Se este fosse um artigo tradicional sobre autoridade, eu o escreveria muito diferente. Falaria sobre a autoridade nos Antigo e Novo Testamentos. Falaria sobre o uso e abuso da autoridade e sua relação chegada, o poder, na Bíblia. Teria um setor sobre a autoridade de Jesus, outro sobre a autoridade da igreja. Trataria de que maneira a Bíblia é compreendida e crida a ser autoritária. Arrazoaria que, finalmente, quando tudo já foi dito e feito, que toda autoridade pertence a Deus.
Esta não é, entretanto, um artigo tradicional sobre autoridade. Este é um artigo sobre autoridade e o assunto inteiro de mulheres no ministério. De fato, duvido seriamente que eu estaria escrevendo este artigo se não houvesse aqueles que acreditam, baseados em uma maneira determinada de interpretar a Bíblia, que eles têm a autoridade de proibir mulheres de ocupar certos cargos e desempenhar certas funções na igreja. É verdade que eles têm o poder de proibir mulheres de gozar dos plenos privilégios dentro da igreja. Se eles têm a autoridade é outro assunto.
Parece-me que nossos problemas são provenientes de maneiras diferentes de ver a Bíblia. Todos nós acreditamos que a Bíblia é autoritária. Alguns de nós, entretanto, em nosso desejo de afirmar a singularidade da Bíblia têm a separada do seu desenvolvimento histórico. De fato, algumas pessoas são perturbadas com a idéia de que a Bíblia tem um elemento histórico. É impossível, entretanto, ler a Bíblia inteira e não perceber que a matéria escrita que nós chamamos Bíblia, se desenvolveu dentro de comunidades de fé - primeiro na nação de Israel, mais tarde na Igreja Cristã Primitiva.
À medida que desenvolveu a arte de escrever, os Israelitas, debaixo da liderança de Deus, começaram a registrar em forma escrita sua história religiosa. Temos alguma parte do que escreveram, mas não tudo. Da Bíblia, podemos ver que eles tinham mais matéria disponível: as Crônicas dos Reis e Israel e Judá (2 Reis 14:28), as crônicas dos profetas, Nata e Gade, (I Crônicos 29:29) um livro chamado, O Livro das Guerras do Senhor (Números 21:14). Nem temos uma carta que Paulo escreveu que está mencionada em Colossenses 4:16. Vemos que o acervo de literatura religiosa disponível a eles foi maior do que aquele que está disponível a nós. Podemos também ver das muitas anotações editorais (por exemplo, “naqueles dias” ou “até o dia de hoje”, são duas dicas que material tem sido redigido) que a possibilidade pelo menos existe que material mais antigo pode ter sido redigido por mãos mais tarde.
A conclusão do fato de que a Bíblia desenvolveu, e não caiu do céu completamente escrita, é que ela pode as vezes refletir a maneira de pensar, a atitude, a teologia das comunidades em que desenvolveu. Se nós aceitarmos uma teoria de inspiração que diz, “se a Bíblia o diz, Deus o diz”, criamos, sem necessidade, muitos problemas para nós mesmos. Deus não fez cada declaração que achamos na Bíblia. Mesmo quando está claro que Deus fez uma declaração, precisamos fazer certas perguntas a respeito dela de maneira a compreender a intenção de Deus. Um bom exemplo do que estou falando é a declaração de Jesus em Mateus 26:11, “Porquanto os pobres sempre os tendes convosco....” Aceito ao pé da letra, podia se dizer que Jesus está dizendo que não há nada que qualquer um pode fazer para lidar adequadamente com o problema dos pobres porque Jesus (quer dizer, Deus) disse que os pobres sempre haveremos conosco. Um segundo passo lógico a tomar é pensar que não adianta tentar erradicar a pobreza como quase que parece ser a vontade de Deus que nós haveremos sempre os pobres conosco. Se, entretanto, compreendemos a declaração de Jesus à luz do contexto do Antigo Testamento do qual saiu (Deuteronômio 15:1-11, Levítico 25, e outras passagens do Antigo Testamento que lidam com o Jubileu), vemos que, com esta declaração, Jesus estava de fato condenando seus ouvintes judeus. Os judeus sempre haveriam os pobres com eles porque eles não tinham sido dispostos a praticar o Jubileu que Deus tinham lhes ordenado a praticar de modo a ter justiça econômico. Vemos disso que em qualquer tempo que tentamos compreender, ou dar uma resposta para, ou interpretar qualquer declaração por Deus ou Jesus, fazemos bem em compreender a declaração à luz da Bíblia inteira, não simplesmente ficando só.
As vezes Deus falou e deu ordens que Deus esperava o povo obedecer. Até com uma ordem, entretanto, precisamos decidir se Deus intentava que todos as pessoas, em todos os lugares, em todos os tempos obedecessem a ordem, ou somente um determinado povo em um determinado tempo e lugar. As leis dietéticas no Antigo Testamento, por exemplo, são exemplos bons e claros das ordens que Deus intentava para certas pessoas em um certo tempo e lugar. A visita de Deus ao Pedro no eirado em Atos 10:9-16 torna claro que estas leis são canceladas; tornando possível Judeu e Gentio comer juntos, que, claro, tornaria muito mais fácil para os Judeus serem testemunhas aos Gentios.
As declarações que achamos no Novo Testamento que parecem indicar que mulheres não podem ensinar, ter autoridade sobre um homem, ou falar na igreja (1 Coríntios 14:34-38, 1 Timóteo 2:11-15) nos apresentam vários desafios. Primeiro precisamos decidir se declarações feitas por um seguidor de Jesus tenham o mesmo peso, ou tenham a mesma autoridade, como declarações feitas por Jesus? Feita esta pergunta separada do assunto de mulheres e ministério, a maior parte dos Crentes iriam dizer não. Por que, então, precisamos perguntar, as declarações neste contexto se tornam tão “autoritárias”? Próximo, precisamos decidir se Deus, que tem permitido as declarações ficar na Bíblia, intenta que eles sejam observadas por todas as pessoas, em todos os lugares, em todos os tempos. Se respondermos sim àquela pergunta, temos arranjado problemas para nós mesmos, porque então precisamos dizer que, no Novo Testamento, temos exemplos de mulheres que estão quebrando as ordens de Deus por ensinar, falar e orar na igreja, e por ter papeis de liderança na igreja. É para estes exemplos de mulheres no Novo Testamento que aqueles que insistem que mulheres hoje não têm as mesmas oportunidades e privilégios precisam dar uma resposta, ou uma interpretação.
Porque não podemos dizer da Bíblia o que sabemos da vida? Pessoas são diferentes. Pessoas diferentes vivem a vida diferentemente, vejam as coisas diferentemente, interpretam a Bíblia diferentemente. O mesmo foi obviamente verdade para as pessoas que escreveram a Bíblia, e para as pessoas que estavam vivendo as suas vidas naquele tempo e cujas experiências se tornaram parte da matéria bíblica. A sociedade delas foi quase que completamente orientada para com o homem, no entanto, alguém escreveu, debaixo da liderança de Deus, o primeiro capítulo de Gênesis. Se tivéssemos somente Gênesis um, seria impossível negar a igualdade das mulheres debaixo de Deus. Homem e mulher foram criados no mesmo ato da criação e dados os mesmos mandamentos, privilégios, e responsabilidades. Um resultado do pecado tem sido que os sexos tem achado difícil viver como iguais. Este é um dos temas que Gênesis dois explora.
No Novo Testamento, achamos quase que a mesma situação que achamos em nossas igrejas hoje. Algumas igrejas estavam mais abertas à liderança de mulheres do que eram outras, e isto a Bíblia reflete. A Bíblia não ensina a subordinação de mulheres, ao contrário reflete que mulheres casadas eram pedidas a se submeterem voluntariamente à autoridade de seus maridos em certas situações. Não devemos interpretar esta reflexão de como as coisas estavam em algumas situações para insistir que a Bíblia ensina que cada mulher deve ser subordinada a cada homen em cada situação. Isto é uma representação falsa do que achamos.
O que é que achamos. O que é que a Bíblia nos reflete a respeito da relação de homens e mulheres durante o tempo em que a Bíblia estava chegando a ser? Não é algo como o seguinte: O mundo foi dos homens. Os homens eram os sacerdotes e reis. Homens tiveram o voto e o poder. Com raras excepções, uma mulher achou seu lugar na sociedade através da sua relação com um homen na sua vida. Há na Bíblia, entretanto, uns poucos exemplos em que um homen procura uma mulher e se submete à sua liderança (autoridade?).
O exemplo mais óbvio disto é a história que achamos de Débora e Baraque em Juízes 4. De fato, Débora domina esta história de tal maneira que a maior parte dos Cristãos nem seriam capazes de dar o nome do general masculino sem procurar a história. Débora é a profetisa. Os homens tiveram o poder de a impedir de ser uma sacerdotisa. Eles não podia a impedir de ser uma profetisa, porque o Espírito de Deus não podia ser controlado. O Espírito veio para quem Deus escolheu. Ele é uma profetisa e ela está julgando o povo. Ela mandou chamar Baraque e ele veio. Então ele insiste que ela va junto com ele para a batalha, embora ele seja advertida de ante mão que o resultado não trará glória para ele. Através do Espírito, Débora determinou a estratégia do exército. No tributo a Débopra que achamos em Juízes 5 vemos o reconhecimento que Débora foi a verdadeira líder do exército naquele dia.
No capítulo 28 de 1 Samuel, Saulo procura uma necromante em Em-Dor. No capítulo 34 de 2 Crônicos, aqueles em poder procuram a profetisa chamada Hulda.
No capítulo 18 de Atos, versículo 24 e seguintes, lemos que Priscila, junto com Áquila, ensinou Apolo. Aparentemente, Apolo recebeu de boa vontade aquilo que Áquila e Priscila tiveram para oferecer. É bom que 2 Coríntios não tinha sido escrito ainda. Parece que Apolo não sabia que uma mulher não deveria estar o ensinando.
Eu sou a primeira para admitir que os exemplos são poucos. Está bom. O que é de admirar não é que temos somente poucos exemplos, mas que temos um exemplo siquer, dada a dominação masculina daquele dia. O que estes exemplos dizem para nós é que havia um lugar, mesmo naquela sociedade, para uma mulher que estava claramente sendo usada por Deus. Ainda mais admirável é que homens procuravam estas mulheres e se submeteram à autoridade delas. A coisa mais extraordinária ainda é que as histórias, ainda poucas, acharam o caminho para o relato escrito e não foram apagadas por redatores mais tarde.
Estas histórias nos contam tudo que precisamos saber quando falarmos sobre autoridade e o assunto de mulheres e ministério. A pergunta que precisamos fazer é: Esta mulher está sendo usada por Deus para fazer o trabalho de Deus? Se respondermos sim, então precisamos dizer que a mulher tem a autoridade para fazer o que ela está fazendo, e neste caso seria errado usar poder indevido para proibi-la de fazer aquilo que Deus está a usando para fazer.
A Bíblia diz muito a respeito do poder. Um tema da Bíblia é a influência como poder. Melhor expressado, influência é poder. A Bíblia reconhece o impacto tremendo de mulheres sobre a sociedade, embora sua influência seja muitas vezes usada atrás dos bastidores, para assim dizer. Acredito que a razão principal que achamos a condenação tão severa na Bíblia da mulher casada que é adúltera é que ela tem escolhida usar sua influência na família e na sociedade por mal, em vez do que por bem. A verdade da declaração que influência é poder é verdade para nós hoje também. Alguns podem ter o poder a nos proibir de exercitar plenamente os dons que Deus tem nos dado na igreja, mas ninguém tem o poder de nos proibir de usar nossa influência para trabalhar para uma mudança no futuro.
Parece-me que uma palavra final precisa ser dita sobre a autoridade. Sinto me segura em dizer que provavelmente cada Batista acredita que a Bíblia é autoritária. Acreditamos na autoridade da igreja. Acreditamos que toda autoridade, em último caso, pertence a Deus. O que geralmente não continuamos a dizer (e com boa causa, porque geralmente não é necessário dize-lo), é que não temos provas objetivas para afirmar a autoridade de Deus. Qualquer declaração que fazemos a respeito de Deus é uma declaração de fé. Acreditamos - ou temos fé - que Deus existe. O não crente acredita - ou tem fé - que Deus não existe. Nenhum pode provar que o outro seja certo ou errado. Acreditamos que Deus de alguma maneira foi envolvido na produção e preservação da Bíblia. Acreditamos que Deus “fala” a nós através da Bíblia de maneiras que não estão verídicas de outros livros - até outros livros religiosos. Não podemos provar que isto é a verdade. “Saber” em nossos corações é deveras autoridade subjetiva.
Porque acreditamos a Bíblia é uma autoridade para nós, nós tentamos compreende-la à medida que a lemos. Algumas passagens são mais fáceis de compreender do que outras. As vezes precisamos interpretar passagens. Dizer que interpretamos uma passagem significa que não sabemos com certeza exatamente o que a passagem significa, que estamos dando a melhor explicação que podemos com a informação que nos foi fornecida. O caso é que uma interpretação é justamente uma interpretação. Não é prova indisputável que é isto o que o escritor bíblico estava tentando dizer.
O que estou tentando dizer é que interpretações não são provas objetivas. Interpretações são mais como hipóteses que funcionam melhor enquanto esperamos por mais informação a ficar disponível. Parece-me, dado que interpretações de certas passagens são muito subjetivas e têm mudadas com o tempo e muito provavelmente mudarão de novo, uma maneira melhor de abordar uma compreensão de Deus, autoridade, e mulheres seria começar com o que acreditamos que sabemos a respeito de Deus. Uma boa pergunta de fazer seria: Acreditamos de verdade que Deus criou um sexo superior ao outro? Acreditamos de verdade que a intenção de Deus foi que qualquer ser humano iria governar qualquer outro ser humano? Não foi a intenção de Deus que Deus iria governar todos os seres humanos, que são iguais debaixo de Deus? Estaríamos dispostos a dizer que os Estados Unidos, “com liberdade e justiça por todos”, toma uma posição mais firme para a igualdade do que Deus?
De alguma maneira sabemos (prova subjetiva, clara) que igualdade é o ideal de Deus. O autor de Gênesis um o acreditou. Jesus o acreditou. Paulo o acreditou quando escreveu Gálatas 3:28. Se nos escritos posteriores de Paul parece como se ele recuasse da sua posição de igualdade, o que se deve fazer é descobrir porque ele fez isto, e não jogar fora igualdade de baixo de Deus como o ideal.
Alguns tem sugerido que a Bíblia ensina igualdade de baixo de Deus e papeis separados mas iguais no lar e na igreja. Um problema com esta interpretação é que os papeis nunca são iguais. Os papeis para mulheres de alguma maneira geralmente ficam os papeis que a maior parte dos homens não querem. Outra problema com esta interpretação é que isto não é o que o Novo Testamento ensina para determinar os papeis dentro da igreja. Na igreja, Deus, através do Espírito, outorga cada Crente com um dom para ser usada em edificar a igreja. Em nenhum lugar no Novo Testamento achamos escrito que o Espírito outorgará certos dons somente para homens e outros dons somente para mulheres. O critério do Novo Testamento para a possessão de um dom é simplesmente perguntar: A pessoa tem o dom de __________? A presença do dom foi a validação que o Espírito tinha dotada aquela pessoa com aquele dom. Porque não podemos usar aquele critério em nossas igrejas hoje? Se uma mulher tem os dons de pregar e pastorear, porque não podemos acreditar que Deus tem a dado aqueles dons tão certo como Deus tem dado a uma outra mulher ou homem o dom de uma bela voz? Qualquer “autoridade” que temos como Crentes individuais é simplesmente a “autoridade” de usar os dons que Deus tem nos dado. Nenhum de nós tem qualquer “autoridade” de proiber outros Crentes de exercitar os dons que Deus tem os dado.
Natal: O Motivo de Missões - Um jogral missionário
-
*Natal: O Motivo de Missões*
*Gláucia C. Peticov*
*PREPARATIVOS*
Escrever, para a apresentação do acróstico, as letras em arvorezinhas de
papel ve...
Há 11 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A boca fala do que está cheio o coração.