09/02/2009

A VIDA DA MISSIONÁRIA GLADYS AYLWARD

 

GLADYS AYLWARD

A PEQUENINA MULHER

NASCIDA EM LONDRES NO ANO DE 1902, GLADYS AYLWARD PERTENCIA À UMA FAMÍLIA DE CLASSE OPERÁRIA E TINHA SOMENTE UM DESEJO:IR À CHINA COMO MISSONÁRIA. A MISSÃO PARA O INTERIOR DA CHINA, CONTUDO, NÃO A CONSIDEROU QUALIFICADA PARA TAL; PORÉM A CONVICÇÃO DE QUE DEUS A QUERIA NAQUELE PAÍS NÃO MORRERIA.QUANDO GLADYS SOUBE QUE UMA ANTIGA MISSIONÁRIA NA CHINA ESTAVA PRECISANDO DE UMA ASSISTENTE, ECONOMIZOU O QUANTO PODIA, TRABALHANDO COMO EMPREGADA, E COMPROU UMA PASSAGEM DE TREM SÓ DE IDA PARA AQUELE PAÍS. CHEGOU A YANGCHENG, CHINA, EM NOVEMBRO DE 1932.

A MISSIONÁRIA JENNIE LAWSON GERENCIAVA UMA POUSADA PARA CONDUTORES DE COMBOIOS DE MULAS ATRAVÉS DAS MONTANHAS. A POUSADA NÃO SÓ OFERECIA COMIDA CASEIRA E UM LUGAR PARA DORMIR, MAS TAMBÉM HISTÓRIAS DA BÍBLIA CONTADA PELAS DUAS MISSIONÁRIAS.

PORÉM, JENNIE LAWSON MORREU ALGUNS MESES APÓS A CHEGADA DE GLADYS. ASSIM, ELA TEVE DE CONTINUAR O TRABALHO SOZINHA.

EM 1938, OS JAPONESES BOMBARDEARAM YANGCHENG.NESTA ÉPOCA.GLADYS JÁ TINHA ADOTADO VÁRIAS CRIANÇAS ÓRFÃS. AGORA, HAVIA MUITOS OUTROS ÓRFÃOS QUE TINHAM VINDO MORAR COM ELA EM SUA POUSADA DAS OITO FELICIDADES. MAS OS JAPONESES PENSARAM SER ELA UMA ESPIÃ, E ASSIM YANGCHENG JÁ NÃO ERA UM LUGAR SEGURO PARA SE VIVER. POR ESTA RAZÃO, EM MARÇO DE 1940, GLADYS FUGIU COM 100 CRIANÇAS PELAS MONTANHAS, PELA PROVÍNCIA MAIS PRÓXIMA. APÓS UM MÊS  ELA CHEGOU A SALVO, SEM PERDER NENHUMA CRIANÇA!

ENTRETANTO, GLADYS ESTAVA FRACA E DOENTE. ENTÃO EM 1942, UM AMIGO AMERICANO AJUDOU-A  A VOLTAR A INGLATERRA PARA VISITAR SUA FAMÍLIA. ENQUANTO LÁ SE ENCONTRAVA, OS COMUNISTAS FECHARAM AS FRONTEIRAS A TODOS OS ESTRANGEIROS.

EM 1957, GLADYS EMBARCOU NOVAMENTE NA CHINA, DESTA VEZ PARA FORMOSA.LÁ FUNDOU O ORFANATO GLADYS AYLWARD, A PEQUENINA MULHER QUE NÃO FORA QUALIFICADA PARA SER MISSIONÁRIA, SERVIU A DEUS ATÉ A SUA MORTE, EM 1970.

Trechos Do livro: HERÓIS DA FÉ PARA CRIANÇAS - GLADYS AYLWARD, CPAD.

ESCONDA-ME NUMA NUVEM…

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Esconda-me numa nuvem
Esconda-me numa nuvem de glória
Esconda-me em Ti, Senhor!
Onde o mundo não me encontre, jamais
Onde o  pecado não me alcance
Onde o  orgulho não me encante
Onde os aplausos não me transformem
Onde as riquezas não me iludam
Onde os  falsos prazeres deste mundo  não  façam com que eu me afaste de Ti


Não, não permita que eu tire os meus  olhos de Ti, Senhor

Esconda-me numa nuvem até que eu  possa receber a tão sonhada coroa

Esconda-me, eu Lhe suplico, numa nuvem…

Anônimo

ILUSTRAÇÃO: DEUS EXISTE?

 42690656 Um homem foi cortar o cabelo e a barba. Como sempre acontece, ele e o barbeiro ficaram conversando sobre várias coisas, até que, por causa de uma notícia de jornal sobre meninos abandonados, o barbeiro afirmou:
- Como o senhor pode ver, esta tragédia mostra que Deus não existe !
- Como?
- O senhor não lê jornais? Temos tanta gente sofrendo, crianças abandonadas, crimes de todo tipo. Se Deus existisse não haveria sofrimento.
O cliente ficou pensando, mas o corte estava quase no final, e resolveu não prolongar a conversa. Voltaram a discutir temas mais amenos, o serviço foi terminado, o cliente pagou, e saiu. Entretanto, a primeira coisa que viu foi um mendigo, com barba de muitos dias, e longos cabelos desgrenhados.
Imediatamente, voltou para a barbearia, e falou para a pessoa que o atendera:
- Sabe de uma coisa? Os barbeiros não existem.
- Como não existem? Eu sou barbeiro!
- Não existem! insistiu o homem, porque se existissem, não haveria pessoas com barbas tão grandes,  cabelos desgrenhados como o que acabo de ver na esquina.
- Posso garantir que os barbeiros existem. Acontece que este homem nunca veio até aqui.
- Exatamente! Então, para responder a sua pergunta, Deus também existe.
O que acontece  é que as pessoas não vão até ELE. Se O buscassem, seriam mais solidários, e não haveria tanta miséria no mundo.

 

A VIDA DE SUSANNA WESLEY

 

Os quase 73 anos e meio da vida de Susana Annesley Wesley não podem ser contados no pequeno espaço do presente artigo. Portanto vamos limitar-nos ao período entre Maio de 1738 e Julho de 1742, os primeiros anos do Metodismo no sentido mais próprio do termo. Neste curto tempo, Susana tornou-se numa metodista atuante e figura influente nesse movimento liderado pelos seus filhos John e Charles. Destacaremos cinco momentos ocorridos nos anos finais dessa mulher extraordinária.

O primeiro desses momentos ocorreu pouco depois daquela data tão crucial para o Metodismo, a saber, 24 de Maio de 1738. Tão marcante fora a experiência do seu filho John naquele dia que ele chegou a declarar nem ter sido cristão antes daquela data. Por causa da importante parte dos morávios (especialmente Peter Bohler) na experiência vivida na noite daquele dia, na Rua de Aldersgate, John resolveu visitar a sede desse grupo em Herrnhut. Mas ele fez questão de partilhar o que viveu com sua mãe antes de partir para a Alemanha.

Tudo indica que ele preparou a narrativa da sua conversão – na realidade, uma pequena autobiografia espiritual que ele incluiria no seu Diário Público – exatamente para explicar a sua mãe mais plenamente o sentido do evento. John levou-lhe o relato. Apesar de Susana não ter vivido, até àquele momento, uma experiência semelhante, ela recebeu o relato com aprovação.

O segundo momento é aquele em que Susana teve uma experiência marcante de fé pessoal, diferente em detalhes daquelas dos seus filhos John e Charless, mas com sentido semelhante. Como boa e convicta anglicana, ela viveu por longos anos uma vida marcada pela leitura das Escrituras, oração e meditação profundas e disciplinadas, participação ativa nos  cultos. Ela nem sonhava com uma experiência em que receberia de Deus a certeza do perdão e  da salvação. Mas, para surpresa dela, numa data que parece nunca ter revelado, Susana teve uma experiência de fé viva e pessoal, ao receber a Santa Ceia das mãos do seu genro Wesley Hall. Ela descreveu a experiência em termos que lembram aquela dos discípulos de Emaús, quando Cristo se revelou “no partir do pão”.

É interessante termos conhecimento de que John Wesley considerava a Santa Ceia como uma “ordenança conversora”, um verdadeiro meio usado por Deus para conduzir até nós a sua graça salvadora. Não tenho a certeza que ele adotou essa postura por causa da experiência de sua mãe, ou se a experiência dela confirmava a opinião que já existia. Mas podemos ficar certos de que Susana não apenas morou na sede do Metodismo, em Londres, ao lado do seu filho, desde fins de 1739. Ela também se tornou membro dos metodistas, tendo uma experiência espiritual tão válida como a dos seus filhos.

O terceiro momento que queremos destacar é a participação dela na adoção pelos metodistas da pregação leiga, fenômeno quase desconhecido entre os anglicanos do tempo. (E temos de lembrar que Wesley, embora chefe do movimento metodista, permaneceu clérigo da Igreja de Inglaterra até ao fim da sua longa vida). No início de Março (1739), John Wesley, muito hesitante, seguiu o exemplo de George Whitefield e começou a pregar ao ar livre, o que resultou em muitas conversões em Bristol, Kingswood e Londres.

Mas a expansão geográfica era mínima, porque havia apenas dois pregadores, os próprios irmãos Wesley. Isso só mudaria quando John Wesley levasse para Londres o jovem convertido Thomas Maxfield para ajudar na obra. Maxfield empolgou-se no trabalho e chegou a pregar, coisa que o clérigo John Wesley não admitia. Informado da irregularidade, Wesley voltou a Londres às pressas para proibir a inovação. Susana, porém, já havia assistido à pregação do jovem e reconhecera nela a mão de Deus. Foi ela que convenceu Wesley a ouvir a pregação antes de impedi-la. Dito e feito! Depois de ouvir a pregação de Maxfield, Wesley concluiu: “É de Deus!” Foi o começo da prática da pregação leiga, o principal elemento na expansão da obra metodista daquela época.

O quarto momento é a publicação anónima de um trabalho teológico com o título “Alguns Reparos sobre uma Carta do Rev. Whitefield ao Rev. Wesley”. Na carta examinada, Whitefield havia atacado com veemência o sermão de John Wesley sobre a Livre Graça. Na obra, Susana defende a postura teológica do seu filho John e argumenta fortemente contra a doutrina calvinista da predestinação, mostrando um respeitável conhecimento da literatura relevante da época. Frank Baker, historiador metodista, num artigo sobre o referido panfleto, chamou Susana Wesley de “Apologista do Metodismo”. De fato, uma leitura cuidadosa da publicação revela Susana como uma excelente teóloga e polemista, faceta da vida dela pouco conhecida e apreciada.

O quinto e último momento é muito solene, a saber, a morte de Susana Wesley e o seu sepultamento, respectivamente em 30 de Julho e 1 de Agosto de 1742. Susana Wesley não apenas morreu firme na fé como também deu testemunho de uma fé triunfante.

Nos últimos momentos da sua vida, o seu filho John e a maioria das suas filhas estavam com ela. Pouco antes de falecer, ela pediu: “Filhos, assim que eu me libertar deste corpo, cantem um salmo de louvor a Deus”. Eles atenderam ao último pedido da sua mãe. Dois dias depois, Susana foi sepultada num antigo e famoso cemitério puritano, o mesmo onde descansam os restos mortais de famosos puritanos como John Bunyan e Isac Watts. O seu filho John dirigiu o serviço fúnebre. Ele registrou no seu Diário Público que estava presente uma multidão numerosa demais para contar.

Anos mais tarde, Wesley construiria, no outro lado da rua, a sua nova sede em Londres, a Capela da City Road, popularmente conhecida como a Capela Wesley. Assim, na sua morte e enterro, a metodista Susana tornou-se parte daquela “linha de esplendor sem fim”, daqueles que, mesmo “depois de mortos ainda falam” (Heb. 11: 4 ).