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05.03.2010
Obrigado. É ótimo estar de volta a Londres. E é ótimo que, dessa vez, eu tenha conseguido visitar esta maravilhosa cidade, não apenas o centro de detenção do aeroporto de Heathrow.
Hoje estou aqui, diante de vocês, neste lugar extraordinário. Na verdade, um lugar sagrado. Como Malcolm sempre diz, a Câmara dos Lordes faz parte da “mãe de todos os parlamentos”. É com profunda modéstia que exerço esta oportunidade de lhes falar.
Agradeço ao Lorde Pearson e à Lady Cox pelo convite e exibição do meu filme ‘Fitna’. Meus amigos, obrigado por me convidar.
Primeiro, eu tenho uma ótima notícia. Na última quarta-feira foram realizadas eleições locais nos Países Baixos. Pela primeira vez, o meu partido, o Partido da Liberdade, participou das eleições em duas cidades. Em Almere, um dos maiores municípios holandeses, e em Haia, o terceiro maior centro urbano, sede do governo, do parlamento e da família real. A eleição foi um sucesso! De uma tacada só o meu partido se tornou o maior partido em Almere e o segundo maior em Haia. Uma excelente notícia para o Partido da Liberdade e notícia ainda melhor para os moradores destas duas lindas cidades.Tenho ainda mais novidades. Duas semanas atrás, o governo holandês entrou em colapso. Em junho, teremos eleições parlamentares e o Partido da Liberdade parece ter um futuro brilhante pela frente. De acordo com algumas pesquisas, nós nos tornaremos o maior partido na Holanda. Eu quero ser modesto, mas quem sabe, eu posso até mesmo vir a ser primeiro ministro em poucos meses!
Senhoras e senhores, não muito longe daqui há uma estátua do mais famoso primeiro-ministro que o seu país já teve - e eu gostaria de citá-lo aqui: “O Islã é uma fé militante e agressiva. Não existe força retrógrada maior no mundo. Já se espalhou por toda a África Central, treinando guerreiros destemidos em cada etapa (...). A civilização Européia moderna pode cair, como caiu a civilização Romana.” Quem é o autor dessas palavras? Ninguém menos que Winston Churchill, que assim descreve o Islã em seu livro “The River War”, de 1899.
Churchill estava certo.
Senhoras e senhores, eu e o meu partido não temos um problema com os muçulmanos per se. Há muitos muçulmanos moderados. A maioria dos muçulmanos são cidadãos cumpridores da lei, que desejam viver uma vida pacífica como você e eu. Eu sei disso. É por isso que eu costumo fazer uma clara distinção entre as pessoas - os muçulmanos - e a ideologia; entre o Islã e os muçulmanos. Há muitos muçulmanos moderados, mas não existe um Islã moderado.
O Islã se esforça para dominar o mundo. O Alcorão exige que os muçulmanos exercitem a jihad. O Alcorão exige que os muçulmanos estabeleçam a lei sharia. O Alcorão exige que os muçulmanos imponham o Islã no mundo inteiro.
Como o ex-primeiro ministro turco Erbakan disse: “Toda a Europa se tornará islâmica. Nós vamos conquistar Roma”. Fim da citação.
O ditador líbio Gaddafi disse: “Há dezenas de milhões de muçulmanos no continente europeu e hoje este número está a aumentar. Uma indicação clara de que o continente europeu vai se converter ao islamismo. A Europa será, em breve, um continente muçulmano”. Fim da citação. De fato, pelo menos uma vez em sua vida, Gaddafi estava dizendo a verdade. Basta checar os números da imigração em massa e da demografia. Esse é o destino!
O Islã não é apenas uma religião. É, acima de tudo, uma ideologia totalitária. O Islã quer dominar todos os aspectos da vida, do berço ao túmulo. A lei sharia é a lei que controla cada detalhe da vida em uma sociedade islâmica. Do direito civil ao direito penal. Essa lei determina como se deve comer, vestir e até mesmo como usar o banheiro. A opressão das mulheres é algo bom, o consumo de álcool é mau.
Eu acredito que o Islã não é compatível com o nosso modo de vida ocidental. O Islã é uma ameaça aos valores ocidentais. A igualdade entre homens e mulheres, a igualdade entre homossexuais e heterossexuais, a separação entre Igreja e Estado, a liberdade de expressão, todos esses conceitos estão sob pressão devido à islamização. Senhoras e senhores: o Islã e a liberdade, o Islã e a democracia, não são compatíveis, são valores opostos.
Não admira que Winston Churchill tenha chamado o livro de Hitler, Minha Luta, “o novo Alcorão da fé e da guerra, intumescido, loquaz, disforme e grávido de sua mensagem”. Como vocês sabem, Churchill fez essa comparação entre o Alcorão e Minha Luta em seu livro “A Segunda Guerra Mundial”, uma obra-prima, pela qual recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. A comparação de Churchill entre o Alcorão e Minha Luta é absolutamente correta. A base do Alcorão é o apelo à jihad. Jihad significa muitas coisas e é o termo arábico para “luta”, como no livro de Hitler. Jihad e luta significam exatamente a mesma coisa.
Islã significa submissão, não há qualquer equívoco quanto à sua meta. Fato. A questão é saber se nós, na Europa, e vocês, na Grã-Bretanha, com o nosso passado glorioso, iremos nos submeter ou defender nosso patrimônio.
Vemos que o Islã está, literalmente, decolando no Ocidente. A Europa está sendo islamizada rapidamente. Muitas cidades européias possuem enormes concentrações de muçulmanos. Paris, Amsterdã, Bruxelas e Berlim são apenas alguns exemplos. Em algumas partes dessas cidades, regulamentos islâmicos já estão sendo aplicados. Os direitos das mulheres estão sendo destruídos: burca, lenços de cabeça, poligamia, mutilação genital feminina, assassinatos por honra. Mulheres precisam atender classes separadas de natação, não podem dar sequer um aperto de mão. Em muitas cidades européias já há um apartheid. Judeus, em um número cada vez maior, estão deixando a Europa.
Como vocês todos sabem muito melhor do que eu, a imigração em massa e a islamização têm crescido rapidamente no seu país. Há uma enorme pressão sobre a sociedade britânica. Olhe o que está acontecendo, por exemplo, em Birmingham, Leeds, Bradford e aqui mesmo em Londres. Políticos britânicos esqueceram Winston Churchill e decidiram tomar o caminho de menor resistência. Eles simplesmente desistiram, abrindo o caminho para o Islã.
No ano passado, o meu partido pediu ao governo holandês que fizesse uma análise do custo-benefício da imigração em massa, mas o governo se recusou a nos dar uma resposta. Por quê? Porque eles têm medo da verdade. Os sinais não são encorajadores. Uma revista holandesa semanal - Elsevier - calculou os custos da imigração e descobriu um número superior a 200 bilhões de Euros. Só no ano passado, foi calculado um montante de 13 bilhões de Euros. Mais cálculos foram feitos na Europa: segundo o banco nacional da Dinamarca, cada imigrante proveniente de um país islâmico está custando ao Estado mais de 300 mil Euros. Você vê o mesmo acontecendo na Noruega e na França. A conclusão é a seguinte: a Europa está ficando está mais empobrecida a cada dia que passa. Mais pobres graças à imigração em massa. Mais pobres graças à demografia. E os esquerdistas estão entusiasmados.
Não sei se é verdade, mas li em vários jornais britânicos que os trabalhistas (Labour) abriram as portas da imigração em massa, uma política deliberada de alteração da estrutura social do Reino Unido. Andrew Neather, um ex-conselheiro do governo, responsável pela redação dos discursos de Tony Blair e Jack Straw, disse que o objetivo da estratégia dos trabalhistas em matéria de imigração era, aqui vai a citação, “esfregar no nariz da Direita a diversidade cultural e tornar seus argumentos desatualizados”. Se for verdade, trata-se de uma atitude sintomática da esquerda.
Senhoras e senhores, não se enganem: a esquerda está facilitando a islamização. Esquerdistas e liberais estão aplaudindo cada novo banco islâmico, cada nova hipoteca islâmica, cada nova escola islâmica, cada novo tribunal sharia. Os esquerdistas consideram o Islã igual à nossa própria cultura. Direito islâmico ou democracia? Islã ou liberdade? Nada disso importa para eles. Mas para nós isso importa, e muito. Toda a elite da esquerda é culpada pela prática do relativismo cultural. Universidades, igrejas, sindicatos, a mídia, os políticos. Todos estão traindo nossas liberdades duramente conquistadas.
Por quê, eu me pergunto, por que os esquerdistas e liberais pararam de lutar por nossas liberdades? Certa vez os militantes de esquerda estavam a lutar nas barricadas pelos direitos das mulheres. Onde estão eles hoje? Onde estão eles em 2010? Estão olhando para o outro lado. Estão embriagados pelo relativismo cultural e são dependentes do voto muçulmano. Os esquerdistas são dependentes da imigração em massa.
Graças aos céus Jacqui Smith não faz mais parte deste governo. Foi uma vitória para a liberdade de expressão que um juiz britânico descartou a prévia decisão de Smith recusando a minha entrada no Reino Unido no ano passado. Espero que os juízes no meu país de origem sejam igualmente sábios e me absolvam de todas as acusações, mais tarde em 2010.
Infelizmente, até agora eles não têm feito um bom trabalho. Eles não querem ouvir a verdade sobre o Islã e nem estão interessados em ouvir a opinião de especialistas de alto nível no campo da liberdade de expressão. No mês passado, em uma sessão preliminar, o Tribunal de Justiça recusou quinze das dezoito testemunhas que eu havia convocado.
Somente três testemunhas poderão ser ouvidas. Felizmente, minha querida amiga, a heróica psiquiatra norte-americana Dra. Wafa Sultan, é uma delas. Entretanto, o seu depoimento será ouvido a portas fechadas. Aparentemente, a verdade sobre o Islã não pode ser proferida em público, tal verdade deve permanecer em segredo.
Senhoras e senhores, eu estou sendo processado por minhas crenças políticas. Sabemos que existe perseguição política em países do Oriente Médio, como no Irã e na Arábia Saudita, mas nunca na Europa, nunca nos Países Baixos.
Estou sendo processado por comparar o Alcorão ao Minha Luta. Ridículo. Eu gostaria de saber se a Grã-Bretanha vai colocar as palavras de Winston Churchill em julgamento ... Senhoras e senhores, este julgamento político contra a minha pessoa tem que parar.
Todavia, o problema não é apenas relacionado à minha pessoa, ao Geert Wilders. É muito maior. A liberdade de expressão está sob ataque. Deixe-me dar aqui alguns outros exemplos. Como vocês talvez saibam, uma das minhas heroínas, a autora italiana Oriana Fallaci, teve de viver sua vida com receio de ser extraditada para a Suíça, por causa de sua obra anti-islâmica “A Raiva e o Orgulho”. O cartunista holandês Nekschot foi detido em sua casa, em Amsterdã, por 10 homens da polícia por causa de seus desenhos anti-islâmicos. Aqui na Grã-Bretanha, a autora norte-americana Rachel Ehrenfeld foi processada por um empresário saudita, acusando-a de difamação. Na Holanda, Ayaan Hirsi Ali e, na Austrália, dois pastores cristãos foram processados. Eu poderia continuar ad nauseam. Senhoras e senhores, em todo o Ocidente os amantes da liberdade estão enfrentando essa “jihad” dos tribunais. Uma verdadeira ‘guerra judicial’ islâmica. E, senhoras e senhores, não muito tempo atrás, o cartunista dinamarquês Westergaard quase foi assassinado por suas caricaturas.
Senhoras e senhores, devemos defender o direito à liberdade de expressão com veemência. Com todas as nossas forças. A liberdade de expressão é a mais importante das nossas muitas liberdades. A liberdade de expressão é a pedra angular da nossa sociedade moderna. É a respiração da nossa democracia, sem liberdade de expressão nosso modo de vida, a nossa liberdade, vai embora.
Eu acredito que é nossa obrigação a de preservar a herança dos bravos soldados que invadiram as praias da Normandia, que libertaram a Europa da tirania. Esses heróis não podem ter morrido por nada. É nossa a obrigação de defender a liberdade de expressão. Como George Orwell disse: “Se a liberdade significa alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir”.
Senhoras e senhores, eu acredito em uma outra política. É tempo de mudança. Temos de nos apressar. Não podemos esperar mais. O tempo está acabando. Para citar um dos meus favoritos presidentes norte-americanos, Ronald Reagan disse certa vez: “Para preservar o amanhã, nós devemos agir hoje”. Por isso, proponho as seguintes medidas, vou mencionar apenas algumas, a fim de preservar a nossa liberdade:
Em primeiro lugar, teremos de defender a liberdade de expressão. É a mais importante das nossas liberdades. Na Europa e, certamente, nos Países Baixos, precisamos de algo como o First Amendment (Primeira Emenda) da constituição dos Estados Unidos.
Em segundo lugar, teremos que acabar com o conceito de relativismo cultural. Para os multiculturalistas e socialistas islâmicos, eu proclamo com orgulho: nossa cultura ocidental é muito superior à cultura islâmica. Não tenha medo de afirmar isso. Ninguém é racista por dizer que nossa cultura é melhor.
Em terceiro lugar, teremos de acabar com a imigração maciça vinda dos países islâmicos. Simplesmente porque mais islã significa menos liberdade.
Em quarto lugar, vamos ter de expulsar os imigrantes criminosos e, após a devida desnaturalização, teremos que expulsar os criminosos com dupla nacionalidade. Há muitos deles em meu país.
Em quinto lugar, vamos ter que proibir a construção de novas mesquitas. Há islã o suficiente na Europa. Uma vez que os cristãos na Turquia, no Egito, no Iraque, no Irã, no Paquistão e na Indonésia estão sendo maltratados, devemos agir e parar completamente com a construção de mesquitas no Ocidente.
E por último, mas não menos importante, temos que nos livrar de todos os assim chamados “líderes”. Como eu disse antes: precisamos de menos Chamberlains e mais Churchills. Vamos eleger líderes reais.
Senhoras e senhores, para a geração anterior, a de meus pais, o nome ‘Londres’ é sinônimo de esperança e liberdade. Quando o meu país foi ocupado pelos nacional-socialistas, a BBC oferecia um vislumbre diário de esperança em meio à escuridão da tirania nazi. Milhões de holandeses escutavam a BBC escondidos. A expressão “Isto é Londres” representava um mundo melhor.
O que será transmitido daqui a quarenta anos? Ainda será “Isto é Londres”? Ou será “Isto é Londonistão”? Será que vai nos trazer esperança? Ou os valores de Meca e Medina? A Grã-Bretanha oferecerá submissão ou perseverança? Liberdade ou escravidão? A escolha é sua. E, nos Países Baixos, a escolha é nossa.
Senhoras e senhores, nós nunca iremos nos desculpar por sermos livres. Nós nunca deveremos desistir. De fato, como um de seus ex-líderes disse: Nós nunca vamos nos render.
A liberdade deve prevalecer. E a liberdade prevalecerá.
Muito obrigado.
fonte: Gates of Vienna: A Rosetta Stone for Geert Wilders: Part Five
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