30/05/2008

MINHAS ILUSTRAÇÕES

 

O que o Perdão Pode Fazer por Você
Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. Sl. 32.1 e 2.

Dois dias antes do Natal,Dona Antônia e seu esposo receberam um telefonema dizendo-lhes que seu filho único, de 18 anos de idade, havia sido ferido num grave acidente. A pessoa os instruía a procurar com urgência um hospital de clínicas. Quando chegaram ao hospital, um neurocirurgião lhes deu a triste notícia: seu filho já estava morto.
No dia seguinte, na delegacia, o casal Morris ficou sabendo que o motorista irresponsável, envolvido no acidente, havia sofrido apenas ferimentos leves. Detectou-se que o motorista estava embriagado, o nível de álcool em seu sangue estava três vezes acima do limite legal. Ele foi acusado como assassino, mas depois de confessar-se culpado a acusação foi reduzida para homicídio culposo. Meses mais tarde, foi sentenciado a apenas cinco anos de sursis com a estipulação de que, se violasse a sentença, teria de cumprir uma pena de dez anos na prisão. Dizer que o casal que perdera seu único filho ficou revoltado com uma sentença tão branda, é dizer pouco.
Mais tarde, numa reunião de mães para protestar contra o ato de dirigir sob a influência do álcool, Dona Antônia, a mãe do rapaz morto, ouviu o motorista contar que, ao saber da morte daquele jovem, ele não conseguira parar de chorar. Alguns dias mais tarde, entretanto, ele foi apanhado bebendo e levado para cumprir sua pena de dez anos.
Apesar das emoções contraditórias, Antônia, uma cristã, começou a visitar o motorista na penitenciária. Um dia, enquanto conversavam, ele implorou o perdão daquela mãe.
- Eu lhe perdôo - respondeu Antônia .E disse-lhe mais: ... gostaria muito que você me perdoasse por eu tê-lo odiado tanto.
- Ah, Dona Antônia, é claro - disse o motorista chorando.
Numa visita posterior, ele contou a Antônia que queria muito parar de beber, mas não conseguia. Ela lhe garantiu que ele poderia, com a ajuda de Deus. E ele conseguiu!
Passados seis meses desta conversa, o motorista foi batizado. Mais tarde, ficou em liberdade condicional. O casal que havia perdido seu único filho começou a levá-lo para seu lar e a tratá-lo como filho. Aquele motorista era órfão, e bebia por que nunca tivera uma família para amar e ser amado. Dona Antônia disse que, depois disso, começou a sentir a paz que só Deus pode dar. O motorista? Hoje é alguém diferente!
Isso somente pode acontecer quando perdoamos --- e somos perdoados. Experimente!

BIOGRAFIAS: DANIEL BERG


 

Daniel Berg nasceu em Vargon, na Suécia, num lar genuinamente cristão. Cedo na vida, aos 17 anos, fez sua primeira viagem para os Estados Unidos, em 1902; isto porque a Suécia passava por uma crise financeira muito séria. Ao final de oito anos voltou de passagem à Suécia.
Nesta ocasião, ao visitar a casa de seu melhor amigo, soube que ele era agora um pregador do Evangelho numa cidade próxima. Ao chegar em sua igreja ouviu pela primeira vez sobre o batismo no Espírito Santo. Depois do culto conversaram bastante sobre esta doutrina, o que fez com que Daniel Berg saísse dali convicto, e buscando o seu batismo no Espírito Santo. Ainda no caminho de volta para a América ele recebeu o batismo e decidiu dedicar a sua vida inteiramente ao Senhor.
Durante uma conferência em Chicago, ele conheceu seu futuro companheiro nas missões, o sueco Gunnar Vingren, que acabara de se formar num Instituto Bíblico e era desejoso de ser um missionário. Ambos, cheios do poder pentecostal, passaram a buscar do Senhor o Seu direcionamento para suas vidas. Certo dia, o dono da casa que Gunnar Vingren morava teve um sonho e viu o nome Pará, e foi-lhe revelado que seria uma orientação para aqueles jovens. Logo descobriram que Deus os chamava para o Brasil. Apesar do pouco entusiasmo da igreja, e de nenhuma promessa de ajuda financeira, ambos foram separados para serem missionários no Brasil, cheios de convicção da parte de Deus.

A última e grande confirmação da parte de Deus foi quando o Senhor pediu a Vingren que desse 90 dólares, exatamente o valor que eles tinham para a viagem, para um jornal pentecostal. Eles, em obediência, o fizeram. Porém, extraordinariamente, o Senhor devolveu-lhes o exato montante, usando um irmão em outra cidade, que foi revelado por Deus para tal. Berg e Vingren partiram para o Brasil no dia 5 de Novembro de 1910. Durante a viagem eles já puderam experimentar um pouquinho o que seria o seu campo, e ali mesmo a primeira alma foi ganha para Jesus, desde que eles foram separados como missionários. Então, no dia 19 do mesmo mês chegaram à cidade de Belém do Pará.

Primeiramente eles ficaram hospedados no porão de uma Igreja Batista, cujo pastor era americano. Logo começaram a dirigir cultos, para ajudar aquele pastor, e sempre que sentiam de falar sobre a manifestação do Espírito Santo para aqueles dias, o faziam sem constrangimento. Mesmo sendo um assunto novo para aqueles irmãos, eles se interessavam cada vez mais, o que decorreu no grande aumento da assiduidade nos cultos e constantes visitas aos missionários. Enquanto isso, Berg começou a trabalhar na fundição, para sustentá-los, enquanto Vingren estudava português para ensinar a Daniel Berg à noite.

A pobreza, e principalmente as doenças, era uma constante naquele lugar, sobretudo a lepra e a febre amarela. Com isso, os irmãos freqüentavam cada vez mais o porão onde viviam Berg e Vingren, em busca de oração e conhecimento da Palavra. Ali o Senhor começou a batizar com o Espírito Santo e a curar muitos enfermos. Num daqueles cultos improvisados, entrou de surpresa o pastor da igreja, que foi cordialmente convidado a participar do culto. Recusando o convite, passou a declarar uma série de acusações com relação às falsas doutrinas ensinadas pelos missionários. Esperando contar com o apoio dos que ali estavam, aconteceu o contrário: um diácono, dos membros mais antigos, se levantou e defendeu com testemunhos reais de que o batismo no Espírito Santo e a cura divina é para a atualidade. Neste dia então, Berg, Vingren e mais 18 irmãos foram expulsos daquela igreja e formaram a primeira Assembléia de Deus, que a princípio se reunia na casa da irmã Celina Albuquerque, a primeira cristã batizada no Espírito Santo em terras brasileiras.
Logo depois começou a circular pela cidade um panfleto, da parte daquele pastor batista, alertando a população contra os ensinamentos dos missionários, citando inclusive as passagens bíblicas por eles usadas. O que parecia prejudicial, tornou-se num grande impulso para a propagação das verdades bíblicas, pois aqueles que os liam, ao conferir com as escrituras, passavam a crer e buscavam a igreja, que crescia cada vez mais. Dias depois, chega a primeira remessa de Bíblias e Novos Testamentos em português, o que leva Daniel Berg a se dedicar exclusivamente à venda das literaturas e pregação do Evangelho.

Quando a Palavra de Deus já havia sido distribuída em toda Belém, Berg sentiu da parte de Deus em seguir rumo à Bragança e fazer na marcha para o interior o mesmo trabalho, para o qual era vocacionado. A tarefa não era fácil; os dois maiores inimigos eram o analfabetismo e o catolicismo herdado da colonização portuguesa. Naqueles pequenos vilarejos, o padre era a maior autoridade e todos os moradores já haviam sido advertidos quanto à pregação de Daniel Berg, e temiam a leitura da Bíblia, pois a igreja os proibia.

Apesar disto, o jovem continuava a bater nas portas, a ler trechos bíblicos e a orar pelos enfermos. As portas se abriam aos poucos, e o Senhor operava sempre com milagres e maravilhas. Em pouco tempo já havia vinte novas igrejas entre Belém e Bragança. O próximo passo foi a caminho das selvas. O contato inicial foi difícil, e a primeira família se converteu num velório quando Daniel leu sobre a ressurreição ao lado do corpo inerte da mãe. Estes se tornaram evangelistas e contribuíram para a formação de uma grande igreja ali. Sofreram fortes perseguições por parte dos policiais, pois o delegado estava comprometido politicamente com a igreja católica. Por fim o nome do Senhor foi glorificado pelas vitórias dos cristãos. Berg só saiu dali quando a igreja já havia amadurecido e estava caminhando por seus próprios pés.

O passo decorrente foi sua chegada às ilhas; nesta altura os maiores inimigos eram os naturais. A travessia em barcos precários tornava o acesso muito perigoso, pois além da embarcação, havia as piranhas e os jacarés. As grandes distâncias, as horas perdidas e o esforço com os remos, junto ao grande aumento do trabalho, tornou-o quase impossível. Após um acidente sofrido por Daniel, numa daquelas pequenas embarcações, sentiu de Deus de comprar um grande barco a velas, o que fez com a ajuda da igreja de Belém. Com o barco "Boas Novas" o atendimento era mais proveitoso e em maior extensão.

Assim fez Daniel Berg em todo o país, de norte a sul. Há relatos de sua obra nos solos mais difíceis desta terra. Quem com ele caminhou citou que ele mal dormia, vivia intercendo. Falava pouco e era dirigido unicamente por Deus. Jamais viu obstáculos à obra. Andava em lombos de cavalo, a pé, comia o que se lhe servisse: macacos, raízes, frutos exóticos. Jamais reclamava e era sempre agradecido por estar no Brasil

Daniel Berg passou para o Senhor em 1963, e mesmo enfermo num hospital, saía de uma à outra enfermaria entregando literatura e orando pelos que se entregavam a Jesus.

Um exemplo de servo bom e fiel. Seu trabalho deu origem, juntamente com Gunnar Vingren, às assembléias de Deus no Brasil