Albert Mohler
Quando um menino torna-se um homem? A resposta vai muito além da biologia e da idade cronológica.
Como definido na Bíblia, a masculinidade é uma realidade funcional, manifestada por liderança e pelo cumprimento de responsabilidades. Uma marca da masculinidade é a maturidade econômica suficiente para manter um trabalho adulto e lidar com dinheiro.
A visão cristã de masculinidade eleva a maturidade econômica ainda mais. Um homem cristão vê seu trabalho como uma atribuição de Deus e como um assunto ligado ao Evangelho. Se ele falha em sua responsabilidade por complacência e indolência, ele sabe que causou dano ao Evangelho e à causa de Cristo.
Este retrato de masculinidade não é popular entre anunciantes e vendedores modernos. Eles sabem para onde dirigir suas mensagens: garotos adolescentes e homens jovens que estão enamorados do entretenimento popular, eventos esportivos e bens materiais. A mídia enaltece o descuido econômico, o egocentrismo e a preguiça como o padrão da masculinidade jovem - presa fácil para estes mascates.
"A mídia enaltece o descuido econômico, o egocentrismo e a preguiça como o padrão da masculinidade jovem - presa fácil para estes mascates."
Um homem de verdade, em contraste, sabe como manter um trabalho, administra o dinheiro com responsabilidade, e, se casado, cuida das necessidades da sua esposa e da sua família. A incapacidade de desenvolver maturidade econômica conduz a homens jovens que flutuam de trabalho em trabalho e que levam anos para “se acharem” em termos de carreira e vocação.
Se quisermos que meninos tornem-se homens, eles precisam ser ensinados como trabalhar, como economizar, como investir, e como gastar dinheiro com cuidado. Eles devem ser ensinados a respeitar o trabalho e a sentir a satisfação que procede de um trabalho bem feito e de um dólar ganho honestamente.
A dignidade do trabalho está fundamentada na própria criação, quando Deus disse aos seres humanos que subjugassem e trabalhassem a terra, e então desfrutassem do seu produto. Mas uma visão bíblica do trabalho também leva em conta a queda, na qual somos informados que, como conseqüência do pecado, a terra já não produz alegremente ou de boa vontade. O cultivo da terra, a produção da safra, e o processo inteiro de trabalho é agora muito mais difícil.
"Hoje em dia, garotos demais são mimados e entretidos, demonstrando uma preguiça que será altamente prejudicial à perspectiva de futuro deles como maridos e pais."
Mas nem sequer a maldição remove a dignidade do trabalho. O trabalho, em si, é digno, e também é digno o produto das mãos e o rendimento dos investimentos. Nós não sabemos os detalhes, mas sabemos que até mesmo antes da queda, houve uma ligação clara entre o trabalho e o valor dos produtos de nosso labor.
Hoje em dia, garotos demais são mimados e entretidos, demonstrando uma preguiça que será altamente prejudicial à perspectiva de futuro deles como maridos e pais. Indolência, preguiça e desmazelo econômico são marcas de imaturidade. Um homem de verdade sabe como ganhar, administrar e respeitar seus recursos. Um homem cristão entende o perigo que há no amor ao dinheiro e ainda assim cumpre sua responsabilidade como mordomo cristão.
Pais, nós temos que cumprir nossa responsabilidade de inculcar essa visão de economia pessoal no coração e na alma de nossos filhos e criá-los com a esperança e o objetivo de que esta marca de masculinidade seja concretizada na próxima geração de homens cristãos.
Fonte: Publicado em Answers in Genesis
Tradução: Juliano Heyse
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