É preciso desenvolver todo esse lado da beleza dos carismas, da graça, dos dons; estarmos abertos para isso, praticarmos isso. Mas sem prescindirmos do intelecto: um carismatismo pensante, um carismatismo inteligente.
O nosso problema é que alguns dos nossos carismatismos são burros.
É preciso praticar um carismatismo que pense, que não anule o raciocínio, e que não beire o misticismo. Que não seja mágico, que não seja supersticioso, que não seja da mantra.
Por exemplo, o Salmo 91 virou uma mantra no nosso meio: é um salmo mágico. É melhor do que o 143, é melhor do que o 145. Demônio, basta abrir a Bíblia no salmo 91 e ele foge. Todo mundo deixa aberto na sala de estar - porque demônio se afugenta do salmo 91. Alguns até colocam a Bíblia aberta debaixo do travesseiro para dormirem melhor - é um ‘calmante editorial’.
Isso é mágica! Não há nenhuma diferença entre fazer isso e botar palhinha atrás da porta quando chove, cobrir espelho e jogar pingo de vela em bacia com água, para ver se forma o nome do noivo.
Quantas igrejas evangélicas, hoje em dia têm novena? Há muitas! E é uma estratégia para ganhar dinheiro, não é para curar ninguém não. É porque o indivíduo só é curado quando vai nove [ou sete] vezes; cada vez que ele vai, deixa uma ofertinha…
Enfim, é preciso tomar cuidado para que o nosso carismatismo não se transforme num misticismo mágico, muito parecido com o catolicismo popular, contra o qual nos insurgimos.
ESCRITO PELO REV. CAIO FÁBIO
FONTE: Blog do revBaggio
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