02/11/2009

TOLERÂNCIA

 

Quem nunca falhou uma promessa?
Ou viu um sonho antigo morrer?
Quem nunca tremeu de medo?
Ou para chorar teve que se esconder?
Quem nunca errou descaradamente?
Ou falou o que não devia falar?
Quem nunca usou máscaras
Para as fraquezas internas disfarçar?
No fundo somos todos tão parecidos
Cheios de idéias boas que chamamos intenções
Mas quando as coisas correm mal
Nunca são boas o bastante as razões
Passamos tanto tempo costurando fantasias
Dependendo do falível sentimento
Acreditando em palavras tão banais
E que logo serão dispersas ao vento
Sempre dispostos a aceitar o doce da vida
A felicidade, o sucesso, a alegria
Mas recusando fortemente o amargo
E a cada injustiça levantando porfia
Se somos tão semelhantes em quase tudo
É por causa daquele que nos criou
Fez-nos à sua imagem
Corpo, Alma e Espírito Ele juntou
E se tantas coisas sofremos
Nesta lida dura e terreal
É que quase sempre esquecemos
Nossa costela celestial
Para e pensa estão, meu irmão
Nossa raça não tem outra solução
Ou buscamos a Deus de verdade
Ou só nos resta dissolução
Não te queixes da Vida
Pare de reclamar em vão
Alça a alma em oração reconhecida
Entrega a Deus o caminho, e o coração
Joed Venturini

Fonte:       Poesias e Contos Evangélicos: Tolerância

Sermão: A vaca mais sagrada do protestantismo

 

Frank A. Viola


A cristandade não destruiu o paganismo, adotou-o. WillDurant


Agora chegamos ao Sermão, uma das práticas mais sacrossantas. Elimine o sermão, e a liturgia protestante chega a ser nada mais que um show musical. Elimine o sermão e a assistência do culto dominical matutino cai para um dígito.1[1]
O sermão é a base da liturgia protestante. Por 500 anos, vem funcionando como um relógio. Cada domingo pela manhã, o pastor sobe ao púlpito e profere uma inspiradora pregação a uma audiência passiva que esquenta os bancos. A razão pela qual a maioria dos cristãos vai à igreja é pela importância do sermão. De fato, o culto como um todo é tipicamente julgado pela importância do sermão. Pergunte a alguém como foi o culto do domingo e quase sempre receberá uma descrição do sermão. Soa algo como o seguinte:
Pergunta: "Como foi o culto do domingo passado?"
Resposta: "Foi maravilhoso. O Pastor Peckman falou-nos da importância de plantarmos 'sementes da fé' para aumentar nossa renda; foi tremendo. Me motivou a dar todo meu salário no domingo próximo".
Em suma, o conceito do cristianismo moderno relaciona o sermão ao culto dominical matutino.3[3] Mas isso não pára por aí.
A maioria dos cristãos é adicta do sermão. Eles vão à igreja como baldes vazios esperando que os pregadores os encham com mensagens de ânimo. Para o cristão típico, o sermão é a principal provisão de sustento espiritual. É mais importante que a oração, a leitura bíblica e a confraternização entre os irmãos. E, sejamos honestos, é ainda mais importante que a comunhão com Jesus Cristo (pelo menos na prática!).
Elimine o sermão e você eliminará a fonte mais importante de nutrição espiritual para a maioria dos crentes. Todavia, a surpreendente realidade é que o sermão não tem raiz nas Escrituras! Melhor dizendo, oriundo da cultura pagã, ele foi adotado e nutrido pela fé cristã. Esta é uma declaração alarmante. É verdade? Mas há mais.
O sermão, que tem pouco a ver com o genuíno crescimento espiritual, na realidade não elimina o propósito que Deus desenhou com relação à reunião da Igreja. Comprovarei estas palavras dentro deste capítulo.
O Sermão e a Bíblia
Alguém que acompanha o que acabo de escrever responderá sem duvidar: "Há pessoas pregando ao longo de toda Bíblia. Portanto, o sermão é bíblico!"
As Escrituras registram homens e mulheres pregando. Todavia, há uma grande diferença entre a pregação inspirada pelo Espírito, descrita na Bíblia, e o moderno sermão. Esta diferença quase sempre passa por alto porque fomos condicionados a não nos importarmos. Em vez de ajustarmos nossas práticas à Bíblia, lemos a Bíblia visando ajustá-la às nossas práticas. Então, equivocadamente, aceitamos o púlpito como algo bíblico. Vamos analisar isso mais de perto. O moderno sermão cristão tem as seguintes características:
É uma ocorrência regular, proferido de cima do púlpito, pelo menos uma vez por semana.
É proferido quase sempre pela mesma pessoa, tipicamente pelo pastor.4[4]
É ministrado a uma audiência passiva; é essencialmente um monólogo.
É uma forma de falar culta, que possui uma estrutura específica. Tipicamente, contem uma introdução, de três a cinco pontos e uma conclusão.
Contraste isto com o tipo de prédica mencionada na Bíblia. No AT, os homens de Deus pregavam e ensinavam. Mas sua falação não se encaixa com o sermão moderno. Aqui vão as características das pregações e ensinos do AT:
Uma participação ativa e interrupções por parte da audiência eram comuns.5[5]
Eles falavam coisas que incomodavam os ouvintes abordando uma temática atual, em vez de apresentar um documento ou anotações rabiscadas em um papel.
Não há indicação que os profetas ou sacerdotes do AT proferissem discursos ou mensagens regulares para o povo de Deus. Além disso, a natureza das pregações do AT era esporádica, fluida e aberta à participação da audiência. A pregação da sinagoga antiga seguiu um modelo similar.6[6]
Vamos agora ao NT. O Senhor Jesus não pregava um sermão regular à mesma audiência.7[7] Sua prédica e ensino consistiam de muitos formatos. Ele passava suas mensagens a muitas e diferentes audiências. (Certamente Ele compartilhou a maior parte de seus ensinos com os discípulos. Todavia, as mensagens que Ele compartilhou com eles foram consistentemente espontâneas e informais).8
Seguindo o mesmo modelo, a pregação apostólica registrada em Atos dos Apóstolos possui as seguintes características:
Foi esporádica.9[9]
Foi proferida em ocasiões especiais para tratar de problemas específicos.
Foi extemporânea e sem estrutura retórica.10[10]
Foi na maioria dos casos um diálogo (incluía debates e interrupções por parte da audiência) em vez de um mero monólogo (apenas um sentido).11[11]
LEIA O TEXTO INTEIRO NESTA FONTE:  

Descanso da Alma: Cristianismo Pagão - Sermão: A vaca mais sagrada do protestantismo