14/05/2010

CADA UM POR SI

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Há dias em que nós ficamos mais sensíveis com as dificuldades de outras pessoas. Particularmente, me sinto muito sensibilizado, aflito e angustiado. Recentemente estive conversando com um amigo pastor, de denominação diferente da minha, que mora no litoral do Brasil. Ele tem passado por problemas seriíssimos de saúde, a ponto de não conseguir viver uma vida saudável. Não pode dirigir, não pode ler, não pode ficar muito tempo em pé, não pode andar. Passou por cirurgias na coluna, e precisa de mais uma. Conversando com ele, me relatou suas dores, sua via-crúcis nos hospitais de sua cidade (um problema sério para quem não dispõe de plano de saúde), a companhia de seu pai e a barra que sua esposa enfrenta com ele. Como sou muito curioso, perguntei-lhe sobre a reação de seus colegas de denominação. Sua resposta, apesar de esperada, me doeu muito. Contou-me sobre a insensibilidade, a indiferença, as pequenas, médias e grandes punhaladas que levou por parte de quem carrega o nome de Cristo.

Ao terminar a ligação, fiquei ainda mais angustiado ao me lembrar do Credo Apostólico, especialmente na parte que diz: Creio… na santa igreja católica… (católico, aqui, não significando a igreja romana, e sim no seu sentido gramatical original, já que katoliké, no grego, significa universal). Como cristão, concordo com tudo o que o Credo Apostólico diz, pois entendo ser uma espécie de resumo da fé. Mas, sinceramente, não consigo conceber o termo santa igreja católica com o meu relato com meu amigo pastor litorâneo. Entendo que santidade é muito mais do que este punhado de chavões evangélicos aos quais estamos acostumados (não beber, não fumar, não dançar, não ouvir música secular, entre outros nãos). Santidade é procurar ver o mundo, a si próprio e a Deus sob a perspectiva de Cristo. A santidade sempre se mostra relacional, e nunca isolacionista. Obviamente que, sem a ajuda de Deus, isso se torna impossível. E é por isso que dependemos tanto da Graça.

Sinto-me confuso também quando penso no segundo termo da frase, igreja. Quando me converti, há cerca de vinte e dois anos atrás, eu ainda confundia igreja denominacional (para facilitar, organização) com igreja relacional (organismo). Era mais ou menos como o lema dos mosqueteiros, um por todos e todos por um. Aos poucos, fui vendo que o lema, muitas vezes, é cada um por si e Deus por todos. O egoísmo, a competição, a deslealdade, coisas que são corriqueiras no mundo corporativo, também se tornaram corriqueiros no mundo eclesial, onde muitas vezes o ministério é confundido com carreira e deixa de ser medido pela fidelidade, passando a ser medido pelo sucesso.

Como conceber, à luz dos nossos tempos, a universalidade? Estamos cada vez mais preocupados com o que acontece com o nosso quintal, nossa paróquia, nossa congregação, nosso umbigo. O que acontece com o outro, seja do outro lado da rua ou do outro lado do planeta, não nos interessa. Terremoto no Chile? Isso é problema do governo chileno, não meu. Esquemas descobertos de facilitação de prostituição infantil? Deixe que a Polícia Federal resolva, afinal (o chavão de novo), não somos desse mundo.

Mas, apesar dessa minha angústia, ainda creio que exista uma santa igreja católica. Essa igreja não faz muito alarde de si. Ela está infiltrada nas igrejas nem tão santas assim, fazendo a diferença, sendo sal e luz. Pude ver um pouquinho do rosto dessa santa igreja católica ao ver outro pastor amigo meu socorrendo o meu amigo enfermo. De denominações, e até mesmo de teologias, diferentes, mas ainda assim caminhando juntos. Sim, creio na santa igreja católica. Essa igreja, o Corpo, está dentro das igrejas, das instituições (mas o contrário não é verdadeiro). Deus é fiel, e ainda tem um povo Seu. Ainda existem os 7000 que não se dobraram a Baal, e somos chamados a fazer parte dessa resistência. Apesar de tudo o que vemos e passamos, ainda há esperança. Ainda bem.

FONTE Blog do Digão

Respondam-me, mulheres

 

Toda mulher tem uma característica peculiar. Umas costumam falar demais, outras são impacientes. Algumas são sensíveis, outras são histéricas. Há mulheres "de fibra", mas também há mulheres sem personalidae. Enfim, cada mulher sabe o temperamento, os cacoetes, os gestos, os tratamentos e as formas de comunicar que tem.

A Bíblia também tem exemplos de mulheres com características louváveis ou vergonhosas que se identificam com algumas das mulheres que podem estar lendo este blog agora:

Eva: curiosa;
Hagar: desprezada;
Miriã: ambiciosa;
Débora: patriota;
Rute: constante;

Safira: mentirosa;
Ana: que ora, mãe ideal;
Abigail: capaz;
Ester: abnegada;

Dalila: ardilosa;
Maria Madalena: transformada;

Isabel: humilde;
Maria: escolhida por Deus;

Jezabel: profana;

Dorcas: bondosa;

...

Com quem você, leitora, se identifica mais entre as citadas?

E quem possui a característica mais conhecida?
"Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis." (Provérbios 31.10)

FONTE: ASSEM-BEREIA DE DEUS: Respondam-me, mulheres

Trecho do texto publicado no DIA INTERNACIONAL DA MULHER.