17/01/2010

A coragem de calar

 

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Diante das tragédias, sobretudo aquelas que nos tocam, oscilamos entre explicar e chorar.

Explicar quase sempre é culpar.

Chorar é para quem sente a dor do outro, mesmo que distante, como sendo a sua. Nem todos choram. Só os que não bastam em si mesmos.

Depois do choro, que  venha o silêncio.

Não o silêncio dos indiferentes, mas dos que se importam.

É o silêncio de quem está ocupado, fazendo o que  podem para colher as lágrimas, alimentar, vestir ou ou levantar os que sofrem.

É o silèncio dos que  têm coragem de calar diante do que não devem explicar.

fonte: BOM DIA: coragem de calar

Via Pavablog

Salvação

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Durante um bom tempo eu acreditei que a verdade, para ser entendida, precisava ser vivida; que a doutrina bíblica é inteiramente ineficiente até que tenha sido digerida e assimilada em sua vida por completo… A verdade, nas Escrituras, é mais do que um fato. Um fato é isolado, impessoal, frio e dessassociado da vida. A verdade, por outro lado, é calorosa, viva e espiritual. Um fato teológico deve estar seguro no pensamento para a vida sem que tenha nenhum efeito positivo sobre o caráter moral; mas a verdade é criativa, salvadora, transformadora, e sempre transforma aquele que a recebe num homem mais forte e santo.

Em que ponto, então, o fato teológico se torna, para aquele que a reteve, uma verdade vital? No ponto aonde a obediência começa. Quando a fé ganha a concessão da vontade para fazer de modo irrevogável a confirmação de que Cristo é o Senhor, a verdade inicia sua salvação, iluminando; não em um momento anterior…

A igreja morta se mantém no núcleo da verdade sem a redenção da vontade a verdade, enquanto que a igreja que deseja fazer a vontade de Deus é imediatamente abençoada com a presença dos dons espirituais… A verdade não pode nos socorrer até que nos tornemos participantes disto. Somente temos posse do que já experimentamos.

That Incredible Christian, literalmente “Que Cristão Incrível”, (Harrisburg, PA: Christian Publications, 1964), 92-94

Desperte e Viva! - Joseph Alleine

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Um resumo do alerta de Joseph Alleine para o não convertido reescrito no inglês moderno. A versão completa está disponível pela The Banner fo Truth Trust ...

Introdução

Escrevi este livro para pessoas que não são cristãs ainda. Minha esperança e oração é que através da leitura dele você se voltara para Deus. Mas eu estou muito consciente do fato de que não importa quão difícil tentar e não importa quão persuasivos são meus argumentos, por mim mesmo não posso fazer ninguém se tornar um cristão. Isto é uma coisa que somente Deus pode fazer.

A Bíblia diz que você deve nascer de novo para ir ao céu. Sem santidade você nunca verá Deus (Hb 12.14). Enquanto você começa a ler, disponha sua mente para procurar Deus. Prepare-se para reconhecer Jesus Cristo como Senhor com todo o seu coração. Submeta-se a ele e viverá!

Você pode achar algumas das coisas que eu digo difíceis de suportar. Certamente, eu não espero fazer-me popular – mas, outra vez, este não é meu objetivo! pois eu mesmo, preferiria escrever um livro mais agradável, mas se você não é um cristão, sua situação é muito mais séria para isso. É tudo muito bem cantar para um bebê que está chorando dormir, mas algo mais drástico é exigido se uma jovem criança caiu dentro do fogo.

Um bom médico sempre mostrará o maior interesse pelo paciente cuja vida está no maior perigo. E um bom pai sempre dará atenção especial para seu filho moribundo. Quanto maior a necessidade, maior a compaixão e mais esforços são exigidos.

Tentarei, portanto, escrever muito claramente a respeito de sua imensa necessidade. Eu não me envergonho de dizer que espero que você não será convencido somente pelo que escrevo, mas também convertido e salvo por Jesus Cristo.

Alguns de vocês podem não ter certeza do que é cristão. Começarei, portanto, dirigindo à pergunta "o que é um Cristão"?

Outros podem imaginar que tudo está bem entre elas e Deus quando, de fato, não está. Para eles, explanarei sobre "tornar-se um cristão".

Também, existem aqueles que querem saber se é importante para eles se tornarem cristãos. Procederei, portanto, com a pergunta: isto é realmente problema?

Outros podem alegar ser cristãos quando não dão a real evidência disto no caminho em que vivem. Para eles, tentarei mostrar "o caminho em que nós estamos" antes de voltarmos para Cristo.

Outros não temem nenhum perigo porque não têm qualquer consciência. Sou obrigado a mostrar, portanto, que sem Cristo estamos todos condenados!

Também, existem alguns que estão cônscios de sua necessidade, mas não sabem o que fazer sobre isto. Responderei, portanto, sua pergunta "o que devo fazer"?

E, finalmente, para o benefício de todos, evidenciarei a você a maravilhosa graça de Deus.

Joseph Alleine, 1671

1. O que é um cristão?

A questão precisa ser levantada porque ela tem sido respondida em todos os aspectos de maneiras diferentes. O resultado é que algumas pessoas imaginam que são cristãs quando não são, e outros pensam que não são cristãs quando realmente são! No próximo capítulo, explanarei sobre o que significa tornar-se um cristão, mas antes de tudo, permita-me falar com você o que isto não significa.

1. Não é suficiente simplesmente denominar-se um cristão

Cristianismo é muito mais do que um nome. A Bíblia fala sobre algumas pessoas que reivindicaram ser cristãs e pertencer a uma igreja sem vida cristã verdadeira. Lamentavelmente, existem muitas pessoas que professam ser seguidoras do Senhor Jesus Cristo, mas demonstram através do modo que vivem nunca terem realmente desviado para longe de seus pecados. Eles podem alegar conhecer a Deus, mas suas vidas negam isto. De fato, o Senhor Jesus advertiu que é possível igualmente pregar e realizar milagres em seu nome sem vida cristã real (Tt 1.16; Mt 7.22,23). Afinal de contas, como podem as pessoas dizer que Deus as salvou dos seus pecados quando elas não os abandonaram?

2. Não é suficiente ser batizado

É idéia muito comum pensar que o batismo faz de você um cristão. Muitas pessoas pensam que porque passam por uma forma de batismo são filhas de Deus e seguramente vão para o céu. Mas se o batismo realmente fez de você um cristão e você mereceu o favor de Deus, tudo o de que vocês precisariam para ir para o céu seriam um certificado de batismo! Milhões de pessoas são batizadas, mas o Senhor Jesus Cristo disse "estreita é a porta e difícil o caminho que conduz à vida, e existem poucos os que a encontram" (Mt 7.13,14). Ele também fala de buscar, bater e se esforçar para entrar no céu (Mt 11.12; Lc 13.24). Tudo isto seria completamente desnecessário se o batismo fosse tudo o de que precisamos. Batismo é um sinal do que Deus faz por nós. Em si mesmo não é nada. Batismo é bom, mas não é nenhum substituto da completa e poderosa mudança que Jesus chamou "nascida de novo" (Jo 3.7)

3. Não é suficiente ter uma vida pura

Nos tempos bíblicos, não havia nenhum grupo de pessoas mais específico interessado em um modo de vida puro do que os judeus escribas e fariseus. Porém o Senhor Jesus Cristo declarou "A menos que a justiça de vocês exceda a justiça dos escribas e fariseus, de jeito nenhum vocês entrarão no Reino dos céus." (Mt 5.20). Você não tem de ser um cristão para viver uma vida pura. Bem antes de tornar-se um cristão, o apóstolo Paulo pôde alegar que era irrepreensível no seu estilo de vida (Filipenses 3.6). Mas isto não era suficiente. Você precisa mais do que isto ou, senão, Deus ainda condenará você, não importa o quanto você proteste sua inocência. Não sou contra a moralidade; eu simplesmente advirto a que você não dependa disto. Vida honesta nunca salvou ninguém.

4. Não é suficiente ser religioso

A Bíblia diz que é possível ter uma forma de religião sem nenhuma realidade ou poder espiritual (2Tm 3.5). Você pode fazer longas orações, ouvir religiosos pregando e ensinando, jejuar, e fazer todos os tipos de outras coisas para servir a Deus sem uma real vida cristã (Mt 23.14; Lc 18.12; Mc 6.20; Is 1.11). Cristianismo verdadeiro envolve muito mais do que ir à igreja, ser generoso com seu dinheiro e fazer suas orações. Você pode fazer todas estas coisas – e igualmente negar a sua vida – e ainda assim não pertencer a Deus.

5. Não é suficiente reformar-se a si mesmo

A Bíblia ensina que é plenamente possível para você ter sua mente culta com respeito às coisas de Deus e sentir-se culpado por causa dos seus pecados e ainda assim ficar aquém de tornar-se um cristão (Hebreus 6.4; Atos 24.25; Marcos 6.20). Existe uma clara diferença entre convicção e conversão. Caim, o primeiro homem a cometer um assassinato, impacientemente perambulou de um lugar para outro com sua consciência perturbada até que sublimou isto com negócios e construções de projetos. Porém não há nada na Bíblia que sugira que ele realmente procurou a Deus (Gênesis 4). Algumas pessoas imaginam que são cristãs simplesmente porque elas pararam de cometer um pecado particular, desistido de um vício ou distanciado a si mesmos de certas influências do mal. Mas há muito mais para tornar-se um cristão do que qualquer uma dessas coisas.
Enquanto a consciência está perturbada, muitos orarão, lerão a Bíblia, ouvirão pregações e desistirão de alguns de seus prazeres pecaminosos, mas tão logo elas não sentem mais nenhuma convicção, irão diretamente voltar para seus pecados. Nunca houve um grupo de pessoas mais religioso do que os judeus quando a mão de Deus estava contra eles, porém quando seu período de sofrimento acabara, eles invariavelmente se esqueceram de Deus novamente. Você pode ter reformado sua vida de todo e qualquer forma e ainda assim ser exatamente a mesma pessoa no coração.

Você pode pegar um amontoado de barro e modelá-lo em uma flor, depois um animal, em seguida uma forma de homem, entretanto em todo o tempo ele permanece barro. Da mesma maneira, nenhum de nós pode mover-se da ignorância ao conhecimento e da plena impiedade para uma forma de religião enquanto nossa natureza é a mesma que sempre foi.

Se você tem baseado suas esperanças em algumas dessas coisas que discutimos até aqui, você pode ter achado este capítulo difícil de aceitar. Pode ser uma dolorosa experiência perceber que nada está bem entre você e Deus quando você pensou que estava. Quando eu estava escrevendo, senti-me como um pequeno cirurgião prestes a amputar um membro de um amigo íntimo – não por gosto mas cortado por necessidade. É muito melhor perceber a situação em que você está agora, melhor do que continuar com suas falsas esperanças e ir parar no inferno.
Se você alega ser um cristão, permita-me convidá-lo para examinar a base de sua esperança:

É por que você foi batizado?
É por que você é membro de uma igreja?
É por que sabe muito sobre religião?
É por que você tenta viver uma vida moralmente limpa?
É por que você tem se atormentado com seus pecados?

Todas essas coisas são muito boas em si mesmas, mas não fazem de você um cristão, e não salvarão você. Examine-se a si mesmo e volte-se para o Senhor com todo o seu coração. A menos que Deus mesmo o transforme, você estará perdido.
Mas talvez você não alegue ser um definitivamente cristão. Se é assim, sua posição certamente não é melhor. Você também deve arrepender-se de seus pecados e ser convertido. Volte para o Senhor Jesus Cristo. Receba seu perdão e nova vida. Entregue-se inteiramente a ele e viva uma vida santa ou, do contrário, você nunca verá a Deus. Se você permanecer como está, sofrerá a morte eterna com certeza.

Texto traduzido e resumido pelo Rev. Dráusio Piratininga Gonçalves, pastor da Igreja Presbiteriana de Diadema-SP.

Fonte:    Desperte e Viva! - Joseph Alleine