14/12/2009

E as pulseiras?

 

Era para ser só uma brincadeira de criança - usar, trocar e emprestar as pulseirinhas de plástico coloridas exibidas aos montes nos pulsos de meninos e meninas. Mas a pulseiramania virou polêmica e foi proibida em algumas escolas da Inglaterra e dos Estados Unidos depois que se criou, a partir delas, uma espécie de jogo com conotação sexual.

Chamado snap game (algo como jogo de arrancar, em português), ele consistiria no seguinte: o garoto que conseguisse arrebentar a pulseira de uma menina teria direito a uma versão apimentada do velho “beijo, abraço ou aperto de mão”, de acordo com a cor do acessório. As ações iriam de um simples abraço (a pulseirinha amarela) ao sexo propriamente dito (a de cor preta) daí por que elas passaram a ser conhecidas nesses países como sex bracelets, ou pulseiras do sexo.

A proibição teria sido motivada pelos relatos de crianças a pais e professores sobre o real significado de cada uma das cores dos braceletes. Num diálogo publicado no jornal britânico The Times, uma garota de 9 anos explica à professora como funciona a brincadeira: “Se um garoto arrebentar a pulseira azul, você deve fazer sexo oral nele”.

Não há nenhuma evidência de que as crianças e os pré-adolescentes estivessem chegando às últimas consequências do jogo. Aliás, essa possibilidade é praticamente descartada pelos especialistas. O certo é apenas isto: as pulseiras levaram a garotada a falar sobre sexo. E pais e professores não se sentem preparados a tratar desse assunto com crianças tão novas na sua maioria, entre 8 e 11 anos. A decisão das escolas americanas e inglesas de proibir o uso das pulseiras não põe fim à discussão.

“Tirar a polêmica do radar das escolas não resolve o problema e instiga ainda mais a curiosidade das crianças”, diz a psicóloga Ceres Alves de Araújo. Ao se tornar clandestina, a brincadeira da pulseira fica ainda mais interessante.

O texto acima é da VEJA. Me associo aos que se preocupam com o tema. Mas, o maior problema maior é ter que discutir um assunto incômodo, com crianças pequenas. É preciso cuidado e habilidade. Presumo que as regras do jogo da pulseirinha não vão colar no Brasil.

FONTE:          Reflexões sobre quase tudo: E as pulseiras?

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