04/03/2009

MAIS SOBRE O PERIGO DA IDOLATRIA GOSPEL

multiplicidade 

Pergunta: Alguns homens e mulheres são ávidos seguidores de alguns autores, pastores e cantores cristãos, que até parecem um fã-clube. É errado?

Resposta: Há pouco tempo, minha amiga Kim Hill e eu estávamos discutindo enquanto jantávamos em um restaurante. Não me lembro ao certo o tema da conversa, mas lembro que logo após eu ter dito algo ruim, um grupo de mulheres atentas se aproximou e disse que haviam visto Kim dirigir o louvor e ouvido minha palestra em uma conferência nacional de mulheres. Permaneceram por alguns instantes falando sobre o quanto nos admiravam.
Assim que nossas admiradoras foram embora, Kim e eu permanecemos caladas, olhando uma para a outra. Aquelas mulheres só conheciam nosso melhor comportamento no palco de um grande evento cristão. Não conheciam nossas desavenças bobas e nosso orgulho. Decidimos naquele momento que merecíamos comer as tortillas que tanto desejávamos, pelo resto da noite. Nem imagino o quanto mulheres conhecidas, como Beth Moore e Kay Arthur, são abordadas por fãs que as adoram e as admiram muito. E mesmo que esses fãs que as adoram sejam bem-intencionados, esta afeição excessiva não tem o foco correto. Só porque alguém canta, ensina ou escreve livros não significa que seja digno de exaltação. Todos os seres humanos estão quebrados pelo pecado e precisam desesperadamente de um Salvador, até aqueles que foram presenteados com talentos que resultam em apresentações públicas. Honestamente, idolatrar o comportamento de outros cristãos é contrário ao evangelho, é como alguém que está morrendo de sede e fica encantado com a garrafa plástica de água, em vez de ansiar pela água da vida que flui dentro da garrafa!
O que Deus fala a respeito disso? - A Bíblia deixa claro que as pessoas não merecem pedestais. Por exemplo, há um momento estranho em Atos quando um homem chamado Cornélio se ajoelha como se quisesse expressar sua estima pelo apóstolo Pedro. Pedro responde encorajando-o a canalizar sua admiração para um alvo maior: “Quando Pedro ia entrando na casa, Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus pés, adorando-o. Mas Pedro o fez levantar-se, dizendo: ‘Levante-se, eu sou homem como você’” (Atos 10.25-26).
Este tema também é abordado em Hebreus, onde um sábio e anônimo pastor explica a supremacia de Cristo para um grupo de fãs de Moisés: “(...) fixem os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos (...) Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa. Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo. Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que havia de ser dito no futuro, mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus, e esta casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos” (Hebreus 3.1-6).
Como isso me afeta? - Adoração não foi planejada para ser apenas horizontal. Deus nos criou para adorá-lo, expressando verticalmente nosso louvor e adoração para ele. Pessoas se enganam e criam pedestais, seres humanos não podem preencher totalmente o vácuo de nosso coração, espaço criado para Deus. Somente Jesus pode preencher. Ele é o único que merece toda a nossa adoração.
Portanto, da próxima vez que você for a uma conferência cristã, acampamento, concerto, repita para você mesmo: “A base é nivelada aos pés da cruz.” Então coloque seu foco na adoração a Jesus e não na mulher que está segurando o microfone!


Lisa Harper é mestre em teologia com ênfase em estudos bíblicos pelo Covenant Theological Seminary, em St. Louis (EUA). É palestrante e escritora de diversos livros. Mais informações sobre a autora: www.lisaharper.net


Fonte:  Cristianismo Hoje

A (nossa) FÁBRICA DE ÍDOLOS

preso 

Uma das causas da perseguição à igreja de Cristo no primeiro século, fora porque os “cristãos se recusavam terminantemente a oferecer incenso nos altares devotados ao culto ao imperador romano[1], mesmos estes sabendo que caso fosse oferecido incenso ao imperador, poderiam seguir uma segunda religião. Outro fator importante para que se desencadeasse uma perseguição à igreja cristã, fora a questão religiosa. Ou seja, a religião romana era extremamente idólatra, e seus templos eram abarrotados de ídolos para todos os lados. “A religião romana era mecânica e externa. Tinha seus altares, ídolos, sacerdotes, cânticos processionais, ritos e práticas que o povo podia ver”. A liturgia cristã era totalmente contrária à romana, ou seja, não existiam altares, ídolos, e sacerdotes. “Seu culto era espiritual e interno. Quando se punham de pé e oravam de olhos fechados, suas orações não eram dirigidas a nenhum objeto visível”. Esta atitude para as autoridades romanas, constituía-se em ateísmo.
Interessante é observar a situação da igreja evangélica brasileira atualmente. Não podemos nos considerar distintos dos romanos. Nossos cultos estão cada dia mais parecidos com os da liturgia religiosa pagã do império romano. Ou seja, é necessário que haja algo visível, como movimentos, curas, visões, revelações, para que o culto constitua-se definitivamente "culto". Os ídolos de mármore encontrados nos templos romanos, hoje são substituídos por ídolos de carne e osso. São os “apóstolos”, conferencistas, cantores, e cantoras que ocupam o lugar dos ídolos inertes romanos na liturgia cristã atual. Não há mais possibilidade de ocorrer um culto “aceitável”[2], sem que estes ídolos estejam incluídos. Sem eles, o culto torna-se "estapafúrdio", “frio”, e facilmente denominado como ateísta, pois obviamente que Deus não está neste ambiente, pois não há movimentos, não há "apóstolos", e não há milagres. Hoje é necessário a gruta dos milagres, a “unção” do óleo santo, a rosa ungida, a “unção” do riso, e as muralhas da vitória, para que o povo sinta (ou melhor, tentam sentir) a “presença” de Deus. Será que não conseguimos observar a trave que está atravessada, e que já feriu o bastante nossos olhos? Até quando iremos acolher estes homens, como ídolos em nossos templos, vendendo seus produtos ungidos pela avareza, soberba e libertinagem. Pastores que são cultuados como deuses, cantores que são adorados como divindades. A liturgia cristã (principalmente a pentecostal[3]) já não vive mais sem eles. Literalmente, temos uma fábrica de ídolos dentro de nossas igrejas, e o que tem alimentado esta degradação litúrgica religiosa cristã, são os próprios cristãos. São deles que procede o poder econômico sustentável destes ídolos. São os cristãos que patrocinam a idolatria dentro de nossas igrejas.
Nós evangélicos que reprovamos a atitude idólatra por parte de muitas religiões, por causa de nossa prepotência espiritual, não estamos observando a linha de produção de ídolos que já fazem parte do nosso cenário eclesiástico. Ou, será que estamos tão dependentes e viciados em conviver com estes ídolos e seus “dons”, que já não nos imaginamos viver sem eles? Enquanto houver esta mão de obra, a fábrica nunca será fechada.

[1] CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos. São Paulo: Vida Nova, 2008. p. 75.
[2] Quando menciono aceitável, refiro-me antropologicamente. Ou seja, aceitável aos homens.
[3] Sou cristão pentecostal, e com conhecimento de causa.
Autor: Vitor Hugo da Silva

FONTE: Bereianos - Apologética Cristã Evangélica

MENINO DE 11 ANOS É PASTOR NA FLÓRIDA

MIAMI - Na primeira vez que Terry Durham pregou ele não estava diante de um grupo de pessoas ou mesmo dentro de uma igreja. Ele estava no banheiro da casa de sua avó em Fort Lauderdale, fazendo seu primeiro sermão cercado por escovas de dentes, sabonetes e toalhas. Ele tinha seis anos.

NEW YORK TIMES

Terry

Terry Durham prega em igreja fundada por sua avó

Cinco anos depois, Terry foi ordenado ministro e prega quase todos os domingos no Ministério da Verdade Gospel, uma igreja de 20 lugares fundada por sua avó em 2000.

"Eles dizem, 'Como pode um pastor ser tão jovem?'", disse Terry, agora com 11 anos. "Mas quando me ouvem, ficam chocados".

"Deus colocou seu espírito em mim", disse Terry, que vestia um terno azul claro com sapatos combinando, seu traje típico para o domingo. "Ele disse, 'Eu colocarei meu espírito sobre toda carne'. Mas ele não disse quantos anos você teria que ter para ser algo assim".

Durante a semana, Terry frequenta a quinta série da Escola Elementar Liberty, joga Uno com seus amigos e faz aulas de coro. Terry disse que lê a Bíblia todos os dias além de estudar teologia em aulas oferecidas por uma universidade online.

Mas Terry disse que fica mais feliz quando está pregando. "Quando estou no púlpito, é como se algo tomasse conta de mim", ele disse, "e eu me transformo em um homem de Deus. E quando estou fora do púlpito, me transformo em uma criança sem fala".

Ele não escreve nada, contou. Ele simplesmente lê a Bíblia no dia anterior ao serviço e espera que o espírito o guie. "Eu não planejo dizer aquelas coisas", ele disse, "mas quando Deus as oferece a mim, eu as digo corretamente para obedecer".

Terry prega quase todos os domingos

Terry diz que fica mais feliz quando está pregando

Entregar o púlpito a um ministro tão jovem quanto Terry não é incomum em igrejas de negros que não são fiscalizadas por um corpo central, disse Christine Gudorf, presidente do departamento de religião da Universidade Internacional da Flórida.

Terry viajou além da Flórida para fazer sermões, duas vezes ao Ministério do Templo Tiaise em Allentown, Pensilvânia. A pastora local, Donna Morgan, disse que Terry apela aos adultos porque os inspira a transcender supostas limitações.

"As pessoas o ouvem e dizem, 'Meu Deus, veja o que o Senhor pode fazer quando estamos dispostos a seu ferramentas usadas por Deus para transmitir sua mensagem'", disse Morgan.

FONTE: ADOLFO FLORES

New York Times