31/05/2010

E Vimos sua Glória - John Owen - (1616- 1683)

 

E vimos sua glória...

O Sumo sacerdote do Velho Testamento, após fazer os sacrifícios que eram exigidos, no dia da expiação, entrava no lugar santo com as suas mãos cheias de incenso perfumado que ele colocava no fogo diante do Senhor. Da mesma forma, o grande Sumo Sacerdote da Igreja, o nosso Senhor Jesus Cristo, tendo se sacrificado pelos nossos pecados, entrou no céu com o doce perfume de Suas orações pelo Seu povo. O seu eterno desejo para a salvação do Seu povo é expresso por João: "Para que vejam a minha glória" (Jo 17.24). José pediu a seus irmão que contassem a seu pai sobre toda a sua glória no Egito (Gn 45.13), não para dar uma amostra ostensiva daquela glória, mas para dar a seu pai a alegria de saber a sua alta posição naquela terra. Da mesma forma, Cristo desejava que Seus discípulos vissem a Sua glória para que pudesse estar satisfeito e usufruir a plenitude de Suas bençãos para todo sempre.

Uma vez tendo conhecido o amor de Cristo, o coração do crente estará sempre insatisfeito até a glória de Cristo ser vista. O clímax das petições que Cristo faz a favor dos Seus discípulos é que possam contemplar a sua glória.É por isso que eu afirmo que um dos maiores benefícios para um crente no mundo e no porvir é considerar a glória de Cristo

Desde que o nome do cristão é conhecido no mundo, não tem havido tanta oposição direta à singularidade e glória de Cristo como nos dias atuais. É dever de todos aqueles que amam o Senhor Jesus de testificar, conforme suas habilidades, da singularidade de Sua glória.

Eu gostaria, portanto, de fortalecer a fé dos verdadeiros crentes ao mostrar que ver a glória de Cristo é uma das maiores experiências e privilégios possíveis neste mundo ou no outro."Mas todos nós, com a cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2Co 3.18) Na eternidade seremos como Ele, porque O veremos como Ele é (1Jo 3.2).

Este conhecimento de Cristo é a via contínua e a recompensa de nossas almas. Aquele que tem visto a Cristo também tem visto o Pai; a luz do conhecimento da glória de Deus é vista apenas na face de Jesus Cristo (Jo 14.9; 2Co 4-6).

Há duas maneiras de ver a glória de Cristo: mediante a fé, neste mundo, e, por meio da fé, no céu eternamente. É a segunda maneira que se refere principalmente a oração sacerdotal de Cristo - que seus discípulos possam star onde Ele está, para contemplar sua glória. Mas a visão de Sua glóra pela fé, neste mundo, também está incluída e eu dou as seguintes razões para isso:

1. Nenhum homem jamais verá a glória de Cristo no futuro se ele não tiver alguma visão dela, pela fé, no presente. Devemos estar preparados pela graça para a glória, e pela fé para a visão. Algumas pessoas, que não tem fé verdadeira, imaginam que verão a glória de Cristo no céu; porém estão apenas se iludindo. Os apóstolos viram a Sua glória, "e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1.14). Essa não era uma glória deste mundo como a dos reis... Apesar de ter criado todas as coisas, Cristo não tinha onde reclinar a cabeça. Não havia glória ou beleza incomum em Sua aparência como homem. A Sua face e Suas formas se tornaram mais desfiguradas do que as de qualquer homem (Is 52.14; 53.2). Não era possível ser vista neste mundo a glória total da Sua natureza divina. Como então os apóstolos viram a sua glória? Foi pela compreensão espiritual da fé. Quando eles viram como Ele era cheio de graça e de verdade e o que Ele fazia e como falava, eles "o receberam e creram no seu nome" (Jo 1.12). Aqueles que não tinham essa fé não viram nenhuma glória em Cristo.

2. A glória de Cristo está muito além do alcance de nossa presente compreensão humana. Não podemos olhar diretamente para o sol sem ficarmos cegos. Semelhantemente, com nossos olhos naturais não podemos ter nenhuma visão verdadeira da glória de Cristo no céu; ela apenas pode ser conhecida pela fé.

Aqueles que falam ou escrevem sobre a imortalidade da alma, sem ter conhecimento de uma vida de fé, não podem ter convicção daquilo que dizem... O entendimento que vê apenas através da fé é que nos dará uma idéia verdadeira da glória de Cristo e criará um desejo para um completo desfrute dela.

3. Entretanto, se quisermos ter uma fé mais ativa e um maior amor para com Cristo, que dêem descanso e satisfação às nossas almas, precisamos ter um maior desejo de compreender melhor a Sua glória nesta vida. Isto significará que cada vez mais as coisas deste mundo terão menor atração para nós até que se tornem indesejáveis como algo morto. Não deveríamos procurar por nada nesta vida. Se estivéssemos totalmente convencidos disso estaríamos pensando mais nas coisas celestiais do que normalmente estamos.

Vantagens que surgem de pensarmos sempre na glória de Cristo:

A. Seremos moldados por Deus para o céu. Muitos pensam que já estão suficientemente preparados para a glória, como se eles a pudessem alcançar. Mas não sabem o que isso significa. Não há o menor prazer na música para o surdo, nem nas belas cores para o cego. Da mesma forma, o céu não seria um lugar de prazer para as pessoas que não tivessem sido preparadas para ele nesta vida pelo Espírito. O apóstolo dá ",,,graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz..." (Cl 1.12). A vontade de Deus é que devemos conhecer as primícias da glória aqui e a sua plenitude no futuro. Porém, somos feitos capazes de receber o conhecimento dessa glória pela atividade espiritual da fé. O nosso conhecimento atual da glória é nossa preparação para a glória futura.

B. Uma visão verdadeira da glória de Cristo tem o poder de mudar-nos até que nos tornemos semelhantes a Cristo (2Co 3.18).

C. Uma meditação constante sobre a glória de Cristo dará descanso e satisfação ás nossas almas. Trará paz às nossas almas que tantas vezes estão cheias de medos e pensamentos perturbadores. "Porque a inclinação da carne é a morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz" (Rm 8.6). As coisas desta vida nada são quando comparadas com o grande valor da beleza de Cristo, como Paulo disse: "E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como esterco para que possa ganhar a Cristo" (Fl 3.8).

D. O conhecimento da glória de Cristo é a fonte de nossa bem-aventurança eterna. Vendo-O como Ele é, seremos feitos em semelhança a Ele. (1Ts 4.17 - Jo 17.24; 1Jo 3.2)

John Owen - 1683

fonte:   ayflower: E Vimos sua Glória - John Owen - (1616- 1683)

30/05/2010

QUANDO TUDO COMEÇOU A CAMINHAR PARA O INFERNO

 

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“Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.” (Salmo 9:17)

Os estudiosos e sociólogos dizem que hoje nós vivemos num período de experiência pós-moderna. De fato, convivemos com tecnologia avançada, globalização, comodismo (em todos os aspectos), e por aí se faz uma grande lista que, talvez amanhã já deva ser atualizada.
Mas se pararmos pra pensar, como vivemos, pensamos e agimos hoje é, nada mais, nada menos, do que um seqüela da maluquice cultural e histórica que explodiu em nosso país, especialmente nas décadas de 60 e 70.
Vou explicar…
Nos anos 40, em torno de 70 % dos brasileiros moravam na área rural, não havia sequer uma indústria de automóvel e as residências ainda não tinham televisão. A família brasileira era extremamente tradicional e conservadora. O desquite era motivo de preconceitos e vergonha. O racismo não era motivo de debates, porque o negro brasileiro não desenvolvia movimentos sociais. A estrutura social era marcada pelo coronelismo.
Nos anos 50, a liberdade começou a ser idealizada, pelo menos politicamente falando. A população deixava os campos e migrava para as grandes cidades e nelas se desenvolvia as artes, o turismo, a indústria naval e o petróleo. Quanto à família, ela ainda continuava tradicional e o seu padrão comportamental era ter filhos.
Já os anos 60, foram anos de muita agitação, de liberdade, da descoberta da pílula anticoncepcional. Anos do movimento hippie.
Embora a década de 60 ter sido para o Brasil, anos de ditadura e de censura, por conta do golpe militar, houve certa movimentação cultural e musical com a Jovem Guarda, a MPB e o Tropicalismo.
E, por fim, falando da década de 70, anos estes em que as músicas exaltavam o país, tais como “este é um país que vai pra frente e ninguém segura a juventude do Brasil”. O futebol esteve também em pauta contribuindo para a alienação do povo (não sou contra o futebol, mas naquela época o esporte serviu de escape para as grandes transformações e crises enfrentadas pelo país). Depois das torturas, dos exílios, de tantas prisões, e censura os anos 70 também vivenciaram o fim do Regime Militar e o ressurgimento dos movimentos sociais. Foi também nessa época em que se instalou o caos familiar e os crescentes índices de divórcio. A descoberta sexual na adolescência significou o amor livre no fim dos anos 70, o herpes em 1980 e a AIDS em 1990.
Mas pra quê tantas informações históricas? Agora sim, vou dizer onde quero chegar.
Se a Igreja está alcançando pessoas comuns com menos de 40 anos, então é muito provável que: uma em cada três mulheres tenha feito um aborto. Uma ou até duas em cada seis podem ter sido abusadas sexualmente. Mais de seis dentre dez pessoas pensam que viver junto, em vez de casar, é uma maneira inteligente de evitar o divórcio, e cinco dentre essas dez pessoas já viveram com alguém. A maior parte é sexualmente ativa. E a grande maioria dos homens deve lutar contra a pornografia ou problemas sérios em relação à luxúria. Uma em cada cinco a dez pessoas luta contra o uso excessivo de drogas ou álcool. E pelo menos uma, e até duas, em cada cinco talvez fume.
Resumindo: se a Igreja pretende trabalhar com a nova geração, então ela precisa criar uma cultura onde pessoas totalmente desajustadas sejam bem-vindas! Isso é um fato!
Todas essas mudanças históricas e, principalmente de comportamento criaram uma CULTURA DE SOLIDÃO, onde as pessoas estão totalmente CARENTES DE RELACIONAMENTOS GENUÍNOS.
As pessoas almejam hoje, como nunca antes almejaram estar em família, pois ela representa o autêntico apoio relacional para qualquer ser humano.
E o desafio para a Igreja do século XXI é exatamente esse: deixar de ser uma “igreja para visitantes” e passar a funcionar como uma família, um corpo bem ajustado, assim como ordena a Bíblia. Estratégias como boa música, teatro, cafezinhos são importantes sim, e até atraem muitas pessoas, mas tem pouca relação com o culto em si, pois mantê-las em unidade e levá-las até Cristo são responsabilidades que Deus deu a nós.
Não há desafio e oportunidade maiores para a Igreja do que lidar com os esmagadores sofrimentos emocionais que conduzem nossa geração.
É responsabilidade nossa criar uma nova cultura do tipo “venha como você está”. As pessoas não resistem à verdade; elas resistem à arrogância! Por isso devemos ser sábios e muito amorosos ao representar o Corpo de Cristo no mundo.

Kênia Siqueira

FONTE:   || vineyard café || blog

29/05/2010

O Movimento Puritano

 

Se tivéssemos sido contemporâneos dos Puritanos, o que nos haveria impressionado como suas características marcantes?

O movimento dos Puritanos deve-se entender primeiramente como um MOVIMENTO RELIGIOSO. A interpretação secular do Puritanismo é o produto de uma época irreligiosa e negligência o fato que, mesmo nas suas manifestações política, social e econômica, o Puritanismo expressava uma perspectiva religiosa.

Um Historiador moderno escreve: Quando terminamos nossos esforços para modernizar e secularizar o Puritanismo, este parece um fenômeno obstinadamente religioso”. Tanto nas suas manifestações privadas como públicas, o movimento Puritano foi povoado de pessoas OBCECADAS POR DEUS. A persistente pergunta de John Bunyan, “Como podemos ser salvos?”, era em última análise a questão importante para todo Puritano.

Um general do exército escreveu para Cromwell: “Meu Senhor, permita que o esperar em Deus seja feito mais do que comer, dormir e trocar idéias juntos”.


O Puritanismo também caracterizava-se por um forte consciência moral. Para os Puritanos, a questão do certo ou errado era mais importante do que qualquer outra.. Eles viam a vida como um contínuo conflito entre o bem e o mal. O mundo foi reivindicado por Deus e requerido por Satanás. Não havia campo neutro. Richard Sibbes expressou esta mentalidade de forma típico:

“Há dois grandes lados no mundo, ao qual todos pertencem: há o lado de Deus e aqueles que são seus, e há um outro lado que é de Satanás, e aqueles que são seus; dois reinados, dois lados, duas disposições contrárias, que perseguem uma à outra”.


Os crentes poderiam, com a ajuda de Deus, alcançar a vitória através de meios como vigilância, andar correto e mortificação.

O Puritanismo foi UM MOVIMENTO DE REFORMA. Sua identidade foi determinada por suas tentativas de mudar algo que já existia. No coração do Puritanismo estava a convicção de que as coisas precisavam mudar e que as “atividades normais” não eram uma opção. É difícil exagerar na avaliação do impacto que tal perspectiva produz na vida de uma pessoa. Também explica, incidentalmente, por que os Puritanos no seu tempo adotaram uma posição ofensiva e por que, quando se lê a polêmica literatura de época, os oponente dos Puritanos parecem estar sempre na defensiva.

De todos os termos chaves usados pelos Puritanos, os principais eram REFORMA, REFORMAÇÃO, ou o adjetivo REFORMADO. Estes termos não foram cunhados por historiadores posteriores, mas eram as palavras dos lábios de todos durante a própria era Puritana. Foi uma época em que se incitou os governantes a “reformarem seus países”, o clero e efetuar “a reforma da religião”, e os pais “a reformarem (suas) famílias”. A nível mais pessoal, o impulso Puritano era de “reformar a vida da pecaminosidade e da conduta ímpia”.


O movimento Puritano foi um MOVIMENTO VISIONÁRIO ativado por nada menos do que a visão de uma sociedade reformada. Alguém habilmente resumiu o programa Puritano assim: “A convocação pra uma reforma foi um chamado à ação, primeiro para transformar o indivíduo num instrumento capaz de servir à vontade divina, e depois papa empregar esse instrumento para transformar toda a sociedade”.


O Puritanismo também foi um MOVIMENTO DE PROTESTO, como era o movimento protestante em geral. Repetidas vezes nas páginas que se seguem, as perspectivas puritanas se encaixarão mais claramente se nos conscientizarmos de que os Puritanos protestavam contra atitudes do catolicismo romano e, menos freqüentemente, do anglicanismo. Em assuntos tais como trabalho, sexo, dinheiro, e culto, um bom ponto de partida para começar a entender os Puritanos é verificar aquilo a que eram contrários. Como diz Christopher Hill: “Havia um elemento de protesto social em quase cada atitude Puritana”.


Uma coisa que faz o Puritanismo parecer moderno é a extensão até onde ele era UM MOVIMENTO INTERNACIONAL. Primeiro, muitos líderes originais do movimento gastaram meses e até anos no continente, especialmente durante os tempos de perseguição. Eles absorveram os princípios e a prática de culto das “melhores igrejas reformadas”, frase que usavam para denotar o protestantismos europeu. Além do mais, depois que a migração pra a América tornou-se uma característica do Puritanismo, houve uma contínua integração entre os líderes do movimento dos dois lados do Atlântico. “Por trás dos Puritanos”, escreve M.M. Knappen, “estava a força de um crescente protestantismo internacional”.


O Puritanismo inglês (embora não o Puritanismo americano ) era UM MOVIMENTO DE MINORIA. Embora os Puritanos ingleses tivessem ganho imenso poder dentro da sua sociedade (especialmente no Parlamento ), eles nunca foram uma maioria numérica. O Puritanismo, portanto, revelou algumas das mesmas características que descrevem outras minorias: um forte senso de fidelidade interna e princípios comuns, um sentimento de vulnerabilidade, uma tendência na direção do pensamento bipolar em que o mundo se divide em dois campos: nós e eles. A.G. Dickens considera corretamente o Puritanismo “como uma força mais apropriada para permear do que para dominar o espírito inglês”, enquanto Paul Seaver acha que os Puritanos “prosperaram através do fracasso”.


Na Inglaterra o movimento existiu sem estruturas institucionais estáveis e foi poupado da tendência de seus adeptos de depositarem sua fidelidade nas instituições e não nos ideais.

Os Puritanos não eram apenas uma minoria, MAS UMA MINORIA PERSEGUIDA. Na Inglaterra forma sujeitos à hostilização e perseguição em virtualmente cada estágio da sua história (excetuando-se, é claro, é claro, meados do século XVII, quando se tornaram o partido reinante no governa e na igreja ). Os líderes Puritanos estiveram para dentro e fora da prisão como um espécie de Modus vivendi. Leigos foram arrastados até o tribunal por realizarem encontros religiosos em suas casas. Os Jovens Puritanos que não assinavam o Ato de Uniformidade não se graduavam nas universidades de Oxford e Cambridge. Os ministros que se recusavam a vestir trajes anglicanos ou a apoiar cerimônias anglicana ou ler cultos do Livro de Orações eram removidos de suas posições. A consciência da alienação concedeu aos Puritanos seu melhor arquétipo, o peregrino atravessando um mundo alienado para chegar ao seu verdadeiro país.

Apesar do significativo papel desempenhado pelos pregadores e professores Puritanos, o sucesso do movimento dependeu definitivamente de ser UM MOVIMENTO LEIGO. Como disse um estudioso: “O movimento Puritano foi notável pela sua vigorosa participação leiga””. É verdade que o clero e os professores forneceram a teoria intelectual pra o movimento. Foram eles que equiparam a maioria dos leigos com a força para desafiar as estruturas existentes.

Houve, é claro, abundância de paradoxos na situação; no próprio ato de solapar a hierarquia e o privilégio clerical tradicionais, os pregadores Puritanos atraíram enorme séqüito de partidários leigos e acabavam eles mesmos gozando de um aposição de poder. Seu poder, no entanto, ampliou-se apenas até onde alcançou sua habilidade de influenciar o pensamento da pessoa leiga comum.

O Puritanismo foi UM MOVIMENTO NO QUAL A BÍBLIA ERA CENTRAL EM RELAÇÃO A TUDO. Num certo sentido a primeira questão do movimento Puritano ( como da Reforma em geral ) – foi a questão da autoridade. Os Puritanos resolveram a questão da autoridade ao colocar a Bíblia como autoridade final de crença e prática.

John Owen, sempre considerado como o maior teólogo Puritano, disse que “os protestantes supõem que a Bíblia tenha sido dada por Deus para ser... uma perfeita e completa regra de ...fé”. “Quem, então eram estes Puritanos originais?” – pergunta Derek Wilson, “basicamente foi sua atitude em relação à autoridade da Bíblia que os destacou de outros protestantes ingleses”.


O movimento Puritano foi UM MOVIMENTO ERUDITO. Seu objetivo era a reforma da vida religiosa, nacional e pessoa, e seus adeptos rapidamente sentiram que um dos meios mais eficazes de influenciar sua sociedade era através das escolas. Tanto na Inglaterra como na América; o movimento Puritano este intimamente ligado às universidades.

John Knowles escreveu ao Governador Leverett de Massachusetts que “se morrer a universidade, as igrejas... não viverão muito tempo depois disso”. Uma autoridade moderna fala da “preeminência e continuidade da liderança universitária do movimento Puritano”. Mão surpreende, portanto, que o Puritanismo tenho sido UM MOVIMENTO ALTAMENTE LITERÁRIO que possuía uma “vital voracidade pela articulação”

L. Ryken

fonte:   Mayflower: O Movimento Puritano

28/05/2010

Qual o grau do seu murmurômetro?

Como é fácil começarmos um lindo dia murmurando por fúteis motivos. Como é fácil, após um dia de atividades e de lutas, deitarmos em nossas camas no fim do dia murmurando do dia que passou. Não é à toa que muitos perdem o sono.

Não há nada que provoque mais a Deus do que a murmuração, pois toda murmuração é contra Deus (Ex 16:8). Se Deus é o grande responsável pela vida humana, reclamar de nossa vida é reclamar contra o próprio Deus.

Murmurar é reclamar da boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Murmurar é concordar com Satanás de que Deus não está no controle de todas as coisas; é ser seduzido pela serpente como Adão e Eva foram.

Murmuração é a porta de entrada do maligno na vida de muitas pessoas; é a causa principal do fracasso de muitos crentes (1 Co 10.10).

Você é um murmurador? Responda as seguintes perguntas e avalie o seu grau de murmuração.

1. Quando você acorda pela manha para trabalhar/estudar, você:

( ) a- Murmura por ter que acordar cedo.

( ) b- Agradece a Deus por mais um dia em sua presença.

2. Ao tomar o café da manhã, você:

( ) a - Murmura por não ter o pão fresquinho à mesa.

( ) b - Agradece a Deus por começar a primeira refeição do dia com a tua família.

3. Em seu trabalho/estudo, você:

( ) a - Murmura diante dos desafios.

( ) b - Agradece a Deus pela força, capacidade e inteligência que Deus te dá para resolver os conflitos.

4. Após um dia de trabalho/estudo, você:

( ) a - Murmura por causa do seu cansaço.

( ) b - Alegra-se nas promessas de Deus em renovar as suas forças

5. Quando você retorna à sua casa, você:

( ) a - Murmura por causa do trânsito ou por causa do coletivo.

( ) b - Agradece por não ter que voltar à pé para sua casa.

6. Ao chegar à sua casa, você:

( ) a - Murmura por causa de seus familiares que não cumpriram os seus deveres.

( ) b - Agradece a Deus pela tua família e por poder estar com eles por mais um dia.

7. Ao entrar na casa do Senhor, você:

( ) a - Murmura por causa do louvor, da liturgia ou da pregação.

( ) b - Alegra-se por poder prestar culto na casa do Senhor.

8. Ao ouvir a Palavra, você:

( ) a - Murmura pela ausência de loquacidade e persuasão.

( ) b - Aceita os desafios apresentados pela Palavra.

9. Ao olhar para a sua vida, você:

( ) a - Murmura por causa das suas dificuldades.

( ) b - Alegra-se na expectativa da ocorrência de um milagre.

10. Ao se olhar no espelho, você:

( ) a - Murmura por causa do murmurador que você é.

( ) b - É grato a Deus porque ele tem o poder de te transformar em um verdadeiro adorador.

Some o número de suas murmurações (item a) e descubra o seu grau de murmuração.

PONTOS: (10) Perfeito murmurador; (9-6) Crente rabugento; (5-1) Crente ingrato; (0) Adorador

MURMURAÇÃO: A CHAVE DO FRACASSO

"Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus." (1 Ts 5.18)

FONTE:   ASSEM-BEREIA DE DEUS: Qual o grau do seu murmurômetro?

27/05/2010

Teologia do "cocô de mosquito"

 

Certa vez, eu ouvi de meu pai algo bastante interessante: as moscas fazem cocô nas lâmpadas. Sim, isso mesmo! Sabe estas lâmpadas elétricas redondinhas comuns que temos em casa? As moscas adoram aliviar seus ventres lá por alguma razão desconhecida à leiga pessoa que vos escreve. Esta é a razão, ele disse, da luminosidade da lâmpada ir ficando mais amarelada com o passar do tempo.

Eu, sinceramente, não sei se a informação que ouvi de meu pai é verdadeira ou se se trata apenas de alguma sabedoria popular equivocada. Mas o fato é que, com o passar do tempo, a luz de uma lâmpada realmente começa a ficar cada vez mais amarelada e, quando você a retira da boquilha (cujo nome predial correto é “receptaco”), você consegue observar uma série de pontinhos de sujeira no entorno da lâmpada.

O engraçado é que o ciclo de vida de cada mosca comum é relativamente pequeno (cerca de oito dias), e mesmo assim sua influência é grande sobre a aparência externa da luz da lâmpada: mosca após mosca, cocô após cocô, a lâmpada vai se amarelando progressivamente.

A certeza sobre a veracidade deste hábito das moscas não é necessário para a analogia que vou propor neste texto. Aliás, a dúvida é até benéfica neste caso.

Quando lemos o livro de Atos, percebemos que o Evangelho irradiou clara e fortemente por todo o mundo antigo. A despeito de toda perseguição que os discípulos de Cristo sofreram por parte dos judeus e do Império Romano, o Evangelho brilhou!

Sua mensagem continha algo que fazia as pessoas abandonarem todo o conforto que tinham, toda a tradição cultural e religiosa que defendiam, para viver sob o risco de não ver a luz do sol no dia seguinte.

A luz brilhante do Evangelho foi tão forte que cegou o brilhante pensador Saulo de Tarso por alguns dias, e o fez posteriormente considerar tudo o que antes considerava valoroso como refugo (lixo)!

Mas atualmente a luz do Evangelho não brilha mais no mundo como brilhava antigamente. Escândalos e mais escândalos pulam feito pipoca na mídia semanalmente: desde os mais “comuns”, como pedofilia, corrupção e desvio, até casos mais absurdos, como de pastores contrabandeando armas para traficantes brasileiros.

O problema não está com o Evangelho, como muitos pensam. O problema está exatamente em nós e o que fazemos com ele. Nós, assim como as moscas, sujamos o Evangelho todos os dias com pequenos pontinhos, a ponto de, depois de algum tempo, sua luz não causar mais o mesmo efeito brilhante de outrora. A luz do Evangelho – que antes era irradiante, clara, bela e confrontadora – por causa dos seres humanos começa a ficar (aos olhos do mundo) amarelada, desagradável e fosca.

Será que os grandes avivamentos são os períodos em que Deus limpa a lâmpada do Evangelho, retirando as caquinhas que nós frequentemente depositamos lá? Como este texto é uma analogia, pode ser.

Todo momento de avivamento é precedido por uma forte limpeza da Igreja, onde inevitavelmente muitos a deixam.

As igrejas clamam sobre o “avivamento” do Brasil, mas clamam um “avivamento” que se identifica apenas por números. Um avivamento aos moldes capitalistas: resultados, metas, "prosperidade".

A se levar em conta apenas o “avivamento” dos números, as coisas na África devem estar indo de vento em poupa! Há apenas um século atrás menos de 10% da população africana se dizia cristã, hoje este total já alcança 50% da população do continente (D’SOUZA, A Verdade Sobre o Cristianismo, Thomas Nelson, 2008). Que grande avivamento devemos ter lá, não!? Para acompanhar o “avivamento” africano é só abrir os jornais...

O país pode estar do jeito que estiver: fome, desigualdade, corrupção... nada disso precisa mudar. Não importa se a luz da lâmpada esteja fosca com nossas bostinhas. Basta apenas ao mundo estar aos “pés de Cristo”. Nada mais deve nos preocupar além de “salvar” as pessoas de modo integral a "alma" das pessoas, afinal viveremos mesmo é na Glória, não é?!

A analogia da lâmpada é limitada, sim, a criei em poucos minutos. Mas o importante é que reconheçamos que somos nós (eu e você) aqueles que têm sujado a Lâmpada da Verdade. Neste ponto, não há como atribuir culpa a Fulano ou Sicrano: todos nós somos responsáveis por tornar o Evangelho cada vez mais amarelo e sem relevância para a sociedade.

Que Deus nos ajude!

Eliel Vieira

FONTE:   ASSEM-BEREIA DE DEUS: Teologia do "cocô de mosquito"

26/05/2010

DONS ESPIRITUAIS: ENSINO

 ensino

“Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres;…” (1 Co 12:27-28 NVI)

“Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine;…” (Rm 12:7 NVI)

O Dom Espiritual de Ensino Definido

O dom de ensino é a capacidade concedida por Deus de compreender e comunicar a verdade bíblica de forma clara e relevante para que haja compreensão e aplicação.

Pessoas com o Dom de Ensino

Aprender, pesquisar, comunicar e ilustrar a verdade são qualidades que um indivíduo manifestará ao exercitar o dom de ensino. Estas pessoas gostam de estudar e aprender novas informações e obtém grande alegria compartilhando isto com outros. O formato do ensino pode variar de um discipulado um a um até classes formais, estudos bíblicos informais, grandes grupos, e pregação que é uma forma de ensino.

Ensino no Ministério de Jesus

Por todos os evangelhos, Jesus era comumente chamado de Rabbi, que quer dizer “mestre.” Mateus 4:23 diz que “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando” e Mateus 7:28-29 dizem que “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.”

Ensino nas Escrituras

Áqüila e Priscila (Atos 18:26), Paulo (Atos 19:8-10; 20:20; Colossenses 1:28; 1 Timothy 2:7), presbíteros/pastores (1 Timóteo 3:2; 5:17), Timóteo (1 Timóteo 4:11,13; 6:2), e as mulheres piedosas (Titus 2:2-4), todos demonstram o dom de ensino.

Você tem esse dom?
  • Você gosta de estudar e pesquisar?
  • Você gosta de transmitir a verdade bíblica a outros?
  • Outras pessoas vêm até você em busca da sua perspectiva nas Escrituras?
  • Quando você ensina, as pessoas “captam”?
  • Quando você vê pessoas confusas no entendimento da Bíblia você sente uma responsabilidade de falar a elas sobre o assunto?
  • Você gosta de falar a grupos de vários tamanhos acerca de questões bíblicas sobre as quais você tem fortes convicções?

FONTE:    vineyard café || blog

25/05/2010

JEREMIAS: O Homem, o Profeta e a Mensagem

 

Jeremias, o Profeta - aspectos notáveis

O nome Jeremias, do hebraico “Yirmeyahu”, aparentemente significa “O Senhor Estabelece”. Segundo Archer, o nome do profeta se relaciona ao verbo “ramah” (lançar) e pode ser entendido no sentido de lançar alicerces [1]. A profecia de Jeremias projeta-se sobre o nome do seu autor, como afirma Ellisen, pois embora suas profecias fossem contestadas, eram Palavras divinas, sendo que o próprio título anuncia tal certeza [2].

Jeremias nasceu aproximadamente em 647 a.C., na cidade benjamita de Anatote, terra da família sacerdotal de Abiatar (1 Rs 2.26), localizada a 5 Km a nordeste de Jerusalém. Era filho de Hilquias, sacerdote no período da reforma do rei Josias e bisavô de Esdras (Ed 1.1).

Aproximadamente em 626 a.C., no décimo-terceiro ano de Josias, Jeremias iniciou o seu ministério profético quando ainda possuía cerca de vinte anos (1.6), muito embora fosse vocacionado à profeta desde o ventre materno (1.5).

Resistiu inicialmente o chamado profético, sua desculpa, segundo Willmington, era em razão de sua pouca idade [3], entretanto, Harrison acredita que, muito embora o termo usado possa significar “menino”, “criança” ou “adolescente” (Êx 2.6; 1 Sm 4.21), o termo hebraico quer dizer “jovem” ou “rapaz” [4].

Jeremias profetizou cerca de quase um século depois de Isaías [5], e ambos levaram mensagens de condenação ao reino de Judá em decorrência de seu pecado. Para entendermos um pouco da pessoa e da mensagem de Jeremias, podemos compará-lo com Isaías, como vários autores modernos têm feito.

Não contraiu matrimônio, pois fora proibido pelo Senhor como sinal à nação (16.2).

Durante cerca de 40 anos (627-586 a.C.) desenvolveu seu ministério profético na capital de Judá, Jerusalém, e por cerca de cinco anos ministrou no Egito (Jr 43-44). Durante o governo do piedoso rei Josias, cerca de trinta e um anos, Jeremias não sofreu qualquer tipo de perseguição, uma vez que mantinha estreitas e amistosas relações com o rei. Na morte do rei Josias, em Megido, Jeremias compôs uma elegia fúnebre (2 Cr 35.25).

Quanto ao caráter, Jeremias era meigo, humilde e introspectivo, mas recebeu da parte de Deus a incumbência de profetizar aos seus contemporâneos. Segundo Baxter, a figura do profeta impressiona pela perseverante paciência [id.ibid.].

Quanto ao público, o profeta Jeremias era impopular. Foi desprezado e perseguido pelos reis devido à mensagem grave de suas profecias contra a monarquia, os falsos profetas, os sacerdotes e contra os injustos. Foi acusado de traição, por ordenar, a mando do Senhor, que Judá se rendesse aos babilônicos. Contudo, nutria grande afeição pelo seu povo e todas essas lutas o aproximava cada vez mais de Deus. O livro de Jeremias revela algo de seus tocantes diálogos com o Senhor (11.18-23; 12.1-6; 15.1-21; 18.18-23; 20.1-18).

Ao que parece, o profeta Jeremias possuía certa condição financeira que possibilitava a compra da fazenda empenhorada de um

parente falido.

Durante os quarenta anos em que profetizou teve pouquíssimos convertidos, e, mui provavelmente, além de seu amanuense Baruque, não tenha tido conhecimento de qualquer outra pessoa que tenha acreditado em suas profecias, a ponto de segui-lo.

As obras da pena de Jeremias, o livro que leva o seu nome, e Lamentações, não dizem qualquer coisa concernente a morte do profeta. Aqueles que se propõem a discursar sobre o tema, apenas apresentam a tradição que atesta a morte do profeta no Egito, outros na Babilônia por morte violenta, ou na tranquilidade de sua velhice, entretanto, não sabemos quais dessas tradições são as mais confiáveis. Porém, podemos citar Francisco que afirma: “o profeta morreu como viveu: de coração quebrantado, pregando a um povo irresponsável” [6].

Data e local em que o livro de Jeremias foi escrito

O livro foi escrito entre 627 a 580 a. C. O ministério de Jeremias teve início no reinado de Josias e prosseguiu em Jerusalém durante os 18 anos de reforma e os 22 anos de colapso nacional. Forçado a ir para o Egito com os rebeldes, profetizou ali 5 anos (44.8).

O que não pode passar desapercebido quando estudamos o livro do profeta, é que os fatos que constam neste escrito não estão em ordem cronológica. Os capítulos 35 e 36, por exemplo, são anteriores ao tempo do capítulo 31. Lembremos que o formato primitivo dos escritos do profeta Jeremias era o rolo. É provável que Jeremias e Baruque depois de escreverem uma mensagem, se lembrassem de outra que havia sido entregue antes daquela já registrada. Assim, era acrescentada uma nova mensagem à anterior. Essa mistura de mensagens novas e antigas torna difícil ao leitor saber qual a sequência certa em que foram entregues.

Contexto histórico e monárquico do livro de Jeremias

Jeremias profetizou cerca de um século após Isaías; seus contemporâneos foram: Sofonias e Habacuque (no começo) e Daniel (mais tarde).

Jeremias iniciou seu ministério profético no reinado de Josias, mas seu ofício perpassou o reinado dos últimos cinco reis de Judá (11-3): Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. O fato de Jeremias relacionar-se com cinco dos reis de Judá, fornece a porção essencialmente histórica do seu livro. Vejamos um pouco do relacionamento de Jeremias com os cinco reis de Judá:

Josias

640 - 609 a.C.

Caps. 1-20

Jeremias mantinha relações cordiais com Josias e, ao que parece, o ajudou na sua política reformadora (2 Rs 23.1). O trecho de Jeremias 11.1-8, refere-se provavelmente ao seu entusiasmo em favor das reformas implementadas por Josias. Josias foi morto ao oferecer resistência ao Faraó Neco (610 - 594 a.C.). Jeremias lamentou profundamente a morte do rei-reformador de Judá (Jr 22.10).

Jeoacaz

609 a.C.

3 meses

Jeoacaz governou por apenas três meses e nada sabemos a respeito do relacionamento de Jeremias com esse rei. (Nada foi escrito em seu tempo).

Jeoaquim

609-597 a.C.

11 anos

Caps. 12.7; 13.27; 21; 25; 27; 28; 33; 35; 36; 45

Jeoaquim reinou de 608 a 597 a.C. e foi apenas um vassalo do poder egípcio. Esse rei destruiu as profecias escritas de Jeremias e também permitiu sua prisão pelos nobres. Chegou a propor a pena de morte a Jeremias (Jr 26.11). Mais tarde foi raptado e levado para o Egito por alguns judeus.

Joaquim

597 a.C.

3 meses

Caps. 13.18 ss; 20.24-30; 52.31-34

Joaquim sucedeu ao seu pai Jeoaquim no reino de Judá, mas colheu os péssimos frutos plantados pelos governantes anteriores. Tinha apenas dezoito anos de idade quando subiu ao trono, onde permaneceu apenas três meses. Joaquim foi levado para a Babilônia em decorrência do cativeiro (Jr 13.15-19), e libertado 36 anos mais tarde pelo filho e sucessor de Nabucodonosor (2 Rs 25.27-30).

Zedequias

597-587 a.C.

11 anos.

Caps. 24; 29; 37; 38; 51.59,60

Zedequias era o filho mais novo de Josias e foi o último rei de Judá. Governou por dez anos pagando tributos aos babilônicos e, quando deixou de pagá-los, firmou um acordo com o Egito. Nabucodonosor ficou furioso e enviou um exército para destruir a cidade de Jerusalém. Jeremias opôs-se à rebelião de Zedequias, e por causa do cumprimento de suas predições, foi acusado de favorecer ao inimigo e lançado na masmorra (Jr 27.1-22) [7].

Notas

1. Cf. ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 298.

2. ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento: esboços e gráficos interpretativos. São Paulo: Vida, 1991, p. 229.

3. WILLMINGTON, Harold L. Auxiliar bíblico portavoz. 5.ed., Grand Rapids: Editorial Portavoz, 1995, p. 223.

4. HARRISON, R.K. Jeremias e Lamentações: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1980, Série Cultura Bíblica, p.40. Cf. FRANCISCO, Clyde T. Introdução ao Velho Testamento. 2. ed., Rio de Janeiro: JUERP, 1979, p. 173.

5. Cf. Preferimos definir por “quase um século” pela falta de concordância entre os autores, por exemplo, Champlin afirma que entre as profecias de Jeremias e Isaías há um intervalo de 60 anos; Baxter propõe 80 a 100 anos e outros autores seguem períodos distintos. Confira as bibliografias já citadas.

6. Cf. FRANCISCO, Clyde T. Introdução ao Velho Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1979, p. 170.

7. Outros gráficos que resumem este aspecto histórico do livro do profeta Jeremias são: HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1980, Série Cultura Bíblica, p.27; ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento: esboços e gráficos interpretativos. São Paulo: Vida, 1991, p. 236-7; Cf. ANGUS, Joseph. História, doutrinária e interpretação da Bíblia. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 2º volume, 1953, p. 113.

Esdras Costa Bentho

FONTE; Teologia & Graça: Jeremias: O Homem, o Profeta e a Mensagem

24/05/2010

Onde estão os jovens radicais por Cristo? – John Piper

  O alicerce do prazer cristão é o fato de que Deus é supremo em suas próprias afeições

  • O principal propósito de Deus é glorificar a Deus e ter prazer em Si mesmo para sempre.
  • Somos propensos a descrever as intenções de Deus conosco no centro das Suas Afeições.
  • Deus nos criou para a sua glória. Portanto é nossa obrigação viver para a sua glória.
  • Mandamento bíblico mais direto - Tenha prazer no Senhor!!

Postado por Marcos Stockstill

Quando eu me coloco, como se fosse, nas praias de Iwo Jima e me deixo reencenar aquelas horas de coragem e sacrifício, e me lembro que eles eram jovens, não consigo fazer as pazes com as triviais preocupações da maior parte da vida americana. Um deles era bem jovem mesmo. Li a história dele e queria falar a cada grupo de jovens da América e dizer: vocês querem ver o que é legal? Querem ver algo mil vezes mais impressionante do que a mais linda jogada do ano? Ora, então ouça sobre Jacklyn Lucas.

Ele passou a conversa e entrou nos fuzileiros com 14 anos, enganando os recrutas com seu físico musculoso.... Colocado para dirigir um caminhão no Havaí, ele foi ficando frustrado; queria lutar. Embarcou como clandestino num navio transportador que saiu de Honolulu, sobrevivendo com comida que lhe era passada por fuzileiros compadecidos a bordo.


Chegou no Dia-D [em Iwo Jima] sem um rifle. Pegou um que achou na praia e foi para o interior lutando.


Ora, no D+l, Jack e três companheiros estavam se arrastando por uma trincheira quando oito japoneses pularam dentro na frente deles. Jack atirou em um: o tiro lhe atravessou a cabeça. Então sua arma enguiçou. Enquanto fazia esforço com ela uma granada rolou até seus pés. Ele gritou um aviso para os outros e socou a granada no pó vulcânico. Imediatamente, outro rolou para ele. Jack Lucas, 17 anos, caiu em cima das duas granadas. "Luk, você vai morrer", ele lembra de ter pensado.


A bordo do Samaritano, o navio hospital, os médicos quase não podiam crer o que viam. "Talvez ele tenha sido jovem demais e resistente demais para morrer", um disse. Ele agüentou 21 operações reconstrutivas e tornou-se o mais novo ganhador da Medalha de Honra da nação - e o único calouro do ensino médio a recebê-lo.


Ao ler aquilo, pensei em todas as coisas que os garotos do ensino médio acham legal. Sentado no alpendre onde eu estava lendo, pensei, O Deus, quem vai chegar na cara deles e lhes dar algo pelo qual viver? Eles jogam fora seus dias num transe de insignificância, tentando parecer aquela pessoa legal ou falar legal ou andar legal. Não têm dica nenhuma do que seja legal.

Mais um caso para esclarecer o que é legal. É sobre Ray Dollins, um piloto de bombardeiro em Iwo Jima.

A primeira leva de tratores anfíbios se dirigia para a praia. Os bombardeiros a jato dos fuzileiros estavam completando suas primeiras passadas soltando bombas. E quando o último piloto começou a puxar seu Corsair para cima, os japoneses saltaram para suas metralhadoras e crivaram esse avião de fogo antiaéreo. O piloto, Major Ray Dollins, tentou ganhar altitude enquanto se dirigia para o lado do oceano para evitar um choque mortal em cima de fuzileiros que iam à praia, mas seu avião estava avariado demais. O Tenente Keith Wells o acompanhava do tra¬tor anfíbio.... "Podíamos vê-lo na cabina", Wells disse, "e ele estava tentando tudo. Ele estava caindo verticalmente, rumo aos tratores anfíbios cheios de fuzileiros. No último segundo ele virou o avião de cabeça para baixo e dirigiu-o para cair na água entre duas levas de tratores. Nós assistimos a água explodindo para cima no ar".


O pessoal militar que ouvia em rede o rádio de comunicação de vôos não só enxergou Dollins descendo; puderam ouvir suas últimas palavras em seu microfone. Eram uma paródia desafiadora:

Oh, what a beautiful morning,

Oh, what a beautiful day,

I've got a terrible feeling

Everythings coming my way.


Naturalmente, não usamos a palavra legal para descrever a verdadeira grandeza! É uma palavra pequena. O ponto importante é esse. É barata. E é bem para isso que milhões de jovens vivem. Quem os confronta com urgência e lágrimas? Quem roga com eles para não jogarem a vida fora? Quem os pega pelos colarinhos, por assim dizer, e os ama suficientemente para mostrar-lhes uma vida tão radical e tão real e tão valiosa e saturada de Cristo que acabem sentindo o vazio e a trivialidade de sua coleção de CDs e suas conversas sem alvo sobre celebridades só do momento? Quem vai acordar o que está dormindo latente em suas almas, sem uso - uma ansiedade por não jogar a vida fora?

fonte:   O Cristão Hedonista: Onde estão os jovens radicais por Cristo? – John Piper

PAI NOSSO ESTENDIDO

 

Pai nosso que estás no céu, sim! Deus todo-poderoso, criador de todas as coisas, a quem temos a aconchegante liberdade para chamar de paizinho e amigo.
Santificado seja o teu nome, porque apesar da tua infinita e incompreendida graça sobre minha vida, mesmo assim, ainda não sou digno de, abaixando-me, desatar-lhe as sandálias dos pés.
Venha a nós o teu Reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Seja feita a tua vontade na terra, na mesma forma e autoridade como ela é feita e praticada nos céus. Porque nem a morte, nem os anjos, nem os principados, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem as coisas do presente ou do porvir podem resistir ao amor, à justiça e ao bem do teu querer.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje, porque basta a cada dia a sua própria luta, o seu cansaço. E o amanhã, de fato, só pertence a ti. Portanto dá-nos nosso sustento com a medida certa do hoje, do agora, para que amanhã nos venha um novo pão, o pão do tempo certo.
Perdoa as nossas dívidas, assim como temos perdoado a quem nos tem ofendido, com a mesma intensidade que deixamos de julgar e tentar exercer justiça própria para com os nossos inimigos. Com a mesma disposição de não imputar culpa contra aqueles que nos magoaram ou esbofetearam a face. Sim! Podes esquecer de nossos pecados com a mesma voracidade com que esquecemos das injustiças que sofremos incontáveis vezes através dos que nos odeiam e querem nosso mal.
Não nos deixe cair em tentação, porque se andarmos sozinhos, através de nossas próprias vontades, certamente percorreremos os caminhos da morte e da destruição não só nossa, mas de todos os que amamos e nos rodeiam.
Mas livrai-nos do mal, como a ursa defende seus filhotinhos com a própria vida e força.
Porque teu é o Reino, nossas decisões, o Poder, nossas ações, a Glória e nosso louvor pelos séculos dos séculos e de eternidade a eternidade.
Amém! Assim seja com verdade!

FONTE:  Ovelha Magra

23/05/2010

NÃO SE ESQUEÇA DO ROBIN

 

POR: Rodrigo de Lima Ferreira

 

 

 

 

 

 

 

A bênção da internet é saber como éramos bregas e não sabíamos! Recentemente assisti a um filme do Batman, dos anos 60, baseado na famosa série com Adam West (Batman) e Burt Ward (Robin). Era engraçado ver um Batman meio barrigudinho e um Robin com aquele cabelo entupido de gel. A cena mais ridícula no filme foi a em que Batman, pendurado em uma escada de helicóptero, sobrevoando o mar aberto, é atacado por um tubarão e então contra-ataca com um repelente de tubarões em spray retirado do seu batcinto de utilidades!
Na minha imaginação infantil, quando o seriado era exibido na TV, era impossível ter o Batman sem o Robin. E sem também aquele batmóvel maravilhoso, mas esta é outra história. Portanto, aonde o Batman ia, o Robin ia atrás.
Nos tempos de Jesus também havia uma dupla dinâmica. Não era formada por um protótipo de Batman e Robin, mesmo porque o morcego era animal imundo perante a Lei. Mas era a dupla dinâmica formada por fariseus e saduceus.
Os fariseus são constantemente lembrados hoje em dia. Não há ofensa maior que chamar alguém de fariseu. Isso porque fariseu é entendido como alguém intransigente, cabeça dura ou, conforme disse Rubem Alves, seguidor do protestantismo de reta doutrina, onde o que importa é a letra da Lei, não o seu espírito. Segundo o fariseu, o que vale é a correta interpretação da Lei, dada por ele mesmo, e não ela em si.
Mas os saduceus formavam um grupo diferente. Eram judeus que tinham um tipo de fé diferente. Não criam na ressurreição. Diziam que a tradição oral não valia como a tradição escrita. Eram pessoas, conforme nos diz Flávio Josefo, que criam apenas no livre-arbítrio aqui e agora.
O mais interessante é que, para pegar Jesus, eles sempre se alinhavam com os fariseus, que criam de modo diametralmente oposto. Para um “bem comum”, ou melhor, mal comum, aceitavam a união com um pretenso inimigo.
Os saduceus, embora menos citados na Bíblia, eram tão perniciosos quanto os fariseus em sua busca em perseguir Jesus. Sua perniciosidade residia não só em sua hipocrisia e em seu “colaboracionismo” com o farisaísmo, gerando uma distorção do conceito de co-beligerância de Francis Schaeffer. Sua malignidade residia principalmente em sua incredulidade latente.
Vemos hoje o grande mal que estruturas doentes fazem com as pessoas. A cada dia que passa aumenta o número de pessoas traumatizadas com igrejas, lideranças e pastores. Tal como um alérgico em um ambiente mofado, esses indivíduos começam a agonizar com a simples lembrança de algo que já foi belo, mas que hoje necessita urgentemente de uma reforma e um avivamento (citando, novamente, Schaeffer). Essas pessoas necessitam de amparo, comunhão e restauração do verdadeiro Deus e da verdadeira Igreja, que é seu corpo e que reside nas igrejas e fora delas.
Mas, tal como lobos que acompanham rebanhos machucados, os saduceus modernos espreitam tais pessoas, afirmando seu egoísmo como parte inerente ao reino, dizendo que a “igreja sou eu”, quando, na verdade, a igreja nunca é um indivíduo apenas. Estes saduceus apresentam sua incredulidade em uma capa estranha de piedade mundanizada e santidade suja, crendo transmitir o “verdadeiro Evangelho”, como se os últimos dois mil anos tivessem gerado apenas espertalhões e heréticos, mas que agora a realidade estava revelada a eles. Movimentos heréticos, como os Testemunhas de Jeová e os Mórmons, tiveram início bem semelhante. Em seu descaminho, semeiam apenas a desgraça, a arrogância, a amargura, o cinismo, a incredulidade e o sarcasmo. Tudo em nome de Jesus.
Jesus condenou tanto os fariseus quanto os saduceus: “Vocês erram, não conhecendo as Escrituras” (Mt 22.29). E são essas mesmas Escrituras, tão vilipendiadas hoje em dia, que testemunham de Jesus (Jo 5.39). Na busca pela restauração da igreja, a incredulidade e a carnalidade humanas nunca podem ser alternativas viáveis. É hora, portanto, de buscarmos a Palavra, a santidade e o Senhor, deixando os modernos saduceus de lado. São guias cegos, e não quero que ninguém seja guiado ao precipício (Mt 15.14). Abra bem os olhos e nunca se esqueça do Robin!
• Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Rolim de Moura, RO. revdigao.wordpress.com

FONTE:  Editora Ultimato - formação e informação

Doidinhos por Jesus

 

Loucos po Jesus Doidinhos por JesusO texto a seguir, de Weber Chagas, pastor e autor do blog Pastoreando com o Coração, mostra que há pastores preocupados com a onda de Igrejas Evangélicas que se baseiam mais em supostas “ações” do Espírito Santo, do que em viver a essência de um Evangelho de amor e aceitação, o que faz até mesmo com que alguns crentes desenvolvam ou manifestem problemas psicológicos, devido a tanta exposição às teorias absurdas dos “moveres do Espírito”:

“Esta semana tomei conhecimento de um dado estatístico assustador: 70% dos pacientes internados em manicômios do Brasil são de origem evangélica.

Sinceramente, perdi o chão. Que a religião pode ser um fator que contribui para o desequilíbrio psíquico, ao mesmo tempo que pode constituir um espaço confortável para desequilibrados mentais, eu já sabia, o que não sabia era que a contribuição evangélica para este desastre fosse tão acentuada.

A razão para esse trágico dado passa pela teologia, pela liturgia, e principalmente pelo compromisso do resgate de um Cristianismo mais bíblico, emoldurado pela Verdade escrita e não pela “verdade” sensitiva.

Já não é de agora que denominações inteiras cultivam e estimulam um emocionalismo barato, sem o menor temor de rotular suas práticas ao “mover do Espírito Santo”. Com isso, transformam suas reuniões e grandes encontros num autêntico espetáculo do circo dos horrores, com gente caindo pra todo lado, tremendo, correndo, saltando e expressando sua insanidade em gargalhadas descontroladas, tudo isso sob a bandeira de um suposto “avivamento espiritual”.

O mais preocupante em todo esse processo é a falta de alguém lúcido e psicologicamente são, que seja capaz de sugerir um exame criterioso das Escrituras.

A espiritualidade cristã jamais será moldada por qualquer geração doente. A chancela do que é saudável e do que é doentio é dada pelo próprio Cristo, por Seu ensino e exemplo. A tentativa de desenvolver uma espiritualidade vinculada à cultura ou às tendência de qualquer desequilibrado que aparece, contando uma visão ou uma revelação, só contribui para aumentar o número dos que dão entrada em clínicas psiquiátricas em meio a verdadeiros surtos psicóticos. O pior de tudo isto é que ninguém fala absolutamente nada.

Loucos por causa de Cristo: muitas vezes, literalmente!

Fanáticos por Jesus Doidinhos por JesusÉ bem provável que a causa deste silêncio seja o despreparo teológico da maioria e a construção de certos paradigmas podres. Um deles é relacionar o estudo teológico à falta de unção. Com todo respeito, não há estupidez maior do que esta. Na verdade, é a resistência ao texto que colocou o movimento evangélico no Brasil e no mundo sob suspeita.

Uma rápida leitura dos Evangelhos, deixará em qualquer leitor minimamente atento, a real impressão de que o ministério de Jesus foi reflexivo. Ele nunca tencionou provocar transes e catarses. Suas mensagens e ensinamentos tinham o objetivo de fazer sua audiência pensar. Logo, embarcando na boléia de Jesus, Sua espiritualidade tinha um caráter mais cognitivo do que sensitivo, por isso Ele foi chamado de Mestre.

Já estou antevendo os comentários que chegarão: “O intelectualismo é morte”; “a letra mata”; “a teologia não presta pra nada”… Mas, vou correr o risco e fazer uma colocação final.

Todo cristão precisa estar comprometido com Cristo e o seu ensino. Nenhuma manifestação que escape ao escrutínio bíblico e não faça parte das práticas pessoais de Cristo e dos apóstolos, merece ser considerada, sequer analisada como possivelmente legítima, sob o risco de se abraçar a loucura ao invés da fé. Pense nisto!

Sola Escriptura!”

Juliana Dacoregio, no blog Heresia Loira

            FONTE: doidinhos por Jesus | PavaBlog#more-15389

O Leão da Tribo de Judá - M. Lloyd-Jones

 

O pecado. . . proveniente de fora, penetrou a vida humana e atacou até o Filho de Deus. Que estou perdoado é glorioso, e que tenho nova natureza é maravilhoso e melhor ainda. Mas continuo tendo que enfrentar este terrível poder que se ergue contra mim e que peleja para derrotar-me. . . Ele tem derrotado os mais fortes e poderosos. Não hesitou em medir forças com o próprio Deus. Suas sutilezas e sugestões vão ao meu encontro em todo lugar. Quem sou eu para defrontar-me com tal inimigo? Que é o homem, mesmo esforçando-se ao máximo, contra um antagonista desses? . . . O homem não pode, pois todos os homens falharam. . . Não há esperança alguma? Teremos que continuar a lutar, e a lutar em vão? Não! Apareceu um Davi e abateu este Golias; um Jônatas desbaratou de novo os filiesteus. O Homem entrou na luta e desferiu contra o inimigo um golpe mortal do qual ele nunca mais poderá recuperar-se. . .

Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, venceu a Satanás. Provado e testado ao máximo, Ele não só emergiu ileso, mas «expulsou o príncipe deste mundo» . . . Ele venceu a morte, o túmulo e todos os poderes que se opõem ao homem e aos seus mais elevados interesses. O Leão da Tribo de Judá prevaleceu — sim, e não somente para Si mesmo, mas por nós. Ele nos oferece o Seu poder e promete revestir-nos de Suas forças. Além de já não termos por que sofrer derrota, nEle podemos chegar a ser mais que vencedores sobre todo e qualquer poder que se levante contra nós.

Estes são os problemas do mundo. . . O Evangelho os revela e os resolve. Cristo satisfaz toda necessidade, e só Ele o faz. «Tudo Ele tem feito esplendidamente bem». A mensagem do Evangelho fala dEle e do que Ele tem feito. Não é teoria. A mensagem funciona, fato do qual dão testemunho as vidas dos cristãos de todos os tempos. Envergonhado de Jesus? Mil vezes não!

The Plight of Man and the Power of God, p. 89-91

fonte:   artyn Lloyd-Jones: O Leão da Tribo de Judá - M. Lloyd-Jones

22/05/2010

A Incapacidade do Homem Natural - J. C. Ryle

 

Verdades de singular importância sucedem-se, uma após a outra, no capítulo que estamos examinando. Provavelmente, em poucas partes da Bíblia encontram-se reunidas tantas "verdades profundas" como as de João 6. A passagem que lemos é um exemplo disso.

Em João 6.41-51, aprendemos que a condição de humildade assumida por Cristo, durante sua vida na terra, foi uma pedra de tropeço para o homem natural. Lemos: "Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. E diziam: Não é este Jesus, o filho de José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe? Como, pois, agora diz: Desci do céu?" Se o Senhor tivesse vindo como um rei conquistador, com riquezas e honras para conceder aos seus seguidores e com exércitos poderosos ao seu comando, aqueles homens estariam dispostos a recebê-Lo. No entanto, um Messias pobre e humilde era uma ofensa para eles. O orgulho de seus corações os impediu de crer que ali estava o enviado de Deus.

Esse fato em nada nos surpreende. Com isso, vemos a natureza humana mostrando seu verdadeiro caráter. O mesmo também ocorreu nos dias dos apóstolos. Cristo crucificado era "escândalo para os judeus, loucura para os gentios" (1 Co 1.23). A cruz era uma ofensa para muitos, onde quer que o evangelho fosse pregado. Em nossos dias, podemos observar o mesmo acontecendo. Ao nosso redor há muitos que odeiam as evidentes doutrinas do evangelho, por causa do caráter de humildade que elas apresentam. Tais pessoas não podem suportar a verdade da expiação, do sacrifício e da substituição realizada por Cristo. Aprovam os ensinamentos morais e admiram o exemplo de abnegação dado por Ele. Mas, fale sobre o sangue de Jesus, sobre o ter sido feito pecado por nós; diga-lhes que a morte de Cristo é a pedra angular da nossa esperança e que a pobreza do Senhor Jesus se tornou a nossa riqueza; faça isso e verá como abominam essas verdades com ódio mortal. A ofensa da cruz certamente ainda não cessou!

Também aprendemos, nesses versículos, a falta de capacidade e poder do homem natural para arrepender-se ou crer. Encontramos aqui o Senhor Jesus dizendo: "Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer". Enquanto o coração não for atraído pela graça de Deus, o homem não poderá crer.

A solene verdade contida nessas palavras deve ser considerada com especial atenção. É inútil contestar que sem a graça de Deus alguém pode se tornar um cristão verdadeiro. Estamos espiritualmente mortos e não temos qualquer capacidade para dar vida a nós mesmos. Precisamos que uma nova vida seja implantada em nós, vinda do alto. Os fatos comprovam, e os pregadores o reconhecem. O décimo artigo da Igreja Anglicana declara expressamente: "Após a queda de Adão, a condição do homem é tal que, por sua força natural e boas obras, não pode mudar sua condição e preparar-se para crer ou clamar por Deus". Esse testemunho é verdadeiro.

Mas, afinal de contas, em que consiste essa incapacidade do homem? Em que parte de nossa natureza interior está a deficiência? Esse é um ponto sobre o qual surgem muitos erros. De uma vez por todas, lembremos que a vontade do homem é a parte onde se encontra a incapacidade. Sua falta de capacidade não é física, e sim moral. Não seria verdadeiro afirmar que o homem tem um desejo sincero e uma vontade autêntica de vir a Cristo, mas não possui forças para isso. Seria mais verdadeiro dizer que o homem não tem poder para vir a Cristo porque não tem desejo ou vontade de fazer isso. Não é verdade que ele desejaria vir a Deus, se pudesse. O correto é declarar que ele viria a Deus, se o desejasse. A vontade corrompida, as inclinações secretas e a necessidade do coração são as verdadeiras causas da incredulidade. É nesse aspecto que reside o engano. A capacidade que necessitamos é, na verdade, uma nova vontade. É exatamente nesse ponto que precisamos ser "trazidos".

Sem dúvida, estes assuntos são profundos e misteriosos. Através de verdades como essas, Deus prova a fé e a paciência de seu povo. Podem os seus filhos realmente crer nEle e esperar por uma explanação mais completa no último dia? O que não compreendem agora compreenderão mais tarde. De qualquer maneira, permanece bastante clara a responsabilidade do homem por sua alma. São realidades tanto a sua incapacidade quanto a sua responsabilidade. A incapacidade de vir a Cristo não o isenta de prestar contas. Se ele se perder, ficará provado que foi por sua própria culpa. O seu sangue recairá sobre a sua cabeça. Cristo o teria salvado, mas ele não quis ser salvo; não quis vir a Cristo para obter vida.

Por último, aprendemos que a salvação daquele que crê é algo presente. O Senhor Jesus Cristo assegurou: "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna". Devemos notar que a vida eterna é uma possessão presente. Jesus não disse que aquele que crê a receberá no último dia, por ocasião do julgamento final. Agora, no tempo presente e nesse mundo, essa vida se torna uma propriedade do crente, que possui a vida eterna desde o momento em que crê.

Este é um assunto que nos inquieta sobremaneira e a respeito do qual são cometidos inúmeros erros. Muitos pensam não ser possível recebermos, nesta vida, o perdão e a aceitação da parte de Deus. Essas coisas, dizem eles, são conseguidas ao longo de uma vida de arrependimento, fé e santidade; poderão ser recebidas apenas diante do tribunal de Deus, no último dia. Afirmam também que nem mesmo devemos ter a pretensão de obtê-las, enquanto vivemos neste mundo! Pensar assim é estar completamente enganado. O pecador é justificado e aceito por Deus no exato momento em que crê em Cristo. Para ele não há mais condenação. Ele desfruta de paz com Deus, imediatamente, sem qualquer demora. Seu nome está escrito no livro da vida, ainda que tenha pouca consciência disso. Pas¬sa a ter direito ao céu, direito este que nem a morte, nem o inferno, nem Satanás podem anular. Felizes os que conhecem essa verdade! Esta é uma parte essencial das boas-novas do evangelho.

Finalmente, o assunto fundamental que devemos considerar é se cremos realmente. Que ganharemos com o fato de ter Cristo morrido em favor dos pecadores, se não cremos nEle? "Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36).

fonte: A Incapacidade do Homem Natural - J. C. Ryle | O PRINCIPAL DOS PECADORES

FORÇA PARA VIVER

 

Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.
Viver é muito perigoso, dizia Guimarães Rosa pela boca do memorável Riobaldo. A vida tem mesmo seus altos e baixos e, além da dificuldade de saber a direção, falta a cada um a força e a competência de seguir em frente. Os obstáculos se multiplicam. A vida é contingente: cheia de imprevistos e surpresas, boas e ruins. Uma proposta para morar longe, um diagnóstico inesperado, a chegada de um bebê, um assalto, um desmoronamento, o cancelamento do voo, a festa de aniversário, os amigos ao redor da mesa e a demissão inesperada. Além disso, a doença da mãe, o imposto de renda, as aventuras dos filhos e o sobrepeso, obesidade mesmo, denunciada pelo espelho e pela calça que já não se usa mais. E tem também a teimosia dos vícios, as dores da alma, a insegurança emocional, os conflitos relacionais, a culpa, o medo, a ansiedade e a síndrome do pânico – ai que medo. Tem que arrumar o quarto, buscar a roupa na lavanderia, votar para presidente e superar o divórcio. O show não pode parar. E porque viver é muito perigoso, aprender a viver é imperativo.
Como enfrentar a travessia? Já que navegar é preciso e viver não é preciso, como dizia o poeta português. Viver é necessário. É preciso viver, não há que desistir da vida. Mas viver é perigoso, justamente porque não é preciso – não é exato. Não é possível singrar a vida como quem corta os mares. A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá, disse o Chico brasileiro.
Acho que foi por isso que o sábio Salomão começou a escrever seu Eclesiastes. Queria aprender a viver. Dedicou o coração para saber, inquirir e buscar a sabedoria e a razão das coisas. E concluiu que a verdade está no distante e profundo. A vida é mistério. Viver continuará sendo sempre perigoso.
Então apareceu Jesus. Não negou a contingência da vida, nem iludiu os seus com promessas falsas e fantasiosas. Mas apontou um caminho. Apresentou seu Pai aos homens e os homens ao seu Pai. Autorizou todo mundo a buscar, usar e abusar de seu Pai.
Jesus disse a todos: Chamem pelo Abba. Ele os ouvirá. Falem com ele em meu nome. Batam na porta. Busquem. Peçam. Gritem. Importunem meu Pai, de dia e de noite. A porta se abrirá. Vocês acharão o meu Pai. Vocês receberão respostas. Serão recompensados pela sua busca, jamais ficarão sem galardão. Meu Pai é atento e cuidadoso. Meu Pai é bom. Meu Pai é amor. Não tenham medo dele. Não se escondam dele. Não fujam dele. Corram para os braços dele. Ele cuida de flores e passarinhos. Vai cuidar de vocês. Sigam os meus passos. Foi o que fiz. Fechem a porta do quarto e façam suas orações. Eu atravessei a vida de joelhos. E venci. Eu venci o mundo, eu venci o mal, eu venci a morte. E vocês também poderão vencer. Não desistam. Não tenham medo. Viver é perigoso. Mas a graça do meu Pai é maior que vida.
Ed René Kivitz

FONTE:   PavaBlog

21/05/2010

Tentação -Tome Cuidado!!! - John Owen

 


"Cair em tentação" é experimentar a tentação na sua forma mais poderosa e perigosa. Na parte principal deste capítulo concentraremos nossa atenção sobre o perigo da tentação considerando o significado de duas frases encontradas no Novo Testamento:

1) "Entreis em tentação" (Mt 26.41).

2) "Hora da provação" (Ap 3.10)

1. Entrar em tentação"

O que é que Jesus quis dizer com estas palavras: "entrar me tentação"? Começaremos a responder, considerando duas respostas muito comuns, no entanto erradas.

a)"Entrar em tentação" - simplesmente significa "sermos tentados"

Esta resposta está errada porque Deus nunca nos prometeu que estaríamos completamente livres da tentação. Jesus não iria nos ensinar a orar por alguma coisa que Deus não nos daria. Algumas tentações podem ser evitadas, mas nesta vida é impossível escaparmos totalmente da tentação. "Entrar em tentação" é uma experiência mais perigosa do que meramente sermos tentados.

b) "Entrar em tentação" significa sermos vencidos pela tentação.

Esta resposta também está errada porque uma pessoa pode "entrar em tentação" e, contudo, não ser derrotada pela tentação. José experimentou um período no qual "entrou em tentação (Gn 39.6-12), porém saiu dele triunfante.

Em 1Tm 6.9 Paulo assemelha "entrar em tentação" com cair em cilada. A idéia principal de cairmos em cilada é de que nós não podemos facilmente escapar dela. Em 1 Coríntios 10.13 - Paulo usa a expressão "não vos sobreveio tentação". Esta expressão tem por finalidade ilustrar o poder da tentação e a dificuldade em se escapar dele. Em 2 Pe 2.9 - Pedro destaca para nós o poder de certas tentações. Só podemos escapar de tais tentações com a ajuda do poder superior de Deus.

Desta referência concluímos que "entrar em tentação" significa experimentar em grau incomum o poder sedutor da tentação. Às vezes, a tentação é como um vendedor batendo a porta. Ele pode ser ignorado ou mandado ir embora, e ele vai. Noutras ocasiões não é tão fácil lidar com a tentação. Em tais ocasiões a tentação é como um vendedor que já tenha colocado um pé no lado de dentro da porta. Ele não está apenas determinado a efetuar uma venda dos seus produtos, mas ele os apresenta de forma muito atraente. Enquanto a tentação simplesmente "bate à porta" temos condições de ignorá-la. Quando a tentação consegue colocar um pé do lado de dentro "entramos em tentação".

Quando uma pessoa "entra em tentação" ela experimenta o poder da tentação oriundo de duas fontes

c) O poder de Satanás age de uma maneira especial vindo de fora da pessoa.

Satanás vem com mais determinação e pode do que o faz comumente ao tentar a pessoa a pecar. Às vezes ele tenta pela intimidação: isto é: "ou você peca ou... Negue a Cristo ou perderá a sua vida"! - Outras vezes ele tenta oferecendo alguma coisa desejável para a pessoa, como por exemplo: "Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (Mt 4.9).

d) O poder do pecado que habita em nós age de um modo especial a partir do nosso interior.

A pecado que habita em nós poder ser comparado a um traidor que vive no coração da pessoa. Este traidor colabora com o tentador e procura nos encorajar a ceder a tentação. Nessa tentação o cristão pode clamar a Deus pedindo livramento muitas vezes e ainda assim não ser liberto. A tentação continua fazendo suas exigências. Essas tentações geralmente ocorrem em uma ou outra das seguintes circunstâncias:

i) Quando satanás recebe permissão especial de Deus, por razões que somente Deus conhece, para levar o cristão a "entrar em tentação" (2Sm 24.1; 1Cron 21.1; Jó 1.12; 2.6; Lc 22.31).

ii) Quando os desejos maus de uma pessoa acolhem uma oportunidade favorável e meios altamente desejosos para se concretizarem. Essa foi o caso de Davi como nos é relatado em 2 Samue11.

2)"A Hora da Provação"

Quando uma ou outra destas circunstâncias ocorrem uma pessoa entra em tentação ou, como é denominado em Ap 3.10 - na "hora da provação". Nessa ocasião o poder cativador da tentação alcança o ápice da sua força. É nesse momento que a tentação é mais perigosa e tem maior probabilidade de vencer qualquer resistência que se lhe oponha. Muitas tentação nunca alcançam esse ponto e são conquistadas sem dificuldade. Quando a mesma tentação ocorre na "hora da provação" ela tem uma nova força. A não ser que graça especial seja concedida ela conquistará a alma e a levará ao pecado. Provavelmente Davi foi tentado a adulterar e a matar nos dias da sua mocidade (por exemplo - no caso de Nabal, segundo 1 Sm 25), mas não foi senão na sua "hora da provação" que estas tentações em particular com tal força e urgência que o sobrepujaram (2Sm 11)

A não ser que uma pessoa esteja especialmente preparada para uma hora como essa, ela certamente cairá sob a tentação. Há mais duas questões sobre a "hora da provação" que precisam ser consideradas.

a) Quais são os meios comumente utilizados para levar a tentação a esta sua hora?

i) Quando a intenção de satanás é levar a pessoa a entrar em tentação, ele freqüente e persistentemente traz a tentação específica à lembrança da mente. Ele procura entorpecer nossas mentes para a pecaminosidade da tentação, tentando mais e mais. No momento da primeira tentação a nossa mente podeter ficado horrorizada, contido na medida em que a tentação persiste, o sentimento de horror se enfraquece e a tentação já não parece ser tão má como a princípio.

ii) Se um cristão vê seu irmão cair em pecado, ele deveria de pronto odiar o pecado, sentindo compaixão pela que da do irmão e orando por sua libertação. Se ele não proceder dessa maneira, satanás irá se valer desta fraqueza para levá-lo a mesma tentação. Quando Himineu e Fileto se afastaram da verdade, outros também caíram do mesmo modo (2Tm 2.17,18).

iii) O mal de uma tentação pode ficar escondido pela introdução de outras considerações (considerações que muitas vezes são por si mesmas boas). Por exemplo, a tentação par que os gálatas caíssem da pureza do evangelho se fazia acompanhar da promessa de ficarem livres da perseguição. O desejo de escaparem da perseguição acrescentou poder à tentação de se afastarem da pureza do evangelho.

b) Como podemos saber que chegamos à hora da provação?

i) Quando satanás conduz uma pessoa à hora da provação, isso pode ser detectado por sua pressão insistente. É como se satanás soubesse que é "agora ou nunca" - e ele não dará descanso à alma. Numa guerra, se o inimigo conquistar alguma vantagem, ele redobrará os seus esforços. Da mesma maneira, quando satanás tem enfraquecido a determinação de um cristão de resisti-lo, ele se vale de todos os seus poderes e de todos os seus ardis para conquistá-lo e persuadi-lo a pecar. Sempre que a tentação pressionar de todos os lados (interior e exteriormente) para conseguir o consentimento da vontade para pecar, poder ter a certeza de que a "hora da provação" chegou.

ii) Quando a tentação combina o poder do medo com o poder da atração, chegou a "hora da provação". Toda a força da tentação consiste na combinação destes dois poderes. Cada um desses poderes, por si só, geralmente basta para levar a pessoa a pecar. Agindo juntos eles raramente falham. Encontramos esses dois poderes em ação no caso do assassinato de Urias por Davi. Davi tinha medo que Urias se vingasse na própria esposa (para não mencionar a possibilidade de Urias procurar vingar-se no próprio Davi), e de que seu pecado se tornasse público. Tudo isso foi associado a atração do prazer que ele usufruiria pecando com Bete-seba. Quando uma pessoa está ciente de estar sentindo a força destes dois poderes procurando persuadi-la a pecar, então chegou a hora da provação.

Estamos agora prontos a darmos atenção resumidamente ao assunto que ocupará o nosso interesse até o fim deste livro.

Para evitar ser ferido por uma experiência de tentação como essa, o cristão precisa aprender a "vigiar e orar"

Vigiar significa estar alerta, precaver-se, considerar todas as possibilidades e todos os meios de que o inimigo de nossas almas possa utilizar par nos derrotar pela tentação. Isso significará uma vigilância consistente e diligente das nossa almas, valendo-nos, para tanto, de todos os meios que Deus tem colocado a nosso dispor para essa finalidade. De modo particular, há de incluir um estudo durante toda nossa vida das estratégias do inimigo e de nossas forças e fraquezas que satanás poderia explorar para nos enredar no pecado.

Além de vigiarmos, precisamente orar. Este é o meio pelo qual podemos receber a ajuda de Deus para vigiarmos como devemos e desse modo resistir aos ataques de satanás. Todo o labor da fé para guardar nossas almas da tentação se resume nestes dois deveres - "vigiar e orar".

fonte:   ayflower: Tentação -Tome Cuidado!!! - John Owen

20/05/2010

Temores de um Jovem Teólogo

 

Temo ser um teólogo descompromissado com a minha gente, o meu povo, com a vida.

Temo ser um teólogo que, afastado do povo, não sinta suas dores, seus medos e angústias.

Temo ser um teólogo que, amando mais a teologia, ame menos as pessoas.

Temo ser um teólogo que avalia o outro pela teologia que defende, no lugar de sua devoção a Deus e compromisso com o outro.

Temo ser um teólogo fatalista, que vê o futuro como evento inexorável, determinista, incapaz de ser transformado por ações mais humanas do que divinas.

Temo ser um teólogo sem Deus, que ame mais a teologia de Deus do que o Deus da teologia.

Temo ser um teólogo que não encontra sentido para sua presença no mundo.

Temo ser um teólogo adaptado à cultura de meu tempo, incapaz de refletir a respeito dela.

Temo ser um teólogo sem teologia.

Temo ser um teólogo caduco em um mundo em constante transformação.

Afinal o que é a teologia e qual o papel do teólogo no mundo? Por que fazemos teologia? Para quem teologizamos?

fonte:   Teologia & Graça: Temores de um Jovem Teólogo

Adoração a Jesus e o espírito de Jezabel

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Texto do Apóstolo Dr. Rony Chaves

Deus é muito severo contra aqueles que se deixaram usar por satanás com esse espírito de controle – jezabel.
Apesar de sua misericórdia também se estender para dar-lhes a oportunidade de arrependimento. 

"E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu" (Apocalipse 2:21)


O juízo para esse espírito (jezabel) e para seus seguidores, é terrível!

"Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras." (Apoc 2: 22)


Ao levantar-se adoração a Deus em todas as nossas nações, o juízo do Senhor virá sobre o espírito de jezabel e seus seguidores. Adoração é a chave!
Formas de operar do espírito de jezabel
Através da história de Israel, aprendemos a conhecer a forma de operar desse espírito demoníaco. A história vivida por Elias, Acabe, Jezabel e o povo hebreu nos dá uma idéia clara da habilidade de satanás para controlar o povo de Deus. Também a Bíblia nos ensina paralelamente como YHWH usa a seus profetas para destruir o poder babilônico desse espírito de controle de autoridade. A história completa está registrada em 1 Reis, do capítulo 16, verso 29 até o capítulo 22.
1.Notemos que Acabe era um rei legítimo de Israel; ele não era um usurpador. Ele representa a autoridade constituída. Jezabel fará aliança com ele para tomar o controle.
Esta é sua maneira de operar entre nações e igrejas: enreda a liderança principal com pactos, contratos ou alianças. Uma vez controlada a posição de autoridade, ela atacará todo mover profético representado pelos profetas e por Elias:

"E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que o antecederam. E, como se fosse pouco andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios, e foi e serviu a Baal, e o adorou" (I Reis 16:30,31)


2. Estas são as principais formas de agir que caracterizam o espírito de jezabel ou seja, espírito de "controle de autoridade".
1. Sempre fará aliança com a liderança principal (I Reis 16:31).
2. Perseguirá os profetas de Deus (I Reis 19:1-2).
3. Atacará o mover profético (1 Reis 18:13)
4. Tratará de destruir as "Companhias de Profetas" (I Reis 18:4)
5. Levantar-se-á contra a unção profética.
6. Atacará a verdadeira adoração a YHWH para promover o culto babilônico (a baal e ao homem) (I Reis 16:32).
7. Provocará a ira de Deus (1 Reis 16:33).
8. Mobilizará pactos ocultistas e altares nos lugares altos.
9. Atacará o verdadeiro sacerdócio de Deus e estabelecerá no poder sacerdotes falsos.
10. Lançará sobre o povo de Deus perseguição e temor.
11. Envolverá a nação ou o povo em corrupção (I Reis 21).
12. Estabelecerá o roubo governamental (I Reis 21:7-11)
13. Manifestará claramente o abuso de autoridade (I Reis 21:12-16).
14. Praticará o controle ou a manipulação da autoridade genuína (I Reis 12:8).
15. Levará ao território a injustiça e a mentira (I Reis 12:13).
16. A libertinagem será expandida com sua operação (I Reis 18:19).
17. Aumentarão também o homicídio e a promiscuidade (I Reis 19:9).
Adoração anula o poder de jezabel
A grande batalha do espírito de jezabel é pelo coração do povo para que adorem a satanás (baal) ou à falsa rainha do céu (astarote). Sua intenção é controlar o povo para levá-lo à idolatria e ao paganismo.
Seu modelo babilônico e infernal de adoração pagã é quebrado pela adoração a Deus sob o mover profético direcionado pelos profetas do Senhor.
Satanás teme a verdadeira adoração e o fresco mover do Espírito Santo!
O espírito de jezabel produz o operar de:
1. Juízo divino (I Reis 17:1).
2. Seca na terra (I Reis 17:7).
3. Seca espiritual ao morrerem os profetas (I Reis 18:4).
4. Fome natural e espiritual (I Reis 18:2).
5. Confusão e religiosidade entre o povo de Deus (I Reis 18:20-21)
6. Domínio do ímpio sobre o justo (I Reis 16:30).
7. Carência da Palavra profética e de profetas (I Reis 18:22).
8. Ausência da presença de Deus (I Reis 18:41-43).
Sua derrota redundará em:
1. Juízo sobre baal e os falsos deuses (I Reis 10:18-30)
2. Juízo sobre os falsos profetas e falsos sacerdotes (I Reis 18:40).
3. Juízo sobre jezabel e o espírito de controle (II Reis 9:30-37).
4. Juízo sobre Acabe e a liderança pecadora (I Reis 18:17-18 y 19:35-40).
5. Atividade e mover proféticos (I Reis 18:45-46).
6. Intercessão e visão fresca (I Reis 18:42).
7. Chuva apostólica e cobertura (I Reis 18:41-44).
8. Presença Divina (I Reis 18:39).
9. Manifestação do Reino (I Reis 18:1; 38-39).
10. Fogo do Espírito Santo (I Reis 18:38).
11. Humilhação e arrependimento (I Reis 18:39).
12. Restauração dos Profetas (I Reis 18:36-38).
Restauração do Altar de Deus
A vitória de Elias ante os profetas falsos de baal e astarote teve seu fundamento em várias coisas dignas de serem levadas em conta para derrotar os espíritos babilônicos e de jezabel. Vejamos:
1. A voz de YHWH chamando à batalha (I Reis 18:1).
2. A Palavra Profética dando direção e valor (I Reis 18:19-24).
3. A Restauração do Altar de Deus com 12 pedras, segundo as tribos de Israel. Isto representa duas coisas:
1. Restauração do modelo de Governo Apostólico entre o povo de Deus
2. Restauração do louvor e da adoração em unidade (I Reis 18:30-31).
4. A Restauração da Santidade na Casa de Deus, representada pelo sulco de separação ente o altar e o povo (I Reis 18:32).
5. A operação do Ministério do profeta, figurado em Elias (I Reis 18:33-39).

A Adoração traz a Restauração do Senhor à Sua casa e o juízo contra satanás!


Um Abraço
Pr. Rodrigo Avellar
www.comunidadedoreino.com

fonte:  Adoração a Jesus e o espírito de Jezabel | Alabastro

19/05/2010

DONS ESPIRITUAIS: FÉ

 

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“Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito;” (1 Cor. 12:8-9 NVI)

O Dom Espiritual de Fé Definido

O dom da fé é a capacidade de prever o que precisa ser feito e confiar em Deus para conseguir fazer ainda que pareça impossível para a maioria das pessoas.

Pessoas com o Dom de Fé

Pessoas com o dom da fé confiam em Deus em situações difíceis e até mesmo impossíveis quando outros estão prontos a entregar os pontos. Estas pessoas são frequentemente visionários que sonham grandes sonhos, oram grandes orações, e tentam grandes coisas para Jesus. Também tendem a ser otimistas, esperançosas, perseverantes, orientadas a mudanças e focadas no futuro. Estas pessoas também tendem a ser muito convincentes quanto à verdade das Escrituras porque elas próprias estão convencidas da verdade e do poder de Deus e da Sua Palavra.

Fé nas Escrituras

Em certo sentido, toda a vida e ministério de Jesus pode ser resumida como uma vida de fé porque ele continua e perfeitamente confiava em Deus, o Pai, em todas as coisas.

A fé também é ilustrada na vida de Paulo (Atos 27:21-25), Estevão, que estava “cheio de fé” ( Atos 6:5), e a mãe de Jesus, Maria, que confiou que Deus lhe daria um filho apesar dela ser virgem (Lucas 1:26-38). Hebreus 11 também enumera um grande número de fiéis que tinham o dom da fé.

Você tem esse dom?

Aqui vão algumas perguntas para você fazer a si mesmo:

  • Você vê os obstáculos como oportunidades e confia em Deus para o impossível?
  • Você se pega freqüentemente gloriando-se do poder de Deus e do que O viu fazer?
  • Você se sente motivado por novos ministérios?
  • Sente-se contrariado por alguém que manifesta a opinião de que algo não pode ser feito ou consumado?
  • É comum outros crentes virem até você em busca de esperança quando se defrontam com uma tentação ou tarefa aparentemente esmagadora?
  • Você tem um ministério de oração eficaz, com muitas respostas maravilhosas à orações que eram impossíveis do ponto de vista humano?

mark driscoll

FONTE:  | vineyard café || blog

18/05/2010

Pregando Cristo numa cidade de Bruxos.

 

Abril 17, 2010

Por Renato Vargens

 

Acabei de chegar da cidade de Canchaque na Cordilheira dos Andes onde por três dias preguei o Evangelho do Senhor Jesus.
Durante a minha estadia na cidade fui muito bem recebido pela única igreja evangélica do vilarejo que durante todo tempo que lá estive ouviu a Palavra com avidez. Infelizmente Canchaque é uma cidade extremamente oprimida pelo diabo, o que nitidamente se percebe na fisionomia dos moradores do município. Somente no centro da cidade é possível encontrar seis bruxos atuantes que se sub-dividem em curandeiros, maleiros e feiticeiros, atendendo a turistas de todos os lugares do Peru e do mundo. ( Veja na foto ao lado o ritual de batismo xamã)
Lamentavelmente a maioria esmagadora dos crentes da cidade são superticiosos e carregam em si um enorme medo dos Bruxos. Todavia, pela graça de Deus preguei o Evangelho de Cristo denunciando as obras das trevas e proclamando a liberdade que somente Jesus pode dar. Na ocasião, pela primeira vez na história daquela Assembleia de Deus, inúmeras pessoas não cristas, entraram numa igreja evangélica pela primeira vez, abrindo os seus corações para o Senhor, rogando a Ele que mudasse suas vidas. Ao final do culto de ontem, atendi inúmeras pessoas que de forma bem quebrantada compartilharam suas dores e enfermidades na expectativa de que Cristo as salvassem das maldiçoes e dores provenientes do pecado.
Tive também a oportunidade de conversar longamente com o pastor local que abriu o coração pedindo ajuda. Ministrei também para os líderes da Igreja, incentivando-os a não temer os bruxos xamanistas e anunciar com intrepidez o Evangelho de Jesus Cristo a todos quantos puderem. Além disso, visitei inúmeras famílias que vivem na mais profunda e absoluta miséria, orando por eles, pregando o Evangelho, ministrando esperança àqueles que sofrem.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens

FONTE:   Renato Vargens: Pregando Cristo numa cidade de Bruxos.