheio que nos permite tomar contato com os nossos sofrimentos e medos, a esperança de um futuro onde estes problemas foram solucionados e ações concretas que nos dão convicção firme de que estamos, dentro das possibilidades, fazendo a coisa certa para caminharmos em direção a este futuro desejado são elementos fundamentais de uma vida feliz.

Compaixão e amor encarnado em ações concretas - que buscam superar situações de opressão, dominação, marginalização, exploração ou exclusão que geram sofrimentos de tanta gente - são elementos fundamentais tanto para uma vida pessoal quanto para uma sociedade mais humana. Não se pode ser feliz sendo insensível a tanto sofrimento e dor.

É claro que não devemos cair na tentação e pressão de sermos perfeitamente compassivos e capazes de ações perfeitas e plenas para "salvar" o mundo. Só na medida em que aceitamos a nossa dificuldade é que poderemos viver e fazer o que podemos de fato.

Compaixão, responsabilidade e solidariedade são valores fundamentais para salvarmos o mundo e as nossas vidas do cinismo, da indiferença e da desumanização.

Mesmo que a nossa vida e o mundo não se transformem na intensidade e na velocidade dos nossos desejos, sabemos que nossas ações transformam ou modificam para melhor, não somente a vida de outras pessoas, mas também a nós mesmos.

A caridade salva da morte. O que é a caridade? Os vivos devem se preocupar com a tristeza ou doença do próximo. Quem não se preocupa não é realmente sensível; quem não é sensível não está realmente vivo.

A caridade nos livra de morrer em vida.

A VELHA E A NOVA CRUZ

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A. W. Tozer

Sem fazer-se anunciar e quase despercebida uma nova cruz introduziu-se nos círculos evangélicos dos tempos modernos. Ela se parece com a velha cruz, mas é diferente; as semelhanças são superficiais; as diferenças, fundamentais.
Uma nova filosofia brotou desta nova cruz com respeito à vida cristã, e desta nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica – um novo tipo de reunião e uma nova espécie de pregação. Este novo evangelismo emprega a mesma linguagem que o velho, mas o seu conteúdo não é o mesmo e sua ênfase difere da anterior.
A velha cruz não fazia aliança com o mundo. Para a carne orgulhosa de Adão ela significava o fim da jornada, executando a sentença imposta pela lei do Sinai. A nova cruz não se opõe à raça humana; pelo contrário, é sua amiga íntima e, se compreendermos bem, considera-a uma fonte de divertimento e gozo inocente. Ela deixa Adão viver sem qualquer interferência. Sua motivação na vida não se modifica; ela continua vivendo para seu próprio prazer, só que agora se deleita em entoar coros e a assistir filmes religiosos em lugar de cantar canções obcenas e tomar bebidas fortes. A ênfase continua sendo o prazer, embora a diversão se situe agora num plano moral mais elevado, caso não o seja intelectualmente.
A nova cruz encoraja uma abordagem evangelística nova e por completo diferente. O evangelista não exige a renúncia da velha vida antes que a nova possa ser recebida. Ele não prega contrastes mas semelhanças. Busca a chave para o interesse do público, mostranto que o cristianismo não faz exigências desagradáveis; mas, pelo contário, oferece a mesma coisa que o mundo, somente num plano superior. O que quer que o mundo pecador esteja idolizando no momento é mostrado como sendo exatamente aquilo que o evangelho oferece, sendo que o produto religioso é melhor.
A nova cruz não mata o pecador, mas dá-lhe nova direção. Ela o faz engrenar em um modo de vida mais limpo e agradável, resguardando o seu respeito próprio. Para o arrogante ela diz: "Venha e mostre-se arrogante a favor de Cristo"; e declara ao egoísta: "Venha e vanglorie-se no Senhor". Para o que busca emoções, chama: "Venha e goze da emoção da fraternidade cristã". A mensagem de Cristo é manipulada na direção da moda corrente a fim de torná-la aceitável ao público.
A filosofia por trás disso pode ser sincera, mas na sua sinceridade não impede qe seja falsa. É falsa por ser cega, interpretando erradamente todo o significado da cruz.
A velha cruz é um símbolo da morte. Ela representa o fim repentino e violento de um ser humano. O homem, na época romana, que tomou a sua cruz e seguiu pela estrada já se despedira de seus amigos. Ele não mais voltaria. estava indo para seu fim. A cruz não fazia acordos, não modificava nem poupava nada; ela acabava completamente com o homem, de uma vez por todas. Não tentava manter bons termos com sua vítima. Golpeava-a cruel e duramente e quando terminava seu trabalho o homem já não existia.
A raça de Adão está sob sentença de morte. Não existe comutação de pena nem fuga. Deus não pode aprovar qualquer dos frutos do pecado, por mais inocentes ou belos que pareçam aos olhos humanos. Deus resgata o indivíduo, liquidando-o e depois ressucitando-o em novidade de vida.
O evangelismo que traça paralelos amigáveis entre os caminhos de Deus e os do homem é falso em relação à bíblia e cruel para a alma de seus ouvintes. A fé manifestada por Cristo não tem paralelo humano, ela divide o mundo. Ao nos aproximarmos de Cristo não elevamos nossa vida a um plano mais alto; mas a deixamos na cruz. A semente de trigo deve cair no solo e morrer.
Nós, os que pregamos o evangelho, não devemos julgar-nos agentes ou relações públicas enviados para estabelecer boa vontade entre Cristo e o mundo. Não devemos imaginar que fomos comissionados para tornar Cristo aceitável aos homens de negócio, à imprensa, ao mundo dos esportes ou à educação moderna. Não somos diplomatas mas profetas, e nossa mensagem não é um acordo mas um ultimato.
Deus oferece vida, embora não se trate de um aperfeiçoamento da velha vida. A vida por Ele oferecida é um resultado da morte. Ela permanece sempre do outro lado da cruz. Quem quiser possuí-la deve passar pelo castigo. É preciso que repudie a si mesmo e concorde com a justa sentença de Deus contra ele.
O que isto significa para o indivíduo, o homem condenado quer encontrar vida em Cristo Jesus? Como esta teologia pode ser traduzida em termos de vida? É muito simples, ele deve arrepender-se e crer. Deve esquecer-se de seus pecados e depois esquecer-se de si mesmo. Ele não deve encobrir nada, defender nada, nem perdoar nada. Não deve procurar fazer acordos com Deus, mas inclinar a cabeça diante do golpe do desagrado severo de Deus e reconhecer que merece a morte.
Feito isto, ele deve contemplar com sincera confiança o salvador ressurreto e receber dEle vida, novo nascimento, purificação e poder. A cruz que terminou a vida terrena de Jesus põe agora um fim no pecador; e o poder que levantou Cristo dentre os mortos agora o levanta para uma nova vida com Cristo.
Para quem quer que deseje fazer objeções a este conceito ou considerá-lo apenas como um aspecto estreito e particular da verdade, quero afirmar que Deus colocou o seu selo de aprovação sobre esta mensagem desde os dias de Paulo até hoje. Quer declarado ou não nessas exatas palavras, este foi o conteúdo de toda pregação que trouxe vida e poder ao mundo através dos séculos. Os místicos, os reformadores, os revivalistas, colocaram aí a sua ênfase, e sinais, prodígios e poderosas operações do Espírito Santo deram testemunho da operação divina.
Ousaremos nós, os herdeiros de tal legado de poder, manipular a verdade? Ousaremos nós com nossos lápis grossos apagar as linhas do desenho ou alterar o padrão que nos foi mostrado no Monte? Que Deus não permita! Vamos pregar a velha cruz e conhecermos o velho poder.
Fonte: O Melhor de A. W. Tozer, Editora Mundo Cristão, pg 151 a 153.

DEUS FALA...


Deus fala quando duas pessoas voltam suas faces uma para a outra em amor, acolhimento, generosidade e cuidado.
Rabino Jonathan Sacks

16/12/2008

LIVRE EM CRISTO: O Evangelho Maltrapilho

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Brennan Manning

A igreja evangélica dos nossos dias aceita a graça na teoria, mas nega-a na prática. Dizemos acreditar que a estrutura mais fundamental da realidade é a graça, não as obras. Mas nossa vida refuta a nossa fé.

De modo geral o evangelho da graça não é proclamado, nem compreendido, nem vivido. Um número grande demais de cristãos vive na casa do temor e não na casa do amor. Nossa cultura tornou a palavra graça impossível de compreender.

Repercutimos frases de efeito como:

· Nesta vida nada é de graça;

· Cada um acaba ganhando o que merece;

· Quer dinheiro? Vá trabalhar;

· Quer amor? Faça por merecer;

· Quer misericórdia? Mostre que é digno dela;

· Faça aos outros antes que lhe façam;

· Observe as filas nos órgãos assistenciais, os mendigos preguiçosos nas ruas, a merenda grátis nas escolas, os estudantes ricos com bolsas do governo: só os trapaceiros se dão bem;

· Sem dúvida, dê a cada um o que merece, e nem um centavo a mais.

Minha editora contou-me que ouviu certa vez um pastor dizendo a uma criança: “Deus ama os bons meninos”. À medida que ouço sermões com ênfase definida no esforço pessoal “toma lá, dá cá”, fico com a impressão que uma espiritualidade “faça-você-mesmo” é a nova onda americana.

Embora as Escrituras insistam que é de Deus a iniciativa na obra da salvação que “pela graça somos salvos”, freqüentemente nossa espiritualidade começa no eu, não em Deus. A responsabilidade pessoal substituiu a resposta pessoal. Falamos sobre adquirir a virtude como se ela fosse uma habilidade que pudesse ser desenvolvida, como uma bela caligrafia ou um bom gingado numa tacada de golfe. Nas épocas de penitência, nosso foco é superar nossas fraquezas, livrarmo-nos de nossos entraves e alcançarmos a maturidade cristã. Transpiramos debaixo de diversos exercícios espirituais como se eles fossem concebidos para produzir um Mister Universo cristão. Embora algum elogio nominal seja dirigido ao evangelho da graça, muitos cristãos vivem como se fossem apenas a sua disciplina pessoal e sua autonegação que deverão moldar o perfeito eu. A ênfase é no que eu estou fazendo em vez de no que Deus está fazendo. Nesse processo curioso, Deus é um espectador velhinho e benigno que está ali para torcer quando compareço para minha meditação matinal. Transferimos a lenda de Horatio Alger sobre o homem que venceu pelos seus próprios esforços, o self-made man, para nosso relacionamento com Deus.

Quando lemos no salmo 123: “Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora”, experimentamos uma vaga sensação de culpa existencial. Nossos olhos não estão fitos em Deus. No fundo somos pelagianos praticantes. Cremos que somos capazes de nos erguermos do chão puxando nossos próprios cadarços . que somos, de fato, capazes de fazê-lo sozinhos. Mais cedo ou mais tarde somos confrontados com a dolorosa verdade da nossa inadequação e da nossa insuficiência. Nossa segurança é esmagada e nossos cadarços, cortados.

A palavra graça, em si, tornou-se banal e desgastada pelo mau uso e pelo uso em excesso. Ela não mexe conosco da mesma forma que mexia com nossos ancestrais cristãos. Em alguns países europeus, certos oficiais eclesiásticos de alto escalão são ainda chamados de “Sua Graça”, Jornalistas esportivos falam da ”graça fluente” de Michael Jordan, e já foi dito do empreendedor Donald Trump que ele “carece de graça”. Surge um novo perfume com o rótulo “Graça”, e um boletim de estudante é chamado de “desgraça”. A palavra perdeu o seu poder criativo latente.

Fyodor Dostoievski capturou o choque e o escândalo do evangelho da graça quando escreveu: No último julgamento Cristo nos dirá: Vinde, vós também! Vinde, bêbados! Vinde, vacilantes! Vinde, filhos do opróbrio! E dir-nos-á: Seres vis, vós que sois à imagem da besta e trazem a sua marca, vinde porém da mesma forma, vós também!. E os sábios e prudentes dirão: Senhor, por que os acolhes? E ele dirá: Se os acolho, homens sábios, se os acolho, homens prudentes, é porque nenhum deles foi jamais julgado digno. E ele estenderá os seus braços, e cairemos a seus pés, e choraremos e soluçaremos, e então compreenderemos tudo, compreenderemos o evangelho da graça! Senhor, venha o teu reino!”

Creio que a Reforma realmente começou no dia em que Martinho Lutero orou sobre o significado das palavras de Paulo em Romanos 1:17: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” Como muitos cristãos dos nossos dias, Lutero se debatia noite adentro com a questão fundamental: de que forma o evangelho de Cristo podia ser realmente chamado de Boa Nova, se Deus é um juiz justo que retribui aos bons e pune os perversos? Será que Jesus veio realmente revelar essa terrível mensagem? De que forma a revelação de Deus em Cristo Jesus podia ser acuradamente chamada de “Nova”, já que o Antigo Testamento defendia o mesmo tema, ou de “Boa”, com a ameaça de punição suspensa como uma nuvem escura sobre o vale da história?

Eis aqui uma revelação fulgurante como a estrela da manhã: Jesus veio para os pecadores, para aqueles tão marginalizados quanto cobradores de impostos e para os enredados em escolhas sórdidas e sonhos desfeitos. Ele vem para executivos de corporações, sem-teto, superastros, fazendeiros, prostitutas, viciados, fiscais do Imposto de Renda, vítimas da AIDS e até mesmo vendedores de carros usados. Jesus não apenas conversa com essa gente, mas janta com eles, plenamente consciente de que sua comunhão à mesa com pecadores fará erguer as sobrancelhas dos burocratas religiosos que ostentam seus paramentos e a insígnia da sua autoridade para justificar a sua condenação à verdade e sua rejeição ao evangelho da graça.

(...)

A Boa Nova significa que podemos parar de mentir a nós mesmos. O doce som da graça admirável nos salva da necessidade do auto-engano. Ele nos impede de negar que, embora Cristo tenha sido vitorioso, a batalha contra a lascívia, a cobiça e o orgulho ainda ecoa dentro de nós. Na condição de pecador redimido, posso reconhecer com qual freqüência sou insensível, irritável, exasperado e rancoroso com os que me são mais próximos. Quando vou à igreja, posso deixar meu chapéu branco em casa e admitir que falhei. Deus não apenas me ama como eu sou, mas também me conhece como sou. Por causa disso não preciso aplicar maquiagem espiritual para fazer-me aceitável diante dele. Posso reconhecer a posse de minha miséria, impotência e carência.

(...)

Desejamos uma espiritualidade permanentemente vigorosa, espiritualidade de caixa automática, e tentamos cultivar determinada virtude em determinado momento do tempo. Prudência em janeiro, humildade em fevereiro, bravura em março, temperança em abril. Provemos fichas de desempenho para avaliar ganhos e perdas. As perdas podem ser minimizadas se você contribuir para obras de caridade em maio. Algumas vezes maio nunca chega. Para muitos cristãos, a vida é um longo janeiro.

(...)

E para finalizar...

A voz então diz: “[Eles] lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro”. Ali estão eles. Ali estamos nós, a multidão que queria ser fiel, que foi por vezes derrotada, maculada pela vida e vencida pelas provações, trajando as roupas ensangüentadas pelas tribulações da vida, mas, diante de tudo isso, permaneceu apegada à fé.

Meus amigos, se isso não lhes parece boa nova, vocês nunca chegaram a compreender o evangelho da graça.

Extraído do Livro O EVANGELHO MATRAPILHO, de Brennan Manning

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