09/05/2010

Andando pelo caminho estreito – M. Lloyd-Jones

 

O crente é alguém que anda sempre no temor de Deus não temor covarde, porque «o perfeito amor lança fora» esse temor. Ele não somente se aproxima de Deus, nos termos da Epístola aos Hebreus, «com reverência e santo temor», mas toda a sua vida ele a vive desse modo.

O cristão é o único homem no mundo que vive com esse senso de julgamento e sob ele. Tem que agir assim porque o Senhor lhe manda proceder assim. Avisa-lhe que o edifício que está construindo será julgado, que está para vir o teste da vida. Diz-lhe que não diga «Senhor, Senhor», nem confie em suas atividades na igreja como sendo necessariamente suficientes, porque o julgamento vem, e julgamento por Aquele que vê o coração. . .

Os crentes mencionados no Novo Testamento viviam no temor de Deus. Aceitavam o ensino do apóstolo Paulo, quando dizia: «Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo» (2 Coríntios 5.10). Essas palavras são dirigidas a crentes. No entanto, o crente moderno não gosta disso; ele diz que nada tem a ver com isso. Mas esse é o ensino do apóstolo Paulo, como o é, por igual modo, o do Sermão da Montanha: «Porque importa que todos compareçamos perante o tribunal de Cristo»; «E assim, conhecendo o temor do Senhor. . .»


O juízo vem, e vai começar «pela casa de Deus», que é por onde deve começar, por causa das alegações que fazemos acerca de nós mesmos. Isso tudo nos é informado de modo impressionante, aqui na divisão final do Sermão da Montanha. Devemos sempre viver e andar desconfiados da carne, desconfiados de nós mesmos, sabendo que teremos de comparecer perante Deus e ser julgados por Ele. É uma «porta estreita», é um «caminho apertado» este, que leva àquela vida que é vida de verdade.

Studies in the Sermon on the Mount, i, p. 27,8.

FONTE:  Martyn Lloyd-Jones: Andando pelo caminho estreito - Lloyd-Jones

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