Antes mesmo de ler este livro, tinha discutido com o grupo de jovens sobre a relevância da arte no meio cristã, então a prévia do livro veio muito a acrescentar no assunto que estamos desenvolvendo nesse mês.
Achar que nossos talentos se resumem a cantar na igreja músicas que todos estão cantando, ou fazer parte de um ministério é desmerecer o caráter criativo de Deus em nossas vidas, Schaeffer deixa isso bem claro na introdução do livro dizendo: “Portanto, criatividade não se trata de um detalhe sem importância para a vida cristã. Ao contrário, é algo essencial. O problema é que grande parte da igreja tem esquecido o quanto essa parte de nossa vida é importante. Ao agir dessa maneira, tem se tornado pobre e limitada na apreciação de si
mesma, de seus semelhantes e do próprio Deus”A questão da arte deve ser apreciada pelos cristãos e não demonizada como temos visto por aí, mas deve se lembrar que isso já foi bem pior, meu pai conta histórias absurdas de pessoas regrando coisas que para nós são comum hoje como escutar música, assistir TV ou ir ao cinema em nome de uma santidade de fachada, o autor chama isso de pontos cegos da igreja. Os tempos mudam, mas a questão ainda é muito pertinente, por isso encorajo as pessoas que lêem esse blog a usar seu talento de uma forma relevante em nossa sociedade, demonstrando o aspecto criativo de nossa existência.
Alguns trechos do primeiro capítulo Criatividade e Beleza :
“As artes, as iniciativas culturais, a apreciação da beleza da criação de Deus e da criatividade humnna, esses dons criativos têm sido relegados em nossos dias a um canto qualquer de nossa consciência cristã. São completamente desprezados por muitos e ainda rotulados de não-cristãos e nada espirituais. Essa deficiência tem sido a causa de muitos sentimentos de culpa desnecessários e de muitos frutos amargos, nos fazendo perder contato com o mundo que Deus criou, com a cultura na qual vivemos, e nos tornando inúteis nesse ambiente cultural.”
“Se a partir deste mundo ao nosso redor podemos aprender algo acerca do caráter de Deus, certamente é que ele é criativo e multifacetado. O interesse divino em beleza e em detalhes é inquestionável quando se olha para o mundo que criou à nossa volta, e as próprias pessoas em particular, como resultado de sua habilidade.”
“Por que faço questão de enfatizar esse aspecto criativo e diversificado do nosso Deus? Simplesmente porque como cristãos tudo aquilo que somos e fazemos se baseia em nosso Pai Celestial. Nosso valor supremo deriva do significado com o qual ele nos revestiu como portadores de sua imagem.”
“Eu repito: a arte, a expressão humana criativa e a apreciação do belo não precisam de nenhuma justificativa. A justificativa suprema é que elas chegam a nós como gracioso e benéfico da parte de Deus.”
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