18/10/2009

ALEXANDRE – Carta de Caio Fábio para Bráulia Ribeiro

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De Caio Fábio para Bráulia Ribeiro

Querida Bráulia, graça e paz!
Li o texto
Alexandre (Ultimato, edição setembro/outubro, 2009) e me comovi profundamente com a dor de vocês, tão simples e verdadeiramente expressa pela Bráulia.
Você e eu já tivemos todas as chances de nos tornarmos mais próximos em razão de amigos comuns e de muitas identificações simples e práticas no Evangelho. Além disso, muitos já fizeram tudo para que isto acontecesse, mas as circunstâncias não permitiram; e a culpa é minha, não sua.
Não posso dizer que leio o que você escreve, que pesquiso, que estou informado sobre você em detalhes...
Sabia e soube de você mais pelo George Foster, pelo Pedro do Borel (hoje no Egito), pelo André Fernandes e pelo Tiago da Jocum em Brasília, do que por quaisquer outros meios. E todos me dão o mesmo testemunho; sim, falam-me da carta escrita com amor de Deus em seu coração para com todos os que passam em seu caminho.
Entretanto, amiga no Senhor, somente Jesus nunca foi levita e sacerdote na estrada, sendo sempre o samaritano.
Sim, além dele, todos os demais somos samaritanos de vez em quando, e ficamos felizes com isso. Embora em nossa ignorância e distração não registremos a quantidade enorme de vezes em que passamos de largo fazendo da agenda da estrada [...] o caminho de nossa pressa, e não fazendo a estrada submeter-se ao caminho interior, ao invés de seguir o roteiro da estrada [...], todos os dias vejo-me escolhendo apressadamente as agendas da estrada enquanto negligencio a agenda do caminho.
O levita e o sacerdote seguiram a estrada e seu “tempo”. O samaritano seguiu o seu caminho.
A estrada, todavia, é apressada, diferentemente do caminho, que só segue quando tem a permissão da vida para passar. Graças a Deus somos perdoados todos os dias pelas escolhas da estrada contra as veredas calmas do caminho!
Entretanto, o que desejo de coração dizer a você, publicamente, visto que seu texto é público, é que nem você e nem ele têm esse poder todo! Sim, vocês não têm o poder de saber nada além do que se tornou história com as configurações de “história” [...] de passado, portanto.
Na noite que meu filho Lukas morreu atropelado saindo de uma festa com os irmãos, antes de ir ele me ligou e me disse que estava meio cansado, a fim de dormir, e que se fosse seria apenas pelos irmãos e porque lá haveria uma moçada da Igreja Presbiteriana Betânia que ele não via há muito tempo.
“Vá meu filho! Vai ser legal! A Bruna está indo só por sua causa. E ela já saiu!”, foi o que eu disse; e ele foi.
O interessante em tudo isto é que por uma certeza mais profunda do que a morte dele naquela noite, eu sabia que não fora a “minha força” que o pusera no chão daquela estrada fria de Itaipú. Havia um caminho naquela estrada que estava para além de mim. E certamente muito para além da própria estrada.
Conheço a sensação de não atender a insistências que acabam de modo catastrófico. No curso da vida já deixei para visitar no dia seguinte muita gente que morreu durante a noite; já adiei idas que se confirmaram atrasadas depois dos fatos; já passei e soube que o “deixado” não resistiu; já sim, já muita coisa...
Sei também que o nível de pessoalidade do conhecimento do moço que se autovitimou aprofunda qualquer dor. Aumenta toda sensação de culpa e exacerba as perspectivas de responsabilidade e de omissão. Tais fatos, todavia, servem a nós de muitos modos quando o coração é como o de vocês.
A gente aprende que todos estão a um passo de qualquer coisa.
A gente aprende que por vezes nem todos os esforços do mundo mudam determinadas realidades.
A gente aprende que muita dor culposa que se sente decorre da culpa da bondade cristã salvadora, a qual assume para si poderes de salvação que não estão em nossas mãos.
A gente aprende a discernir quais são as coisas que podem esperar ante um desespero e quais não podem.
A gente aprende que nem todo desespero tem que parar o nosso caminho também.
A gente aprende, sutilmente, o que é agenda da estrada e o que é agenda do caminho.
Mas ninguém aprende isso sem se sentir levita e sacerdote de vez em quando, posto que nossos atos samaritanos são emblemáticos, mas nossas omissões levíticas e sacerdotais são a regra na agitação de nossas inúmeras distrações.
O pecado é adotar o caminho do levita e do sacerdote como modo de se desviar de gente na estrada. Ora, esse jamais foi ou será o caso de vocês, graças a Deus.
Entretanto, o mesmo samaritano um dia deve ter tido seu dia de levita. Ou, então, ele seria “Ele”. E não era...
Assim, minha oração é uma só nesse particular: “Senhor, faz de mim o samaritano possível no dia de hoje em minha existência! E salva-me dessa horrível tendência natural que tenho a, na estrada, preferir a omissão do caminho do levita e do sacerdote!”.
Sim, pois o mais devotado dos samaritanos tem seus momentos de pressa de levita e de sacerdote. E mais: isto é assim para que todo ato samaritano de nossa vida seja pura glória e graça de Deus sobre nós; e não fruto de nossa certeza de que em nossa existência não existem omissões.
Louvo a verdade de sua dor sincera e exposta de modo tão simples e franco.
Recomendo, no entanto, que essa dor se torne louvor àquele que amava o Alexandre, e que o ama e que o tem em seu seio, pois quem danou o Alexandre apenas por que a dor de sua perturbação mental o levou a um desatino?
O Alexandre, sim, o do salmo, o que buscava consolação onde há consolação, era apenas um jovem em estado de perturbação adquirida pelo vício. Não era filho do inferno.
Nenhum diabo teve o poder de tirar o Alexandre das mãos do Senhor Jesus! Assim como nenhum diabo tentará (e vencerá) vocês com a culpa de que poderiam ser os salvadores do Alexandre e não o foram.
Manos amados, também isto está consumado! Recebam meu amor e meu carinho sincero e cheio de orações.
Nele, em quem nenhum de nós tem o poder de salvar, mas apenas o de cooperar com o Salvador, o qual salva com ou sem nós,
Caio
• Caio Fábio D´Araújo Filho é psicanalista clínico, escritor e pregador do Evangelho da Graça de Jesus. caiofabio.com

FONTE: Editora Ultimato - formação e informação

Meu Deus, a cada dia nos maravilhamos  mais e mais com o Senhor e com o modo glorioso com que conduz Seus filhos na terra. Filhos que disseminam o Seu amor com graça, muita graça! Deus seja louvado por ter vozes que estão sintonizadas com o Seu infinito amor!

Sobre crianças e como jogar fora o futuro da Igreja

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Por João Cruzué

1 - Não dê importância às crianças; continue achando que elas vão crescer e de um modo ou de outro vão fazer tudo exatamente como os crentes da geração atual.
2 - Mantenha constantemente as crianças segregadas e discriminadas do culto principal. Mantenha a desculpa de que elas são barulhentas e só atrapalham o silêncio no culto dos adultos.
3 - Não se preocupe em fazer apelos para que elas aceitem Jesus. Continue pensando que filhos de crentes já são convertidos desde o berço.
4 - Quando voltar do culto para a casa, mantenha o costume de comentar todos os erros, falhas e defeitos que você viu. Assim, seus filhos vão entender que não há nada que preste ali.
5 - Ao fazer um planejamento de longo prazo, esqueça completamente das crianças. Continue pensando que elas continuarão sempre do mesmo tamanho.
6 - Quanto à música, proíba qualquer mudança. Seja bem inflexível . Determine que se cante apenas os hinos da sua geração.
7 - Não se preocupe com a integração de adolescentes nas atividades da Igreja, e mantenha o costume de nunca trocar lideranças nem de dar oportunidades para os mais novos.

Se por acaso é isso que esteja acontecendo na sua Igreja, prepare-se para a colheita. As crianças vão crescer e se tornarão adolescentes e os adolescente em jovens. Entretanto, a maioria deles não terá boas lembranças nem entusiasmo para assumir compromissos cristãos.
De onde virá a atual apatia da juventude cristã atual de algumas Igrejas? Ouso dizer que ela vem do desprezo, da falta de prioridade, da falta de oportunidade, do engano de pastores sem visão. Gente que acha que as crianças são seres humanos de segunda categoria, desinportantes, especialistas em andar e conversar no culto e almas desprovidas de inteligência.
Se na sua Igreja não houver nenhuma preocupação de incentivar, dar relevância e integrar crianças e adolescentes nos trabalhos rotineiros, com toda certeza o futuro dela está sendo jogado na rua - literalmente.
Eu não escrevi este texto para que você siga todos estes vícios, mas para que os evite. Assim, não terá o desprazer de ver, todo domingo, uma multidão de jovens conversando do lado de fora do templo - na hora do culto.
A verdade não deve ser escondida debaixo do tapete. Doa a quem doer.

Fonte: Olhar Cristão: Reflexões, mensagens inspirativas e atualidades, por João Cruzue

Dia das crianças: Como jogar fora o futuro da Igreja

O SALMO 23 DOS NAVEGANTES

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Uma versão dos marítimos, do Salmo 23, foi publicada no Boletim do Capelão da Armada, em Washington. Sua autoria é atribuída a J. Roger, comandante da marinha mercante, que o teria escrito durante a Segunda Grande Guerra. Diz o seguinte:

"O Senhor é o meu piloto; eu não cairei. Ele me alumia em meio às águas escuras; conduz-me a canais profundos; guia o meu barco. Orienta-me pela estrela da santidade por amor do Seu nome. Ainda que eu navegasse por entre as trovoadas e tempestades da vida, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo. O Teu amor e o Teu cuidado me abrigam.
Preparas um porto perante mim na Terra da eternidade; unges as ondas com óleo; o meu barco desliza suavemente. Certamente que a luz do Sol e das estrelas me favorecerão todos os dias da minha viagem, e descansarei no porto do meu Deus para sempre."
Religious News Service.

Via: PavaBlog: Qual cisne branco...