11/12/2009

Competição "santa"

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O tempo passa rápido! Estou perto dos 40 anos e lembro-me como se fosse ontem quando tinha 20. Com anos passados é normal acumularmos algumas bagagens: conhecimento, experiências, manias, coisa boas e ruins. Na virada deste ano, 2009 para 2010 completarei a "maioridade cristã". Estarei comemorando 18 anos de adoção, 18 anos que o Pai lá do céu me adotou em Cristo. O tempo decorrido não quer dizer muita coisa, afinal crescer no conhecimento de Deus não é natural, demanda relacionamento, renúncia, crucificação do ego e seus desejos. Muitos passam anos no cristianismo, mas continuam sendo governados pelo seu ego e suas vontades, como um bebê, que pensa que o mundo gira em torno de suas necessidades.

Nesses 18 anos de adoção muita coisa em minha vida mudou, principalmente a forma como enxergo o próximo, seja ele da mesma família celestial ou não. Já estive em uma congregação no início de seus trabalhos e a vi crescer assustadoramente, já estive também em grandes congregações em posição de liderança, já estive em minha casa congregando com alguns gatos pingados, já estive só com minha esposa achando-me um remanescente (quem me dera...), já estive em uma grande estrutura de igrejas nos lares, enfim já vi muita coisa nessa caminhada e o Pai a cada dia tem me constrangido a considerar-me como quem não tem nada, como quem já deu tudo a Ele e a sua Igreja.

Ultimamente tem acontecido algo que há muito não me acontecia: ouvir que estão falando de mim pelas costas. É uma fato interessante, pois como participei de uma grande congregação neo-pentecostal já passei por isso antes. Tanto falei de outros líderes e congregações, sempre achando que onde eu estava era melhor, como ouvia dizer que falavam da gente, se diziam melhores, com "a visão" correta. Agradeço ao Pai que me deu os últimos 11 anos para me desintoxicar desse pecado com a comunhão de irmãos que prezam viver o evangelho e não falar sobre o evangelho. Foi restaurador, encontrei o arrependimento e a mudança de atitude que precisava e hoje meu foco é viver o Reino, ao invés de proclamar grandes discursos, lindos e empolgantes sobre o Reino.

Hoje, me divirto ao ouvir histórias sobre minha pessoa; o juízo que fazem de mim, da minha família e da igreja que se reúne em minha casa. Muitos ignoram conceitos básicos de transparência que Jesus tanto prezava, caem em hipocrisia, fofoca, maledicência e para que? Para se dizerem melhores, mais corretos e mais santos, para conseguirem mais adeptos a seus "planos espirituais". Esquecem que nosso Senhor que irá nos julgar e é para Ele que eu e todos que confessam o Seu nome vivem ou pelo menos deveriam viver. Portanto, para mim é impossível competir com alguém da mesma família celestial. Julgar-me mais santo, mais esclarecido e com uma visão mais clara, seria pura arrogância. Sou um homem extremamente dependente do Pai, se Ele não fizer, nada acontecerá, conheço a minha dependência e insignificância. Se alguém se julga superior eu assino embaixo, mas lembro que você deve fazer o que Jesus ordenou, sirva! Não existe competição, não estou jogando com a minha fé e com a vida das pessoas que congregam comigo.

Em minha caminhada não há e nem haverá marketing, eventos para trazer irmãos de outras congregações, confissões arrogantes de uma nova visão de Reino ou tititi pelas costas para denegrir a imagem de ninguém. Aqueles que me conhecem sabem que aconselho quem me procura a ser fiel à sua liderança e sair de sua congregação apenas com uma palavra clara do dono da Igreja, Jesus. Não há crescimento no Reino quando alguém sai de uma congregação para outra, apenas quando alguém sai da independência para adoção. A dança da cadeira traz apenas crescimento aos ministérios pessoais, alimenta a arrogância dos líderes e a infantilidade dos massificados. A visão que tento seguir é tão velha quanto a Igreja e as suas bases estão escritas em um dos livros mais vendidos do mundo: a Bíblia. Nada novo, nada especial, nenhuma restauração, apenas a tentativa de ser como Jesus e proclamar as boas-novas da adoção de todos quanto crerem.

Portanto, a todos que gastam seu tempo comigo, não se preocupem. Primeiro porque não irei gastar o meu tempo julgando ou falando de ninguém, afinal, justo juiz só tem um. Depois porque nunca me renderei ao desejo de me achar superior; somos servos do mesmo Senhor e iremos sentar à mesa com Ele, ceiarmos juntos todos os lavados pelo sangue, os adotados pela graça do Pai. Que a cada dia nosso Pai fortaleça a vida de todos quanto de coração O seguem em retidão, com as motivações corretas. Quanto aos que usam da fé para impor seus ideais, massificar e granjear tesouros aqui na terra, repito o que o nosso irmão Paulo disse: "Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo" Fp. 1:15-19
Se você não me conhece, não tenha o pensamento de que isso não é para você, permita que o Espírito Santo ministre em seu coração, quem sabe você se encontra lutando não o bom combate, mas o seu próprio combate? Já dizia Thiago: "Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa." Tg.3:13-16. Para finalizar, quer você me conheça, quer não, se a carapuça serviu, use-a; ela foi feita pelo Pai sob medida!

FONTE:        Competição "santa" - Filho Imperfeito

Quem é o cineasta cristão Alex Kendrick?

Escrito por Adam Foerster

Alex  Kendrick é um dos pastores da Igreja Batista de Sherwood.

Tem estado também a frente da Sherwood Pictures, através da qual ele já lançou três filmes: A Virada, Desafiando Gigantes e Prova de Fogo sendo portanto o mais importante diretor de filmes cristãos da atualidade.

A origem

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Nascido em Athens, Georgia, Alex Kendrick foi o segundo de três filhos. Formou-se em comunicação e teve seis filhos.

Em 2002 Alex leu uma pesquisa que dizia que o cinema, a televisão e a internet haviam se tornado os maiores influenciadores da cultura. Superando inclusive a igreja.

Surpreso com o fato ele decidiu que era necessário utilizar os meios de comunicação mais influentes para pregar a Palavra e começou a orar por um projeto: fazer um pequeno filme de baixo orçamento para sua comunidade. Esse pequeno projeto viria a se tornar "A virada"(Flywheel - 2003).

A carreira

Seu primeiro filme, A Virada, ainda utilizava equipamentos e atores totalmente amadores. Alex inclusive foi o ator principal em seus dois primeiros filmes, mostrando excelente versatilidade na interpretação, algo inesperado para alguém totalmente sem experiência.

O filme tinha como objetivo ser distribuído entre os membros da comunidade. Acabou se tornando muito mais que isso. Logo foi distribuído nacionalmente e até o lançamento de Prova de Fogo já havia vendido mais de 300.000 cópias em todo o mundo todo.

Além disso o resultado espiritual foi grande, tanto para os não cristãos quanto para os convertidos, muitos dos quais reavaliaram seus valores depois de verem o filme.

Depois de "A virada" Alex e seu irmão Stephen (ambos foram os produtores e escritores) começaram a buscar do Senhor um direcionamento no sentido de dar continuidade a produção de filmes. A resposta veio junto com a inspiração para fazer um segundo filme: Desafiando os Gigantes (Facing the Giants

- 2006).

Nascia também nesse momento a Sherwood Pictures, um estúdio criado como um departamento da Sherwood Baptist Church.

Desafiando os Gigantes tornou-se também o primeiro filme dos irmãos Kendrick a rodar no circuito nacional de cinema dos Estados Unidos. Com um orçamento de US$ 100.000 faturou US$10.000.000 e chegou a ser passado pela HBO várias vezes.

O estrondoso sucesso de Desafiando os Gigantes abriu as portas para seu terceiro projeto "Prova de Fogo" (Fireproof - 2008), estrelando Kirk Cameron. Mais um sucesso de bilheteria.

Agora a Sherwood Pictures planeja lançar um filme a cada dois anos mais ou menos. Alex Kendrick já não é mais um novato, nem sua equipe. O que começou como um trabalho voluntário hoje é seu emprego em tempo integral.

Prova de Fogo veio para mostrar que o sucesso não subiu a cabeça de Alex nem deixou sua mensagem mais aguada. Com o cronograma atual da Sherwood Pictures (de um novo filme a cada dois anos) devemos esperar uma nova obra-prima por volta do terceiro semestre de 2010, que quem sabe passe nos cinemas brasileiros, e se esse for o caso podem esperar uma resenha, pois eu vou comprar o bilhete.

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FONTE:  Alex Kendrick

Descanso da Alma: Leila Lopes e o absolutismo da vida e da morte

 

Thiago Azevedo

Não chorem, não sofram, eu estou ABSOLUTAMENTE FELIZ!!! Era tudo o que eu queria: ter paz eterna com meu Deus e, se possível, com minha mãe.
Eu não me suicidei, eu parti para junto de Deus. Fiquem cientes que não bebo e não uso drogas, eu decidi que já fiz tudo que podia fazer nessa vida. Tive uma vida linda, conheci o mundo, vivi em cidades maravilhosas, tive uma família digna e conceituada em Esteio, brilhei na minha carreira, ganhei muito dinheiro e ajudei muita gente com ele. Realmente não soube administrá-lo e fui iludibriada por pessoas de má fé várias vezes, mas sempre renasci como uma fênix que sou e sempre fiquei bem de novo. Aliás, eu nunca me importei com o ter. Bom, tem muito mais sobre a minha vida, isso é só para verem como não sou covarde não, fui uma guerreira, mas cansei. É preciso coragem para deixar esta vida. Saibam todos que tiverem conhecimento desse documento que não estou desistindo da vida, estou em busca de Deus. Não é por falta de dinheiro, pois com o que tenho posso morar aqui, em Floripa ou no Sul. Mas acontece que eu não quero mais morar em lugar nenhum. Eu não quero envelhecer e sofrer. Eu vi minha mãe sofrer até a morte e não quero isso para mim. Eu quero paz! Estou cansada, cansada de cabeça! Não agüento mais pensar, pagar contas, resolver problemas... Vocês dirão: Todos vivem!!! Mas eu decidi que posso parar com isso, ser feliz, porque sei que Deus me perdoará e me aceitará como uma filha bondosa e generosa que sempre fui.
Aos meus fãs verdadeiros; aos jornalistas imparciais; ao Walter Negrão e sua esposa Orphilia; a LBV; ao Eduardo Gomes; ao prefeito de Itu, Herculano Neto e toda a sua equipe e ao meu amigo Zé meu muito obrigado. Às emissoras que trabalhei, obrigada. E aos colegas maravilhosos, muita luz! A todos os sites dignos que acompanharam a minha vida, SUCESSO!!! Ego, Esther Rocha, Thiago, Odair Del Pozzo, Felipe Campos, não se sintam esquecidos. Não posso citar nomes de amigas, pois aí seria um livro, mas Sueli você é a irmã que eu não tive. Márcia, seja sempre feliz amiga. Magrid, obrigada por tudo! Andréia, do TV Fama, beijo amiga. Tadeu (di Pietro) cadê você??? Desculpe a quem eu esqueci, a vida foi muito mais maravilhosa do que sofrida para mim. Obrigado Jesus, Nossa Senhora e meu Deus, perdoem-me e recebem-me como a filha honesta e bondosa que sempre procurei ser! Fiquem com Deus, todos! Leila Lopes.
Se existe sentimento maior que o amor, eu desconheço!
Fonte: Abril
Após ler esta carta fiquei me perguntando, o que faz com que percamos a vontade de viver? Não estou questionando sua vida, ou até mesmo a própria morte, se ela vai ou não pro céu, isso é irrelevante, pois nunca saberemos, para os que dizem que ela tem cadeira cativa no inferno, podemos nos surpreender com o amanhã. Mas a questão em foco é que quando leio esta carta, sinto uma pessoa cansada, exausta de tudo nesta vida.
Essa é uma questão que me faz transportar ao Coelet, que ao escrever sobre suas próprias frustrações e desgostos diz que na vida tudo é vaidade, até mesmo a própria vida. No nosso mundo hodierno, passamos por ela e somos desde ao nascer vitimados com um turbilhão que o mundo é, com toda sua rotina, todo seu consumo e principalmente toda sua desgraça. Sinceramente, muitas vezes me senti assim como Leila Lopes, agora o que me pergunto é, por que determinadas pessoas tem atitudes diferentes diante da vida? Não dá pra absolutizar dizendo que estas pessoas não tinham Cristo, pois conheci amigos que amavam Jesus de paixão, mas que infelizmente decidiram dar cabo de suas vidas, por não conseguir lidar com o sentimento de fracasso, de perda.
E ainda digo mais, muitos preferem dar cabo porque compraram uma esperança falsa de que ao "aceitarem" o Jesus de suas respectivas instituições (e isso não está restrito as igrejas da prosperidades, mas todas) acreditaram que Ele resolveria todos os seus problemas, porém, quando estes problemas não foram resolvidos e justamente por não haver companhia, não souberam lidar com suas perdas. Temos por exemplo o caso de Van Gogh, grande pintor, irmão em Cristo, mas que diante de tanta depressão, tantos problemas se matou.
Muitos de nós não sabemos lidar com isso, normatizamos, como eu mesmo já cheguei a fazê-lo com versículos não escritos: "Os suicídas não herdarão o Reino dos céus". E com isso trazemos mais peso de lei e dor principalmente para as famílias que procuram entender perda tão incompreensível. Quantos de nós, nunca pensou em tirar sua própria vida diante de uma situação que não compreendia e que via que nunca teria fim?
Nesse sentido devemos nos perguntar: Qual a dimensão da graça de Deus? Ou melhor, Qual a dimensão do amor de Deus? Existem limites, ou é realmente ilimitado? Isso nunca saberemos através de teoria e nem mesmo na Bíblia ao lê-la, saberemos essa dimensão, só através da experiência poderemos ter uma vaga dimensão desse amor, uma experiência que transcende o fato de pertencer a uma igreja. Quando esse amor não permanecer mais em nós e se extender aos nossos próximos tão oprimidos, quando não vermos mais o diferente, não vermos mais o outro, mas apenas pessoas que devem ser e são amadas, por Deus e por nós.
Não dá para racionalizar as perdas humanas, nem racionalizar a dor que sentimos e muito menos colocá-la num sistema teológico/filosófico só para atender nossas certezas, ou simplesmente para termos o domínio da verdade, pois são em situações como essas que vejo a verdade que possuímos esvair de nossas mãos e a única verdade que se manifesta é o silêncio, por não saber e não ter a resposta pronta para compreender isso.
A única verdade que podemos defender em situações assim é o amor, quando nos aproximamos e nos deixamos amar e ser amados, sem respostas, apenas ação que se manifesta no silêncio da alma, deixando Deus ser Deus, deixando que Ele tome suas decisões sobre as vidas. Devemos sempre lembrar, não termos respostas para tudo e essa é a maior manifestação da grandiosidade de Deus, é a maior manifestação de amor de Deus para conosco.
O que aconteceu com Leila Lopes? Não sei. Não pedirei misericórdia por sua vida, pedirei pela minha por procurar ser juiz em vez de réu nesse julgamento, por não me considerar tão frágil quanto ela, por ter me suicidado várias vezes em meu coração quando me vi perdido, por muitas vezes que matei pessoas, simplesmente mandando-as ao inferno no meu coração. Se ela encontrou paz, eu não sei, mas sei que nós precisamos encontrá-la e vamos caminhar juntos para enfim chegar lá.
Paz e bem

FONTE:      Descanso da Alma: Leila Lopes e o absolutismo da vida e da morte