27/06/2010

Logo, tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem Lhe apraz

 

Romanos 9:17-18: Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra. Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.
A vontade determinativa é exercida no ato de endurecer. Além disso, Paulo nos havia preparado para tal conceito através do ensino, em Rm 1.24, 26 e 28, que aborda a entrega judicial dos homens à imundícia, às paixões infames e a uma mentalidade reprovável. Portanto, o castigo ativo da parte de Deus é a única interpretação que satisfaz essas diversas considerações. O endurecimento de Faraó, não esqueçamos, reveste-se de caráter judicial. Pressupõe a entrega ao mal e, no caso de Faraó, particularmente à entrega ao mal de seu auto-endurecimento.

Jamais podemos separar o endurecimento e a culpa da qual esta é o salário (...). Em referência ao ato judicial do endurecimento, a soberania consiste no fato de que todos, por causa do pecado e da entrega ao mal, pressupostos tanto na misericórdia quanto no juízo final, merecem ser endurecidos; e isto de maneira irreversível. A soberania, pura e simples, é a única razão para a diferenciação pela qual alguns são consignados ao endurecimento, ao passo que outros, igualmente merecedores de serem entregues ao mal, são feitos vasos de misericórdia. Deste modo, não existe qualquer escape da vontade soberana. Portanto, o apóstolo podia dizer sem reservas, assim como fizera no caso da misericórdia: "E também endurece a quem lhe apraz".
John Murray
Extraído de Comentário de Romanos, Editora Fiel

FONTE:  Orthodoxia: Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz

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