Aqueles que precisam receber ordens para amar a Deus geralmente acreditam que a obediência envolve a exclusão de todos os outros amores, chegando ao extremo de odiarem o mundo, a carne e até a si. Por isso, encontramos entre os cristãos um número exagerado de pessoas que odeiam a vida, ansiosas por receberem ordens de amar a Deus de maneira frígida e estóica porque, em primeiro lugar, elas odeiam o mundo, a carne e a si mesmas.
Sempre houve, todavia, pessoas que nunca receberam ordens para amar a Deus, porque estavam perdidamente apaixonadas por ele. A base de sua ideologia é que todo amor, não obstante seu objeto esteja errado, é em essência amor de Deus; e esse amor de Deus deve, dada a natureza caída do homem, começar com o amor-próprio. O que há de errado com o amor próprio, portanto, não é o sentimento de amor, mas o objeto para qual o amor se volta.
Muitas vezes, como um corolário dessa visão, julga-se que todo o amor, até o mais sensual, é uma tentativa de descobrir o belo e o bom. O amor fracassa e com isso revela o objeto mais elevado para o qual o amor deveria voltar-se. Embora nem todos tenham a honestidade de Agostinho que lhes permita pedir “Faz-me casto, mas não já”, contudo, o dissoluto em recuperação tem mais probabilidade de aprender a amar a Deus do que o homem que pouco se preocupa com qualquer espécie de amor. Considerando a multidão de grandes homens que expressam esse estado de espírito alternativo, pensamos em Platão, Plotino, Agostinho, Bernardo de Claraval, Dante, Dostoievski e muitos outros.
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