Você espera ver a resposta de Deus no meio do sofrimento pelo qual está passando?
No Livro De Atos lemos que, nem sempre, vemos Deus intervindo sobrenaturalmente. Em Atos Estevão é martirizado; Paulo é preso e açoitado; os discípulos fiéis são mortos ao fio da espada e lançados aos leões. Mas entre milagres e tragédias, o Senhor Jesus era glorificado --- e a igreja vencia!
Em meio às tragédias pessoais, que todos temos de passar, somos levados a compreender que é preciso olhar além da vida, e entender que o projeto maior de nossas existências --- glorificar a Deus --- não pode ser revogado.
Em Atos 8.1, Lucas relata que: "levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém", e escolhe a palavra grega
diogmos para definir "perseguição". Distintamente de
efistamai (ataque). A expressão
diogmos está ligada ao sofrimento físico: causar dores, fazer sofrer, punir com sofrimento. A igreja experimenta de forma violenta o amargo sofrimento, e Lucas descreve este
diogmos : o sepultamento de Estevão, a prisão dos fiéis e a dispersão. Mas, inspirado, ele vai além. Ao mencionar o martírio de Estevão (no versículo 2), relata que houve um grande "pranto", usando o termo
kopeton , que pode ser traduzido literalmente como "bater no peito", e indica o sofrimento emocional, a dor da alma, o choro inconformado do coração. Ao lado de
diogmos, apresenta um sofrimento físico (fuga, prisões, martírio e espancamentos) e emocional ( medo, insegurança, saudades, depressão). O historiador afirma ainda que Saulo "assolava a igreja" ( versículo 3), utilizando
elumeinat. Esta palavra significa "assolação" (tanto física quanto espiritual).É o mesmo termo usado em João 10.10, em que lemos que o diabo veio para roubar, matar e "destruir".
Atos 8 descreve a igreja sofrendo intensos ataques físicos(
diogmos), emocional (
Kopetos) e espiritual (
lumaino). O contexto não centraliza a igreja, mas sim o ataque a ela perpetrado; o esquema maligno do qual a comunidade de Jesus era alvo. A oposição sobre-humana que atacava o corpo, fazia doer a alma e tentava solapar a fé.
A igreja sofria.
o sofrimento continua presente entre o povo de Deus, hoje. A violência impera nas ruas, vidas são ceifadas em trágicos acidentes, as enfermidades não abandonam o corpo, o desemprego e as dívidas tiram o sono; a depressão abate a alma e enfraquece a fé; e a fé é provada no fogo das aflições. Mas a fidelidade de Deus nos mostra que, no mais terrível sofrimento Ele continua sendo Deus, jamais Se aparta de nós. Mesmo quando silencia, no momento em que preferiríamos gritar, Ele continua sendo Pai e Senhor.
Quando Deus Se cala é preciso olhar além da vida, em total dependência, e crer que Ele é maior do que os homens.
Mas algo nos faz continuar a crer no Deus dos milagres... Pois bem, entender o sofrimento como algo que pode acontecer com qualquer pessoa não implica em perdermos a expectativa de vermos Deus abrir os céus e agir. Nós, cristãos, temos a tendência de crer no impossível.
Mesmo no sofrimento a igreja avança (Atos 8).O evangelho sofre com o martírio de Estevão, mas Deus levanta Filipe. Deus faz o impossível no corpo, na alma e na fé do Seu povo.
Em nossas vidas Deus nunca será surpreendido.
O CAOS É TREMENDAMENTE GRANDE?
AS DERROTAS SÃO GIGANTES?
O VAZIO NO CORAÇÃO É UM OCEANO?
A FALTA DE FÉ É ANGUSTIANTE?
A AUSÊNCIA DE RESPOSTAS VIROU UMA CONSTANTE?
Saiba que Deus nunca foi, nem jamais será surpreendido pelo que possa nos roubar a expectativa de, um dia, voltarmos a ser felizes.
Ele possui o direito de escrever cada capítulo de nossas vidas. Ele é soberano e tem todo o domínio sobre a nossa história de vida, mesmo quando Se cala.
Mas Deus fala. Por isso, diante de um obstáculo devemos crer que o Deus dos impossíveis pode fazer o impossível acontecer.
O sofrimento invadiu a sua vida? Saiba que Deus permanece no controle de tudo e, portanto, no controle do nosso sofrimento.
olhar além da vida é olhar para o projeto maior na mente do Senhor; é reconhecer que Deus é maior que o homem, que a Sua glória importa mais do que a nossa.
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A boca fala do que está cheio o coração.