15/10/2008

80 RAZÕES PELAS QUAIS UM CRENTE NÃO PODE PERDER A SALVAÇÃO



Dawson Campos de Lima

01. Gênesis 7:16 - Sendo a arca um tipo de Cristo (IPe.3:20,21; Rm.3:6:4), o crente está seguro nele (Cl.3:3; Ap.3:7).
02. Efésios 4:30 - O crente está selado no Espirito Santo (Ef.1:13; IITm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8; Dn.6:12).
03. II Coríntios 1:22 - O crente tem o penhor do Espirito Santo como garantia segura e inabalável
(IICo.5:5).
04. Gálatas 3:15 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão (Gl.3:29), uma aliança irrevogável.
05. I Coríntios 11:25 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança incondicional, selada com sangue (Jr.34:18, 19; Gn.15:12-21), e não com sapato (Rt.4:7,8) ou com sal (Nm.18:19; Lv.2:13).
06. Gênesis 15:12 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança unilateral (o rompimento da aliança só seria possível se Deus morresse).
07. Jeremias 31:31-33 - Mediante a nova aliança (com sangue), o temor do Senhor é insuflado no coração do crente (Jr.32:39,40) para que não se aparte de Deus (Hb.3:12;8:8-13; Ez.36:26,27).
08. Salmos 12:7 - O crente é guardado por Deus, do mal que há no mundo.
09. Salmos 17:8 - O crente é guardado por Deus como a menina dos Seus olhos.
10. Salmos 25:20 - A alma do crente é guardado por Deus (Sl.97:10).
11. Salmos 37:28 - O crente é preservado para sempre.
12. Salmos 12l:5-8 - O Senhor guarda o crente; guarda a sua alma de todo o mal; guarda a sua saída; guarda a sua entrada; e o guarda para sempre.
13. Salmos 145:20 - O Senhor guarda os crentes que O amam.
14. Jeremias 31:3 - O amor de Deus para com o crente é eterno.
15. Jó 5:19 - O crente é guardado do mal (Sl.91: Jo.17:9-26).
16. I João 5:18 - O crente é guardado do maligno (IITs.3:3; Jr.31:11).
17. Judas 24 - O crente é guardado para não tropeçar (ISm.2:9; Is.63:13).
18. João 11:9 - A fé do crente não lhe permite tropeçar (Rm.9:31-33).
19. Provérbios 10:25 - O crente tem perpétuo fundamento (IITm.2:19; ICo.3:11).
20. I Pedro 1:5 - O crente é guardado pela fé no poder de Deus.
21. Hebreus 12:2 - Jesus é o Autor da fé, e por isso, o crente não pode perdê-la (Fp.1:29; ICo.3:5;
At.18:27; Gl.5:22; IITs.3:2).
22. Romanos 16:25 - O crente é guardado pelo poder de Deus (IITm.1:12; Jd.24).
23. Hebreus 6:17 - A salvação do crente se fundamenta em duas coisas imutáveis: a) a promessa
(Js.21:45; At.13:32; IICo.1:20; Ef.3:6; Hb.9:14,15;10:23; IJo.2:25); b) o juramento (Hb.6:16). Só a promessa, sem o juramento já era em si mesma suficiente, mas Deus querendo mostrar a imutabilidade daquilo que Ele decretou, foi além da promessa, fazendo juramento. E Deus foi ainda mais além quando jurou pelo Seu próprio nome, porque não havia outro nome superior ao Seu (Hb.6:13,16; Jr.44:26;Nm.23:19).
24. Salmos 37:33 - O crente jamais será condenado (Sl.89:30-35; ICo.11:32).
25. Salmos 37:23,24 - Se o crente cair, não ficará prostrado (Sl.145:14; Pv.24:16; Jó 4:4; Rm.14:4;Mq.7:8).
26. Salmos 121:3 - O crente pode cair da graça (Gl.5:4), mas jamais cairá para a perdição (Sl.17:5;66:9).
27. Isaías 46:3,4 - O crente é conduzido por Deus até o fim (Sl.121:8).
28. I Coríntios 10:13 - A tentação não pode condenar o crente (Rm.6:14,18; IIPe.2:9).
29. João 4:14 - O crente jamais terá sede (Lc.16:24).
30. João 5:24 - O crente já passou da morte para a vida.
31. Romanos 6:8,9 - O crente já morreu com Cristo (IITm.2:11).
32. I Pedro 1:3,4 - O crente foi regenerado para uma viva esperança.
33. I Pedro 1:23 - O crente foi regenerado pela Palavra de Deus.
34. I João 3:9 - O crente foi regenerado pelo Espirito Santo (Jo.3:5; Tt.3:5).
35. João 6:37-40 - O crente jamais será lançado fora.
36. João 6:47 - O crente já possui a vida eterna (IJo.5:11-13; ITm.6:12).
37. João 10:28 - O crente não pode ser arrancado da mão do Filho.
38. João 10:29 - O crente não pode ser arrancado da mão do Pai.
39. Lucas 15:3-10 - Há alegria no céu por um pecador que se arrepende.
40. João 10:27 - O crente é conhecido do Senhor (Jo.10:14; IITm.2:19; ICo.8:3; Gl.4:9; Mt.7:21-23).
41. Mateus 28:20 - Jesus está com o crente todos os dias até o fim dos séculos.
42. Romanos 8:1 - Nenhuma condenação há para o crente (Rm.8:33,34).
43. Romanos 8:30 - Sendo justificado, o crente também será glorificado.
44. Romanos 8:28 - Todas as coisas cooperam para o bem do crente (Gn.50:20).
45. Romanos 8:35-39 - Nada poderá separar o crente do amor de Deus (Jo.13:1).
46. I Coríntios 3:15 - O crente infiel será salvo como pelo fogo (ICo.5:1-5;11:29-32).
47. I Coríntios 1:8 - O crente será confirmado até o fim (Rm.16:25; IITs.3:3).
48. Filipenses 1:6 - Deus mesmo terminará a obra no crente (Fp.2:13).
49. Colossenses 3:3 - A vida do crente está escondida com Cristo em Deus.
50. Efésios 5:27 - A igreja será sempre irrepreensível (IICo.11:2; ICo.12:26,27).
51. I Tessalonicenses 5:1-10 - O crente não será surpreendido na vinda do Senhor.
52. II Timóteo 2:13 - O crente infiel será salvo pela fidelidade de Deus (Rm.3:3).
53. Hebreus 13:5 - O crente jamais será abandonado por Deus.
54. I João 5:1 - O crente é nascido de Deus, e não pode "desnascer"
55. I Pedro 1:4 - O crente possui a natureza divina.
56. Romanos 8:9-11 - O crente é propriedade de Cristo (ICo.6:19,20).
57. I Tessalonicenses 5:23,24 - O crente é conservado irrepreensível.
58. I João 5:16 - O crente não pode pecar para a morte eterna (IJo.3:9;5:18).
59. I Coríntios 12:3 - O crente não pode blasfemar contra o Espírito Santo (Mt.12:32; Mc.9:39,40;Lc.11:23; IJo.5:10; Jo.3:33).
60. I João 2:19 - O crente é perseverante na fé (Mt.10:22;24:13; IIJo.9; Ap.13:10;14:12).
61. João 10:26 - O crente é ovelha e não porca lavada (IIPe.2:20-22).
62. João 13:10 - O crente já está limpo do seu pecado (Jo.15:3).
63. I Coríntios 1:30 - Cristo é a justiça do crente.
64. I Coríntios 1:30 - Cristo é a santificação do crente.
65. I Coríntios 1:30 - Cristo é a redenção do crente.
66. Salmos 25:20 - Deus é o refúgio do crente (Hb.6:18).
67. I João 2:22,23 - O crente não pode negar o filho (Mt.10:33; IITm.2:12).
68. Romanos 8:37 - O crente sempre será vencedor (Jo.16:33; Ap.2:7,11,17,26;3:5,12,21).
69. I João 5:4 - O crente vence o mundo.
70. I João 2:14 - O crente vence o diabo (IJo.4:4; Ap.12:11).
71. Romanos 6:14 - O crente vence o pecado (a carne).
72. Romanos 11:29 - O dom de Deus é irrevogável.
73. João 19:30 - Todo o pecado do crente está consumado.
74. Gálatas 3:13 - O crente foi resgatado para sempre da maldição da lei.
75. Apocalipse 5:9 - O crente foi comprado com sangue (ICo.6:20;7:23; IPe.1:18,19).
76. Salmos 90:17 - É Deus quem efetua a obra no crente (Jo.3:21; Ef.3:20; Is.26:12;64:4; Fp.2:13).
77. João 17:20 - Cristo intercedeu pelos crentes, e continua intercedendo (Hb.7:25; IJo.2:1; Rm.8:34).
78. Romanos 8:26,27 - O Espírito Santo intercede pelo crente.
79. II Coríntios 1:20 - Jesus é o "Amém" das promessas de Deus (Jo.6:47).
80. I Pedro 4:1 - O crente já cessou do pecado (Rm.6:14; IJo.3:9).

COMO POSSO TER A CERTEZA DE QUE A BÍBLIA ESTÁ FALANDO A VERDADE?


Henry Morris e Martin Clark

Centenas de livros já foram escritos sobre as evidências da Inspiração Divina da Bíblia. Estas evidências são muitas e variadas. Infelizmente, esses livros não são tão lidos atualmente o quanto seria desejável. Na verdade, a maioria das pessoas que questionam a veracidade da Bíblia nunca a leram! Estas pessoas tendem a aceitar a crença popular de que a Bíblia está cheia de erros e que não é mais importante em nosso mundo moderno.
Entretanto, os escritores da Bíblia afirmam repetidas vezes que eles estavam transmitindo a própria Palavra de Deus: infalível e tendo autoridade em si própria no mais alto grau possível. Este é uma afirmação muito forte para um escritor e se os cerca de quarenta homens que escreveram as Escrituras estavam errados em fazê-la, então eles estavam ou mentindo, ou eram loucos, ou as duas coisas.
Mas, por outro lado, se o maior e mais influente Livro de todas as épocas - um Livro que contém a mais bela literatura e o mais perfeito código moral já imaginado - foi escrito por um bando de fanáticos, então há alguma esperança de encontrar sentido e propósito neste mundo?
Se alguém investigar seriamente as evidências Bíblicas, esta pessoa irá descobrir que a afirmação de ser Divinamente Inspirada (declarada cerca de 3000 vezes na Bíblia de diversas formas) é amplamente justificada.

  • Profecias cumpridas

Uma das mais incríveis evidências para a Inspiração Divina da Bíblia são as profecias que se cumpriram. Centenas de profecias feitas na Bíblia vieram a se cumprir até o último detalhe. E a maioria delas foi cumprida quando o seu escritor já havia morrido.
Por exemplo: Em cerca de 538 AC, em Daniel 9:24-27, Daniel, o profeta, predisse que Jesus viria como o Salvador e Príncipe prometido para Israel exatamente 483 anos depois que o imperador persa desse aos judeus permissão para reconstruir a cidade de Jerusalém que estava em ruínas nesta época: "Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos. E depois de sessenta e duas semanas será cortado o ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações. E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador."
Essa profecia foi clara e definitivamente cumprida no tempo exato.
A Bíblia também contém uma grande quantidade de profecias tratando de nações e cidades específicas ao longo da história, todas as quais foram literalmente cumpridas. Mais de 300 profecias foram cumpridas pelo próprio Jesus Cristo durante a sua primeira vinda. Outras profecias lidam a difusão do Cristianismo pelo mundo, falsas religiões e muitos outros assuntos.
Não há outro livro, antigo ou moderno, como a Bíblia. As profecias vagas e geralmente errôneas, feitas por pessoas como Jeanne Dixon, Nostradamus, Edgar Cayce e outros como eles, não podem, nem de longe, serem colocadas na mesma categoria das profecias Bíblicas. Nem outros livros religiosos como o Alcorão, os escritos de Confúcio e literatura religiosa similar. Somente a Bíblia manifesta esta evidência profética e ela a faz em uma escala tão gigantesca que torna absurda qualquer outra explicação que não a sua Inspiração Divina.

  • Uma acurácia histórica única

A acurácia histórica das Escrituras é também uma classe de evidências por si só, infinitamente superior aos registros escritos deixados pelo Egito, Assíria e outras nações antigas. As confirmações arqueológicas do registro Bíblico são quase inumeráveis. O Dr. Nelson Glueck, a maior autoridade em arqueologia israelita, disse:

"Nenhuma descoberta arqueológica jamais contradisse qualquer referência Bíblica. Dezenas de achados arqueológicos foram feitos que confirmam em exato detalhe as declarações históricas feitas pela Bíblia. E, da mesma maneira, uma avaliação própria de descrições Bíblicas tem geralmente levado a fascinantes descobertas no campo da arqueologia moderna."

  • Acurácia científica

Uma outra espantosa evidência da inspiração Divina da Bíblia é o fato de que muitos princípios da ciência moderna foram registrados como fatos da natureza na Bíblia muito antes que qualquer cientista os confirmasse experimentalmente. Uma amostra destes fatos inclui:

  • A redondeza da terra: (Isaías 40:22)
  • A quase infinita extensão do universo: (Isaías 55:9)
  • ciclo hidrológico (Eclesiastes 1:7)
  • vasto número de estrelas (Jeremias 33:22)
  • A lei do aumento da entropia (Salmo 102:25-27)
  • A suma importância do sangue para a vida (Levítico 17:11)
  • A circulação atmosférica (Eclesiastes 1:6)
  • campo gravitacional (Jó 26:7) e muitos outros.

Estes fatos obviamente não são declarados no jargão da ciência moderna, mas em termos da experiência básica no homem no dia-a-dia. Ainda assim, eles estão completamente de acordo com o fatos modernos da ciência.
É significativo também que nenhum erro jamais foi demonstrado na Bíblia, seja em ciência, história ou qualquer outro assunto. Muitos erros foram de fato declarados, mas eruditos Bíblicos conservadores sempre foram capazes de encontrar soluções para esses problemas.

  • Estrutura única

A incrível estrutura da Bíblia deve ser colocada em perspectiva também. Embora Ela seja uma coleção de 66 Livros, escritos por cerca de quarenta homens ao longo de um período de cerca de 2000 anos, a Bíblia ainda assim é um só Livro, em perfeita unidade e consistência.
Os escritores individuais, na época em que escreviam, não tinha idéia de que, eventualmente, seus escritos seria incorporados em um só Livro. Entretanto, cada um desses escritos individuais preenche perfeitamente o seu lugar e serve a um único propósito. Qualquer pessoa que estude diligentemente a Bíblia irá encontrar padrões estruturais e matemáticos cuidadosamente bordados em seu tecido com uma intrincácia e simetria que não são passíveis de explicação através do acaso ou coincidência.
E o tema que a Bíblia desenvolve consistente e grandiosamente de Gênesis ao Apocalipse é o majestoso trabalho de Deus na criação do universo e a redenção de todas as coisas através de Seu único Filho, o Senhor Jesus Cristo.

  • Efeito único da Bíblia

A Bíblia também é única em seu efeito sobre homens em individual e sobre a história das nações. Ela é o Livro mais vendido de todas as épocas, tocando corações e mentes, amada por pelo menos uma pessoa em qualquer raça, nação ou tribo para a qual foi levada. Ricos ou pobres, educados ou simples, reis ou plebeus, homens de qualquer origem ou modo de vida já forma atingidos por esse Livro. Nenhum outro livro jamais teve tal apelo universal ou produziu efeitos tão duradouros.

Uma evidência final de que a Bíblia é verdadeira é o testemunho dos que acreditaram nela. Multidões de pessoas, no passado e no presente, descobriram por experiência própria que Suas promessas são verdadeiras, Seu conselho é confiável, Seus comandos e restrições são sábios e que Sua maravilhosa mensagem de Salvação vai ao encontro de qualquer necessidade para todo o tempo e eternidade. Texto suprido para a Eden Communications com a permissão de Master Books.

A VIRGEM BRASILEIRA



A igreja brasileira está muito longe de ser uma virgem intacta. O Brasil é curiosamente o país mais católico, mais pentecostal e mais espírita do mundo. Ao mesmo tempo, o número de não-religiosos aumenta a cada ano (dos míseros 0,2% em 1940 para os significativos 7,4% em 2000).
Os católicos ainda são uma maioria expressiva (bem mais de 2/3 da população), embora em acentuado declínio (de 95% para 73,6% no mesmo período acima). Porém, uma grande quantidade deles são cristãos nominais . Se pesquisarmos a identidade religiosa das mulheres que cometem aborto, das pessoas envolvidas com o narcotráfico, das prostitutas e dos políticos corruptos — não será novidade se quase todos se declararem de origem católica. 
É quase impossível calcular o grande número de brasileiros que se dizem católicos, mas, ao mesmo tempo, acreditam na reencarnação (o Instituto Datafolha afirma que são 44%), o que dificilmente aconteceria se eles conhecessem as Escrituras Sagradas e o próprio ensino da Igreja Católica. Com uma facilidade assustadora, esses cristãos batizados, mas não evangelizados, trocam a boa notícia da justificação cristã pela notícia oposta da reencarnação hinduísta, ainda que a discrepância entre uma doutrina e outra seja gigantesca. A mistura é tão grande que está se chamando de “catopírita” o católico que freqüenta um centro espírita e tem certa simpatia pela reencarnação, e de “espiritólico”, o espírita que freqüenta as missas e batiza os filhos na Igreja Católica (Folha de São Paulo, “Religião”, 06/05/07, p. 9). 
Embora em contínuo crescimento, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, o lado evangélico da igreja brasileira não tem dado o mesmo testemunho de alguns anos atrás, quando era uma igreja menor. 
Temos muitas divisões, nem todas provocadas pelo zelo doutrinário ou pelo desejo honesto de sermos uma igreja de maior fervor espiritual. Por não estarmos sujeitos a uma central que controla tudo, como acontece na Igreja Católica, nossas divisões são mais visíveis, mais acentuadas e mais freqüentes. Não poucas são motivadas pela vaidade humana, pela sede de poder, por questões puramente pessoais. Temos denominações históricas (luteranos, congregacionais, presbiterianos, metodistas, batistas, episcopais etc), denominações pentencostais (Congregação Cristã no Brasil, Assembléia de Deus, Igreja Evangélica Pentencostal o Brasil para Cristo, Igreja Pentencostal Deus é Amor, Igreja do Evangelho Quadrangular etc.) e denominações neopentencostais (Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Renascer em Cristo etc.). Somos presbiterianos, presbiterianos independentes, presbiterianos conservadores, presbiterianos fundamentalistas, presbiterianos renovados, presbiterianos “tolerantes” (Igreja Presbiteriana Unida) e até presbiterianos “soltos” (desligados de qualquer estrutura eclesiástica). Todas as outras denominações históricas têm fragmentação equivalente à da presbiteriana, citada como exemplo. 
Os fundadores da Igreja Universal do Reino de Deus (Edir Macedo), da Igreja Internacional da Graça de Deus (R. R. Soares) e da Igreja Cristo Vive (Miguel Ângelo) saíram todos da mesma Igreja de Nova Vida, em Botafogo, no Rio de Janeiro, RJ. Em alguns lugares, a igreja de Edir Macedo está na mesma rua e no mesmo quarteirão da igreja de seu cunhado R. R. Soares. Quase todo dia organizamos uma nova igreja, em alguns casos sob a desculpa de fugirmos ao emaranhado das muitas denominações. Não há como negar a existência de competição entre o grupo católico e o grupo protestante e também entre uma denominação evangélica e outra. A competição acontece ainda entre igrejas da mesma denominação. Sabe-se que há igrejas que mudam certas práticas e certas convicções só para não perder membros. Estamos fazendo o que se faz no mundo dos negócios, adotando a concorrência, que, em última análise, tem muito a ver com o mundo darwiniano. 
Salvo algumas exceções, a euforia está tomando o lugar da contrição. A euforia pela quantidade — os grandes ajuntamentos, as grandes colheitas, os grandes relatórios, os grandes milagres, os grandes templos e as grandes igrejas (criamos até a palavra “megaigreja”). A doença da euforia religiosa alcança até a oração (o presunçoso “eu ordeno” substitui o humilde “eu suplico”). Cantamos mais hinos retumbantes (“Vou lançar a minha rede ao mar, muitas almas vou ganhar, tantas que eu não poderei contar, almas como a areia do mar”) do que hinos de arrependimento (“Se eu não andei nos bons caminhos teus, perdão, Senhor!”). 
Não temos feito a sábia distinção entre alegria e euforia. A alegria nos conduz à adoração e à gratidão. Já a euforia quase sempre descamba na soberba, além de nos tirar os pés do chão e nos desviar do alvo certo. A projeção do nome e da imagem é um mau sinal e um perigo. Outro dia o Reverendo José (nome fictício) colocou um anúncio de página inteira numa revista evangélica que mencionava seis vezes o seu nome e estampava seis vezes a sua foto. Este senhor referiu-se a ele mesmo como “o homem que recebeu os nove dons espirituais”. O anúncio terminava assim: “Quem deseja visitar a Igreja do Reverendo José, o endereço é ...”. Fazemos propaganda descarada de nós mesmos ou do nosso grupo. Basta abrir uma edição qualquer do órgão oficial de certa denominação neopentecostal para encontrar ali o nome e a foto de seu fundador dezenas de vezes. Quando essa revista e outras do gênero contam histórias de conversão, de curas espetaculares e de ascensão financeira, elas deixam bem claro que tais eventos se deram por causa do programa de televisão deles ou porque a pessoa visitou a igreja deles. É puro marketing religioso, que funciona, mas que não se pode chamar de evangelização. Há poucos anos, certo pastor de uma denominação histórica anunciou que iria construir o maior templo, cuja planta havia sido elaborada pelo maior arquiteto do mundo (referia-se a Oscar Niemeyer), no melhor lugar, para o maior Deus. 
Os pastores estão em crise e os rebanhos também. Em muitos casos, a figura do pastor deixa muito a desejar em várias áreas: quanto à vocação, à motivação, à vida devocional, ao caráter, ao exemplo, à autoridade, à pregação, à liderança (ora fraca demais ora dominadora demais), às relações familiares. Por causa da diminuição da qualidade pastoral quase nada mais resta daquela admiração e daquele orgulho que o rebanho tinha pelo seu pastor. Some-se a isso a influência de certas correntes que propagam a idéia de que a presença e o ministério do pastor são desnecessários. A baixa qualidade reforça a falsa idéia, e vice-versa. 
Talvez o maior desafio da igreja brasileira e das igrejas de todo o mundo seja a tristemente famosa teologia da prosperidade. Usando a linguagem de Paulo poderíamos dizer que “outro evangelho” (o da prosperidade) tomou o lugar do “evangelho de Cristo” (Gl 1.6-7). Essa pregação, nascida no Estados Unidos, não menciona o pecado, o arrependimento e o “negar-se a si mesmo” (Lc 9.23). Abaixa a altura do paradigma, aumenta a largura da porta, alarga o caminho apertado e multiplica o número de companheiros de jornada (Mt 7.13-14). É o evangelho da graça barata, que apresenta Jesus como Salvador, e nunca como Senhor, pelo menos na prática. É a versão religiosa da badalada auto-ajuda, que domina o mercado livreiro. É o evangelho da satisfação pessoal, da cura, do sucesso, de bens, de vantagens, de mansões, de casa na praia e na montanha, de carros importados, de roupas e jóias de marcas famosas. É o evangelho que excita agradavelmente e não exige nada, como explica o pesquisador George Gallup Jr. É a chamada religião à la carte
Além daqueles que nasceram dentro da teologia da prosperidade ou a abraçaram a certa altura de sua vida cristã, outros muitos estão se interessando por ela e se comprometendo com ela sem, contudo, abandonarem suas igrejas de origem e irem para igrejas neopentencostais. A propaganda cerrada da teologia da prosperidade pela televisão, pelo rádio, pelo púlpito (vários cultos por dia), pelos jornais e revistas (um deles tem tiragem superior a 2.300.000 exemplares) está minando o povo de Deus. Há poucos dias, uma editora colocou outdoors em lugares estratégicos anunciando uma nova Bíblia de estudo com ênfase na vitória financeira. Estamos embriagados, mas certamente não é do Espírito Santo, como aconteceu com os primeiros cristãos (At 2.13), e sim pelo crescimento numérico e, em alguns casos, pelas sacolas e gazofilácios cheios de dinheiro. 
Como se pode ver, a virgem brasileira não vai bem e há pouca beleza nela para ser admirada. Crescemos muito e depressa, mas “temos dois quilômetros de extensão e dois centímetros de profundidade”, como afirmou Josué Campanhã, diretor da SEPAL Brasil, no encontro da organização realizado em Águas de Lindóia de 7 a 11 de maio de 2007. 
Se nós não intensificarmos a evangelização, como a Igreja Católica decidiu fazer agora em maio, “o crescimento nos asfixiará e nos tornaremos uma segunda força religiosa oficial, grande, mas irrelevante, como aquela que já temos há 500 anos” (trecho da entrevista de Harold Segura).
FONTE: Ultimato online