Chamar Deus “Abba” (Pai) é diferente de lhe dar um nome familiar. Chamá-lo “Abba” é penetrar na mesma relação íntima, destemida, confiante e fortalecedora que Jesus teve com Deus.
Essa relação é chamada Espírito, e esse Espírito nos é dado por Jesus e nos permite clamar: “Abba Pai”.
“Abba Pai” (ver Romanos 8.15; Gl 4.5) é um clamor do coração, uma oração que jorra de nosso ser mais profundo. Nada tem a ver com nomear Deus, mas tudo a ver com clamar Deus como fonte de quem nós somos.
Esse clamor não provém de qualquer percepção súbita ou convicção adquirida; é uma clamor que o Espírito de Jesus faz em comunhão com nosso espírito. É o clamor do amor.
O Espírito nos revela não apenas que Deus é “Abba Pai” como também que pertencemos a Deus como filhos bem amados. O Espírito, portanto, restabelece em nós a relação da qual surge o significado das demais relações.
A melhor tradução de “Abba” é Papai. Abba exprime familiaridade, segurança, confiança, pertença e, acima de tudo, intimidade.
Não possui a conotação de autoridade, poder e controle que muitas vezes a palavra Pai evoca. Pelo contrário, Abba implica um amor envolvente e sustentador. Esse amor abrange e transcende infinitamente todo o amor que nos é dado por nossos pais, mães, irmãos, irmãs, esposos, esposas e amigos.
É o presente do Espírito.
Henri Nouwen
FONTE: | vineyard café || blog
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